Angel Being Pampered [Hiato] escrita por biazacha


Capítulo 35
De Bookmen Para Bookmen


Notas iniciais do capítulo

E aê minha gente??!

Nyah! mal voltou e cá estou eu.... confesso que andava muito, mas muito travada com a Lavi, mas assim que o site saiu do ar a coisa fluiu. Antes eu sentava, encarava a tela do computador e pensava: teno que atualizar ABP!

Mas nesses dias não, como simplesmente não tinha como atualizar eu escrevi de boas - ou seja, depois de tanto perrengue emocional eu ainda peco em me cobrar demais. (u.u)'

Revisando acho até que consegui dar leves tons de comédia, já que pra uma história que tem Ouran no meio estava cada vez mais sombrio.... (o.o)

Enfim, não vou enrolar por aqui, boa leitura!!



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Allen estava no mínimo irritado. Após o choque inicial de ver Lavi no futuro, o amigo o atacou e o amarrou completamente, inclusive colocando uma mordaça em sua boca. Não era possível manter um diálogo e tentar convencer o outro de que ele estava ali controlando o próprio corpo, então só restava ouvir o caolho tagarelar.

–Eu cheguei há umas duas horas sabe? – dizia ele, cutucando uma sujeira invisível em sua Innocence com formato de martelo – Minhas expectativas eram dar uma volta e absorver o máximo possível de informações sobre o futuro, mas não, assim que piso aqui sou informado de que um Noah tomou o corpo de Allen Walker. Isso me deixou frustrado sabe?

–Hmm hmm. – reclamou o outro em resposta, tentado dizer “sou eu”.

–Então... Neah não é? – retomou o ruivo como se seu cativo não tivesse se manifestado – De certa forma é bom que só eu tenha vindo pra cá; tenho algumas perguntinhas para fazer e uma parte delas são coisas que eu não quero que o velho saiba que eu perguntei.

–Hmmm hmmm?! – “quer me ouvir por favor?!” murmurou o mais jovem, apenas para continuar sendo ignorado.

–Depois de tantas gerações com 13, porque você, o 14º, surgiu? Isso tem alguma relação com sua obsessão em matar o Conde e tomar seu lugar? Escolheu o corpo de um exorcista por acaso?

–Hm hmmm hm hmmm! – “já disse que sou eu!”

–No passado os Bookmen observaram mesmo as coisas ao lado do Conde?

–Hmm hm hmm? – “Vou lá saber?” insistiu Allen, mas dessa vez sem ser deixado no vácuo.

–Sim eu sei, também estou surpreso de perguntar isso – respondeu o Bookmen, entendendo os grunhidos de uma forma equivocada – mas eu preciso saber. Não posso fazer nada com essa informação, eu provavelmente nem era nascido mas... preciso saber.

–Hmmm hm. –“Problema seu.” Retrucou o garoto, já irritado. O tom não passou despercebido.

–Tem um lado bom nos compatíveis do passado terem um baixo desempenho aqui. – avaliou ele – Em outras circunstâncias já teria me atacado certo?

–Hmm. – “Claro.” Respondeu o outro sob a mordaça.

Mas a verdade é que ele não pretendia machucar o amigo e sim colocar um pouco de juízo na cabeça dele e de todos provando seu retorno triunfante do controle de Neah. Ele queria desesperadamente ver Kanda (talvez pela primeira vez em toda a sua vivência na Ordem), pois sabia que o japonês o reconheceria de primeira, assim como Road... e Haruhi, que logo nas primeiras horas como Neah já ficou distante dele.

Mas se a garota era mesmo uma Bookmen, porque ela conseguia identifica-lo e Lavi não?

Menor, mais leve e amarrado, Allen foi carregado como um saco pelo outro exorcista até uma das muitas misteriosas salas que deveriam ser dedicadas a atividades culturais e no entanto estavam vazias – para jovens que se diziam entediar rapidamente, até que eles desprezavam com bastante facilidade a estrutura que tinham.

Ali ninguém repararia em ambos e o outro continuaria com as perguntas intermináveis até se convencer de que era o momento de deixar o “14º” falar e só aí ele poderia ter uma chance de se explicar. O amigo coçava o queixo - provavelmente organizando os pensamentos para a próxima rodada do monólogo - quando a porta se abriu de leve.

Era Haruhi.

Ela encarava Lavi fixamente e estava trêmula, um fato inédito para a garota mecânica e desinteressada em tudo que não fosse estudos que o albino estava acostumado a ver em seu cotidiano. Hesitante, ela deu alguns poucos passos e se fechou no recinto com ambos.

–Porque está aqui? – perguntou ela; se havia alguma dúvida de que ela sabia bem mais do que demonstrava, agora não mais.

–Quem é você? – perguntou ele, o brilho em seus olhos, característico de sempre que ele topava com alguma novidade.

–Haruhi Fujioka. – respondeu ela sem rodeios. Embora tenha entrado assustada, era perceptível que estava recuperando sua habitual firmeza.

–Bom, meu nome é...

–Lavi, eu sei.

–Sabe que esse é meu nome? – disse ele, meio surpreso, meio se divertindo com a situação.

–Sim, sei que esse foi um de seus muitos nomes e sei mais: é o que você vai levar até o fim de seus dias.

Se até então ele estava com uma atitude zombeteira e característica dele, aquilo sem dúvidas serviu para chamar a sua atenção; ele endireitou a postura, largada até mesmo para os padrões do século XXI e indicou uma cadeira de frente para a dele, na qual ela se sentou.

–Então meu caro... – começou o ruivo.

–Garota. – cortou ela.

–O quê?! – questionou ele.

–Hmm hmm hmmm. - “É uma menina.” Resmungou Allen.

–Eu sou uma garota. – disse ela simplesmente.

–A... sério? – ele encarou a calça e o blazer sem saber muito bem o que fazer a respeito; ele convivia com gente como Lenalee que usava uma saia bem curta e a tenente Nine que usava calças justas e um casaco, mas ainda assim o traje obviamente masculino causava estranheza aos olhos do garoto vindo de séculos do passado.

–Sim. Eu sou uma garota e assim como você uma Bookmen. – ele fez menção de falar, mas a menina levantou um dedo interrompendo-o – Eu sei de coisas que você fará em seu próprio futuro, coisas que mudarão tudo e transformaram nossa organização no que ela é hoje. Sendo assim peço que volte ao passado; não só está se expondo a informações as quais não deveria ter contato como corre grave risco de morte continuando aqui. Sua vida é importante demais para correr esse perigo.

Eles estavam acostumados a terem sua existência supervalorizada por conta dos baixos números de compatíveis, mas ainda assim a reação dela era inesperada. Se por um lado Allen se perguntou como o outro reagiria, por outro se pegou meio irritado pelo fato da menina nunca ter dispensado esse tipo de preocupação com ele.

–Está dizendo que assim que chego aqui tenho que ir embora porque eu vou... fazer parte da História?

–Não da História em si, mas sem dúvidas você é conhecido até hoje por todos nós, os seus iguais, pelos seus grandes feitos. É uma lenda, uma inspiração para cada Bookmen da atualidade.

–Todos... ainda existem muitos? – era visível pelo seu único olho visível que as palavras dela mexiam profundamente com ele.

–Tantos quanto no seu tempo, porém nossa vida é inegavelmente mais fácil, em parte graças aos seus ensinamentos.

–O que eu ensinei?!

–Não posso dizer! Você tem que achar esse caminho sozinho e por essas e outras tem que ir! - o tom dela era definitivo, do tipo que ela usava para os gêmeos pararem com alguma brincadeira besta que ameaçava ir longe demais.

–Posso até pensar no assunto, mas enquanto levo esse aqui – disse ele indicando a figura rendida de Allen com o queixo – você vem junto e me responde a uma ou duas coisinhas que quero saber. Nada fundamental sobre o meu futuro. – acrescentou ele, quando ela abriu a boca, claramente pra protestar.

O exorcista nem se deu ao trabalho de reclamar quando os dois Bookmen saíram com ele nos ombros do garoto como se fosse um peso morto.

O dia já tinha virado noite e um vento frio os perseguia enquanto caminhavam silenciosamente; sem chamar um carro, ir de trem ou algo que chamasse a atenção, eles seguiram quietos noite adentro – tanto Lavi quanto Haruhi abriram a boca diversas vezes, claramente pretendendo dizer algo um para o outro apenas para desistirem no último instante. Allen fez algumas tentativas de iniciar uma conversa, mas seus “hmmm hmmm” eram sumariamente ignorados, de modo que o garoto apenas desistiu depois de um tempo.

Quando chegaram à mansão em que funcionava o QG provisório deles, Lenalee estava na entrada olhando o horizonte aflita, sem dúvidas se perguntando para onde o Noah havia ido usando o corpo de seu amigo. No instante em que colocou os olhos no estranho grupo a menina franziu o cenho e abriu a boca levemente, levada pela pura incredulidade.

–Lavi então você realmente está.... – começou a garota, mas foi interrompida.

–O que o moyashi fez dessa vez? – perguntou Kanda de uma janela, assustando todos eles.

–É verdade ele está... espera, chamou ele do quê Kanda? – perguntou Lena.

–Você me ouviu, esse aí é o imbecil do moyashi. – disse ele, então virou as costas e entrou.

Um instante constrangedor se passou até o caolho coloca-lo no chão e tirar o lenço que o mantinha amordaçado.

–Eu estava tentando dizer isso á horas!!! – berrou indignado – Sou eu Allen ok? Eu!!

Surpreendendo a todos, Haruhi lançou os braços no pescoço do amigo numa rara demonstração de emoções de sua parte. Emocionada, Lenalee imitou o gesto, o que quase levou os três ao chão.

–Isso tudo é lindo mas... não deveríamos entrar? – murmurou Lavi, olhando para os lados inseguro.

Só então a garota caiu em si; olhando de ruivo para a pequena host repetidamente, ela buscou o albino em busca de uma explicação silenciosa.

–É uma longa história. – disse ele.


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Notas finais do capítulo

Ansiosos pelo próximo? Alguma viva-alma vai dizer o que achou?
Beijos!!



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