Angel Being Pampered [Hiato] escrita por biazacha


Capítulo 16
Luz & Sombra


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo, queria agradecer MUITO as mega fofas Ingrid-chan e Sennen Hakushaku por saírem do anonimato e me darem um oi! Não sabem como é gratificante ver a 'carinha' de quem anda acompanhando o que escrevo.
Não sei se cheguei a avisar no cap, ou por review pra alguém, mas agora que acabaram minhas provas e trabalhos finais, vou tirar um tempinho pra descansar e rever meus amigos, igualmente pirando com suas próprias faculdades.
Como achei mancada vocês passarem o fim de semana e mais uns dias sem nada, resolvi adiantar as coisas e postar hoje...
Ah, e o título só vai fazer sentido no final, então desencanem dele por enquanto.



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-Idiotas.

-Eu sei Kyoya-sempai, mas a questão é: o que vamos fazer?

O outro bufou demonstrando toda a sua irritação; ao lado de ambos estava o pequeno com seu coelhinho, elegantemente comendo bolos caprichosamente confeitados e o mais alto de todos encostado na janela, como se admirasse a vista. Mas os membros mais velhos estavam sem dúvidas de olho na conversa, prontos para dar algum palpite crucial.

-Na verdade, impedir ambos é fácil – apontou Kyoya friamente – não sei o porquê precisa de nossa ajuda para isso.

-Mas... – começou Kaoru.

-Mas o quê?!

-Kyo-chan, entenda que o Kao-chan não queria fazer isso sozinho, senão o Hika-chan iria acabar brigando com ele; com todo mundo aqui, ele não vai ficar tão bravo.

-Hum... está nos usando, Kaoru?

-N-nã-não Kyoya-sempai, de modo algum! – respondeu o jovem nervosamente, entregando na hora que o menor estava certo.

-Que seja – rebateu o outro, agora sim bastante nervoso – vamos acabar com isso de uma vez e mostrar àqueles dois idiotas o que ocorre com quem se mete em meus planos!

-Sim senhor! – berraram os outros em resposta, batendo continência.

...

-Tente ser mais natural, Fujioka-san! – disse Yui, pela milésima vez; havia esquecido de como a menina era dura e sem talento para esse tipo de coisa, apesar de Allen ter um potencial enorme na área se tiver interesse.

-Vamos dar uma pausa! – disse, escondendo sua frustração.

Quando a equipe voou em cima do casal, o exorcista ergueu os braços em sinal defensivo e eles pararam.

-Posso falar com Haruhi um instante?

-Claro. – disse Aya.

-Obrigado.

Então levou a amiga pela mão até um canto da sala e olhou no fundo de seus olhos.

-Qual o problema Haruhi?

-Não sou boa com esse tipo de coisa, você sabe disso.

-Você não é boa em tentar assumir um personagem, sua boba – respondeu o albino gentilmente – é só ficar como sempre é, que conseguirão captar ótimos ângulos seus.

Ela lhe lançou um olhar totalmente descrente.

-Não acredita? Então faz o seguinte: imagina que estamos em uma de nossas tardes, quando as clientes vão embora e vamos comer com Hani-sempai os bolos que sobraram, ou passamos no refeitório e pedimos uma rodada de sushis para comermos depois que o resto do Clube já foi e eu estou esperando o Kanda terminar os treinos dele.

Ela parou e pensou nas duas situações; ela conversava, ria, comia... eram momentos tranquilos e até mesmo felizes. Acenando com a cabeça timidamente para indicar que estava pronta, ela se deixou levar novamente para a mão até o resto da produção.

-Acho que a maquiagem não precisa de retoques, não é mesmo?– disse Allen.

-Sim, concordo com você. – respondeu a ruiva, captando o momento.

E a seção recomeçou; em meio a risinhos e poses relaxadas, as fotos iriam ficando cada vez melhores e a labuta finalmente chegava ao fim, traje após traje, claramente atingindo um resultado que seria um sucesso em todos os outdoors e revistas.

Quando finalmente acabou, a sala se encheu de aplausos e agradecimentos pelo trabalho árduo de todos – além de avisos de quando o pagamento seria entregue e uma refeição especial em uma das muitas salas de jantar para comemorar. Já a par do apetite incomum do novo amigo de seus filhos, uma quantidade extra de comida foi pedida ao chef da casa e de modo geral, todos se assustaram com Allen, mas ninguém passou fome.

Ambos achavam bastante estranha a ausência dos gêmeos, principalmente pelo fato de o trabalho em si ter terminado e a própria mãe não fazer a mínima ideia da localização deles – mas como a própria Haruhi disse que ela não conseguia nem diferencia-los, estava na cara que eles realmente viviam livremente.

Alguns já começavam a ir embora e os dois estudantes sentiam que estavam sobrando naquela conversa sobre vendas, tendências e estratégias de marketing. Mas ao mesmo tempo sabiam que seria chato ir embora dali sem nem ao menos ter visto os amigos; mesmo porque tinham certeza de que eles ficariam chateados e pregariam várias peças neles depois, só pra descontar. Allen nunca tinha sido alvo de algo grave, talvez pelo fato de o garoto ser esperto e ninguém saber muito bem o que esperar dele, mas pelas histórias que ouvia não queria cair na mira dos Hitachiin por algo bobo como ir embora sem falar com eles.

Mas no fim das contas eles acabaram se encontrando. E matando a pequena e o albino de vergonha no processo.

...

-Er... eu ainda acho que é mais simples o Mori-sempai ir pegar os dois. – insistia Kaoru.

-Não vejo problemas em o Hani-sempai nocautear ambos. – replicou Kyoya-sempai, pela quarta vez e já perdendo o tom de voz calmo.

-É que ele não quer que eu bata no Hika-chan! – comentou o menor.

-Ele que pensasse nesse tipo de consequência antes de ir contra algo que decidi. – os óculos dele refletiram de modo maligno quando os ajustou, dando mais ênfase ao que dizia.

-Mas é muito radical bater neles!

-Então pare-os você mesmo e não nos faça perder mais de nosso precioso tempo!

-Hikaru nunca vai me perdoar se eu me meter.

-Não é problema meu!

-Adeus amor fraternal com simetria. – disse o mais novo, com um quê de ameaça na voz; Kyoya bufou.

-Mori-sempai, pode segurar aqueles dois e arrasta-los para cá?

O maior assentiu, mas foram interrompidos pelo toque do celular de Kaoru, indicando que ele tinha uma nova mensagem. Era de sua mãe, um texto curto:

“A seção acabou. Venham se despedir deles. (u.u)”

Até aí, problema algum, mas o celular de Hikaru claramente recebeu uma também, e só então seu irmão se deu conta de algo crucial: na ânsia de resolver tudo sem escândalos, ele apenas mandou um recado dizendo para ela fazer as fotos sem eles, e não avisou sobre as intenções dos dois. Por isso, a mãe mandou a mensagem para ambos.

Tamaki e Hikaru já reagiam, se precipitando para o encontro de Haruhi e Allen.

-Temos que agir, agora! – bradou Kyoya, se dando conta da situação rapidamente; e foi o que fizeram, interceptando os dois e tentando a todo custo segura-los.

Foi uma briga e tanto. Em meio a perucas, maquiages e figurinos variados que os gêmeos usavam em suas traquinagens, cinco corpos se debatiam, agarravam e gritavam coisas desconexas:

-O DEVER DE UM PAI!

-NÃO COM ESSE CARA!

-CHUTE COELHINHO!

-NÃO CAUSE PROBLEMAS AO TRABALHO DA MAMÃE!

-...

Enquanto Kyoya assistia a uma distância segura a confusão se desenrolado e se questionava se tirava ou não umas fotos, um barulho no que devia ser a ala dos empregados chamou sua atenção. Mas o fato de o bolo humano se encaminhar para outro cômodo era mais importante no momento.

É válido acrescentar que no percurso, entre puxões, empurrões, chutes e objetos aleatórios sendo atirados uns contra os outros (que a esta altura brigavam contra todos) peças de valor considerável da família Hitachiin se quebraram, incluindo um dos famosos ikebanas da avó dos gêmeos, duas empregadas foram ‘atropeladas’ e uma porta foi seriamente danificada.

Porém nada se comparou a reação de todos quando finalmente Tamaki e Hikaru conseguiram chegar aos poucos profissionais restantes da seção de fotos: cinco jovens, sujos com maquiagens, perucas, reboco de parede, cacos de vasos, flores destruídas e boás. O silêncio reinou absoluto no local, quando todos os encaram boquiabertos e os modelos sentiam seus rostos esquentarem pelo constrangimento.

Sem dar tempo de alguém se recuperar do susto, eles foram logo se desprendendo uns dos outros e os dois maníacos correram em direção ao exorcista.

-Você se aproveitou da inocência da minha filha, seu maldito. – gritou o loiro.

-Trapaceiro! Ele é um trapaceiro! – acrescentou o ruivo.

-Calem a boca vocês dois!!!! – berrou a dona da casa, fazendo todos congelarem – Agradeço pelo trabalho árduo sim? Todos estão dispensados para irem; Fujioka, Walker, isso se aplica aos dois também.

-Eu os levo. – se prontificou Kyoya-sempai, nunca perdendo a chance de fazer uma média com pessoas poderosas.

-Agradeço, Ootori-kun. – respondeu ela, entrando no jogo e dando um sorriso cínico, bem similar aos que os filhos utilizam com frequência.

E desse modo, cansados, envergonhados e um tanto quanto confusos, os dois foram de carona para seu merecido descanso; mas antes que a limusine de seu sempai cruzasse o portão, Allen se dobrou pela dor já conhecida, mas há muito tempo ausente: seu olho se ativando contra a sua vontade. Em algum lugar ali perto, havia akumas. No entanto, por mais que desse desculpas e insistisse, o dono do veículo não permitiu que ele saísse; a solução seria voltar ali no dia seguinte ou mais tarde, acompanhado de seus amigos e rezando para que todos ali ficassem bem. Ele odiava quando o deixavam impotente.

...

Ambos não tinham muita saída. Enquanto não mostrassem suas verdadeiras formas, eles não teriam ideia do que estavam enfrentando, mas podiam adivinhar de que não seriam apenas um bando de níveis um. Pelo menos, sabiam que não era um nível quatro, pois até onde as pesquisas sobre o tipo mais recente que conheciam indicavam, eles eram como o nível anterior e não usavam uma pele.

O máximo que poderia acontecer era nesses anos o Conde ter criado novas evoluções e aí sim eles provavelmente estariam perdidos.

As perspectivas eram todas pessimistas, mas os anos de experiência lhe ensinaram algo crucial: atacar primeiro só era válido quando eles tivessem uma mínima noção do que enfrentavam. O problema era que os monstros não pareciam dispostos a se entregar.

Foi então que o impensável aconteceu: as sombras do recinto se prolongaram e criaram vida, como vários tentáculos que envolveram as criaturas e, arrancando gritos terríveis e agoniados delas, dissolveu uma por uma em um piscar de olhos.

E a sensação que Kanda e Lenalee tiveram não deixava dúvidas: era uma Innocence. E a julgar pelo efeito devastador dela, é exatamente a poderosa que procuram.


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Notas finais do capítulo

E de novo, eu termino o cap com uma cena tensa do Yuu e da Lena.... vou parar com isso, prometo!
Huhuhuhu, quem será o compatível?
Espero que continuem a perder a vergonha e me mandar reviews lindos. Até o próximo cap, amores! (*--*)/