A Little Help escrita por giuguadagnini


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores!
Feliz Natal atrasado. Comeram muitas coisas gostosas? Ganharam presentes legais? Bom, espero que sim.
Meu Natal foi meio caidinho, mas tudo bem.
Com essa correria de final de ano, provas finais, férias, preparativos natalinos, eu mal tive tempo de postar.
Peço mil desculpas, queridos. Fiquei realmente muito tempo sem atualizar. Até consegui postar em minhas outras fanfics, mas para esta aqui estava mesmo difícil arranjar um tempinho livre para escrever. Sorry :(
Bom, este capítulo não está nenhuma maravilha, mas espero que seja suficiente para aguentar até eu postar de novo. Vou tentar não demorar tanto desta vez. Talvez eu atualize de novo no fim de semana, se conseguir um tempinho.
Obrigada Joannne Santos, pela mensagem pessoal. Como está vendo, vou continuar com A Little Help sim. Não seria capaz de deixar nosso Nott e nossa Gina sem um futuro definido, entãaaaao... aqui está mais um capítulo.
Espero que curtam.
Boa leitura :)
P.S. As músicas do capítulo estão dentro dos colchetes [ ]. Usei duas neste aqui, e gosto muito delas. Espero que vocês gostem também.



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[Daylight – Maroon 5]

Acordar na cama de Gina em um domingo foi estranhamente bom. Estranho porque este não era um lugar que eu costumava acordar todos os dias, e bom porque... bem, porque tinha uma ruiva abraçada na minha cintura.

Por um momento eu fiquei extremamente paralisado, duro feito pedra. Gina estava deitada do meu lado.

Não, não era apenas isso. Ela estava agarrada a mim. Sua perna estava enroscada na minha e nossos pés se tocavam.

Surpreso, comecei a respirar fundo. O edredom estava caído do meu lado da cama e o lençol estava todo retorcido ao redor de Gina. Notei que ainda estávamos com a roupa da festa da Pansy, da qual eu não conseguia lembrar muito bem.

Como será que eu vim parar aqui, na cama de Gina?

Comecei a puxar pela memória. Cheguei à festa com Hermione. Dançamos. Bebemos. Vi Gina beijando o Potter. Bebi um pouco mais. Hermione me puxou para dançar de novo. Fizemos ciúmes em Ron. Acabamos na rodinha da carta. Draco beijou Hermione. Astória me puxou para o canto dos banheiros e demos uns amassos. Ah, ela apertou minha bunda. Gina viu Astória deixando um chupão no meu pescoço. Me senti péssimo. Ela saiu andando. Astória também. Fui até o bar. Bebi muito. Bebi mais ainda. Bebi até Hermione chegar e me dizer que estava indo embora. E ela foi. Ron me deu um murro e me levou para o banheiro. Aprendi a não confiar em barmans em festas de 16 anos. Apanhei muito. Apanhei mais. Apanhei muito mais. O ciúme com Hermione deu certo. Gina chegou ao banheiro e Ron parou. Ela cuidou de mim. Dirigiu meu carro até a escola. Fugimos dos seguranças que revistavam o campus. Acabamos parando no prédio dela. E depois no seu quarto. E, por fim – acredito, eu -, dormimos.

Minha cabeça começou a doer. Ficar forçando os pensamentos para virem até mim quando estou de ressaca só reforça a dor acima de minhas sobrancelhas.

Ugh, eu realmente bebi muito. Será que fiz mais alguma coisa? Será que beijei Gina?

Com esse pensamento, acabei me mexendo. A ruiva acorda. E ela grita. E me empurra para fora da cama. Caio de barriga para baixo, batendo o queixo no chão de madeira. Mais dor. Ótimo.

– Oh meu Deus. – ela está dizendo, ficando de joelhos na cama enquanto eu me esforço para levantar do chão. – Nott, você está bem? Caramba, eu ainda estou de vestido.

– O que é uma pena. – eu digo, massageando o queixo em movimentos circulares. – Eu bem que tentei tirá-lo durante a noite.

Gina estreita os olhos e me olha com um sorriso perverso. Logo ela já está voando pra cima de mim, com a mão fechada em punhos.

– Seu idiota mentiroso – ela explode em xingamentos enquanto seguro suas mãos com toda a força que tenho.

– Ei, ei! – eu a empurro para a cama e ela perde o equilíbrio, caindo deitada. Subo em cima dela enquanto Gina esperneia e ri, tentando soltar suas mãos das minhas. – Eu estava brincando. Não tentei tirar seu vestido!

Ela acerta um tapa na minha cara. Eu abro a boca em um choque exagerado, o que faz aumentar sua risada.

– Ah é? Vai partir para a agressividade? – eu prendo seus pulsos sob o colchão e faço minha melhor cara de durão. - Eu também sei ser mau.

Ela ri mais ainda.

– Você? Mau? – ela aumenta o volume do riso. – Vá sonhando, Nott.

Não dou tempo para que ela respire mais fundo. Prendo meus dedos nas laterais da sua barriga e mexo-os descontroladamente. Gina se contrai e ri alto, descabelando os cabelos na cama. Depois de uns dois minutos, pedindo que eu pare e prometendo que não riria da minha capacidade de valentão, eu interrompo meus dedos de apertar sua barriga.

– Sou malvado ou não? – pergunto, encarando-a com a cabeça inclinada para o lado.

– Ah, é sim. Quase morri à tamanha malvadeza!

– Resposta certa – eu pisco o olho para ela, que sorri de canto.

Suas mãos vão até meu rosto e o tocam de leve. Logo penso que ela poderia me puxar para baixo e começar um beijo, mas, obviamente, ela não faz isso. Gina inclina meu rosto para a direita e o toca mais leve ainda na parte da maçã. Sinto uma pontadinha de dor.

– Está doendo? – ela pergunta, tirando os dedos dali rapidinho, arrastando-os para o meu queixo.

– Só um pouquinho. Como você sabe?

– Está um pouco roxo. – ela faz uma careta, olhando para onde tocou. – Eu vou arrancar os punhos do Rony! Juro que vou.

Isso me faz querer rir, mas não sei se devo. Acabo apenas sorrindo, balançando a cabeça em negativa.

– Acha que não consigo? – ela arqueia uma sobrancelha, desconfiada. – Eu vou aproveitar e castrá-lo também! Vou acabar com a alegria da Lilá junto!

Desta vez, não consigo controlar a risada. Gina é mesmo uma sádica.

– Não estou achando que você não pode fazer – eu levanto rapidamente as mãos para cima, mostrando-me inocente – Só estou dizendo que você não deve fazer isso só porque ele deixou um roxinho na minha bochecha.

Ela fica quieta e suas mãos deslizam para meu pescoço. Ela está olhando para ele, mas não entendo o porquê. Gina engole em seco e tira as mãos de cima de mim. A ruiva me empurra de cima de si e levanta.

– O que foi? – questiono, não entendendo sua repentina troca de humor.

– Nada – ela responde, pegando uma roupa no armário e uma toalha de banho. – Preciso me arrumar e comer alguma coisa. Já passa do meio dia.

Olho para um relógio no criado-mudo. Já são 12h27min. Volto a olhar para a ruiva e ela está calçando umas pantufas azul-bebê.

– Acho que você devia ir – diz ela, evitando me encarar. – Não vai ser bom se encontrarem você aqui.

Levanto da sua cama e calço meus sapatos. Pego meu cinto do chão e meu relógio em cima de sua escrivaninha. Paro à sua frente e ela continua não me olhando, apenas fixando seu olhar em seus sapatos de salto que usou na noite anterior.

– Quer sair para comer alguma coisa comigo? – pergunto, levantando seu queixo para que ela me olhe. – É domingo. Temos o dia livre.

– Acho que não vai dar – ela responde, mexendo o rosto para livrar-se dos meus dedos. – Minha mãe disse para eu ir almoçar em casa, quando liguei para avisar que dormiria no colégio. Não posso desmarcar.

Assinto com a cabeça. Por que ela não olha para mim?

– Então está bem – eu digo, tentando fazer com que minha voz não soe fraca. – Te vejo mais tarde?

Ela finalmente olha para mim e afirma com a cabeça depois de alguns segundos. Vou até a porta do seu quarto e saio, enfiando o relógio no pulso.

Por que ela ficou daquele jeito de repente? O que havia de errado?

Segui pelo corredor e parei na frente de um espelho que havia no saguão. Dei uma mexida no cabelo e ignorei o pequeno hematoma que Ron havia me dado de presente na noite passada. Ao ajeitar o colarinho da camisa, vi outro roxão.

Gina ficou daquele jeito esquisito ao olhar meu pescoço, e agora eu entendia porquê. Ali estava o a marca do chupão de Astória.


– - -


[Drunk – Ed Sheeran]

– Alô? – diz ela, do outro lado da linha.

– Granger – eu aviso – Já estou na frente da sua casa.

– Tudo bem, já estou descendo.

Encerro a chamada com um toque e guardo o celular no bolso. Saio do carro e encosto-me ao capô, esperando que ela apareça.

– Não, mãe. Vou almoçar fora! – grita ela, abrindo a porta de casa.

– E depois? Vai direto para o colégio, filha? – a Sra. Granger vem correndo atrás de Hermione, com um avental amarrado na cintura.

– Claro, não se preocupe. – Hermione beija a bochecha de sua mãe e atravessa o jardim. – Ah, diga ao papai que faça uma boa viagem!

– Vou dizer – responde a Sra. Granger. Ela acena para mim, sorrindo. Aceno de volta.

– Boa tarde, senhorita. – eu desencosto do capô e faço uma reverência para Hermione.

Ela dá um tapa no meu ombro e me abraça.

– Corta essa de príncipe, Nott. E... bom dia pra você também.

Beijo sua bochecha e ela, a minha. Sorrio de lado e abro a porta do carro para ela, que entra e coloca o cinto de segurança. Faço a volta por trás do carro e entro também. Ajeito-me no banco e coloco o cinto.

– Minha mãe acha você “um rapaz adorável” – diz ela, fazendo as aspas no ar.

– Eu sou um rapaz adorável – digo, me fazendo de ofendido. – Tchau Sra. Granger – eu aceno para ela de novo. Ela acena de volta, sorrindo amigavelmente.

– Quanta moral, hein – Hermione dá duas batidinhas no meu ombro. – Só tome cuidado para não ser querido demais. Ontem ela já estava me perguntando se você era meu namoradinho.

Giro a chave na ignição e dou a partida, rindo um pouco.

– Será que no colégio também estão pensando que estamos juntos? – pergunto, olhando para ela.

– Bom, se estavam, não estão mais. Não depois do que aconteceu ontem. – diz ela, apoiando a cabeça no encosto do banco. – Você ficou mesmo com a Astória?

Desacelero para parar em um semáforo. Viro-me para ela, com uma cara óbvia.

– Bom, eu fiquei. Seria ridículo da minha parte não ter ficado depois de tudo o que ela fez comigo. Isso aqui – eu puxo a gola da camiseta para baixo e mostro o chupão para Hermione – é obra dela.

– Ai, cubra isso – ela dá um tapa na minha mão, com uma careta de nojo, e a camisa volta ao lugar. – Como foi que eu não vi isso, hein?

– Ué – digo eu, virando o volante para fazer uma curva assim que a sinaleira abre. – Você estava ocupada demais beijando o Malfoy para notar qualquer coisa.

Granger me dá uma cotovelada fraquinha nas costelas e eu sorrio.

– Cale a boca. Nem quero pensar nisso!

– O que foi que aconteceu? – eu seguro seus dedos, envolvendo minha palma em volta das costas da sua mão. – Ele fez alguma coisa que te irritou? Disse algo idiota?

– Oh, ele disse bastante coisa idiota – uma onda de irritação invade sua voz. Ela belisca o alto do nariz com a mão que não estou segurado e fecha os olhos.

Respiro profundamente e mantenho o controle no trânsito. Que merda o Draco fez desta vez? Sério, eu nem consigo pensar que ele achou um jeito de estragar tudo. Será que foi aquela estória de “o que os outros vão achar disso?”? Vou precisar falar com ele para saber o que aconteceu. Hermione não parece muito disposta a me contar. Deve ser difícil para ela, de repente.

– O que você quer almoçar? – pergunto, apertando a mão dela de um jeito confortante.

– Pizza seria ótimo – diz ela, sorrindo fraquinho.

– Conheço um lugar bacana. Acho que você vai gostar.

Ela ainda está sorrindo fracamente, mas vejo que não está muito bem. Certamente é a situação com Draco, de ontem à noite. Hermione observa a rua à nossa volta, onde um casal está sentado em um banco em meio à calçada, se beijando.

Puxo sua mão até minha boca e beijo suavemente um pouco acima dos seus dedos. Suas bochechas sobem um pouquinho mais em seu rosto e ela exibe um sorriso de boca fechada.

– Você é mesmo um rapaz adorável. – diz ela, tentando imitar a voz de sua mãe.

Eu começo a rir e ela entra na onda, gargalhando também.

Quero dizer a ela que está tudo bem, que Draco é mesmo um idiota, não importando o que tenha a feito ficar triste. Quero dizer que ela pode contar comigo, que pode desabafar se quiser. Que pode chorar na minha frente, pois não vou julgá-la por nada disso. Quero dizer que agora somos amigos, e que podemos nos apoiar um no outro de vez em quando.

Mas tudo isso não se mostra preciso quando ela deita a cabeça no meu ombro e murmura, pausadamente:

– Obrigado, Theo. Por me notar.



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Notas finais do capítulo

E aí? Eu sei que não aconteceu muita coisa nesse capítulo, mas espero que tenha ficado pelo menos bonzinho.
Vou fazer o próximo bem melhor, prometo.
O que acharam? Por favor, deixem um review bonito para mim.
Quase não ganhei presentes de Natal, e seria um presentão maravilhoso se vocês deixassem um comentário.
Vaaaaamos, sejam caridosos com esta autora. Ela promete postar no fim de semana se os reviews aparecerem.
Hein, hein? (Ok, chega de apelação, hahaha)
Tudo de bom para vocês nesse final de ano, meus amores. Muita paz, sorrisos, leituras, fanfics ótimas e amizades feito Hermione e Nott para vocês todos :3
Com muito, muito amor, Giu ♥