Capitol Hunger Games escrita por Azula, AnaCarol


Capítulo 8
Um aliado, um amigo.




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Último dia de treinamento e amanhã mostrarei aos idealizadores o que aprendi na sessão particular. Acordo e vou tomar café da manhã com Hasse, como todos os dias. Seu olhar é preocupado.

– O que aconteceu? – pergunto

– Nada. – ele responde – Continue nas armadilhas e frutas, no final vá para as armas, como ontem.

– Quantos aliados eu posso fazer?

– Não muitos. Você tem que pensar sempre no final, não pegue ninguém mais forte que você, pegue alguém com habilidades para ajudá-la, mas não para te destruir.

– Ok. – bebo uma vitamina e me levanto. – Tchau, Hasse.

– Bom treinamento. – ele fala sorrindo, mas seu olhar continua preocupado.


Dan está atirando lanças, e Kyra, a garota de cabelo azul, está tentando atirar um tridente no alvo, ela não é muito boa, mas ontem a vi fazendo nós, e ela era ótima.

– Dan! – o chamo para perto das facas

– Bom dia para você também. – ele diz e eu ignoro.

– O que acha da Kyra?

– Ela é bonita e parece ser legal, por quê? – Dan olha para ela e bato em sua testa.

– Não assim. Estou falando, o que acha de fazermos uma aliança com ela? Ela não é muito boa com armas, mas sabe fazer armadilhas.

– Vamos observar ela e falar com ela no almoço. – ele fala e atira uma faca bem no centro do alvo.

Decidimos treinar juntos, quando todos os tributos chegam Kyra vai para as armadilhas, e nós a seguimos. Estamos tentando fazer uma armadilha que prende tanto animais, quanto homens de tamanho adulto.

– Não é assim. – Kyra se dirige a mim. – Passe essa ponta para o lado direito.

– Obrigada. – sorrio para ela e ela retribui.

– Vamos para a área de plantas comestíveis. – Dan diz e me puxa. Digo tchau para Kyra e o sigo. – Tem uma garota ali, acho que seu nome é Silena, olha como ela elimina todas as frutas venenosas.

Silena tinha cabelos castanhos e era rápida, eliminou todas as venenosas em questão de segundos.

– Vamos observá-la também, se for mais forte não falamos com ela no almoço. – digo.

Durante todo o treinamento ficamos indo de um lado para o outro, de Kyra para Silena. Nenhuma das duas era boa em armas, mas Silena sabia usar uma adaga combatendo de perto.


Por coincidência ou não, na hora do almoço as duas estavam sentadas na mesma mesa. Sentamos-nos de frente para elas, Dan estava sério. Começamos a conversar e descobrimos que elas eram amigas de infância e Kyra era filha do seu próprio estilista. De perto percebo que os olhos de Silena eram de um tom castanho esverdeado e gentis, e sua pele era morena, como a de uma índia. Depois de tanto conversar, ela perguntou:

– Como aprendeu a jogar facas daquele jeito?

–Assisti todas as edições dos jogos e meu avô tinha uma réplica do centro de treinamento e eu treinava escondida. – Mas acho que ele sabia, eu quis completar. – E você, como consegue distinguir as frutas venenosas das comestíveis?

– Meu pai me ensina isso desde que sou criança, nunca soube o motivo. – ela responde. - Eu acho que ele sabia que haveria uma rebelião.

– Meu avô sabia que uma hora ou outra ia ter uma rebelião – digo pensativa. – Mas não me obrigou a fazer isso.

O assunto morre aí.

A hora do almoço acaba, conseguimos mais duas aliadas, Dan e eu entramos no elevador, eu aperto o botão do primeiro andar, e ele aperta o do sexto.

– Talvez um de nós consiga vencer. – Dan diz.

– Não aposte em mim. – digo com humor e não tenho sucesso. – Quer dizer, você é forte, consegue carregar vários quilos e atira facas e lanças muito bem.

– Mas você é mais esperta, observadora e tem uma ótima mira também. Se eu não ganhar... Quero que você ganhe. - ele fala e o elevador se abre.

– Bom, digo o mesmo para você. – digo e saio do elevador. – Até mais.


Entro no apartamento e Hasse está me esperando, sinto falta de almoçar com ele.

– Então...? – ele pergunta.

– Conseguimos mais duas aliadas. – ele abre a boca para falar, mas o interrompo. – Não são tão boas com armas, mas Kyra é boa com nós e Silena sabe sobre plantas e frutas venenosas.

Vemos TV até tarde e começamos a falar sobre a minha vida.

– Ele nunca foi tão carinhoso comigo. – digo me referindo ao meu avô. – Mas acho que em sua cabeça queria o melhor para o país e para mim.

Percebo que estou criando desculpas para defender meu avô e tento corrigir o que disse, mas Hasse não deixa.

– Você não tem como saber o que se passava na cabeça dele, e nem tem culpa de nada. –ele fala, seu olhar está preocupado como estava de manhã.

– É tão difícil de acreditar. Há algum tempo eu assistia aos Jogos Vorazes, e agora faço parte dele. Há um ano eu não acreditaria que isso fosse possível.

– Para ser sincero, nem eu. No começo achei que os cidadãos da Capital deviam pagar pelo que fizeram conosco, mas agora que conheço você... Acho que isso é cruel demais, e queria que fosse revertido, que nunca tivesse desejado isso.

Instantaneamente começo a chorar, não sei bem o motivo, mas acho que é pelo fato de que daqui a um dia eu estarei indo direto para o inferno. Hasse me abraça, seu olhar preocupado volta.

– Eu não quero morrer. – digo entre soluços.

– E você não vai, vou conseguir muitos patrocinadores para você, você é forte e inteligente, vai conseguir sair de lá viva. Eu sei que sim. Amanhã você terá uma sessão particular, vai mostrar tudo que sabe a eles, e vai tirar uma nota ótima. – ele fala me abraçando, nem parece o mesmo Hasse que tentou me matar e me desprezava.

Sei que os idealizadores são vitoriosos e sei também que eles não gostam de mim, provavelmente receberei a nota 0 só por ser quem sou.


Acordo na minha cama, mas não sei como cheguei lá, acho que adormeci no sofá e Hasse me trouxe. Hoje é o dia da sessão particular, tenho que mostrar todo o meu talento.


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