Nunca Vou Deixar Você Partir escrita por Diinh Oliveiraa


Capítulo 24
(Quase) Morte


Notas iniciais do capítulo

Gente, detalhe: Eu nem sei se realmente existe faculdade de detetive, mas independentemente de existir ou não, na minha fic vai ter
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Cap curto e chato, mas boa leitura :)



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POV: Katy.

   Acordei, tomei um banho e fui tomar café.

- Posso saber que história é essa de bouquet? - começou Alex.

- Bom dia, também te amo! - disse antes de rir.

- Parece que você acordou animadinha hoje. - comentou. - Mas quer fazer o favor de me contar que bouquet é esse?

- Eu peguei no casamento que eu fui ontem. - respondi.

Ela me olhou com os olhos arregalados.

- Isso significa que... vocês vão casar logo! - exclamou continuando sua reação de surpresa.

- Poisé, eu sei que ele é judeu e eu sou católica, então alguém vai ter qu...

- Não tô falando disso! - exclamou me interrompendo. - Você vai me deixar sozinha de novo! Mas dessa vez, é pra sempre!

- Ah, qualé! - disse indo abraçá-la.- Você sempre vai ser a minha best.

- Você quer dizer peste né? - comentou irônica.

- Não, é best mesmo. - disse sorridente. 

- Katy, você não tá com fome não? - perguntou Lily.

Me sentei na e começei a comer o pão que estava lá.

- E então? Como foi ontem? - perguntou Alex. 

- Foi legal. - respondi.

- Vai sair hoje?

- Vou. Vou passar o dia fora. Talvez só amanhã que eu esteja aqui.

- Onde você vai?

- Para São Francisco.

Ela jogou o leite que estava bebendo para fora.

- Katy, é muito longe e perigoso. - disse Alex. - E além do mais, é sexta feira!

- Não, eu tenho que resolver uns assuntos lá.

- Que tipo de assunto?

- Pra que você quer saber?

 Oras, eu estou preocupada com você!

- Não precisa! Eu sei me cuidar, e além do mais, eu vou voltar sã e salva pra casa!

Ela pareceu engolir a desculpa.

- Tem certeza, Katy? - perguntou Lily. 

- Absoluta, Lily. - respondi. - Eu queria poder levar você. De verdade. Mas eu infelizmente não posso.

- Ok, vá arrumar as malas e ir direto para o aeroporto. - disse Alex me fazendo levantar da cadeira.

- Mas e o Kyle? - perguntei.

- Não se preocuope com ele, damos um jeitinho nele. - respondeu Alex piscando.

- Obrigada, Alex. - disse a abraçando. - Depois de todo esse tempo, você foi uma das únicas pessoas que me compreendeu todo esse tempo.

- Ok, ok, vamos deixar isso para quando você voltar? - perguntou Alex. - Agora, vá lá e arrume suas coisas.

Fui e Lily me seguiu até o quarto. Lily me contava sobre São Francisco. De acordo com ela, era uma cidade realmente perigosa, e eu não devia ficar dando sopa na rua, mas eu infelizmente, tenho que ir.

Quando Lily saiu, fui dar uma olhada nos meus e-mails. Nada. Talvez eu deva ir até São Francisco para receber um.

Depois que eu arrumei minhas malas, me despedi delas e fui até o aeroporto, onde comi, comprei a passagem e fui. Demorei três horas e meia de viagem.

Quando cheguei lá, o aeroporto estava mais lotado do que os aeroportos comuns. Começei a analisar melhor o local e vi uma espécie de TV, em que estava escrito: "Sejam Bem Vindos á São Francisco" e logo em seguida, vinha a hora para mudarmos dos nossos relógios. Ajustei meu relógio e fui encontrar um hotel. Fiquei com um hotel perto do aeroporto, caso eu precise fugir urgentemente.

Alguma coisa na minha cabeça dizia para mim pegar aquele hotel. Alguma coisa pode acontecer aqui e eu possa correr perigo. 

- Bom dia, senhora. - disse a recepcionista de cabelos longos e cacheados. - Poderia ajudá-la?

- Sim, por favor... - Começei. - Eu gostaria de um quarto.

- Para quantos dias?

- Não sei ao certo... Posso deduzir dois dias.

- Solteiro, certo?

- Sim.

- Quarto luxuoso ou simples?

- Simples.

Ela deu um sorriso e me entregou a chave.

- Andar quinze quarto 462. - disse a recepcionista.

- É, poderia em dizer quanto é?

- Ah, sim. São cem dólares por noite. 

Fazer o que né? - pensei. Peguei a chave.

- Obrigada. -disse antes de ir até ao elevador.

Mais gente entrou comigo no elevador. Entrou uma moça, que, pelas suas roupas, parecia ser uma secretária.

- Oi. - disse a moça. - Sou Jannette Collins. Muito prazer. - disse timidamente e com um sorriso amarelo.

- Oi, sou Katy Marshal. - respondi. 

- Você me deixou curiosa agora... Você tem um jeitinho de ser médica...

- Não, não... Muito pelo contrário - respondi rindo. - Sou uma futura detetive.

- Ah, que legal! - exclamou. - Essa é a minha primeira vez que encontro uma detetive mulher.

Dei um sorriso.

- A propósito, você parece ser secretária. - comentei.

- Sim, sou secretária de uma advocacia. - confirmou. - Mas estou aqui para estudar um caso.

- De onde você é?

- Miami. E você?

- Sou de Nova Iorque.

- Bela cidade, a de Nova Iorque.

- Ah, é sim... - respondi lembrando do meu ano novo perfeito com o Kyle.

O silêncio reinou entre nós.

- Poderia me contar um pouco do caso que você está estudando? - pedi.

- Bem, uma mulher quer se separar do marido. Coisa muito comum. - disse. - Esse casal tem três filhos. O marido tem filhos fora do casamento. Sabe que eu fiquei decepcionada pela mulher? - comentou. - Você deposita toda a sua confiança em um cara e ele te trai desse jeito tão... frio.

- No seu lugar eu também ficaria. - disse. - Mas o que o marido disse?

- Eu ainda vou estudar um pouco da parte da esposa. - respondeu. - A parte do marido vou estudar daqui a três dias.

- É até deduzível isso, não é? - comentei. - O marido trai a esposa porque não a ama mais, a esposa toda apaixonada pelo cara, quando recebe a noticia se decepciona e não quer nem mais olhar para a cara dele, mesmo tendo três filhos com ele.

- Pode ser que tenha outra coisa. Mas, tem uma boa chance de ser essa teoria. 

As portas do elevador se abriram e nós saimos depois de nos despedir.

O meu quarto ficava bem distante do elevador. Infelizmente.

O quarto era realmente, um quarto bem simples, mas bem decorado. Tinha até uma sacada.

Coloquei minhas malas perto do guarda roupa e fui deslumbrar um pouco a vista da sacada. Era linda. 

Uma leve brisa fria balançou um pouco meus cabelos, e obviamente, me lembrei dele, do Kyle.

Como eu gostaria de estar com ele agora, estar envolta nos braços dele e sentir o calor dele. Ouvir as palavras bobas e fofas que ele tem a me dizer. Rir do ciúmes dele.

Dei um suspiro para afastar todos esses pesamentos. Ele não pode estar envolvido nessa situação. Mas para matar a saudade, decidi entrar, fechar a porta da sacada e ligar para ele deitada na cama.

- Alô? - disse.

- Oi, Judeu! - disse.

- Oi Perfeição! - disse. - Você está no seu apartamento?

- É... não.  - respondi hesitante.

- Onde você está então?

- Eu estou em São Francisco.

- O QUE?!

- Precisa berrar no telefone?

- Preciso, cassete, eu sou seu namorado e estou MORRENDO DE PREOCUPAÇÕES AQUI!

- Calma, eu não vou morrer ainda! Eu sei me cuidar, lembra? - disse provocativa.

- Por que você não me chamou para ir com você?

- Estou trabalhando, Kyle. Estou resolvendo alguns negócios do trabalho.

- Nada a vê.

- Dá para parar de ser chato?

- Ok, parei.

- Eu liguei para te dizer que eu estou morrendo de saudades de você, meu Judeu!

- E eu também. Não só de saudades, como de preocupação!

- Calma, amor da minha vida, eu vou voltar já já para Nova Iorque.

- Espero mesmo.

- Nossa! Nem um "Eu te amo" você me retribui, hein!

- Eu te amo, minha Perfeição, minha razão de viver! Eu estou morrendo de saudades aqui, viu? Eu te amo muito, muito, muito, muito, muitoooo! - disse com um toque de exagero.

- Ok, eu senti o tom exagerado. Espero que seja verdade tudo isso.

- E você ainda não sabe que tudo isso é verdade?

- Estou quase convencida... - disse. - Me dá uma prova para me convencer um pouquinho mais.

- Não dá para provar por telefone!

- Então tá, Judeu... Vou desligar. Te ligo mais tarde.

- Ok, eu te amo.

- Também te amo.

E desligamos.

Dei um suspiro me levantei.

Abri o notebook, coloquei na minha página de e-mails, e finalmente, havia um, contendo um número de telefone.

Liguei para ele.

- Alô? - perguntei.

- Katy Marshal, o que você está fazendo aqui, em São Francisco? - disse o cara, com um viva voz exagerado que até me dava uma pontada de medo.

- Quero descobrir o assassino dos meus pais! - disse.

A pessoa riu. 

- Não precisa mais investigar, Katy, logo, logo ela aparecerá para você. Até breve, Katy Marshal. - e o telefone desligou.

De repente, o telefone tocou novamente.

- Alô?- perguntei.

- Katy, sou eu, Derek. - arregalei os olhos. - Saia da cidade, imediatamente, senão, ele vai te matar.

- Ele quem?

- Não dá tempo! Vá!

Desliguei o telefone e peguei minhas coisas correndo. Sentia adrenalina arder nas minhas veias. 

Seu instinto estava certo o tempo inteiro. - pensei.

Podia sentir a bala me atravessando, por isso, naqueles momentos, eu respirava ofegante e profundamente.

Na recepção, paguei cem pratas e saí de lá correndo, sem falar com ninguém. 

No aeroporto, paguei a passagem e fui para o avião.

Pode-se dizer que eu escapei com sorte de lá.

Mas, afinal, esse "ele" que Derek se referia na ligação, é o assassino dos meus pais?

Disso, havia uma boa chance de ser verdade.


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Notas finais do capítulo

Eai?