Nunca Vou Deixar Você Partir escrita por Diinh Oliveiraa


Capítulo 23
Casamento


Notas iniciais do capítulo

Eaí? Tudo bem? :)
Espero que gostem desse cap X*
Boa leitura



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POV: Katy.

O celular desperta, pego o celular e o desligo.

- Meu Deus, Katy! Você vai para a faculdade hoje? - perguntou Lily acordando.

- Não... - respondi. - É que eu coloquei o despertador do celular para me acordar todo dia nesse horário. - tosse. -  Eu esqueci de desmarcar a opção lá... - disse me sentando na cama e passando a mão no cabelo.

- Então, vamos dormir. - disse se sentando na cama também.

- Na-na-ni-na-não. - disse. - Vou fazer alguma coisa útil.

- Tipo o que?

- Limpar o apartamento, fazer algumas comprinhas...

- Nesse frio você vai limpar o apartamento?

- Eu tenho que deixar ele limpinho, não é?

- Mas você está doente!

- Eu sei... 

- Já que insiste... - disse voltando a dormir. - Boa sorte.

- Obrigada... - disse me levantando e trocando de roupa.

Após trocar de roupa, fui limpar o apartameto. Varri, organizei as coisas para jogar água, joguei água, coloquei sabão e esfreguei, sequei e passei desinfetante. Alex foi trabalhar e levou a Lily. Depois de tudo estar limpinho, fui lavar a louça, passar pano em alguns móveis, arrumar e limpar meu quarto, lavar o meu banheiro e, no fim, tudo estava limpinho. Peguei as roupas sujas e fui até a lavaderia do apartamento. Coloquei as roupas sujas e esperei elas lavarem e secarem nas máquinas. Depois, voltei para o meu apartamento, guardei as roupas e liguei para Alex:

- Oi, Katy! Tudo bem? - disse Alex.

- Eu estou bem sim - tosse. -  e aí?

- Tudo bem, também. - respondeu. - A Lily está se comportando como se fosse uma princesinha! Ela é tão fofinha! *---*

Ri.

- Que bom que ela esteja se comportando aí. - disse. - Liguei para avisar que lavei suas roupas sujas e da Lily também. Avisa ela, tá?

- Ah, obrigada. - respondeu. - Já terminou de limpar aí? 

- Graças a Deus que sim!

- Graças a Deus mesmo! - respondeu. - Você começou a limpar cedo até...

- É verdade... - respondi olhando no relógio. Duas e meia da tarde.

- Agora eu vou desligar para você poder ir almoçar. - disse. - Até logo!

- Até... - disse desligando o telefone.

Minha barriga começou a roncar de fome. Coloquei uma roupa quente e fui almoçar no restaurante do apartamento. Faço um prato bem cheio e me sento na mesa, com ninguém mais no restaurante. De repente, a Sra. McPhill aparece.

- Boa Tarde, minha querida! - disse se sentando na mesa. - Isso é hora de almoçar?

- Eu estava limpando o apartamento.

- Ah tá... - disse. - Recebi uma cobrança hoje...

Toda vez que ela falava de cobrança, era para mim essa cobrança. Para pagar o apartamento.

- Dessa vez tem alguma inflação incluída para pagar? - perguntei.

- Não. Por que você sempre me pergunta isso?

- É porque sempre tem alguma. - tosse. - Mas hoje é milagre.

- E a senhorita já está doente, né? - disse.

- Pois é, saí do trabalho na chuva esses dias...

Ela se levantou. 

- Quer dizer que está tudo bem? - perguntou.

- Com certeza. - respondi.

- Então tá. - respondeu. - Vou embora, tchau.

Ela foi. Termino de comer, e recebo uma mensagem:

"Tudo bem aí, Perfeição?

De: Kyle
         Para: Katy."

Mordo um lábio e respondo:
   
         "Tá sim. =) E aí?

De: Katy
          Para: Kyle."

Me levanto da mesa e vou para o meu apartamento.

  

"Aqui tá bem sim. Só enviei aquela mensagem para conferir se você não se jogou do Empire State.

De: Kyle
         Para: Katy."

   "Por que eu me jogaria do Empire State agora?

   De: Katy
   Para: Kyle."

   "Bem, eu não sei. Mas eu tenho esperança de que você faça isso.

   De: Kyle
            Para: Katy."

             "Quer dizer que você quer que eu me jogue? Eu farei o maior prazer de fazer isso sem hesitar.

   De: Katy
            Para: Kyle."

    "NAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAO, é claro que eu não quero que você se jogue.
              E além do mais, você não queria realizar aquele meu pedido?

   De: Kyle
             Para: Katy."

   "É claro que eu quero.

             De: Katy
            Para: Kyle."

   Cheguei no meu apartamento. Troco de roupa, pego o meu dinheiro para pagar o apartamento e mais um pouquinho para fazer uma comprinha.

Desço na recepção, pago e pego um taxi para o supermercado.

No supermercado, faço as comprinhas, pago, vou para o meu apartamento por taxi, guardo as coisas e vou ver minnha caixa de e-mail. Nada de mensagem.

Pego minha toalha e vou tomar um banho. Depois do banho, me arrumo e vou até o apartamento do Judeu.  

Na ampla sala deles, Kenny estava nervoso.

- O que aconteceu, Kenny? - perguntei sussurando.

Ele olhou para mim e se sentou do meu lado do sofá.

- Eu acho que... eu estou apaixonado. - respondeu sussurando.

O Kenny, apaixonado. É melhor eu acreditar nisso.

Uma cara meio desligado, que se isola do restante só não sei o porque e assiste canais adultos, apaixonado.

- E qual é o problema de estar apaixonado? - perguntei, sussurando.

- A garota é linda.

Dei um risinho.

- Fala sério, Kenny. - disse sussurando. - Para de elogiar um pouquinho a garota e me fala qual é o problema!

- Eu tô falando sério! - sussurou Kenny. - Ela é linda e eu não!

- Meu Deus, Kenny... - sussurei passando a mão no rosto fortemente. - Para de se achar feio! Você não é feio!

- Fale por si mesmo. - disse.

- Calma, Kenny... - disse o abraçando. - Não pense assim...

- Como não pensar? Eu tô apaixonado pela garota...

- Eu sei, Kenny... - disse. - Você só percisa mudar seu visual. Venha, vamos fazer compras.

- Não precisa, eu já fiz um monte de compras por causa disso. - disse. 

- Então vamos no seu quarto. - disse. - Vai se encontrar com ela hoje?

- Vou. Na praia.

- Que bonitinho! - exclamei.- Vamos.

Nos levantamos e fomos no quarto dele.

- Você tem que aposentar esse seu casaco laranja. Na verdade, a sua roupa inteira, Kenny... - disse abrindo o armario dele.

Começei pelas roupas novas. Peguei uma calça jeans, uma blusa azul escura e um casaco laranja e coloquei em cima da cama.

- Vista isso aí. - disse.

- Mas o casaco laranja é quente e confortavel!

- Não interessa, Kenny! - disse.- Você com essa roupa parece um bombeiro. Anda!

Ele pegou a roupa e foi para o seu banheiro.

Fui ver os sapatos dele. Peguei um tênis parecido com um All Star e uma meia qualquer para ele.

Me sentei na cama dele e esperei ele trocar de roupa. 
   Logo ele saiu.

- Toma, coloque isso. - disse dando os tênis para ele.

Ele colocou. Agora estava parecendo um garoto normal.

- Vai, senta aqui. - disse. Ele se sentou na cama dele.

- O que você vai fazer? - perguntou.

- Alguns ajustes. - respondi.

Fui no banheiro dele. Peguei um pente e começei a pentear o cabelo dele de um jeito que ficasse bonito.

- Tem certeza de que eu não estou ficando feio? - perguntou.

- Ai, Kenny, para com isso! - exclamei.

Depois que terminei de pentear o cabelo dele, ele foi escovar os dentes. 

- Katy!! Onde você tá? - perguntou Kyle. 

Fui até a porta, abri e respondi:

- Pera só um minuto, Judeu. 

Fechei a porta e voltei a me sentar na cama dele.

Logo ele saiu. 

- To bonito, não to? - perguntou.

- Aham, tá seduzindo. - disse. - Prontinho para a garota.

- Qualé. Eu nunca vou ficar com ela. Para que tudo isso? - disse.

- Kenneth McCormick! - exclamei. - Dá pra parar de ser negativo? Tudo pode acontecer. Ela pode ficar com você. 

- Ok, parei... - disse. - Só não conta pra ninguém, ok?

- Ok, ok... Vamos.

Saimos do quarto e fomos na sala.

Todos ficaram emboquiabertos. Cartman deixou cair a barra de cereais que ele destava comendo.

- O que foi, gente? - perguntou Kenny corando.

Não pude deixar de rir da reação de todos, incluindo do Kenny.

- O que tá acontecendo aqui? - perguntou Cartman.

- A Katy tava brincando de barbie com o Kenny. - respondeu Stan rindo. - Ele é até loirinho.

- Rá rá rá, Muito engraçado Stan. - disse.

- É Stan, pode parar. - disse Kyle vindo até mim.

Kyle estava de smooking. Ele estava bonitinho com seu smooking e seu chapeu verde. Dei um risinho.

Stan apenas riu mais ainda. Cartman e Kenny começaram a rir também.

- Vem, vamos para o meu quarto. - disse me puxando pela mão.

Fomos para o quarto dele.

- Eaí, o que você fez com o Kenny? - perguntou todo ciumento.

- Ah, por favor, eu só tava arrumando ele. - respondi. - Ele com aquela roupa parecia um bombeiro.

- Por qual motivo?

- Eu só queria ajudar ele a seduzir muito, ué. - disse antes de rir.

- Não é engraçado o meu ciúmes, ok?

- Bem, agora você admite que você é o ciumento, e não eu.

- Mas você também é ciumenta!

- Quem ama cuida. A situação é diferente.

Ele revirou os olhos e me abraçou.

- Você vai me contar ou eu vou ter que descobir da maneira difícil? - disse.

- Que maneira difícil? - perguntei. - A de se achar o Sherlock Holmes?

- É.

Não pude deixar de rir.

- Tá, o que aconteceu? - perguntou. - Você acordou felizinha hoje?

- Você é uma comédia... - respondi parando de rir.

- Ok... - disse. - Vamos a um casamento hoje á noite?

- Que horas?

- As seis.

Olhei no relógio. Cinco e vinte um.

- Ok. Vamos.

- Tem certeza? Tá em cima da hora, para você. - disse.

- Como assim?

- É que você demora para se arrumar, né?

- Aff, Kyle, você me entedia. - disse. - Vamos pro meu apartamento.

No meu apartamento, fomos para o meu quarto. 

Escolhi minhas roupas e fui trocar de roupa no banheiro. Peguei um vestido vermelho até para baixo dos joelhos, uma meia calça cor de pele, um salto azul marinho e um sobretudo bege.

Quando saí do banheiro, fui vestir o anel que ele me dera ontem. 

- Agora, quem está seduzindo é você. - disse o Judeu.

Dei um risinho e mandei uma mensagem para Alex dizendo que eu ia sair para um casamento com O Kyle.

No taxi, ele estava distraído olhando para a janela. Não pude evitar de pegar sua mão e entrelaçar nas minhas e depois, encostar minha cabeça no ombro dele. Ele olhou para nossas mãos e disse:

- Sua mão está gelada. 

Dei um sorriso.

Ele abriu minha mão e viu o anel.

- Nem imaginava que você fosse usá-lo. - comentou sorridente.  

- Ele é como se fosse a minha jóia favorita. - disse. - Porque foi você que me deu.

Ele escancarou outro sorriso.

- Fico feliz por te agradar.

- Não precisa ficar me agradando. Você sabe que eu amo você, e não esse anel.

- Mesmo assim, eu gosto de te ver bonita.

Ri. Eu bonita. Só se for um clone meu.

- O que foi?

- Nada. - respondi parando de rir.

Logo o taxi chegou na igreja. Kyle o pagou e saimos.

Ele pegou minha mão e entramos na igreja. A igreja era linda, no teto havia imagens de anjos, e as paredes eram azul claro. Nas paredes também haviam janelas, e em volta das janelas haviam adornos dourados.

- Essa igreja é linda. - comentei me sentando no banco.

Nos sentamos em um banco á esquerda de um tapete vermelho que ia até o altar. É onde os noivos iam passar.

- Se você quiser, a gente pode casar aqui. - sussurou no meu ouvido.

Corei.

- Eu posso renegar a minha religião para ficar com você. - sussurou.

- Você não vai renegar a sua religião por minha causa. - testemunhei.

- Me dê um motivo para mim não fazer isso.

- Não tenho nenhum motivo para te dar, apenas sinto que isso não é certo. 

- Acho que você não entendeu o meu pedido. - disse. - Quando eu digo que quero ficar para sempre com você, nem a morte vai nos separar.

- Mas Kyle, eu não quero que você renegue a sua religião só para ficar comigo. E se não der certo?

- Vai dar certo. Eu vou fazer de tudo por você.

- É melhor não casarmos. Vai dar uma tremenda confusão.

- Então só ficaremos juntos, sem casamento, nem nada.

- Não vamos discutir isso aqui.

Então, o casamento começou e ele me abraçou por trás. 

O primeiro a entrar foi o noivo. Um rapaz de cabelos negros e olhos castanhos.

O rapaz, quando viu nós dois, deu um sorriso e continuou a andar sorridente.

- Já está substituindo o Stan? - perguntei.

- Não, pelo contrário... - respondeu rindo baixinho.- Eu sou o melhor amigo do Dave.

- Ele pareceu mais feliz quando te viu. Não parou mais de sorrir.

- É.

- Ele também me conhece?

- Com certeza.

A noiva, de repente, entrou. Era uma loira linda, de olhos claro. Por um instante, me lembrou a Addie.

O casamento correu bem. Foi linda a cerimônia. Depois, fomos para o lugar da festa - um quisque gigante perto de um lago. Tinha até um DJ para tirarum pouco a formalidade da festa.

Eu e Kyle nos sentamos em um lugar mais próximo do lago.

- Gostou da cerimônia? - perguntou.

- Amei. Foi muito fofa. - respondi sorrindo. 

- Se você quiser passar por aquilo, será um prazer renegar a minha religião por você.

- Kyle, você é mesmo teimoso. - disse suspirando. - Você não vai renegar a sua religião. E se nosso casamento não der certo e você não puder salvá-lo? Você vai ter feito tudo isso por nada? - tosse. - Não vamos falar mais desse assunto.

Ele suspirou e uma garçonete veio. Trouxe um pratinho de doces e um de salgadinhos. Atrás dela, veio outro garçom com taças com vinhos sem alcool.

Começei a comer os docinhos.

Ele esfregava os braços e respirava fundo, como se houvesse dito algo errado e estivesse refletindo.

Peguei a mão dele e disse:

- Não se culpe, ok? Ainda é cedo para conversarmos sobre isso. Se você quiser renegar a sua religião para casar comigo, renegue, mas eu só não quero que se arrependa de ter feito isso se...

- Eu já te disse, nada vai nos separar. Eu te amo mais que tudo e eu juro que eu não vou me arrepender de ter feito essa escolha. - disse me interrompendo.

 - Eu também te amo, e muito. Só não quero que faça as escolhas erradas. - disse.

O noivo, de repente chega e cumprimenta todos os convidados. Depois dos cumprimentos, ele vem, junta uma mesa com a nossa e se senta do meu lado.

- Eaí, Judeu? - disse. 

- Tudo bem? - respondeu Kyle.

Fiquei com ciúmes dele ter chamado o Kyle de judeu.

- Tá sim, como não estaria? - respondeu. - Tudo bem, Katy?

- Tudo sim. - respondi sorridente. - Parabéns!

- Ah, obrigada. - respondeu. - Mas espero que vocês sejam os próximos a sair daquela igreja de vestido branco e de terno.

Corei. O Kyle riu.

- Estamos pensando sériamente nisso. - disse Kyle.

- E então... David, né? - começei.

- É. Mas pode me chamar de Dave.

- É, Dave. Como você me conhece?

- Ah, esse carinha aí - olhou para o Kyle, e ambos sorriram. - Não para de falar de você durante a aula.

Dei um risinho.

- Ah, a Katy não vai querer falar comigo se descobrir que a Rebecca me beijou... - imitou.

Ele fez uma cara de expectativa. Dave reagiu como se tivesse dito alguma coisa errada.

- Até pra ele você conta e não pra mim? - perguntei, mostrando estar indignada, mesmo estando conformada da situação.

- Você já me perdoou. - deu de ombros.

- Esse cara aí, só fala de você. - continuou Dave. - Esse cara é lunático, ele é hipnotizado por você.

- É percebível. - disse sorrindo. - Ele me fez passar maior vergonha em um restaurante ontem.

Dave olhou para Kyle.

- Você cumpriu aquele plano? - perguntou Dave.

- Cumpri sim. - respondeu Kyle sorrindo. - Foi em um restaurante perto do Empire State.

- Caso eu precisase me matar. - completei.

Ele riu.

Meu telefone tocou.

- Com licença, vou até ali atender. - disse. - Fiquem aí, por favor. - disse saindo de lá.

Fui até perto do lago e atendi.

- Alô?

- Alô, Katy, é o Kenny.

- Ah, oi, Kenny!

- Katy, eu preciso da sua ajuda. - disse. - Tem um salva vidas aqui que tá dando em cima da Amy.

- Quem é essa Amy? É a sua garota?

- Aham.

- Bom saber. - disse. - Bate nesse salva vidas, mostra que ela já tem dono!

- E se eu apanhar? Ele é mó fortão...

- Pelo menos você tentou.

- E se eu não quiser bater nele?

- Bate nele logo, Kenny!

- Ok, valeu. - disse cabisbaixo.

- Você está tão apaixonado pela garota que não consegue nem pensar.

- É o ciúmes que tomou conta. - disse após rir. - Novidades aí?

- O Kyle já tá pensando em renegar a religião pra casar comigo.

- Que legal!

- Legal?! - exclamei. - Hum, bem, não conta pra ninguém, ok?

- Ok, aproveita aí a festa. - disse. - Tchau.

- Tchau. - disse desligando o telefone.

Fui até a mesa e me sentei.

- Quem era? - perguntou Kyle.

- Para de ser curioso, Kyle! - exclamou Dave.

- Ela é a minha namorada e eu tenho o direito de saber! - testemunhou Kyle.

- Ok. - disse Dave com cara de: "o.O"

- Era o Kenny.

- O que ele queria?

- Kyle, dá pra parar? Eu amo você, e só você. Você sabe muito bem disso, ou quer que eu desenhe?

- Eu gostaria de ver o seu desenho. - disse Kyle sorridente.

- Você adora provocar, né? - disse Dave.

- Exatamente, Dave. - disse sorrindo.

De repente, as luzes se apagam, e o DJ presente coloca aquelas luzes coloridas. 

- A minha diva chegou. - disse Dave se levantando.

Quando o noivo se posta do lado dela, as luzes voltam ao normal e a noiva cumprimenta os convidados do lado do noivo.

- Qual é o nome dela? - perguntei.

- Angelique. - respondeu. - Ela é bonita, né?

Dei um olhar fuzilante para ele.

- Que foi? - perguntou rindo.

- Ela é do Dave e seus elogios devem ser voltados á mim.

- Desculpe, ciumenta. - disse. - Agora é você que está toda ciumenta.

- Posso até estar com ciúmes agora, mas estou com razão. - disse cruzando os braços. 

Ele deu um sorriso e não respondeu. Ficamos olhando os noivos se aproximarem aos poucos da gente. Quando finalmente chegaram na nossa mesa, Dave se sentou perto de Kyle e Angelique do meu lado.

- Oi, tudo bem? - disse. - Sou Angelique.

- Tudo sim. - respondi. - Sou Katy, Kyle já deve ter falado de mim pra você, não é?

- E como falou. - disse sorridente para ele. - Fico feliz por ele ter encontrado uma namorada linda. 

Corei.

- Você também é linda. Aliás, está bonita hoje. - disse.

- Obrigada. Devo dizer o mesmo.

- Angelique, filha, você tem que trocar o vestido! - disse uma mulher mais velha, na nossa mesa.

- Já vou. - respondeu se levantando. - Quer ir com a gente?

- Se não foi incômodo. - disse me levantando também.

Fomos para os fundos do quiosque, onde havia os banheiros. Angelique parava toda hora no caminho para dar atenção aos seus convidados.

- Vista esse vestido. - disse a mãe dando um vestido branco que ia até a metade da canela de seda. - Você se incomoda em esperá-la se trocar? - se voltou para mim.

- Não, não. - respondi fazendo um gesto negativo com as mãos abertas.

- Então está tudo bem. - disse a mãe saindo.

- Segura o meu bouquet para mim? - pediu.

Peguei o bouquet de rosas vermelhas, brancas e rosas.

- Bonito, o bouquet. - comentei.

- Obrigada. - disse ela enquanto pegava o vestido e indo para um vestuário.

Esperei alguns minutos e ela saiu dali, deslumbrante como todos esperávamos.

- Podemos ir? - perguntei.

Fomos até a mesa. 

O restante da festa foi tranquila. De repente, o DJ pedia para os noivos irem dançar a valsa, e depois, todos os casais. Eu e Kyle fomos. Foi o maior desastre.

Ele pisou no meu pé, me abraçou nervosamente, começava a parar de dançar para rir. Fiquei morrendo de vergonha. Quando fomos voltar para a mesa, Dave e Angelique choravam de rir.

- Meu Deus, Kyle, tenho muito dó da Katy. - disse Dave. - Você fez a coitada passar vergonha!  

- Poisé, Dave. - concordei.- Tô começando a me acostumar com isso. - após dizer isso, tirei os dois saltos e coloquei embaixo da mesa.

- Vocês acham isso vergonha? - perguntou Kyle. - Peraí que eu já volto.

Ele se levantou da mesa e foi em direção do DJ. Ele foi falar com o DJ. Depois ele voltou e parou em frente da mesa.

As luzes de repente se apagaram e as luzes coloridas do DJ foram acesas novamente.

- Katy Marshal, aceita uma dança com Kyle? - perguntou o DJ com uma voz disfarçada.

Todos começaram a procurar por mim.

- Opa, quem é Katy Marshal? - fingi de sonsa para não ir.

- Vem, Katy! - pediu Kyle.

- Não, tô bem aqui. - disse.

- Qualé, não me faça berrar.

- Não ouse fazer isso!

- VENHA, KATY! VAMOS DANÇAR MAIS UM POUCO! - berrou.

Dave e Angelique se desataram a rir. Todos começara a prestar atenção em mim.

Meu sangue começou a fumegar.

- Não, obrigada. - respondi.

- AH, ELA NÃO QUER, GENTE! - berrou Kyle novamente. - VAMOS INSISTIR!

E todo mundo começou a gritar: "Vai!" repetidas vezes. E a maioria do povo é jovem. Kyle se desatou a rir.

- Eu te mato, Kyle Broflovski. - ameaçei apontando o dedo.

- Apenas venha! - disse.

Vesti meu salto e fui até ele. Ele me pegou pela cintura e fomos até a pista de dança vazia. Todos param de gritar.

Kyle fez um sinal para o DJ, que tocou uma música lenta.

- Bem, agora eu posso ver um lado bom. - começou Kyle. - Aqui não tem um prédio gigantesco como o Empire State.

- Eu te mato. - ameaçei. - Você sabe o quanto eu te odeio?

- VAMO! COMEÇA A DANÇAR AÍ! - gritou uma voz.

Ele colocou suas duas mãos na minha cintura e eu coloquei minhas duas mãos no ombro dele hesitante, e então, dançávamos. Ao decorrer da música, fomos aproximando nossos rostos. Quando acabou a música, as luzes se ascenderam e todo mundo gritava, aplaudia ou assobiava. Voltamos a nossa mesa.

- Ownt! Vocês fazem um casalzinho tão fofo! - disse Angelique. - Espero que vocês se casem um dia.

- E nós vamos, nem que eu tenha que pedir em público. - disse Kyle.

- Você é um babaca, Kyle. - disse batendo nele e ele chorando de rir.

- Ok, chega de pagar micos. - disse Kyle. - Tem algum lugar mais reservado aqui?

Angelique sorriu e eu corei.

- Tem, aqui do lado tem um labirinto de arbustos iluminado. Bem romântico, né? - comentou sorrindo. - Cuidado para não se perderem.

Kyle se levantou e eu também. Ele pegou meu sobretudo e eu o vesti. Fomos até aquele labirinto.

Andamos um pouco, até ele se distrair e eu pegar outro caminho. Ele começa a me procurar desesperadamente.

- Katy! - chamava. Eu apenas ria.

Peguei um caminho para a direita, depois para a esquerda e para a esquerda novamente. E então, não havia saída.

- Ótimo, agora vai ser fácil para você me encontrar! - disse.

De repente, vejo um pessoa subir em cima do arbusto e descer na minha frente. Advinha quem é, né?

- Você é um cara idiota que eu nem sei descrever direito. - disse colocando a mão do peito dele.

Ele segurou minha mão. 

- Sua mão é macia. - e deu um sorriso.

Dei um sorriso e ele me abraçou.

- Adoro quando você me abraça. - comentei. - Seu abraço é bom.

Ele me apertou ainda mais por um momento. Logo, ele me soltou um pouquinho e eu lhe dei selinhos seguidos.

- Para, para! - disse entre os selinhos. - Se - selinho - você - selinho - continuar - com - selinho - os - selinhos - PARA!

Parei rindo. Ele me abraçou e me fez olhar nos olhos dele.

- Você é teimosa. - comentou.

- Eu sei que eu sou. - disse sorrindo, o que pareceu o provocar ainda mais. - O que você ia fazer se eu continuasse com os selinhos?

- Eu ia pegar você aqui mesmo. - disse sorrindo maliciosamente. - E não seria legal.

Dei um tapa no braço dele, que me soltou. Corri voltando para a festa.

- O que foi? Você estava me provocando! - disse correndo atrás de mim.

Corremos até a festa e voltamos para a mesa.

- Puta merda! - exclamou Dave. - Já pensei que estavam no rala e rola!

- David! - exclamou Angelique batendo no braço do noivo.

Corei e Kyle me pegou pela cintura. Depois, nos sentamos e eu tirei meus saltos.

- Dave, cala a boca, cara. - disse Kyle após se sentar na mesa.

- Vou jogar o bouquet. - disse Angelique. - Vem, amor.

Angelique pegou a mão de Dave e foi pegar seus bouquet com a mãe de Angelique.

Kyle veio e se sentou do meu lado.

- Eu te amo, sua loira fatal. - disse sorridente. - Você quase me deu um troço no labirinto.

Dei um sorriso.

- Fico feliz por isso. - respondi. 

- Ah, eu te amo, Perfeição. - disse me dando um selinho.

Sorri.

- 1, 2 3 e... - contava a noiva para jogar o bouquet. - Já!

- Hey Katy! - chamou Kyle. - V...

Uma coisa caiu no meu colo. Quando peguei, levei uma baita surpresa: Era o bouquet.

- Eu falei que a gente ia casar, e rapidinho. - sussurou Kyle no meu ouvido.

Corei e peguei o bouquet me levantando. Angelique veio até mim e me abraçou.

- Parece que joguei forte o bastante para você pegar. - disse Angelique no meio do abraço.

Ela me soltou.

- Sim, você jogou. - respondi sorridente. - Afinal, por que você me escolheu?

- Porque eu quero que você seja a próxima a casar. - respondeu. - E com esse judeu aí. - disse dando um soco no ombro do Kyle.

Depois de ficarmos mais um pouquinho, fomos embora. 

No taxi, eu ficava vendo o maravilhoso bouquet.

- Gostou do nosso passeio? - perguntou Kyle, quebrando o silêncio.

Eu olhei para ele alguns segundos. Ele parecia estar preocupado. Tentei fazê-lo relaxar, enconstando minha cabeça no ombro dele, e ele colocou a mão na minha cintura por trás.

- Eu adorei. - respondi.

Ele sorriu. No meu apartamento ele me deu um beijo de despedida e se foi.

Entrei no meu quarto suspirando, Lily estava lá á minha espera.

- Eaí, Cinderela? - perguntou Lily. - Foi no casamento errado? Era para ser o seu, né?

Rimos baixinho e eu me troquei no banheiro.

- Foi perfeito, o casamento. - disse. - E até peguei o bouquet.

- Sério?! 

- Aham. Tá la na cozinha.

Ela foi ver o bouquet.

Sai do banheiro com pijama e ela voltou.

- Lindo o bouquet. - comentou. - Você vai casar logo.

Sorri. Mas a noiva jogou para mim de propósito!

 - Bem, se eu vou casar logo é novidade. Onde você estava ontem á noite, mocinha?

Ela corou.

- Eu conheci uma pessoa. - respondeu.

- Um menino?

- Não. Uma menina.

- Qual é o nome dela?

- Amy. Amy Simons.

Será que é a garota do Kenny?

- Hum... Está com fome? - perguntei.

- Não.

- Vamos dormir então. - disse. - Boa noite. - apaguei o abajour e dormi.


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Notas finais do capítulo

Grande o cap né? kkk'