Nunca Vou Deixar Você Partir escrita por Diinh Oliveiraa


Capítulo 25
Funeral


Notas iniciais do capítulo

Não pensem que esse cap é triste, ok kkk'
E, além do mais, eu tô achando esse cap chato, mais vou postar para não deixar vocês na mão
Boa leitura =)



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POV: Katy.

- Sejam bem vindos a Nova Iorque!

Dei um suspiro de alívio. Não parava de pensar no perigo que eu estava correndo. Mas, eu pensava mais no Kyle, apesar da situação em que eu estou, ainda correndo perigo.

E se ele estiver aqui, no avião em que eu estou?

Olhei á minha volta, não havia ninguém parecido com o Derek aqui. Voltei a olhar para frente, onde eu estava olhando.

Eu acho que eu vou morrer agora. Eu não tenho medo de morrer, mas e a Alex? E a Lily? E o... Kyle?

Ok, ok, eu não vou morrer agora. Se eu for cuidadosa e não expressar medo vai correr tudo bem, talvez. Mas, o único problema agora é: Como eu vou resolver essa situação? 

Talvez eu deva parar de pensar nisso. Dei um suspiro e passei a mão no cabelo.

De repente, todos do avião se levantam e irem embora, e eu faço o mesmo. Não senti o avião pousar e nem o frio na barriga.

Pego minhas malas e decido pegar meu celular para ligar para o Kyle, dizer que esta tudo bem. Mas quando vejo a hora - duas da manhã - desisto de fazer isso.

Pego minhas malas e vou para o meu apartamento a pé.

Era bom poder sentir a brisa fria balançar os meus cabelos e esfriar meu rosto. Era como se esse vento me limpasse de todas as minhas preocupações (o meu problema atual também conta) e me fizesse lembrar do toque do Kyle. Era meio que mágica.


   Flashback on:

- Sente-se aqui, querida! - chamou mamãe. 

Era um domingo de inverno, em South Park. Eu e meus pais estavamos em ua praça, passeando, e sendo rodeados de neve.

Me sentei no meio dos meus pais. 

- Não é bonita? - comentou minha mãe.

- O que? - perguntei.

- A neve.

- É só água, mamãe. - protestei.

- Eu sei, mas isso ainda tem a mágica.

- Mágica?!

- Sim. Todas as coisas e todo mundo tem essa mágica.

- E pra que serve essa mágica?

- Essa mágica é a mágica que ajuda todo mundo em qualquer coisa, desde que seja boa.

- É?

- Aham. Ela ainda continua viva, pronta para ajudar todo mundo que precisar, apesar do mundo estar cheio de maldade.

- Ela pode curar o vovô?

Meu pai olhou para minha mãe, que também olhou para ele e ele abaixou a cabeça mordendo os lábios.

- Infelizmente não. Ela só funciona com os vivos. - respondeu.

- E como ela funciona então?

- Ela ajuda a realizar nossos sonhos, a nos deixar mais alegres, a conquistar os meninos... - depois disso ela sorriu para mim.

Meu pai não gostava de quando ela falava em qualquer coisa relaconada entre eu arrumar um namorado. Meu pai morria de ciumes de mim e não queria nunquinha que eu arrumasse um namorado.

- Como eu faço para ganhar essa mágica?

- Você não precisa dessa mágica, ela já está dentro de você. Ela está em tudo. - respondeu. - Eu e seu pai vamos ali comprar uns chocolates quentes, você vai querer ir?

- Não, vou ficar aqui esperando por vocês. - respondi.

Eles se foram, abraçadinhos, como um casal mais do que feliz e foram até a loja.

Me sentei melhor no banco, como se fosse deitar na horizontal, e suspirei fundo. Começei a olhar o maravilhoso ceu azul.

- Mas, Stan! E se não der certo o n...

Olhei para frente para ver quem era, e advinha quem era? Sim, Kyle Broflovski e sua turma: Eric Cartman, Stanley Marsh e Kenneth McCormick.

Kyle, de repente, parou de falar e começou a me encarar, como se eu fosse uma coisa errada para ele. Apenas o ignorei e ele continou andando em silêncio, até eu sair das vistas dele.

- Babaca ambulante... - reclamei para mim mesma.

De repente, uma brisa congelante passou por mim. Era como se ele estivesse alisando meu cabelo e fazendo carinho no meu rosto. Percebi que aquilo era algum sinal de alguma coisa. Imaginei que alguma coisa fosse acontece hoje.

Fiquei imaginando se aquilo realmente seria algum sinal e que sinal aquilo seria até que meus pais chegaram com o chocolate quente. Nem contei nada para eles sobre a brisa, apesar de eu contar tudo para eles. É o caso em que eu deo usar a frase da minha prima, Charlotte, de 16 anos: "Há certas coisas que nossos pais não precisam ficar sabendo.". Ri com essa idéia.


   Flashback Off.

- Bom dia, querida! O que aconteceu? Decidiu ir para a balada hoje, é? - perguntou uma recepcionista patricinha, que não sei por que diabos, adora me provocar e falar coisas sem nexo.

- Não, acabei de chegar do meu voo de São Francisco.

Ela riu tão alto que fazia eco. Entrei no elevador e dei os comandos para me levar até o meu andar. Quando cheguei, abri a porta do meu apartamento sem fazer nenhum ruído e fui até meu quarto silenciosamente. Para a minha sorte, Lily não estava lá. Eu não estava afim de conversar agora, eu estava precisando mesmo descançar. Eu estou extremamente cansada, com medo e saudades do Kyle.

- Alex, me passa o suco? - dizia Lily.

Eu estava escutando o diálogo das duas durante o café da manhã. Decidi dar um susto nelas. Troco de roupa rapidinho e saio do meu quarto até a cozinha sem fazer nenhum barulho.

Quando chego lá, digo:

- Bom dia, minhas lindas!

Elas se assusto e eu caio na risada.

- Katy Marshal! Qual é o seu problema, hein? - perguntou Alex.

- Nenhum, eu só queria dar um susto em vocês. - respondi. - E, a propósito, esse não susto não foi por uma boa causa?

- Depende de qual foi a sua intenção. - responde Alex dando de ombros.

- Ah, pra mim, com certeza é por uma boa intenção! - disse Lily me abraçando. - Estou feliz que esteja aqui!

Retribuí ao abraço dela com um beijo na bochecha.

- Como foi a viagem? - perguntou Alex.

- Ah, foi ótima! - respondi.

- Resolveu aquele assunto?

- Resolvi.

- Vai sair hoje?

- Tá começando a virar rotina essa pergunta?

Elas riram.

- Hoje eu só vou dar umas voltinhas por aí. - respondi. - Querem ir comigo?

- Hoje a Alex vai me levar no museu, depois dar umas voltinhas por aí e finalmente o parquinho, então estamos ocupadas. - respondeu Lily.

- Ah, agora você está começando a aparecer o Eric, pensando que tem muita autoridade. - brinquei.

- Mas o que é autoridade?

- É um poder de uma pessoa que pensa que pode. - respondeu Alex piscando um olho.

- Quer dizer que a autoridade é falsidade?

- Não, é poder. Mas algumas pessoas pensam que o tem. Entendeu? - disse.

- Então algumas pessoas tem?

- Aham. - respondeu Alex.

Ela sorriu.

- Vai se arrumar, vai. - disse Alex. - A gente já vai sair.

Lily correu para o meu quarto.

- Quer ir com a gente? - perguntou Alex.

- Não, mas obrigada pelo convite. - respondi. - Eu estou precisando relaxar, ter o dia sozinha...

- Hum, entendi... - disse Alex. - Afinal, olhe só para você! Está até com olheiras!

Assenti. Era a única coisa que eu podia fazer no momento.

Ela também foi para o seu quarto.

Dei um suspiro e fui escovar os dentes. Depois, peguei minha carteira e desliguei o celular, não estava afim de receber nenhuma ligação ou mensagem.

Começei o meu "passeio" saindo do prédio.

Andava calmamente pelas ruas e observando tudo o que está ao meu redor. Não havia nada, além de casas, neve, mais neve e frio.

Fui muito, mais muito longe andando, calmamente, sem parar para nada. De tão longe que fui, parei perto de um lago. Estava começando a desconfiar que estava até em outra cidade, mas isso não importava. O lugar do lago era calmo e era isso de que eu precisava e importava. Me sentei em uma pedra perto na beira do lado e peguei meu celular e o liguei. Nada de mensagens ou ligações perdidas. Coloquei uma música calminha e tentei fazer a "Técnica da Amnérelax" da Charlotte.

Flashback on:

- Lottie, o que você está fazendo? - perguntei.

- Praticando a minha técnica. - respondeu abrindo os olhos e se movendo.

Ela estava sentada em cima da grama, sem se mover e com os olhos fechados. E estava tocando uma música bastante relaxante.

- Que técnica? - perguntei.

- A "Técnica da Amnérelax". - respondeu. - Ela dá uma amnésia temporária nos seus problemas e faz você relaxar.

- Eu também quero fazer. Como eu faço?

- É só você ficar sentada ou deitada, o jeito que você ficar mais relaxada... - e então, deitei na grama. - Agora, feche os olhos e respire fundo. Faça com que a sua respiração "tire" todas as coisas ruins que você tem dentro do seu coração. - fechei os olhos e respirei fundo, fazendo o que ela pediu. - Agora, simplesmente, relaxe. Pense em coisas boas, ok? - e então, ela colocou a música e se sentou perto de mim.

   Flashback off.

 Era incrível a sensação. Era como se eu estivesse pura, por um momento. Me sentia sem resposabilidade, livre, mais feliz. Era como se a paz e a tranquilidade tivesse encostado em mim.

De repente, o celular toca. Droga.

 - Alô? - digo, irritada.

- Oi! Desculpa, a intromissão de alguma coisa aí!... - disse Kenny percebendo a minha irritação.

- Ah, não foi nada, eu só tava irritada com uma pessoa aqui... - disse isso dando um suspiro. - Aconteceu alguma coisa, Kenny?

- Aconteceu. A Addie... Morreu.

- Mas... Mas.. e o Stan? 

- Ele está no funeral. Coitado. Ele tá arrazado.

- Imagino. E o Kyle?

- Ele nem sabe disso. Foi para a balada com alguns amigos da faculdade e foi dormir na casa deles. Mas não fique enciumada, por favor! De tanto que ele estava preocupado com você, mandamos ele pra lá.

Dei um risinho, mesmo não sendo o momento ideal.

- Eu ligo para ele ir até o funer..

- Não, não precisa. Deixa ele dormir um pouco. Depois falamos com ele.

- Tudo bem. Vocês estão no funeral?

- Estamos.

- Já estou indo. Até logo!

- Até.

Dei um suspiro e desliguei o telefone e começei a sair daquele lugar incrível forçadamente. 

A Addie, morta. Como o Stan deve estar arrazado, de verdade. Ele estava apaixonado pela garota, mesmo tendo brigado recentemente.

Achei um taxi, dando sopa perto de mim, mesmo esse sendo um lugar meio deserto, ele estava ali. Entrei no taxi e dei os comandos para ele me levar no meu apartamento. Precisava vestir roupas mais quentes. Quando cheguei lá, paguei o taxista.

Quando, finalmente cheguei no meu apartamento, fui direto pro meu quarto. Lá, coloquei roupas mais quentes, o anel do Kyle e meu sobretudo bege.

Três batidas na porta, bem fracas, me tiram da atenção. A batida era tão fraca e espaçosa, que era como se alguém estivesse morrendo na minha porta ou fosse bastante idoso. Abri a porta.

- Addie?! Mas, como...? - exclamei, realmente surpresa.

- O que? O q-que ac-conteceu, K-Katy? - perguntou gaguejando de frio.

Peguei ela pelos ombros e entramos. Levei ela para o meu banheiro, deixei que ela tomasse um banho e emprestei minhas roupas para ela usar. Depois, dei uma xícara de café para ela e perguntei:

- Addie, o que aconteceu com você?

- Eu estava sendo sequestrada. - respondeu.

- Por quem? E quando isso? 

- Eu não sei, era um cara bonito que estava me sequestrando. - respondeu. - No meu segundo dia, ele tinha me sequestrado.

- Ele te machucou? Te disse alguma coisa?

- Não, ele não me machucou. Mas disse que tinha planos comigo, mas não queria dizer quais eram.

- Tá, eu tô achando essa história muito confusa... - comentei. - Você não tinha brigado com Stan?

- Não, que eu me lembre, não.

- Então... Aquela era a "falsa Addie"...

- O que?!

- O seu sequestrador, quando te sequestrou, disfarçou uma de suas agentes ou subornou alguém, sei lá, para poder te substituir. E acho que... Ele queria te matar. Mas você fugiu, certo?

Ela empalideceu.

- Sim, eu fugi.

- A "falsa Addie" morreu esta manhã. Vamos até o funeral. - disse me levantando.

- Peraí... - disse Addie. - Katy, eu... Eu nem sei por onde começar a te agradecer...

- Não precisa nem começar, Addie. - disse. - Vem! Vamos para o funeral!

Ela se levantou, pegamos um taxi e fomos para o funeral.

O primeiro a olhar é...

- Cara, eu tô ficando maluco ou aquela é a Addie? - disse Cartman, puxando a blusa de Stan, que ficava chorando em cima da "falsa Addie".

Stan se virou para nós espantado e veio até nós.

- Katy? Que diabos está acontecendo aqui? - perguntou Stan.

- Olha, Stan, a Addie foi sequestrada. - disse olhando para ela, e ele fez o mesmo. - E o sequestrador mandou a "falsa Addie" (que é a que morreu) pra fica com você, enquanto a verdadeira Addie ficava lá. Conclusão: Essa aqui é a verdadeira Addie.

Stan olhou para a Addie e se aproximou dela devagar. Quando se aproximaram, eles se beijaram.

- Aí, que diabos está acontecendo aqui? E por que Stan está beijando a alma da namorada dele? Eu sei que ele ainda ama ela, e que ela morreu, mas que diabos está acontecendo aqui? - disse Cartman se aproximando da gente com o Kenny e Amy.

Expliquei para eles toda a história.

- Peraí que eu já volto, gente! - disse Cartman saindo do funeral.

- Ér, prazer em conhecê-la, Amy! - cumprimentei.

- Que nada, Katy. - respondeu sorridente.

Stan e Addie se desgrudaram um pouco e começaram a conversar com a gente. Só de ver os casais ali, juntinhos, me deu uma baita saudade do meu ruivinho.

Logo, Cartman chega.

- Então, gente, eu acabei de chegar de São Franisco, então eu preciso descançar... - disse saindo.

- Está com jet lag? - perguntou Amy.

- Eu acho que não. - respondi. - Tchau!

Começei a andar até o meu apartamento, sem pressa. Queria sentir aquela brisa novamente. E, infelizmente, nada de brisas. 

No meu apartamento, decidi assistir um filme, afinal, eu tinha que descansar, né? Estourei uma enorme bacia de pipoca (como almoço kkk') e peguei o filme O Codigo da Vinci e começei a assistir. Depois desse foi Os Vingadores, Esposa de Mentirinha, Sherlock Holmes (o primeiro filme) e Sherlock Holmes - O Jogo Das Sombras (O segundo filme) e Alex chegou.

- Katy, não consigo acreditar que você ficou assim o dia inteiro! - disse Alex.

- Que horas são? - perguntei.

- São oito e meia!

- Puts...

- Poisé! O que deu em você?

- Preguiça aguda... - respondi antes de rir.

Lily também riu.

- Amanhã você vai fazer alguma coisa boa, viu? - disse Alex.

- Ok, ok... Só deixa eu assistir aqui Vampire Diares. - disse provocando.

Lily se sentou junto comigo e Alex foi até a cozinha bufando.

Mais tarde, jantamos.

Coloquei meu pijama e Lily foi assistir um filme com Alex na sala. Quando eu deitei minha cabeça no travesseiro, meu celular toca.

- Alô?

- Katy, Katy? É você? Aqui é o Derek...

- Sim, quem mais seria?

- Ah! Graças á Deus você está bem! Eu preciso te contar uma coisa...

- O que?

- Os seus pais f... - e desligou.

- Mas o que...? - me virei para o meu celular. Havia acabado a bateria.

- Merda... - reclamei colocando o celular para carregar.

O que será que Derek queria me falar? Sobre o assassino dos meus pais? Será que ele sabe?


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Notas finais do capítulo

Eaí? Gostaram? Se preparem para o próximo cap, vai acontecer uma coisa MUUUUITO importante