Mind Readers escrita por lovemyway


Capítulo 9
Capítulo VIII


Notas iniciais do capítulo

Então gente, meu word deu pau, e o wordpad é uma merda. Escrevi esse capítulo aqui mesmo, então me desculpem pelos erros de português. Espero que gostem! Boa leitura :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/208698/chapter/9

Capítulo VIII



Quinn Fabray


Calma aí, Ice Queen, eu não quero roubar sua garota!


Confesso que o pensamento do Evans quase me fez rir, e me fez gostar um pouquinho mais dele. Mas a verdade é que eu estava irritada, e eu tinha a péssima mania de descontar minha irritação em cima dos outros. Certos hábitos nunca mudam, não é? Eu pude ver a surpresa expressa no pensamento de todos eles –– e na expressão abobalhada da Rach –– que me ver naquele uniforme das Cheerios tinha sido, no mínimo, muito surpreendente. Acho que nenhum deles esperava por essa, e para ser franca, nem eu mesma pensei que isso pudesse acontecer. Mas que escolha eu tinha? Eu disse a Rachel que Sue Sylvester não ia deixar aquele "favorzinho" barato. Se ela nunca tivesse descoberto aquele vídeo das Nacionais... Mas agora era tarde demais para isso. Ela me obrigara a entrar para as líderes de torcida, e por mais que eu detestasse, eu realmente não tinha escolha.

A verdade é que desde que Rachel entrara na minha vida, eu não focava mais nas mentes das pessoas. Eu me concentrava no silêncio da mente dela, e não ligava a mínima para o que qualquer outro estivesse pensando –– e esse provavelmente foi o meu erro. Se eu tivesse mantido os ouvidos atentos, saberia o que a Mercedes, o Kurt e o Evans estavam tramando. Se eu tivesse mantido meus ouvidos atentos, saberia que o idiota do Finn estava apaixonado pela Rachel, e que o idiota do Puckermann estava bolando alguma maneira de afastar os dois. Devo admitir que eu acho essa relação Hudson/Puckermann meio esquisita, mas quem sou eu para julgar o amor dos dois quando eu mesma estou apaixonada por uma anã de jardim, quero dizer, pela Rachel. Incrível. Aquele apelido idiota da Santana parecia ter grudado na minha mente.

Santana Lopez. Outra que eu não entendia. Ela era apaixonada pela Brittany, e caía de quatro pela garota. Por que ela não admitia logo isso e a pedia em namoro? Qual era o problema dela? Será que admitir que era lésbica era uma coisa tão ruim assim? Você, melhor que ninguém, sabe que não é fácil, Fabray –– pensei. Porque assim como Rachel, que me chocou um pouco com sua declaração, eu também era bi. Na verdade, eu só me apaixonara por uma garota em toda a minha vida, e isso tinha sido há muitos e muitos anos. Desde então, eu só tivera relações com garotos. Mas foi só Rachel aparecer para me fazer lembrar que a minha faca cortava para os dois lados. Suspirei. Você está ficando muito dramática. Isso que dá passar muito tempo ao lado de Rachel –– pensei.

–– E o que você quer cantar? – perguntou Sam gentilmente, tirando-me de meus devaneios.

Sam era um bom garoto, eu podia ver isso em sua mente. Assim como eu podia ver que ele era um pau mandado do Kurt e da Mercedes, e que não tinha nenhum interesse além de amizade com a minha pequena. De certa forma, isso me deixou mais calma.

–– Não sei – disse num tom de voz mais leve, e dando de ombros. Ele sorriu.

–– Eu conheço uma música... Não sei se você ia gostar.

–– E qual é? – perguntei educamente, mesmo sabendo a resposta.

–– I've had the time of my life. O que acha?

–– Adorei – disse sincera. – Ensaiamos onde?

–– Na minha casa, se você não se importar. Meus pais vão sair hoje, e eu tenho que cuidar da minha irmãzinha.

Sorri. Não, eu realmente não me importava. Além do mais, Sam Evans podia se tornar um grande aliado.

–– Não, eu não me importo.

Foi a vez dele de sorrir.


Rachel Berry


Dois motivos para eu ter aceitado fazer o dueto com Finn:

1) Se eu quisesse perder, ele seria útil. E eu queria perder.

2) Eu queria ver a reação da Quinn.

Infantil, eu sei. Mas a verdade é que eu estava extremamente curiosa. Quero dizer, ela estava prestes a sair na porrada com o Finn por minha causa. Isso devia significar alguma coisa, certo? Então quando eu disse sim, a primeira coisa que fiz foi olhar descaradamente para ela, esperando algum protesto ou algo do tipo. Mas ela apenas fuzilou Finn com os olhos e caminhou até Sam, pedindo que ele fizesse o dueto com ela. Devo dizer que aquilo me pegou de surpresa, porque 1) Ela parecia detestar o garoto e, bem, aquele era realmente meu único motivo. Talvez eu estivesse enganada. Talvez Quinn só estivesse tentando me defender porque sabia que eu achava Finn um verdadeiro idiota.

–– Na minha casa ou na sua? – perguntou ele animado.

Quase soltei um gemido. Deus, onde eu me metera?

–– Na minha.

Eu é que não ia para a casa dele. Finn tinha cara de ser um daqueles garotos que mora em um chiqueiro, e ainda tem coragem de chamar isso de quarto. Além do mais, eu tenho dois pais. Finn não tentaria nenhuma gracinha se os dois estivessem em casa. Respirei fundo. Assim que a reunião do Glee acabou, Finn me acompanhou até a sua caminhonete. Eu fiquei realmente surpresa ao perceber que aquele troço ainda andava. De qualquer forma, menos de vinte minutos depois já estávamos na minha casa, comigo sentada na beira da minha cama, observando Finn devorar, sem ao menos engolir, um sanduíche que meu pai fez para ele.

–– Então Finn, você tem alguma coisa em mente? – perguntei, ainda tentando me recuperar do choque de vê-lo comer sem mastigar.

–– Hum teun usie goui to – disse ele, com a boca completamente cheia.

–– Você pode repetir? E engula a comida antes, por favor.

Ele terminou de engolir e sorriu, mostrando o pedaço de frango preso entre seus dentes. Que nojo –– pensei, fazendo uma careta.

–– Eu disse que tem uma música que eu gosto muito. Se você concordar, podemos cantá-la, princesa.

–– E qual é a música? – perguntei, tentando ignorar ele me chamando de princesa.

–– No Air. Conhece? – perguntou ele animado.

Conti um gemido. Cantar uma música de amor com Finn Hudson era o mesmo que pedir para ser esmagada por um bloco de concreto. A dor era a mesma, de certeza. Mas para ser honesta eu não estava com cabeça para pensar em nenhuma outra música. Então aceitei a proposta dele de cantar aquela coisa melosa, e rezei pedindo paciência para aturar aquela coisa sujando meu quarto.

Sam Evans

Eu estava um pouco nervoso por ter Quinn em minha casa. Ela estava sendo bem amigável, mas eu tinha a sensação de que a qualquer momento ela poderia explodir. Além do que, minha irmãzinha mais nova também não estava ajudando, enchendo a garota de perguntas, e me envergonhando mais a cada minuto.

– Sinto muito – murmurei para Quinn quando tive certeza que a baixinha não ia ouvir.

– Não tem problema – disse Quinn, dando um sorriso sincero. – E Stacy é realmente uma graça.

– Que bom que você acha – disse rindo. – Porque ela pareceu gostar de você.

– Eu também gostei dela – disse Quinn.

Ficamos em silêncio. Eu estava com o violão na mão, e na verdade ainda nem sequer havíamos começado a praticar. Stacy passara a última meia hora dizendo como Quinn era bonita, e como eu deveria namorá-la – o que foi algo bem constrangedor, porque eu sabia muito bem que Quinn estava apaixonada por Rachel.

– Hum, não deveríamos trabalhar na música? – perguntou Quinn.

– Você vai cantar? – perguntou Stacy, voltando e se sentando ao meu lado. – O Sam sempre canta para mim quando eu não consigo dormir. Ele é demais, não é?

– Sim Stacy, seu irmão é um cara legal.

Abaixei a cabeça para que elas não vissem que eu estava corando. Pelo canto do olho, notei Quinn segurando o riso. Revirei os olhos.

– Que música vocês vão cantar? – perguntou Stacy.

– I've had the time of...

– Eu amo essa música! – interrompeu-me minha irmã. – Canta Sammy, canta! E você vai cantar junto, Quinnie?

Stacy chamara Quinn de Quinnie? Foi a minha vez de conter o riso. Quinn deu um tapinha de leve no meu ombro, e eu caí na gargalhada. Era estranho. Estávamos nós dois lá, sentados, conversando com a minha irmã como se fôssemos velhos amigos. E foi passando esse tempo com ela que eu percebi uma coisa: Ice Queen não existia. Muito pelo contrário, Quinn Fabray era uma das pessoas mais doces que eu já conhecera na vida, e como a Rachel, eu realmente não me importaria de tê-la como amiga.

– Então vamos lá? – disse animado.

Quinn confirmou com a cabeça e eu comecei a tocar. Ia ser uma tarde bem animada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então pessoal, o que acharam? Críticas, sugestões, ataques de raiva por ainda não ter tido o beijo Faberry? UHAUHAUAHUAHA (não vai demorar muito para acontecer, hoho). Podem me dizer, estou aqui para ouvir :D
PS: eu vi que tinha alguns erros de continuação, mas eles já foram ajeitados. Peço desculpas. Eu tinha escrito tudo certinho, mas o wordpad não ajuda. Desformatou tudinho quando passei pra cá ):