A Ordem de Drugstrein (Versão antiga) escrita por Kamui Black


Capítulo 37
Capítulo 37 - Primeira Batalha em Tubbler [2]


Notas iniciais do capítulo

Agradecimentos especiais para a Beta Reader Lubea, que revisou este capítulo.



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Arco VII - Povos Bárbaros

 


Capítulo 37 – Primeira batalha em Tubbler [2]

 

Spaak corria através das pedras salientes e robustas da região montanhosa. Logo atrás dele, vinha Aghata, que demonstrava visível urgência em seu rosto preocupado. Ela surpreendeu-se ao ver o outro mestre parando bruscamente.

O que foi Spaak? – Perguntou parando ao seu lado.

Siga em frente, já eu te alcanço.

Por quê?

Cinco ou seis dos taurens guerreiros se aproximam pelo norte. Vou enfrentá-los. Você deve chegar até os shamans e impedi-los de lançar um novo Taz Rashon, senão os garotos estarão perdidos.

Mas não posso te deixar sozinho contra cinco deles.

Não se preocupe comigo. E você deve me esperar para lutar. Apenas os distraia e os separe, evitando um confronto direto.

Você quer dizer que não sou capaz de enfrentá-los sozinha?

Não dificulte as coisas, Aghata. Não quero ver nenhum de meus amigos mortos. Sei que estou te pedindo algo muito perigoso, mas não podemos ficar os dois esperando aqui, logo eles vão atacar os garotos de novo.

Certo. Eu vou – respondeu contrariada.

Aghata, não tente bancar a heroína.

Faça o que digo, mas não faça o que eu faço.

Spaak sorriu com o comentário.

Exatamente. Agora vai!

Ela correu para a direção em que seguiam e o ruivo ficou ali esperando. Não levou nem mais um minuto para que poderosos taurens surgissem com suas enormes maças. Eles eram em número de seis e já investiam contra o mestre.

Ultimate Explosion!

Duas esferas em chamas se formaram nas palmas das mãos de Spaak. A seguir, ele movimentou os braços com velocidade, transcrevendo uma meia lua com cada um e deixando-os apontados para os inimigos. As chamas se espalharam e avançaram provocando explosões intensas. O tauren que estava na frente acabou ficando no epicentro das explosões e teve o corpo totalmente carbonizado e desfigurado.

Os dois últimos taurens conseguiram escapar ilesos, já os outros três sofreram queimaduras, sendo que um perdeu o braço esquerdo e teria de carregar a maça apenas com o direito. Spaak os observou tentarem se reagrupar, mas não permitiria que isso acontecesse. Para tal, partiu em direção ao inimigo mais ferido, no caso, aquele que teve o braço amputado.

 

 

Aghata mantinha sua marcha acelerada, agora suas preocupações haviam se multiplicado. Preocupava-se em não chegar a tempo. Preocupava-se com Carlos e sua equipe. Preocupava-se com os magos feridos no primeiro ataque de meteoros. Preocupava-se com a equipe de Kamui. E, principalmente, preocupava-se com Spaak.

A jovem maga sabia que nada poderia fazer para ajudar nenhum deles, a não ser cumprir sua parte no plano. E era justamente isso que faria.

Seu corpo todo começava a sentir os efeitos de queimar tanta aura por tanto tempo. Porém, ela não poderia parar de correr e precisaria da aura para manter a velocidade. Um desespero invadiu seu corpo ao ouvir o apito agudo que precedia a queda de um meteoro. No entanto, logo o horror deu lugar ao alívio em avistar seu objetivo.

Os cinco shamans se mantinham reunidos em uma espécie de círculo. Suas mãos mexiam-se freneticamente, parecendo vibrar. Em seus pulsos, pulseiras metálicas vibravam com o movimento e isso causava o som estridente. Do meio do círculo de taurens, uma runa começou a se formar. Dela, uma enorme coluna de fogo subiu até o céu, formando uma esfera em chamas de aproximados cinco metros de diâmetro.

Aghata não permitiria que eles atacassem novamente e agiu rápido. Concentrou a maior quantidade de aura possível em um segundo e lançou seu ataque.

Hurricane!

Ela movimentou os braços de forma frenética e os ventos começaram a se agitar. Logo, estes se puseram a tomar forma de um imponente furacão e se lançou em direção aos taurens shamans, que permaneciam de olhos fechados e invocando o feitiço.

Eles foram atingidos em cheio, porém, tiveram tempo para fixarem-se ao chão com o auxílio de sua aura. No entanto, o feitiço que seria invocado se desfez no ar, os deixando muito irritados. Assim que o vento cessou, os cinco encararam Aghata em um olhar sanguinário.

 

 

Kamui ainda observava os meteoros se formando no céu. Nesse meio tempo, seu cérebro trabalhava em ritmo frenético na tentativa de imaginar um meio de salvar a si mesmo e aos amigos. Recorreu à única alternativa que pode imaginar no momento.

Corram para o mais longe que conseguirem! Tentarei ganhar algum tempo pra vocês!

O que quer dizer com isso? – Sarah perguntou em um tom de voz que transparecia sua aflição.

Vai! – Ele gritou em tom autoritário.

NÃO! – A maga gritou de volta. – Nunca que eu vou te deixar aqui.

Droga, Sarah! Não tem como todos escaparem ou resistirmos. Fujam vocês, vou dar um jeito de escapar.

Mentiu para tentar tirar todas dali, ele não tinha plano algum para escapar, apenas não deixaria que as três morressem ali, principalmente Sarah.

Sem chance, Kamui. Ou morremos todos ou sobrevivemos todos – Anita se aproximou do casal.

Acho que sobreviveremos. Olhem para lá.

Os outros três magos olharam para a direção em que Natália apontava. Nas montanhas, onde pairava a esfera de fogo, nada mais podia ser visto além de uma espessa nuvem de poeira. Os magos sentiram a pressão ir embora no mesmo instante, pois tinham certeza que os dois mestres tinham controlado a situação e não mais precisariam se preocupar com os meteoros inimigos.

Então vamos ajudar o Carlos e seus irmãos – o mago sugeriu as garotas ali presente.

Certo – Anita e Natália responderam.

As duas seguiram adiante na frente do casal. Antes que Kamui pudesse seguir seus passos, teve o braço segurado por Sarah. Ao se virar para ver o que a amiga queria, surpreendeu-se ao receber um tapa no rosto. O lado esquerdo de sua face havia adquirido um leve tom rubro e ele levou a mão até o local. Após, encarou Sarah para perceber que lágrimas rolavam de seus olhos para seu rosto.

Nunca mais faça isso, entendeu bem?

Ela gritou e as duas garotas à frente pararam e olharam para ver o que acontecia.

Sarah...

O mago simplesmente não sabia como reagir àquela cena. Simplesmente teve a intenção de protegê-la, mas acabou a fazendo chorar.

Não tente se sacrificar por mim... Eu... – “Não poderia viver sem você” completou em pensamento.

Sarah... Eu... Me desculpe.

Seu idiota!

Ela simplesmente deixou seu corpo cair junto ao dele, que retribuiu ao ato a envolvendo em um abraço. Sarah fez com que seus braços entrelaçassem as costas do mago e permaneceram assim por alguns segundos até serem cortados por Natália.

Tá tudo muito bonitinho, mas temos alguns companheiros pra salvar.

O casal se separou do abraço um tanto quanto constrangido. Sarah secou as lágrimas dos olhos e ambos tomaram a frente em direção ao local onde Carlos e os irmãos ainda lutavam. Anita deu um leve tapa na cabeça da amiga.

Ai! Por que fez isso?

Idiota – respondeu simplesmente antes de acompanhar os demais magos em direção a batalha que ocorria próximo dali.

 

 

Carlos permanecia parado enquanto observava os taurens guerreiros se aproximarem. Nesse meio tempo, seus dois irmãos ficavam cada vez mais apreensivos.

O que vamos fazer, Carlos? – Diego perguntou, aflito.

Droga, eles estão chegando rápido! – Diogo parecia ainda mais preocupado que o irmão.

Mantenham a calma, vocês dois – Carlos respondeu de maneira serena. – Honrem a família Wigg. Nós daremos conta dos nove sozinhos.

Ele fechou os olhos e se concentrou. As palmas de suas mãos começaram a produzir um brilho intenso enquanto nuvens carregadas surgiram próximas a eles.

Thundera Strom – proferiu.

As nuvens começaram a disparar poderosos raios contendo uma forte carga elétrica sobre os taurens que se aproximavam. Isto fez com que eles se separassem para não serem atingidos pelo feitiço inimigo.

Mantenham-se juntos e eles separados, será a maneira mais fácil de vencermos.

Certo – responderam em uníssono.

Nenhum dos taurens saiu ferido com o ataque de Carlos, mas acabaram se separando em quatro grupos. Eles não levaram mais que um segundo para retomar o ataque. Correram em direção aos magos e, enquanto alguns saltavam para a ofensiva, outros mantinham a investida em linha reta.

Agora! Vectorial Jinn! – O mestre gritou para sua equipe.

Os gêmeos atenderam no ato e gritaram o nome do feitiço. A posição era estrategicamente planejada e treinada anteriormente para preencher os trezentos e sessenta graus ao redor dos três com poderosas lâminas de vento. Os inimigos foram arremessados para trás com a intensidade das rajadas de ar, mas conseguiram se defender com êxito das lâminas mais perigosas, amparando as demais em suas pesadas armaduras.

Droga! Não derrubamos nenhum! – Diogo gritou ao perceber o resultado do ataque.

E o que esperava, olha a armadura que eles usam! – Seu gêmeo gritou de volta.

Calem a boca vocês dois, e concentrem-se na luta – Carlos respondeu em um tom de voz calmo. – Clay.

Ao ver o que o mais velho estava fazendo, seus irmãos começaram a imitá-lo. Com o uso do feitiço da terra, enormes rochas começaram a despontar do solo, formando barreiras pontiagudas ou, então, maciças. Em alguns segundos, o local estava parecendo um labirinto de rocha e terra.

Os taurens não ficaram acuados por terem sido separados de seus alvos. Muito pelo contrário, ficaram ainda mais furiosos. Eles começaram a avançar entre as rochas ou destruí-las com suas maças. Nesse meio tempo, os magos continuaram a reforçar as barreiras.

Do meio de uma abertura, um dos taurens surgiu quase encostado com Diogo, que se assustou com o ataque do inimigo.

Proteggio! – Gritou.

O escudo de energia foi conjurado rápido demais e acabou não aguentando o impacto da pesada arma adversária; acabou se quebrando. O mago se desequilibrou e caiu ao chão. O taurino não hesitou e levantou sua maça para desferir o golpe final, quando foi impedido por Diego.

Thundera!

O rapaz havia encostado sua mão nas costas do inimigo assim que ele abriu a defesa para poder atacar. Com a forte descarga elétrica, o taurino acabou perdendo a consciência e caindo ao lado de Diogo.

Ufa... Valeu mesmo, Diego.

Que isso, irmãos são para essas coisas – respondeu ao outro enquanto fazia uma pose de herói, erguendo a cabeça e colocando os dois punhos fechados em sua cintura.

Porém, a pose teve de ser desfeita ao ver que mais um inimigo rompia a barreira de pedras com sua maça. Desta vez o atacado foi Carlos. Porém, o rapaz não esboçou reação alguma até que o taurino levantasse e descesse a maça em seguida, tendo sua cabeça como alvo. Então, o mago contra-atacou em uma fração de segundos.

Dracco Thundera!

O imponente dragão elétrico avançou contra o peito desprotegido do adversário antes que este pudesse baixar a arma para o ataque. Como sua armadura não era isolada, a corrente elétrica passou direto por ela, queimando a grosa pele do tauren, que acabou caindo ao chão, perdendo a consciência. Carlos o olhou de cima para baixo e apontou mão aberta, de modo a direcionar todos os dedos para a cabeça do inimigo.

Slash Jinn.

A mortal lâmina de vento foi lançada e acabou por decapitar o tauren caído, tingindo o solo e as rochas de vermelho e, inclusive, salpicando um pouco de sangue no rapaz.

Não deixe nenhum vivo, caso contrário, poderão acordar e nos atacar novamente.

Certo – os dois irmãos responderam pouco antes de Diego cometer o mesmo ato do irmão mais velho.

O que faremos agora? – Diogo perguntou.

Após isso, um estrondo grave, vindo do outro lado da parede de rocha, foi ouvido pelos jovens.

Eles estão tentando quebrar as barreiras – Carlos constatou. – Então iremos ajudá-los. Clay.

O feitiço do mestre abriu um buraco no meio a grande rocha que se erguia a mais de cinco metros de altura. A seguir, ele correu por meio deste, sendo seguido pelos irmãos.

Ao atravessarem o obstáculo, depararam com três taurens aparentemente furiosos. Um deles, que possuía uma enorme cicatriz atravessando todo o rosto, avançou com enorme ira para cima dos três magos.

Exuran!

Carlos executou o feitiço de imediato, atingindo a enorme maça do adversário com o poderoso raio de cor azul. Com o impacto, o taurino desequilibrou-se, dando alguns passos para trás e acompanhando sua maça.

Thundera!

Os gêmeos pensaram e agiram ao mesmo tempo, atingindo o inimigo a queima roupa com um poderoso feitiço. Foi um grande choque e o tauren acabou sendo arremessado para trás. A intensidade foi tanta que ele acabou perdendo a vida.

Vendo que o companheiro havia caído, os outros dois foram consumidos por um intenso ódio, avançando com velocidade e força. Um deles saltou para cima de Diego e o outro investia com tudo o que tinha em direção a Diogo.

Dracco Thundera!

Carlos evitou, com maestria, que os irmãos fossem atingidos. Um imponente dragão elétrico se formou a partir de seus braços estendidos e se dirigiu ao ponto entre os gêmeos. A seguir, o moreno separou os braços um do outro e o feitiço se dividiu em dois com menor tamanho e potência. Um deles foi direcionado para o céu e encontrou a maça do tauren em pleno ar, o repelindo de volta para o solo. O outro seguiu em direção ao inimigo que permanecia em terra. Este também se defendeu com a maça, mas permaneceu bem firme ao chão enquanto media forças com o ataque do adversário.

Diego e Diogo avançaram contra o taurino que havia “pousado” de um pulo. Este preparou para se defender e acertou na expectativa de receber um ataque.

Vectorial Jinn – Diego proferiu.

Dracco Thundera – Diego bradou logo em seguida.

As lâminas de vento atingiram o corpo do tauren sem que ele pudesse fazer nada para se defender. A armadura o protegeu de boa parte do impacto, mas seu rosto, braços e boa parte das pernas que estavam desprotegidas sofreram diversos cortes, que pareceram ser ignorados pelo ser. Quanto ao dragão elétrico, ele desferiu um golpe com sua maça que atingiu o feitiço em cheio, fazendo com que o mesmo se dissipasse no ato.

A seguir, a criatura avançou com ira e voracidade contra os dois magos. Levantou a maça de aço acima da cabeça e baixou-a logo após, na tentativa de atingir Diogo, que esquivou-se saindo para o seu lado direito.

Diego não deixou a oportunidade passar e contra-atacou ao mesmo tempo em que o irmão evitava ser esmagado pela enorme arma do adversário.

Thundera.

O taurino de pelugem escura – quase negra – defendeu-se com a palma da mão estendida, recebendo o choque diretamente em seus braço e espalhando-o pelo corpo todo. O tranco arremessou a criatura para trás, a derrubando ao chão. No entanto, ele era muito resistente e acabou se levantando novamente para continuar o combate.

Que merda! – Diego gritou. – Por que ele num pode morrer de uma vez?

Nesse meio tempo, o embate de forças de Carlos contra o taurino continuava. Por mais que o mago forçasse o feitiço, seu adversário não cedia. Por fim, ele direcionou o outro dragão elétrico contra o mesmo. Ele, por sua vez, saltou para trás e evitou o feitiço, que foi remanejado por Carlos.

O tauren, então, avançou contra o mago, que enviou os dois dragões elétricos contra o mesmo. Ele se esquivou do primeiro para a esquerda e do segundo para a direita logo em seguida; abrindo, assim, caminho até o adversário.

Carlos viu que o inimigo aproximava-se cada vez mais de seu corpo, e foi obrigado a cessar os dois feitiços para lançar um Clay em sua defesa.

Droga! Que adversário difícil.

O mestre nunca iria esperar que um inimigo incapaz de usar magia pudesse ser tão forte quanto aquele estava sendo, porém, estava determinado a derrubá-lo.

O taurino, por sua vez, correu pela barreira de pedra e terra e saltou contra Carlos. Em queda livre, ele movimentou sua maça para atingi-lo direto na cabeça. No entanto, o mago era muito veloz e conseguiu esquivar-se com destreza, ficando, assim, muito próximo ao tauren.

Slash Jinn.

Sem que a criatura esperasse, o mago ergueu seu braço direito, passando entre o cabo da maça e os braços do seu portador, para, então, disparar o feitiço. A lâmina de vento foi lançada a queima roupa contra a o pescoço do tauren, parte desprotegida de seu corpo. Com a força do ataque, sua cabeça foi arrancada do corpo e atirada para o alto.

Jinn.

Carlos disparou um último feitiço, impedindo que o corpo do inimigo – agora sem vida – caísse por cima do seu.

Próximo ao local onde aquele combate havia se encerrado, outro ainda acontecia. Logo após o tauren ter recebido um Thundera e se levantado novamente, ele lançou-se em direção a Diego, que se defendeu com um Proteggio. O impacto foi tão forte que chegou a desequilibrar o corpo de seu receptor. Percebendo isso, o taurino atacou novamente. Um novo escudo de energia foi conjurado pelo mago. No entanto, desta vez, ele acabou sendo derrubado ao chão com a força do golpe.

Dracco Thundera!

Antes que um golpe final fosse lançado, o tauren foi atingido, pelas costas, por um feitiço lançado por Diogo. O choque elétrico foi forte o suficiente para derrubar o ser em cima de Diego, que rolou para o lado para evitar o enorme peso que ameaçava esmagar seu corpo. A seguir, desferiu um Slash Jinn para decapitar o mesmo, encerrando assim sua vida.

Agora estamos quites, irmão – o rapaz disse imitando a mesma pose heróica que seu gêmeo havia feito momentos antes.

Ambos caíram na gargalhada no ato, porém, foram interrompidos por um Carlos um tanto quanto irritado.

Ao invés de ficarem rindo feito dois idiotas, vocês deviam ir caçar mais destes bois fétidos – proferiu com aspereza na voz.

Certo, então. Não precisa ficar estressado – Diego respondeu ao irmão, mas calou-se ao ver o olhar que o mesmo havia lhe devolvido.

Não estou mais ouvindo o barulho deles quebrarem as paredes – Diogo comentou.

É porque não estão mais fazendo isso. Só restaram quatro deles, e estes provavelmente estão juntos nos esperando.

Enquanto explicava sua teoria aos irmãos, Carlos caminhou em direção a uma das paredes de rocha a desfazendo em seguida com o uso do Clay. Ele e os irmãos seguiram em frente até saírem completamente do labirinto que eles mesmos haviam criado.

Assim que venceram a região rochosa, os três magos se depararam com os quatro taurens a sua espera. Um novo combate estava prestes a começar quando eles ouviram o apito agudo que precedia um meteoro. Enquanto os taurinos retiravam-se temporariamente da batalha, seus três adversários ficaram observando o alto da montanha para constatarem que um novo ataque estava realmente por vir.

Os gêmeos demonstravam preocupação no olhar. O mais velho, porém, estava convicto que o alvo não seriam eles e sim o outro grupo de magos, que já haviam sofrido com um meteoro anterior.

Alguns segundos se passaram e, mal havia se formado uma esfera de fogo, ela já estava apagada pela intensa nuvem de poeira.

O alívio momentâneo, no entanto, não durou muito tempo. Os quatro taurens estavam retornando para a luta e, desta vez, com mais três deles como reforços.

 

 

Spaak avançou com velocidade contra o taurino que havia perdido seu braço há pouco. Ao ver que o inimigo adentrou sua região de ataque, a criatura desceu a pesada maça com velocidade, ignorando a dor excruciante do local onde jazia o braço. O mestre, porém, não se intimidou nem um pouco, simplesmente usou sua velocidade elevada para tirar o corpo de lado. Agora sem defesa qualquer além da armadura, o tauren teve o corpo dilacerado por uma lâmina de fogo proveniente de um Slash Fira.

Dois dos inimigos mais próximos avançaram em grande velocidade. Spaak não saiu do lugar, simplesmente agitou os braços com rapidez em direção aos taurinos que vinham ao seu encontro. De uma grande combustão às suas costas, uma centena de dragões de fogo se precipitaram contra os atacantes.

As rajadas flamejantes atingiram, em sua grande maioria, o solo. Porém, os taurens não tiveram a menor chance para a defesa graças a grande área que o ataque abrangeu. Ambos tiveram o corpo atingido diversas vezes, sendo que alguns dos dragões chegaram a atravessar a armadura e a carne, fazendo com que o ambiente ficasse com um forte cheiro de queimado.

Ao ver os demais companheiros caídos perante o enorme poder de seu adversário, os demais taurinos correram, amedrontados, em uma retirada para as montanhas.

Hum! Povo de guerreiros? Sei sim, me parecem mais um bando de covardes.

Spaak comentou consigo mesmo antes de virar suas costas para o campo de batalha e seguir pelo caminho que Aghata pegara a pouco. Em outra ocasião perseguiria o inimigo, naquela, ele tinha outras prioridades.

 

 

Aghata havia frustrado os planos dos shamans, porém, isso despertou a ira de seus inimigos. Os cinco gritaram praticamente ao mesmo tempo.

Jaz Rashon!

Uma enorme quantidade de chamas surgiu das mãos dos cinco taurens e se dirigiram contra a maga em uma enorme explosão. A mestra ficou imóvel e se concentrou ao máximo para se defender.

Aim Jux!

Uma espécie de pequeno buraco negro surgiu logo em frente à Aghata. Este sugou para si todas as chamas que causavam enormes explosões enquanto avançavam.

O feitiço conseguiu cumprir com o que a mestra esperava: confundiu os tauren shamans a ponto deles ficarem um segundo perdidos e sem saber o que fazer. Esse foi o tempo suficiente para que ela corresse e se escondesse nas formações rochosas que havia ali perto.

Sua intenção era fazer como Spaak havia lhe indicado a fazer: se esconder e distrair os cinco adversários até que ele chegasse para ajudá-la. Porém, passado algum tempo desde que ela havia começado a se ocultar nas rochas, decidiu que era capaz de derrotá-los sozinha e impressionaria o outro mestre com essa atitude.

Aghata correu por entre as rochas e surgiu próximo a um dos shamans. Ela movimentou o braço direito com força e disparou um poderoso Thundera, que rasgava o chão enquanto se dirigia ao seu alvo. O tauren, por sua vez, defendeu-se com um Proteggio que mal suportou o impacto.

Os demais inimigos utilizaram seus feitiços de fogo para tentar derrubar a mestra, que correu para o lado enquanto invocava um Barrier. As chamas eram amparadas com perfeição, sendo assim, ela parou e atacou novamente.

Dracco Thundera!

Cerca de sete ou oito dragões foram lançados contra os inimigos; mais precisamente contra um dos shamans. Porém, outros dois intervieram, salvando-o com um Barrier poderoso o suficiente para bloquear a investida da mestra.

Jaz Rashon!

Aghata ouviu uma voz grossa anunciar o ataque. A seguir, uma grande explosão de fogo a teria queimado viva, caso ela não saltasse para trás de algumas pedras de grande tamanho.

Logo, ela ressurgiu lançando um Vectorial Jinn de grande potência. As lâminas cortaram a pele dos shamans e chegaram a fazer leves danos em suas armaduras. Isso, porém, apenas os irritou ainda mais. O ataque seguinte foi muito mais efetivo.

Dracco Thundera!

Desta vez, Aghata lançou seu feitiço de uma forma mais concentrada, contendo apenas um dragão, porém com um poder e tamanho muito ampliados. O feitiço chegou ao seu alvo, tendo, para tal, destroçado um Proteggio de um dos taurens, que caiu ao chão com o corpo coberto em queimaduras, provavelmente sem vida.

O ato custou a mestra muito caro, pois, enquanto ela derrubava um dos inimigos, um outro conseguiu lançar um Raz Rashon Muito próximo ao seu corpo. Ela conseguiu se esquivar e se proteger com aura, mas não sem receber algumas queimaduras superficiais.

O próximo ataque recebido teve resultados mais catastróficos. Uma explosão de fogo foi lançada contra a mestra, que teve êxito em lançar um Proteggio no último instante. Apesar disso, sua defesa não foi suficiente para amparar um ataque vindo de dois adversários simultâneos e acabou cedendo. Aghata tentou saltar e escapar do epicentro da explosão, apesar disso, foi lançada ainda mais ao alto, caindo ao chão de uma altura considerável.

Ugh!

A queda causou uma dor lancinante e, apesar da mestra ter utilizado sua aura como proteção, acabou adquirindo algumas costelas quebradas. Após isso, ela conseguiu ignorar a dor e rolar para seu lado esquerdo, evitando as chamas que quase a atingiram e provocaram novas queimaduras.

Bli... Blizzard Storm.

Conseguiu proferir com dificuldade ao se levantar. Seu feitiço saiu ainda mais fraco que sua voz, mas foi suficiente para que a tempestade de neve amena lhe desse tempo de se trincheirar atrás de uma das grandes rochas existentes no local.

Ela se recostou nas pedras e pressionou seu abdômen na tentativa de conter a dor. O ato, porém, só fez com que ela acabasse vomitando um pouco de sangue, que caiu no chão.

Spa... Spaak, me desculpe... Devia... Devia ter te ouvido.

Lamentou-se enquanto aguardava ser cercada pelos shamans. Ela estava ciente que provavelmente não sobreviveria a uma luta na condição em que se encontrava.

 

 

 

 

 

 

N.A. - E o que acharam da luta do Carlos e seus irmãos?

Spaak ownou, isso é fato, mas o que acham que vai acontecer com a Aghata? (a resposta é obvia)

Bom, até a próxima e aguardo reviews ^^

 


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