Por você mil vezes - Jacob e Sofia escrita por Anne


Capítulo 18
Ameaças


Notas iniciais do capítulo

Olá gente! Tudo bom com vocês? *-* Esse capítulo está realmente do babado! Eu espero que vocês gostem.
E respondendo uma pergunta da MELL, que pode ser alguma dúvida de vocês também, o ator que me inspirou os aspectos físicos do GIORGIO, aparece no último vídeo que eu fiz, ele é quem ajuda a Sofia quando ela desmaia. O nome dele é Thomas Dekker, para quem tiver curiosidade de ver.
BEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEIJO!



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Jake havia ficado de vigia a noite passada, e por isso acabou não indo ao colégio, ele estava realmente muito cansado. O dia sem ele era um completo saco! Tudo passava devagar, as aulas pareciam não ter mais fim. O que me dava forças para continuar ao longo do dia, era que hoje eu tinha ensaio, pelo menos algo conseguia me animar.

Cheguei à sala de dança e a sala estava vazia, como sempre, eu chegava antes que todos. Resolvi me alongar logo para não perder tempo. Troquei-me, calcei a sapatilha e comecei a fazer meus movimentos de alongamento de rotina. Minha perna começou a doer. Fiz algumas massagens rápidas para tentar acabar com a dor, mas nada conseguiu resolver.

– Algum problema Sofia? – Sra. Carter entrou e se aproximou de mim.

– Tudo em perfeita ordem. – Tentei sorrir.

– É a sua perna que está incomodando?

– Não, claro que não. Foi só uma câimbra que eu tive agora, mas já passou. – A tranquilizei, mas a verdade é que a perna estava incomodando e muito.

Alguns alunos começaram a entrar na sala e a Sra. Carter teve que ir organizar as coisas da aula. E essa, definitivamente, foi minha pior aula. Eu nunca havia dançando tão ruim em toda minha vida como eu estava dançando hoje, mas é que a perna não ajudava. Tropecei, errei os passos... Enfim, fui um completo desastre! Pela primeira vez na vida eu parecia uma desengonçada dançando, eu sei que não tenho uma boa coordenação, sou desastrada mesmo, e assumida, mas quando danço parece que é outra pessoa que fica em meu lugar, menos hoje.

– Sofia, pra você já está bom. – Sra. Carter me disse. Eu nunca havia sido liberada mais cedo de nenhuma aula dela, pelo contrário, eu sempre ficava até mais tarde. Já teve dias em que eu cheguei 22h da noite em casa só ensaiando.

– Tudo bem. – Fui pegar minha bolsa.

– Eu queria conversar um pouco com você, pode ser? – Sra. Carter falou baixo o suficiente só para eu ouvir. Assenti com a cabeça. – Me espere na recepção, em 15min eu chego lá.

Só tinha certeza de que boa coisa não ia vir. Troquei-me e fui para a recepção esperar por ela.

– Sofia, eu não quero que você me veja agora como sua professora, e sim como uma bailarina mais experiente. – Ela sentou-se em minha frente. – Essas dores que você sente na perna...

– Sra. Carter. – A interrompi. – Eu agradeço a preocupação, de verdade, mas não tem nada demais com a minha perna. A senhora, melhor do que ninguém sabe que não existem bailarinas que não sintam dores.

– Você tem razão, é completamente normal uma bailarina sentir dores, mas você só sente dores nessa perna em questão. Sofia, você tem um futuro brilhante no mundo da dança, eu vejo coisas maravilhosas pra você, mas o que você está fazendo é se autodestruindo.

– Mas...

– Olha, façamos o seguinte. – Agora ela que me interrompeu. – Eu já te fiz esse pedido antes, mas você não me atendeu. Se você ama a dança como demonstra tanto, se faça esse favor... Vá ao médico. Se você tem tanta convicção de que está tudo bem, não vai se importar de ir. Mas eu preciso ter certeza de que está tudo bem com você. Você me promete que vai? – Suspirei.

– Prometo. – Algum dia eu vou pelo menos...

– Ótimo. Pode ir pra casa agora.

Levantei-me e saí, fui caminhar um pouco pelo colégio. Antes eu não ia ao médico porque achava que não tinha nada demais, mas agora eu não queria ir por medo mesmo de descobrir que eu tinha algum problema.

Meus pensamentos foram interrompidos pelo barulho do meu celular tocando, era o Jake.

Onde raios você está Sofia?

– No colégio.

Já são quase 21h da noite! Tem umas 3h que estou te esperando e você não aparece. Sua mãe deve estar louca.

– Eu avisei que ia chegar mais tarde pra ela, tinha ensaio.

Tá me espera ai que eu estou indo te buscar.

– Não precisa Jake.

Pouco me importa se precisa ou não. Já que eu chego ai.

– Jake, o tempo que você leva pra chegar aqui, é o tempo que eu chego em casa.

Não é não, posso chegar ai em menos de 3min.

– Eu já estou indo para o estacionamento, me espera ai em casa que eu já chego.

Levam exatos, 9min do colégio para sua casa. Se fizer 10min e você não chegar, eu vou te buscar.

– A gente se vê em 9min.

É bom mesmo viu! Até já amor.

Sinceramente, alguém conhece um namorado mais controlador que o meu?

É claro que eu não chegaria em 9min, ainda estava dentro do colégio, até que eu chegue ao estacionamento, já vai metade do tempo.

“Ele vem te buscar de qualquer forma Sofia, até parece que não o conhece.” – Pensei.

Não queria que Jake viesse por um simples motivo, não queria que ele me visse daquela forma. Mancando e com os olhos vermelhos, sim, eu havia chorado. Chorado por medo, nervosismo... O Ballet era uma das únicas coisas que eu tinha nessa vida, e ele era muito importante pra mim, se eu perdesse isso, não sei o que faria. Toda minha vida eu me dediquei a dança.

Cheguei ao estacionamento, coloquei minha bolsa em cima do capô do carro e comecei a procurar a chave. Já deviam ter se passado uns 6min pelo menos, ou seja, Jake, em poucos minutos, já estaria a caminho, ele não sabia esperar.

Enfim encontrei minhas chaves. Desliguei o alarme do carro e ouvi um barulho vindo atrás de mim, como se alguma coisa tivesse caído. Olhei para trás, mas não vi ninguém.

Coloquei minha bolsa no banco do passageiro e fui dar a volta no carro para entrar. Ouvi novamente um barulho, dessa vez mais alto.

– Oi? Tem alguém ai?! – Falei, mas ninguém respondeu. – Jake, se for você não tem graça nenhuma. – O silêncio permaneceu. Virei-me de volta em direção ao carro e me deparei com um homem. Ele era alto, pele branca e os olhos... Espera, olhos vermelhos?! Pelo pouco que Jake me contara, eu poderia reconhecê-lo, ele era um vampiro.

– Olá, adorável senhorita. – Ele disse cordialmente. Sorri nervosa e tentei me aproximar do meu carro, mas ele ficou na minha frente empatando minha passagem. – Você é a Sofia?

– Desculpa, mas acho que não te conheço.

– E não me conhece mesmo, mas conhece meu irmão.

– Seu irmão? Duvido um pouco disso. Posso saber de onde o conheço?

– Dos seus sonhos. – Ele falou se aproximando.

– Você é irmão do...

– Do Giorgio, exatamente. – Como ele sabia que eu tinha sonhado com o Giorgio?

– Que ótimo então... Vocês têm uma família maravilhosa. – Tentei sorrir. – Mas agora eu tenho mesmo que ir.

– Está cedo ainda. E eu tinha que te conhecer.

– Me conhecer? – Perguntei confusa.

– É, queria saber quem era a garota por quem meu irmão está completamente obcecado.

– Olha, acho que você se enganou. Só falei com seu irmão uma vez, é simplesmente impossível ele estar obcecado por uma garota que ele conheceu por uns 2min. E, de verdade, foi um prazer te conhecer, mas eu tenho que ir pra casa. – Comecei a andar em direção ao carro, mas senti uma pele fria me puxando pelo braço. – É melhor você me soltar.

– Mesmo? E por quê?

– Porque senão eu vou gritar. – Ele começou a rir.

– E o que um simples grito pode fazer contra mim?

– Você não entendeu, se eu gritar, você morre.

– Essa eu pago pra ver. – Ele disse em um tom desafiador.

– Jake! – Gritei não muito alto, tinha certeza de que Jake já estava a caminho do colégio.

– É isso? Realmente, eu estou assustado. Um grito qualquer de uma garota qualquer mete medo em qualquer um. – Ele disse irônico.

– O problema é que você mexeu com a garota errada. – Sorri.

Um enorme lobo começou a surgir da escuridão, com os pelos eriçados o que dava a impressão dele ter o dobro do tamanho que ele tinha naturalmente. Jake estava assustador, os dentes a mostra em sinal de ameaça. O pobre vampiro me soltou em questão de milésimos.

– Quer dizer então que você é uma ‘garota dos lobisomens’? – Ele sorriu cínico.

– Não, sou namorada de uma deles. – Fui andando para mais próximo do meu lobo. – Amor, esse adorável cavalheiro não quer me deixar ir para casa em segurança. Você pode me ajudar com isso, por favor? – Jake parecia que ia explodir a qualquer momento. Ele começou a andar em direção ao vampiro, que não se moveu. Outros três vampiros apareceram, dois homens e uma mulher.

Eu nunca tinha visto Jake matando um vampiro, mas tinha certeza que ele não conseguiria lutar contra quatro estando sozinho.

Eis que mais lobos começaram a surgir, é claro, eles tinham ligação com as mentes uns dos outros. Estávamos em vantagem novamente, isso era bom. Passaram-se uns dois segundos, e os Cullen surgiram atrás de nós.

– Todo esse exercito só para proteger uma simples e inútil garota? – A mulher disse.

– Fazer o quê? Sou uma pessoa legal, tenho muitos amigos. – Sorri sarcástica.

Alice se prontificou a ficar do meu lado, com certeza nenhum daqueles vampiros iria sequer encostar um dedo em um fio de cabelo meu.


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