Impossível - A Realidade escrita por Juliana Black Malfoy Riddle


Capítulo 3
Capítulo 3 - Privilégios?


Notas iniciais do capítulo

Olá povo querido do meu coração!
Como estão todos? Passando bem os dias na escola, trabalho, etc? Não? Então leiam para se animarem um pouco!
Até as notas finais e muitos beijos!



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POV. Ágata


Admito, a minha vontade de rir era tanta, que quase enlouqueci.


  Todos, literalmente falando, babaram quando cheguei no salão. E fiquei bastante surpresa quando Harry ficou com cara de bobo me encarando.


  E quando fui falar com ele, então? Só faltou gaguejar! Se bem que sua amiga Hermione, vacilou, e feio. Seus pensamento eram meio insolentes ao meu respeito.


  Aliás, de todas as garota eram desse jeito. Aff, a inveja do mundo de hoje é maior do que no passado.


  Mas, o passado nós deixamos no passado. Ainda mais tendo um como o meu.


  - Por onde vagou esses últimos tempos, querida? - perguntou Minerva, me tirando de meus pensamentos.


  - Por vários lugares. Roma, Estados Unidos, Canadá, Brasil, Portugal... Como eu disse, vários lugares.


  - Ahh, sim sim. Muitos, aparentemente. Mas enfim, certeza de que irá ficar na Sonserina este ano? - perguntou, insegura.


  Sorri e respondi:


  - No outro ano em que estive aqui, fiquei na Grifinória, Minerva. Preciso mudar um pouco.


  - Mas... Justamente para a Sonserina? - perguntou, em seus pensamentos, ela torcia para que eu mudasse de idéia.


  - Quero ver como os bruxos de lá estão se saindo. Sabemos que a Grifinória está bem, juntamente com a Corvinal e Lufa - Lufa. Preciso saber como anda uma, de minhas casas, não é mesmo?


  - Sim, é verdade. Snape terá muita ajuda este ano. Bem, espero que aprecie.


  - Obrigada - agradeci.


  Sinceramente, ás vezes acho toda essa preocupação toda comigo muito tola. Mas não critico, ás vezes é bom toda essa atenção.


  - "...Mas por que será que ela está sentada junto com Dumbledore e os outros? Ela não é uma aluna, como todos nós?" - perguntou Hermione, baixo para ninguém escutar. Como se isso me impedisse.


  - "Eu não sei, Hermione. Parece que ela não é uma aluna normal, não acha?" - falou Weasley, intrigado.


  - "Isso para mim está muito estranho... O que acha, Harry?" - perguntou Granger.


  Eu não ouvi a resposta dele, então resolvi olhar, e o peguei me encarando. Sorri e ele desviou o olhar, ruborizado.


  - "O que você perguntou, Hermione?"


  - "Perguntei o que você acha da novata se sentar com os professores e Dumbledore. Ela não deveria se sentar junto com os alunos, igual a gente?" - nem preciso dizer como fiquei quando ela disse novata, né? Revirei os olhos e ainda fiz uma careta. Ahh, coitada, se soubesse quem eu sou.


  - "Não sei, Hermione. Vai saber" - depois ele me encarou de novo, mas dessa vez, fui eu quem desviei o olhar, tentando evitar seus pensamentos, que eram muito confusos.


  Com certeza esse ano seria difícil.


-


POV. Hermione


O que essa garota pensa que é? Por que será que ela foi recepcionada daquele jeito? E ainda se senta junto com os professores? Eu não entendi absolutamente nada!


  Bufei e me joguei na cama. Já havia escovado os dentes e prendido o cabelo. Estava pronta para dormir. Mas, não antes de falar com as meninas.


  Ouvi elas se aproximando, dando risadas e falando alto.


  - Ahh! Oi Hermione - falou Cho, entrando junto com uma garota nova da Grifinória.


  - Oi Cho. Err, posso falar com vocês, garotas? - perguntei.


  - Claro - responderam. Se sentarem cada uma em suas camas, até que Cho foi se sentar no chão, aí eu disse:


  - Cho, se sente naquela cama ali - apontei.


  - Mas... aquela cama não está reservada?


  - É sobre isso que quero falar. Não tem problema, pode usar aquela lá.


  Ela se levantou e se sentou na cama e perguntou:


  - Hermione, essa não seria a cama para aquela garota que chegou hoje?


  - Então - comecei, olhando para todas. - Essa cama seria e é daquela garota, mas...


  - Como assim é daquela garota? - perguntou Luna, confusa.


  - É por isso que quero falar com vocês. Vocês perceberam que em todas as casas femininas, estão faltando camas?


  - Sim - responderam.


  - Pois então - continuei. - Quando eu fiquei sabendo que em todas as casas estão faltando camas, e que soube pelos garotos que uma aluna iria estudar aqui, pensei que ela ainda não tinha passado pelo Chapéu Seletor. Mas, quando eu a vi hoje, achei tudo muito estranho, porque... Poxa, quem é que se senta junto com os professores? E ainda usa roupas normais aqui? - indaguei.


  - Aquela garota é uma aluna? - perguntou Luna, mas ela própria respondeu: - Pensei que fosse uma professora muuuuuito jovem.


  - Não, ela não é professora. E sim, é muuuuuuito jovem, mas isso não vem ao caso. A coisa estranha mesmo, foi quando ela veio falar comigo e com os garotos.


  - Err, eu vi, e desculpe, mas eu acho que ela falou de mim, não é? - perguntou Cho, tímida.


  - Falou. Ela falou sobre a cama. Ela disse que você poderia ficar com a cama dela, e...


  - Como assim a cama dela? - perguntou uma das garotas.


  - Em cada casa, pelo que eu entendi, ela tem uma cama só para ela. Reservada especialmente para ela, quando vem estudar aqui. E esse ano, ela disse que ficaria na Sonserina.


  - Mas ela não tem cara de ser uma aluna da Sonserina - indagou Luna.


  - Exatamente. Isso, é o mais estranho. Como ela pode escolher ficar na casa que ela quer? - falei.


  - Entendi - murmuraram.


  - Alguém sabe por que ela é tratada diferente aqui? - perguntou Luna.


  - Não sabemos, Luna. Teremos que ver daqui pra frente - falei.


  E o que acontecerá, daqui em diante.


-


POV. Ron


- Caras! Vocês viram aquela garota, mano? Eu babei por ela! - exclamei, vendo a mesma expressão no rosto dos outros garotos.


  - Juro, se ela não fosse professora, eu...


  - Ela não é professora - cortou Harry, se sentando na cama.


  - E como você sabe, Potter? - perguntou o garoto novo da Grifinória.


  - Eu falei com ela - respondeu.


  - Mentira! - os garotos exclamaram.


  - É verdade sim - resmunguei, ganhando a atenção deles. - Ele falou com ela, Hermione falou com ela, e eu também falei com ela.


  - Sério mesmo? Ela é uma aluna da escola? Que casa? - perguntou Simas.


  - Sonserina - respondeu Harry.


  - Ahh!, cara! - exclamou Simas, se jogando na cama. - Vai ser difícil agora, com o Malfoy perto. Com certeza ele vai cair matando em cima dela.


  - Não duvido nada - resmungou Harry.


  O encarei, perplexo. Ele só usava esse tom, quando via a Cho com algum garoto ou sei lá.


  Quando estava com ciúme!


  - Ciúmes, Potter? - perguntou Freddie, zombando.


  - Quem? Eu?! Não! - respondeu, rápido demais.


  Não convenceu.


  - "Harry está com ciúme da novata! Harry está com ciúme da novata! Lálálálálálálá!" - cantaram meus irmãos.


  - Não enche - resmungou, se cobrindo até a cabeça.


  - Boa noite, Harry - falei.


  - Boa noite, Ron.


  - Ei - chamei, antes de todos se deitarem. - Alguém sabe por que ela não usa o uniforme da Sonserina? Ou por que ela não se sentou com os alunos hoje?


  - Não sabemos - disseram em unissono.


  - Então tá, boa noite - falei, me virando na cama.


  Ficamos em silêncio por alguns minutos, quando Simas perguntou:


  - Qual é o nome daquela garota?


  Antes que eu respondesse, Harry falou:


  - Ágata. O nome dela é Ágata.


-


POV. Harry


"- Corra, Harry! Corra! - gritava uma voz.


  Eu corria a todo pulmão, fugindo de não sei o quê.


  - Você não conseguirá fugir tão fácil, Potter - escutei a voz de Voldmort.


  - Fuja, Harry! Corra! - a voz continuava a gritar, dessa vez, tinha consciência de que era uma voz feminina.


  - Harry! Harry! Harry! - alguém me chamava, e me sacudia ao mesmo tempo..."


  - Harry?! Harry?! HARRY! - Rony gritava no meu ouvido, me fazendo acordar.


  - Hã? O que? Onde? - perguntava, olhando afobado para tudo quanto é lado.


  - Acalme - se, Harry! Você estava tendo um pesadelo. Só te acordei - falou Ron.


  - Ahh!, ta. Valeu - agradeci, colocando os óculos.


  - Sobre o que você sonhou hoje? - perguntou.


  Olhei em volta e percebi outros escutando disfarçadamente, resolvi terminar o assunto por aqui.


  - Depois conto - disse.


  - Tudo bem - concordou.


  Nos trocamos e descemos para a sala comunal, onde vimos Cho e as meninas. Sorri para ela, que sorriu de volta.


  - Cara, quando vai chegar na Chang? Você está caidinho por ela; e ela por você. Se liga - sussurrou Rony, rindo.


  - Vou dar um tempo. Ela precisa... se acostumar, Ron.


  - Hey! - chegou Hermione, alegre. - Vamos tomar café?


  - Vamos! Estou morto de fome! - reclamou Ron, fazendo a gente rir.


  - Você é uma morto de fome, Ronald - falou Hermione.


  - Hey! A culpa não é minha se fico com fome. A culpa é do meu estômago! - falou, rindo.


  Eles ficaram conversando e rindo até quando chegamos no salão, onde encontramos Neville.


  E não estava sozinho.


  - Hey! Gente! - acenou ele. Mas minha atenção estava centrada em sua acompanhante.


  - O que o Neville está fazendo com ela? - sussurrou Hermione, quando chegamos perto deles, que estavam rindo.


  - Bom dia - cumprimentou Ágata.


  - Bom dia - respondemos.


  - Aí, gente - falou Neville, enquanto nos sentamos. - Vamos ter uma batalha de feitiços hoje.


  - Como você sabe? - perguntou Hermione, alternando olhares entre ele e Ágata.


  - Bom, somente a Sonserina terá a batalha. Nós vamos só assistir - explicou.


  - Que injusto! - exclamou ela, ficando com bico.


  - Sabe duelar, senhorita Granger? - perguntou Ágata, nos distraindo.


  - Sim - afirmou, com careta.


  - Por que vocês não irão duelar? - perguntou.


  - Umbridge não autoriza - falou Ron.


  - Fiquei sabendo que ela monitora a Grifinória este ano. Sinto muito - disse Ágata.


  - Daria tudo para duelar contra a Sonserina - murmurou Hermione.


  - Hum... - murmurou Ágata, olhando para o nada e se levantou. - Vou ver o que posso fazer para vocês.


  - Sobre o quê? - pergunta Ron.


  - Vocês irão duelar contra a Sonserina hoje.


  - Mas... não podemos. Umbridge já disse - falou Neville.


  - E quem é que se importa com a ordem da Umbridge? - perguntou ela, se sentando e nos encarando.


  - Oras! Ela é a professora, devemos obdece - lá - falou Hermione, intrigada.


  - Ahh! É mesmo, me esqueci - murmurou, olhando para o pedacico de pão em suas mãos.


  - Posso te fazer uma pergunta? - falou Hermione, olhando - a torto.


  - Você já está fazendo uma, mas... Sim, pode - disse, rindo.


  - Por que você não usa as vestimentas da Sonserina? Quero dizer, o uniforme?


  Ela simplesmente deu de ombros e se levantou, dizendo:


  - Porque eu não preciso usar. Já faz muito tempo desde que usei o uniforme.


  Apenas a encarei, não entendendo nada. Como assim ela não precisa usar?


  - Senhorita Kathleen - chamou a professora Minerva.


  - Sim, Minerva?


  - Snape e Dumbledore lhe chamam.


  - Diga - lhes que já estou indo - pediu. A professora assentiu, saindo.


  - Kathleen? - perguntei. - Não é Ágata?


  Ela ri e diz:


  - Tanto faz. Ágata, Kathleen. É o meu nome do mesmo jeito.


  E quando ela ia se retirar, eis que aparece Draco, sorrindo.


  - Você é a novata da Sonserina, não é?


  - Novata, não. Da Sonserina, sim - respondeu, sorrindo.


  - Ahh, ta. Eu sou...


  - Draco Malfoy. Prazer - falou, estendendo a mão.


  - Oras, vejo que sou famoso - falou rindo.


  - Apenas conheço a sua família - explicou. - Bem, gente. Vou indo. Preparem as varinhas, vocês não ficaram de fora.


  E assim dito, ela saiu andando, batendo seu salto no chão.


  - Que garota... - murmurou Malfoy, com cara de bobo.


  - Ihh, o Malfoy está apaixonado - zombou Rony.


  - Sejamos sensatos: ela é excepcional - falou ele.


  E por incrível que pareça, um sentimento de raiva, ódio e tudo de ruim nasceu dentro do meu peito, me fazendo enxergar tudo vermelho.


  - Por que ela falou para preparar as varinhas? - perguntou Draco, recuperando a pose de mandão.


  - Porque haverá batalha de feitiços hoje da Sonserina - explicou Hermione.


  - E por que eu não estou sabendo de nada? - perguntou, com raiva.


  - Porque não somos da Sonserina? Porque acabamos de ficar sabendo pela a Ágata? - escarneou Hermione.


  - Ágata? - perguntou Draco, espantado. - Aquela é a Ágata?


  - É sim. Por quê? - perguntei, desconfiado.


  - Nã-nã-não é na-na-nada não. Não interessa - falou, saindo correndo para fora do salão.


  - Mas que merda é que aconteceu agora? - perguntou Rony.


  - Por que Malfoy saiu com o rabo entre as pernas desse jeito? - perguntou Hermione, indgnada.


  - Não sei, Hermione. Não sei.


  { Na aula de Poções }


  - Alunos, abram o livro na página 28. Começaremos com a poção do sono. Façam os pares - pediu a professora.


  - Vou fazer com você, Harry - falou Rony, se sentando ao meu lado.


  - Tudo bem - disse.


  - Bem, crianças. Peguem o caldeirão, o vidro com a... - mas a professora não termina, pois a porta se abre, interrompendo - a.


  - Desculpe pelo atraso, professora. Estava em reunião com Dumbledore e Snape.


  Me virei para a dona da voz, e encontrei Ágata parada a porta, com diversos livros a mão.


  - Oh!, sim. Entre querida - pediu a professora. Ela assentiu, indo para o lado da professora. - Alunos, essa é Ágata Lena, uma de nossas, err... muitas alunas da Sonserina este ano. Ela irá nos ajudar no auxiliamento de algumas aulas.


  Assentimos e Ágata tomou a palavra:


  - Bom dia, alunos. Bem, como vocês ouviram, sou a Ágata, aluna da Sonserina, e estarei aqui para ajudá - los. Qualquer dúvida, só me solicitar - explicou, sorrindo no final. Sorri também, e não era o único.


  - Bem, crianças. Vocês veêm aí no livro que devemos pegar um pouco do... - a professora foi explicando, e Lena foi fazendo as coisas, e eu admirava, vendo os leves movimentos que ela fazia.


  - Hey! Harry! Vamos começar, porque se não, iremos levar um zero - falou Rony, me cutucando.


  - Ahh! Ta - falei, já pegando os ingredientes e fazendo igual. Já havia feito isso uma vez. Era fácil.


  - Hum... Vejo que alguém já fez essa poção uma vez, uhm? - perguntou Ágata, me fazendo dar um pulo da cadeira.


  - Assustado, Potter? - perguntou Draco, fazendo seus seguidores rirem.


  Mas antes que eu respondesse, Ágata falou:


  - Senhor Malfoy, depois da língua de dragão, que ingrediente vem na poção do sono?


  - Err... não sei - respondeu.


  - Pois bem, preste atenção no seu trabalho e guarde suas piadinhas para outra ocasião, Senhor Malfoy.


  Todos da sala começaram a rir, zombando Draco, que ficou com um bico por ter sido repreendido pela sua paquera.


  - Obrigado - agradeci.


  - De nada - ela respondeu, sorrindo. - Mas diga - me - falou, puxando uma cadeira com a varinha. - Quando fez esta poção?


  - No segundo ano - respondi.


  - Tão novo?


  - Nesse ano, ele lutou contra o monstro que guardava a entrada da câmara secreta. E além disso, salvou a minha irmã! - falou Rony.


  - Sério? - perguntou, com uma sombrancelha arqueada.


  - Sério - afirmou Ron.


  - Hum... Interessante - murmurou.


  - Érrr... Ágata, qual é o seu nome mesmo? Eu ouvi este, Kathleen, Lena... Estou perdidinho - falou Ron.


  Mas ela não estava prestando atenção, estava concentrada num ponto á sua frente. Quando percebeu que nós a encaravamos, disse, monótamente:


  - Ágata Lena Kathleen. Estes são os meus nomes.


  - Hum... - murmurei, já ouvi esse nome em algum lugar...


  - Senhorita Ágata? - chamou - a.


  - Sim, professora? - respondeu, indo para aonde ela chamava.


  Fiquei observando, enquanto Ron mexia o caldeirão, quando escutei:


  - Pensei que estariam fazendo a poção, e não paquerando a "Senhorita Perfeição" - zombou Hermione, aparecendo do nada.


  - "Senhorita Perfeição"? - perguntou Ron.


  - Ãããã? O que? Eu não falei nada! - disse Hermione, espantada.


  - Ahã, sei - murmurou Rony.


  - Aff! Vocês são uns idiotas - falou, se levantando e entregando a poção para a professora e saindo.


  - Sério, por que a gente anda com ela mesmo? - perguntou Ron, fazendo cara de confuso.


  - Porque ela é nossa amiga - respondi, encarando Cho, que estava sorrindo para mim.


  { Na aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, depois da de Poções }


  - Boa tarde, alunos. Peguem os seus livros e abram na página 33 - mandou Umbridge, fazendo o giz escrever no quadro.


  - Potter, você não disse que teria batalha de feitiços hoje? - perguntou Malfoy, irritado.


  - Ágata foi quem falou - respondi, meio chateado por ela não ter aparecido.


  - Sem conversa! - mandou Umbridge.


  O silêncio predominou por 10 minutos, até que começamos a escutar uns barulhos vindos do corredor. Vozes, para ser mais exato.


  - Que barulho é esse? - perguntou Umbridge, irritada. Foi quando as portas abriram, e por elas, entraram Snape e Ágata, que tinha um sorriso de expectativa no rosto.


  - O que traz aqui, Severo? - perguntou Dolores, com a voz melosa. Eca!


  - Creio que... Hoje de manhã, conversamos que teria Batalhas de Feitiços para a Sonserina, não é mesmo?


  - Ahh! Sim, me desculpem, me esqueci - falou. - Alunos da Sonserina, acompanhem o Professor Snape para a aula de Feitiços.


  - Haha, se ferrou, Potter - zombou Draco, que saiu rindo.


  - Na verdade, professora... - começou Ágata, ganhando atenção de todos. - Creio eu, que Dumbledore, lhe informou que a Grifinória assistiria e participaria da aula, também.


  - Isso é um absurdo! Ninguém me informou nada, e você não poderá retirar os alunos da minha sala! - exclamou Umbridge.


  Ahh, por favor! Eu não aguento nem mais um minuto com ela!, pensei, implorando internamente que ela conseguisse.


  E como se fosse normal, Ágata se virou para mim, sorriu como se me entendesse, e diz:


  - Irei retirá - los sim, professora. Pois foi uma ordem de Dumbledore, além de que serei eu que cuidarei dos alunos.


  - Mas você cuida da parte da Sonserina!


  - Não interessa. Fui convocada para liderar a Grifinória e Sonserina hoje na batalha. E se me permiti, já tomamos muito tempo.


  Umbridge estava com uma careta tão horrível, que se não fosse pela situação, teria rido.


  - Casa Grifinória, siga a senhorita Lena para o salão de batalha - ordenou.


  Ágata sorriu triunfante, e todos os alunos começaram a sair da sala. Peguei minhas coisas, junto com Ron, e fomos em direção á ela. Mas antes que eu dissesse alguma coisa, Ron se precipitou:


  - Como você consegue fazer isso? Tipo, mandar na Umbridge?


  - Ás vezes, Dolores precisa ser colocada na linha - disse simplesmente, sorrindo.


  - Eu ainda não entendo... - murmurou Hermione baixo, enquanto seguíamos pelo corredor, junto com os outros alunos da Grifinória. Eu só via Cho e as amigas, e por incrível que pareça, Ágata também.


  - O que você não entende, Hermione? - perguntou Ron.


  - Como ela pode ter tantos privilégios nessa escola? Tipo, tratam ela como se fosse uma "rainha" e tudo mais. Obdecem á ela, como se ela tivesse no lugar de Dumbledore.


  - Impossível - murmurei.


  - Ata, façam assim: parem de babar por ela, e prestem atenção em tudo o que ela faz. Depois, não digam que eu não avisei - retrucou, indo para o lado das garotas.


  - Pirada - falou Ron, nos fazendo rir.


  Chegamos ao salão e todos da casa Sonserina já estavam lá. Muitos olharam de cara feia para nós, outros só ignoraram, mas nem liguei, já estava acostumado.


  - Fiquem ali, alunos - anunciou Ágata, apontando para a beirada do palco(n/a: Não sei se é esse nome), onde iriam treinar.


  Sentamos nas cadeiras e observamos. Ágata foi para junto de Severo, que estava na outra ponta, junto com a Sonserina.


  - Vamos começar - falou Snape.


  - Boa tarde, alunos - falou Ágata.


  - Boa tarde - respondemos.


  - Prontos para a aula de combate de feitiços?


  - Sim - ecoaram.



  - Muito bem - falou, indo para a outra ponta. - Como viram, Severo e eu, iremos mostrar como se faz para... - mas ela foi cortada bruscamente, pelas risadas de Malfoy e seus seguidores trouxas.


  - Algum problema, Senhor Malfoy? - perguntou Lena.


  - Eu? Nenhum! - disse, com escárnio. - Só um pouco surpreso por ter uma novata me dando aula. Isso é ridículo! - ridicularizou.


  - Severo - chamou Ágata, aparatando para o lado dele, e lhe sussurrando alguma coisa que ele assentiu. Ele se retirou, e ela tomou a fala:


  - Senhor Malfoy, venha para o palco, por favor - chamou.


  - Para quê?


  - Oras! Lutar contra mim, não é óbvio? Pois alguém experiente como você, poderá me derrotar facilmente, uma novata, não é mesmo? - perguntou, escarneando.


  - Claro. Mas aviso: se você se machucar, a culpa não é minha - falou Malfoy, se gabando. Que idiota.


  Ele foi até o centro e fez a reverência, que foi repetida por Ágata, com mais graciosidade. Andaram de costas e se viraram. Pode se ouvir a voz de Severo de algum lugar, dizendo:


  - 1! 2! E...


  - Filipendo! - lançou Draco, sem ao menos esperar Snape terminar de contar, tentando pegar Ágata de surpresa, mas por incrível que pareça:


  Ela não estava lá!


  - Onde foi que ela se meteu?! - esbravejou Draco, olhando para todos os lados.


  - Criativo - falou Lena, aparecendo atrás dele, assustando - o. - Primeira regra num duelo, Senhor Malfoy: mantenha o foco! Expelliarmus! - conjurou, fazendo Draco parar do outro lado, caindo.


  Vozes começaram a serem ouvidas, e Draco sendo vaiado também. Ele se levantou e conjurou, nervoso:


  - Glacius!


  Mas ela, de novo, não estava lá.


  - Como ela está fazendo isso? - sibilou Hermione, chocada.


  - Segunda regra, Senhor Malfoy: não deixe seu inimigo te pegar de surpresa. Estupefaça! - falou, aparecendo de repente, mandando Draco para longe, de novo.


  - Você vai ver só. Incarcerous! - conjurou Draco, e dessa vez, prendendo - a.


  Ela estava toda amarrada em pé. Mas ao contrário de se debater, como muitos fariam, ela simplesmente sorri, de forma assustadora, devo dizer, e some no ar, deixando as cordas para trás.


  - Mas o que raios ela fez? - gritou Malfoy, assustado.


  Ficamos uns bons dois minutos olhando para os lados, e nada dela. Quando Draco ia esbravejar de novo, eis que ela aparece, só que dessa vez, está segurando a cabeça de Draco para trás, apontando a varinha para seu pescoço, dizendo:


  - Terceira e última regra, Senhor Malfoy: não subestime seu inimigo. Ele pode ter pontos a favor. Furnunculus! - logo, toda a garganta de Malfoy foi ficando cheia de furúnculus, fazendo todos do salão rirem.


  - Sua... Sua insolente! O que pensa que fez comigo? - perguntou, fazendo careta, enquanto esfregava nervosamente a garganta, afim de tentar tirar as coisas nojentas de seu pescoço.


  - Uma lição. Você me subestimou em uma batalha contra um professor, que mesmo sendo um, não me supera. É a terceira regra, Senhor Malfoy: não subestime seu inimigo. Nunca se sabe o que seu oponente tem armado para você - falou, girando a varinha nos dedos delicadamente. Parou, se endireitou e perguntou: - Essas regras se aplicam a todos os demais alunos. Fui clara?


  - Sim - respondemos.


  - Ótimo - falou, sorrindo. - Senhor Malfoy, creio que precisará ir á enfermaria. Pode ir, quando chegar lá, peça para a enfermeira(n/a: Esqueci o nome da mulher da enfermaria) lhe dar o medicamento nº 2. Assim que se sentir melhor, me procure na ala norte.


  - Na sala do Dumbledore? - perguntou Draco, arqueando as sombrancelhas, surpreso.


  - Sim. Agora vá, antes que isso fique pior - ordenou, gesticulando para seu pescoço.


  Draco assentiu e se retirou, deixando um salão totalmente em silêncio, mas que foi quebrado quando Hermione levantou a mão.


  - Sim, Senhorita Granger? - perguntou Ágata, se aproximando de nós.


  - Como você sumiu no ar desse jeito? Como desapareceu? É algum tipo de feitiço, poção ou...


  - Nada disso - cortou Lena, andando de um lado para o outro. - É uma coisa que eu sei fazer desde que... aprendi - falou, hesitando. Ela parou e logo uma prancheta estava em suas mãos, ela analisava, enquanto alguns murmuravam algumas coisas ininteligíveis. Estava em silêncio, até que Ron perguntou:


  - O que ela tanto olha naquela prancheta?


  Mas apenas dei de ombros, observando enquanto ela trazia com a varinha uma espécie de um robô, com uma varinha, não sei dizer. Ela chamou Snape, na qual murmurou algumas coisas em seu ouvido, e falou:


  - Ronald Weasley?


  - Si-sim? - gaguejou Rony.


  - Suba e me mostre como anda seus feitiços de ataque - pediu.


  - E-e-e-eu? Por quê?


  - Ande, Senhor Weasley. Eu não mordo, juro - falou, sorrindo maliciosa.


  Ron enguliu em seco e subiu, com as mãos tremendo. Ele chegou até na frente dela, que deu dois passos para trás, e apontou para o robô, dizendo:


  - Ataque - o.


  - O quê? - perguntou Ron, com desdém.


  - Ataque seu oponente - falou lentamente.


  - Com que feitiço?


  - Expelliarmus - anunciou.


  Ele assentiu e se posicionou e conjurou:


  - Expel... - mas a varinha dele já estava longe.


  - Mas o quê... - Rony começou, quando Ágata disse:


  - Você muito devagar e lento. Têm que ser mais rápido e preciso. Tente novamente - falou, estendendo a varinha dele, que a pouco, estava em algum canto do salão.


  - Está bem - disse, pegando a varinha. Quando foi conjurar, ele saiu voando pelo palco, pousando lentamente no chão, ao contrário de Draco, que caiu com força.


  - O que aconteceu? - perguntou Ron, se levantando.


  - Carpe Retractum - conjurou ela, indo direto para o lado de Ron e oferecendo a mão, que aceitou. - Veja bem, você agiu previsivelmente, isso deu a chance para que seu oponente te atacasse. Você precisa se concentrar mais em seus movimentos precisos do agora, não o que irá fazer, entendeu?


  - Entendi.


  - Conjure novamente - pediu.


  Ele respirou fundo e apontou a varinha, mas logo ela não estava em suas mãos.


  - Mais que droga! - exclamou Rony, ouvindo risadinhas dos alunos, até da própria Ágata. - Eu não consigo!


  - Não diga isso. Você consegue sim, só precisa se concentrar. Olhe - falou, indo para o seu lado e colocando as duas mãos em seus ombros. Isso me causou inveja, tenho que admitir. - Você precisa se concentrar e não desfocar de seu oponente. Concentre - se e relaxe, pense somente no movimento de agora, e não do depois.


  Ele balançou a cabeça e preparou a varinha, mas quando foi conjurar, Ágata falou:


  - Não assim. Errará de novo. Faça assim - falou no ouvido dele, segurando sua mão, enquanto a outra repousava em seu ombro. Ele estremeceu; ela sorriu. - Você conjura, eu faço o ato. Tudo bem? - Ron somente balançou a cabeça. - Agora - mandou, enquanto girava a varinha.


  - Expelliarmus - só vi a varinha do robô voando e caindo sei lá aonde. Todos do salão bateram palmas e Lena sorriu para nós.


  - Excelente, Senhor Weasley. Pode se sentar.


  Rony veio com um enorme sorriso no rosto, e se sentou do meu lado, com cara de bobo e disse:


  - Ela é demais!


  Eu sei, pensei. Logo Ágata aparatou para o lado de Severo e sussurrou algumas coisas em seu ouvido. Ele escutou, olhou a prancheta e assentiu. Ela voltou para o lugar onde estava, fazendo o robô desaparecer e falou:


  - Senhor Potter?


  - Sim? - pergunei, confuso e animado.


  - Suba e duele - ela parou, dando suspense, e depois sorriu, diabólicamente: - Comigo.


  Gelei.


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Notas finais do capítulo

E aí, meus amores? Gostaram do cap? Eu acho que não ficou graaaaaaaaande coisa, mas, foi isso que saiu. Espero que tenha ficado bom.
E pessoal, acho que cometi um engano. Eu não sei se a Cho e o Cedric eram da Grifinória. Se não forem, finjam que são, ok?
Mil beijos a todos vocês e até!!!!
P.S: Para os leitores da minha outra Fic, mil perdões, vou postar o mais rápido que puder lá, tudo bem?
Beijos.



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