Diário De Uma Retardada escrita por Simjangeum


Capítulo 9
Problemas possíveis


Notas iniciais do capítulo

Não, isso não é um plágio, não, eu não dei minha conta para uma pessoa chamada Alice. É que me deu um surto instantâneo e eu troquei meu nome (mas voltarei a ser Laah Stolley assim que o Nyah deixar ç.ç).

A capa que eu pedi para fazerem da fanfic ainda não está pronta, então eu coloquei essa né.

Demorei pra postar, eu sei, mas não fiquem bravas, estou tentando arrumar tempo para postar!

Espero que gostem desse, e não deixem de comentar! (se possível deixem recomendações u.u). Boa leitura!



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04/12 - Terça-Feira

Meu dia podia ser horrível.

Ele podia ser uma desgraça.

Podia ser quem sabe uma horrível desgraça. Mas acredite, ele foi pior.

Eu devia me demitir da minha vida. Pedir um seguro desemprego e viver feliz para sempre em uma nuvem vermelha lá no céu, onde muitos anjos bonitos iriam fazer o trabalho de vinte quatro horas de cookies e iriam me disputar em duelos de sinuca.

Só que, obviamente, isso está fora de cogitação. Porque anjos não sabem fazer cookies.

Enfim, o meu dia foi uma desgraça tudo por causa de quem? Exato, daquela loura cobreada (a cor do cabelo dela parece cobre), Bina, destruidora de vidas tão sonhadas no céu.

Mais conhecida como "aquela tal" nojenta da East High San Francisco School.

Aconteceu que eu fiz Bianca pagar um mico gigantesco na frente do Rony. E fazer a Bianca pagar um mico na frente do Rony é pedir seu atestado de morte social.

Não posso dizer que ela gosta dele, porque é mentira (como eu já tinha mencionado Bina não gosta nem dela mesma). Ela só acha que como ele é o mais popular de todo o East High San Francisco School e rico pra cacete, ela acha que ficar com ele traz uma melhora enorme no seu status romântico (e financeiro).

Só que ele nunca deu uma chance pra ela.

Então, por esse motivo, Bina tentou ao máximo não ser ridícula na frente de Rony. E eu e minha santa personalidade demos um empurrão (porque como todo mundo diz, pra tudo na vida se tem uma primeira vez) pra ela.

Trágico eu sei. Não pra ela. Mas pra mim.

Estávamos na cantina da escola escolhendo o que a gente ia comer:

─ Ah, eu quero aquilo ali! ─ disse Val, praticamente se jogando no balcão apontando pra um bolinho de aspecto nojento que estava no papel toalha na bandeja.

─ Além de ser estranha você tem que comer coisas estranhas? ─ perguntou Nina fazendo cara de nojo.

─ É ─ disse Val pegando o tal bolinho.

Nina pegou um sanduíche natural e coca-cola light e eu fiquei com uns cookies e um suco de laranja.

─ Isso está repulsivo Val ─ falei enquanto nos sentávamos na nossa habitual mesa.

─ Cala a boca e come o seu lanche ─ disse colocando o bolinho todo na boca.

Em meio a uma "nuvem" de gritos e risadas, apareceu Rony e toda a sua turma. Por algum motivo mágico (aham, sei) todos vieram na direção da minha mesa.

─ Oi Val, oi Nina... Oi Alex ─ cumprimentou Rony, exagerando ao dar oi pra mim.

─ Oi Snow Bell ─ dissemos em uníssono caindo na risada.

Ele fez cara de confuso:

─ Que droga de apelido é esse?

─ Ah, não sabia? ─ debochou Nina, dando um gole na sua Coca ─ o apelido fofo que Bina te deu. Ouvimos hoje mais cedo no vestiário feminino.

Cai mais uma vez na risada depois de Nina ter falado. Depois que saímos da Educação Física, ouvimos Bianca comentar no vestiário feminino que "o seu Snow Bell iria convida-la para o baile de inverno da escola".

Falando no capeta olha quem aparece.

─ Vocês estão falando de mim? ─ perguntou Bina, se aproximando segurando seu cheesburguer coberto de maionese.

─ Não, era da cadela da vizinha da Alex que se chama Bianca e a gente apelidou ela de Bina. Legal né? ─ ironizou Val.

Caímos na risada de novo, até Rony, tentando disfarçar, riu. E obviamente, Bina não gostou nada, nada.

─ Olha, não me rebaixo ao nível de vocês ─ disse ela, fazendo cara de superioridade. Toda a turminha do Rony (inclusive ele, aquele filho de uma...) riram.

Uma voz na minha cabeça dizia que eu precisava dar o troco, eu não podia deixar aquilo assim. Mas eu mesma não queria fazer nada, queria apenas ignorá-la.

Fiquei em uma guerra interna até que resolvi o que iria fazer.

─ Cale a boca, Castellare ─ resmunguei. Peguei sua bandeja e a empurrei para a cara dela.

O cheesburguer caiu bem em cima da sua blusa nova, deixando o queijo escorrer pela sua blusa do uniforme.

─ Sua... Sua... SUA SUJEITINHA! ─ gritou Bina, jogando a bandeja no chão e me encarando com os seus olhos brilhando malignamente.

Ela correu em minha direção e me empurrou em cima da mesa, onde ela ficou em cima de mim, tentando me dar um tapa no rosto.

─ Sai de cima de mim! ─ gritei, enquanto ela forçava minhas costas contra a mesa.

─ Não saio! ─ gritou mais ainda, apertando meus braços.

─ SAI SIM SUA VAGABUNDA ─ retruquei.

E tão rápido quanto eu fora jogada, me segurei firmemente na mesa e dei um chute duplo nas pernas dela, fazendo-a rolar e cair de cara no chão.

Todos ficaram em silêncio no refeitório.

Bianca ergueu o rosto e, como todos os outros que estava ali, ela me olhou surpresa. Havia uma expressão de choque em seu rosto.

─ Você enlouqueceu ─ murmurou. Mas não parecia afetada, nem nada disso, ela estava apavorada.

Mesmo que agora esteja parecendo errado para mim, naquele momento eu dei um sorriso irônico. Estava satisfeita.

Rony veio em nossa direção. Achei que ele viesse me falar alguma coisa, mas ele se limitou a pegar o braço de Bina e a erguer.

─ Vamos, o show acabou ─ murmurou ele, ajudando-a a andar.

Por incrível que pareça, ele não falou nada, apenas lançou um olhar pra mim. Era um olhar descrente, parecia não me reconhecer.

Mas eu não havia feito nada de mal, havia? Eu apenas tinha dado o troco naquela loura cobreada idiota.

Todos já tinha saído, apenas Val e Nina ainda estavam ali. As duas me encararam da mesma forma que todos os outros, como se não pudessem acreditar no que eu havia feito.

─ Porque estão me olhando assim? ─ indaguei ─ Eu só me defendi ok? Vocês todos parecem que viram fantasma.

─ Você tinha que ter se visto quando derrubou a Bina ─ comentou Nina, meio confusa ─ Não sei Alex, parecia que alguém tinha se apossado de você, ou algo assim. Você ficou brava de repente.

Franzi as sobrancelhas. Eu havia agido normal, ou melhor, eu apenas tivera uma reação ao que aquela pistoleira maluca tinha feito.

─ Você anda indo no seu psicólogo? ─ indagou Val, baixinho

─ Sim, por que? Você quer conferir todas as minhas consultas ou o que?! ─ esbravejei, ainda com muita raiva.

Val deu um passo pra trás, sem piscar. Fiquei meio magoada com isso, porque, eu nunca iria brigar feio com alguma amiga minha. Nunca.

─ Desculpe ─ pedi, mais baixo do que ela havia perguntado.

Mas ela havia escutado. Só não iria fazer um alarde sobre isso.

Aléxia.



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Notas finais do capítulo

Me sigam no twitter: @laah_stolley e se sintam a vontade para conversar comigo! Até a próxima!