Diário De Uma Retardada escrita por Simjangeum


Capítulo 22
É natal! Minha música pra você


Notas iniciais do capítulo

Hello my dears! Acho que não demorei muito desssa vez, hein?

Estou muito (profundamente) com cara de pato ao extremo porque vocês quase não deixaram reviews. Que isso minha gente, vocês tão achando que a fanfic tá chata? Porque se estiver, me avisem.

Enfim, esse capítulo é o especial de natal, e é claro nos vemos só lá na ultima semana do ano, onde eu vou postar dois capítulos seguidos. Yay! Boa leitura ^^



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Ok, minhas conclusões básicas que eu preciso comentar antes da ceia de natal é as seguintes:

1. Meu anônimo viu o quão eu sou otária e deixou de gostar de mim

2. Meu anônimo nunca foi Matt, e sim alguém próximo a Rony que deve ter ficado muito chateado pelo o que eu fiz ao seu amigo.

3. Meu anônimo viu o quão eu sou perdedora, feia e maluca e começou a me odiar.

Vocês conseguem ver meu estado? É claro que essa história de desculpas por ter me magoado é tudo mentira, tudo mesmo, e na verdade são só para que ele não escrevesse algo como: Sinto muito Alex, mas no momento não estou apaixonado por você.

Sinto-me horrível por fazer isso com ele. Como o objeto de amor de um cara, tenho a obrigação de ser sempre amável e desejável. E como todos veem eu falhei.

De novo.

#6 horas depois

Acabei de passar pela maior tortura da minha vida, e espero que Deus tenha presenciado isso para servir como um dos meus sacrifícios terrenos (que me garantirão dois pontos no quesito ir para o céu).

Minha mãe e meu pai foram me dizer minutos depois de eu estar completamente arrumada que nós não íamos mais para a casa da Vovó Mary-Claude Decee porque ela foi passar o natal com sua irmã, Fionna-Seyham Decee, o que gerou em um abandono familiar horrível. Então, logo em seguida, eles deram a pior notícia de todas: tio Templeton e tia Jardine iriam passar a noite de natal com a gente, e é claro o filho deles iria vir junto, meu primo pentelho de oito anos que tem parentesco com o demônio, ou apenas Autum (seu horrível nome).

Entrei em pânico, comecei a gritar que Mary-Claude e Fionna-Seyham não tinham o direito de arruinar meu natal com sua reunião idiota sem fundamento, mas mamãe e papai apenas me fizeram calar a boca quando disseram que se eu não me comportasse não ia ter panetone.

E a chantagem de panetone ainda persiste, meus caros.

Quando deu dez horas, o trio de horrores chegou. Tio Templeton estava parecendo um saco de lixo com seu sobretudo de nylon, tia Jardine parecia a mamãe noel (ela até usava a toquinha vermelha com pompom) e Autum parecia um duende maligno com seu macacão verde. Cumprimentei-os bem formalmente e fomos direto para a mesa, porque o importante ali era comer.

Começamos a comer o peru, que incrivelmente estava bom, quando minha tia começou com suas habituais perguntas que sempre eram dirigidas á mim.

─ Hey, minha querida ─ murmurou ela, na minha frente, tentando furar minha mão com seu garfo ─ Porque não trouxe seu namorado hoje?

Larguei meu garfo no prato, delicadamente, e encarei-a de um modo assassino. Como fiquei muito tempo encarando ela dessa forma em silêncio, Jardine começou a furar realmente minha mão e dando risadinhas.

─ Talvez porque eu não tenha um ─ respondi por fim, porque minha mão já estava ficando roxa.

─ Alex é chata demais, nenhum menino iria querer namorar com ela ─ acusou Autum, dando uma gargalhada ─ Eu não aceitaria.

─ Isso é muito bom ─ comentei, olhando pra cara do pirralho ─ Mas levando-se em conta que eu nunca iria pedir pra namorar com você nem sobre pena de morte, então está tudo bem.

Sinceramente não sei quem pareceu mais irritado, meus pais ou os pais de Autum. Mas tenho absoluta certeza que todos estavam irritados era comigo.

─ E… já está trabalhando, meu floquinho de neve? ─ persistiu minha tia, agora espetando a comida do meu prato e levando para o dela.

─ Não acho que eu tenha idade suficiente ─ respondi, sorrindo, mas por dentro querendo ver ela sendo queimada viva.

─ Alex vai trabalhar em um lixão ─ resmungou Autum, comendo mais frango do que deveria.

O amor entre família me comove tanto, que tenho vontade de morrer.

─ Tomara que esse frango esteja contaminado e você comece a criar mãos pela bunda ─ sussurrei, só para ele ouvir ─ E acredite, vai nascer uma em um lugar bem peculiar, seu monstrinho.

Autum continuou a comer como se eu não tivesse falado nada. Ele deve ser mesmo da minha família.

Todavia, o jantar terminou e a sobremesa era um pavê de panetone que minha mãe tinha feito. Guardei um pedaço na geladeira e corri para o meu quarto, apenas para vim escrever isso.

Porém, consigo ouvir muito bem minha mãe gritando lá embaixo, agora, pra eu descer porque tem alguém na porta querendo falar comigo.

#1 hora depois

Era, afinal, o Dr. Nelson. Vestindo o que parecia um colã natalino, ele me abraçou e desejou feliz natal para mim e para todos meus familiares e amigos.

─ Ah, obrigado ─ agradeci, quase sendo esmagada por sua barriga meio mutante ─ Hm, desejo igualmente ao senhor.

─ Eu adoro o Natal, muito mesmo! Acabei de voltar de um show maravilhoso dos Cremosos, você se importa se eu cantar algumas músicas natalinas deles em frente a sua casa? Você nem precisa ficar do meu lado, é só pra eu mandar boas vibrações a esse lar ─ perguntou ele, tirando algumas folhas de sua enorme bolsa preta.

Concordei e voltei para casa, especificamente fiquei na sala em frente a lareira, enquanto Autum dormia no sofá, papai na poltrona, tio Templeton fazia tricô ao meu lado, mamãe e tia Jardine tomavam um chocolate quente na cozinha.

A parede ao lado da lareira era feita de vidro, então eu conseguia ver o Dr. Nelson de costas pra nossa casa cantando alegremente:

Sem chão, sem você, quero te ver

Mais feliz no natal

Com meu coração e pavê, eu vim te ver

Nesse natal

Oh, Oh, yeah, yeah

As renas me dizem o que não quero ouvir

Você achou outra pessoa e eu infeliz

Meio magoado, meio cabisbaixo

Pedi você para o bom velhinho

Mas ele estava meio chapado

Papai Noel é mal, Papai Noel pilantra

Alguém diga pra ele o quanto ele é anta

Sem chão, sem você, quero te ver

Mais feliz no natal

Com meu coração e pavê, eu vim te ver

Nesse natal

A música era estúpida, mas continuei ouvindo ela e rindo, porque ela combinava muito com Nelson. Na verdade, eu podia apostar que ele era o maior fã dos Cremosos.

Espere, baby, vou pular sua chaminé

Provaria meu amor por você né? Né é

Esse outro saco tem o seu presente

Um azevinho, um biscoito e um pente, yeah

Nada do que eu disser vai te fazer mudar

Se eu ficar bonito e rico você vai implorar

(Sem dúvida, aham)

Oh, oh, sem chão, sem você, quero te ver

Mais feliz no natal

Com meu coração e pavê, eu vim te ver

Nesse, oh yeah, nesse, natal, natal

Quando a música ficou mais lenta e surgiu um homem tocando violino eu sabia que nada, realmente nada, poderia ficar mais esquisito que aquilo naquela noite.

Baby, nunca, nunca vou te esquecer

Minha parte preferida do natal é você

As luzes se apagam e eu sinto magoa

Esperando ansiosamente… pela… páscoa.

E foi assim que terminou meu natal. Já são quase duas da manhã, Dr. Nelson deve estar caindo no pátio, quase todo mundo já foi dormir.

Bem, quase todo mundo… (e esse é o momento em que vou comer meu pavê especial)

E as luzes se apagam.

Aléxia



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Notas finais do capítulo

As curiosidades vão ficar para o próximo capítulo, não se preocupem, estão todas anotadas. Beijos e até a próxima!