Reféns De Acônitos escrita por A Garota do Livro


Capítulo 16
Reféns da D.R


Notas iniciais do capítulo

Oi Galera! Tenho uma nova fic! é uma Short Fic : PERFÍDIA , terá 6 capítulos , se quiserem passem lá :))
Boa leitura.



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Isabella POV

Estava em minha segunda aula do dia, com o pensamento longe dali, bem que minha mãe dizia que deveria completar os estudos antes de namorar pois do jeito que eu estava iria levar bomba nas notas, dando motivos de sobra para Charlie surtar.

Tentei manter minha mente nas explicações dos professores, era meu último ano e se eu quisesse realmente entrar em uma universidade teria que ter notas boas, recomendações dos professores e passar nos testes de aptidão: ou seja, ficar no mundo da lua estava fora de cogitação.

– Ângela você terminou a lição? – Perguntei meio receosa, não queria que ela pensasse que eu era uma folgada ou algo do gênero.

– Terminei, quer meu caderno emprestado certo? – Ela disse simpática e eu franzi o cenho.

– Como sabe?

–Ben me contou- ela disse e corou, dei uma risadinha tentando soar sem graça, mais no fundo era Graças a Deus mesmo. Peguei seu caderno dando um gás pra copiar, puxa quanta coisa!.

–Você e o Ben são muito amigos? – Eu especulei, talvez eu pudesse dar um empurrãozinho nesses dois.

– Ah sim, nós trocamos quadrinhos e play list das nossas bandas prediletas, na verdade elas se tornaram prediletas para mim pois ele me apresentou elas, ele tem um gosto musical incrível. – Ela tagarelou e eu meio que recuei, ok eles eram alma gêmeas.

– Que legal! É difícil ter uma amizade assim né. - Eu disse enquanto copiava e ela assentiu sorrindo.

– Terminei, obrigada mesmo pela ajuda. - Eu disse sincera, era uma das únicas aulas que eu não tinha com o Edward.

– De nada! Se precisar estamos aí.

– Digo o mesmo a você Ângela, qualquer coisa que precisar pode falar. – Eu disse piscando, iria encher a bola dela hoje para o benjamim se tocar na vida.

O sinal tocou e todos levantaram e arrumaram suas coisas para a próxima aula, me apressei pelos corredores para não me atrasar, decidi ser uma boa aluna esse ano e tirar notas boas.

Edward já estava em nosso lugar no canto do corredor, me sentei ao seu lado e comecei a tirar minhas coisas da bolsa.

– Como foram as outras aulas? – Ele perguntou puxando assunto.

– Foram boas e as suas?

– Também. - Ele se limitou a dizer e virou para frente quando a professora entrou na sala e nos saudou.

Ficamos em silencio prestando atenção na aula, ele discretamente me passou o caderno com sua caligrafia engraçada. Copiei o mais rápido que pude e tomei notas quando a professora dava uma informação extra sobre a matéria, tentei ao máximo me concentrar e estava conseguindo entender tudo, sorri internamente e lembrei daquele ditado “ Você pode ser o que quiser GARNIER”.

Fomos todos em direção a cantina, estava faminta e meu estômago roncou alto.

–Opa. – Edward riu e eu o acompanhei, entrei na fila do lanche já imaginando aquela empadinha de palmito e uma coca cola estupidamente gelada e um halls para eu poder beijar mais tarde.

Depois que peguei meu amado e saboroso pedido fomos em direção a mesma dos meus irmãos com uma pequena adição: Alice e Jasper, Emmet e Rosalie disseram estar entediados demais para completar o ensino médio e não quiseram mais vir para o Colégio, a desculpa para eles não aparecerem era que eles já tinham se mudado para Toronto para completar os estudos na casa dos avós.

–Cara essa empada tá piscando pra mim Bellôncia, me dá um pedacinho aí vai – Kevin pediu e eu neguei.

– Imagina! Estou correndo de fome cara, tá locão meu irmão?

– Deus está vendo sua conduta para com o próximo, sabe Edward se eu fosse você repensaria sobre namorar esse ser humano vil e egoísta, que só pensa em si mesmo e ...

– Que saco Kevin por que você não comprou uma para você! – Eu bradei irritada, não meche com minha comida não, rasquei um pedaço com dor no coração e lancei em direção a ele com raiva.

Para de fazer a nega do Brooklin balançando a cabecinha fat Family não ok?– Ele disse sorrindo e comeu o pedaço da empada.

Revirei os olhos, não podia comer em paz. Enquanto todos estavam absortos em sua conversa eu retirei um pedaço de papel do bolso e resolvi fazer minha lista de coisas que precisava falar com Edward, tomei minha coca e comecei a pensar no primeiro item da lista:

Sumir sem dar explicações

Me tratar como criança

Não ser sincero

Acho que era só isso, suspirei e dobrei meu papel com a intenção de colocar em meu estojo, mas ele foi mais rápido e pegou de mim com uma piscadela.

– Já irei tomar notas para poder me defender. – Edward disse e eu ri balançando a cabeça, nunca tive uma D.R antes, fui traída antes de saber qual era o problema comigo, talvez Edward possa me dar uma pista e clarear minha mente sobre esse assunto. Tentava ao máximo não lembrar do dia que recebi uma mensagem de Michael dizendo que havia se apaixonado por outra pessoa, que foi inevitável e ele pensou bastante sobre essa decisão.

Lembro de ter ficado desesperada, liguei várias vezes querendo ouvir sua voz, fui na casa dele só para sua mãe me olhar com pena e dizer que ele havia saído, eu só queria que ele tivesse tido coragem de terminar comigo cara a cara. Passei dias me lamentando e me perguntando qual era o maldito problema, o que eu havia feito de errado o que ela tinha que eu não tinha e outra drogas mais.

Ele nunca me respondeu e na verdade não sei o que é pior: Um término sabendo que você foi culpada, ou um término sem explicação.

A única coisa que eu descobri depois de 2 semanas por uma amiga nossa em comum, era que ele havia ficado com essa menina em uma Quarta feira, e seu nome era Sarah bonitinha mais ordinária, pois sabia de seu compromisso e alegava a Michael que não se importava em dividir. Soube também que antes de ficarem estavam bastante próximos e eu me pergunto incansavelmente como não percebi isso antes, como não notei os sinais? Demora para responder mensagens simples, distanciamento, indiferença e entre outras drogas que eu fazia questão de ignorar pois, na minha cabeça perguntar era ser chata eu queria ser uma namorada chata, bom pelo visto não adiantou de nada, mais cheguei à conclusão que se eu tivesse perguntado na época qual era o problema, ele daria de ombros e diria: “Não é nada, só estou cansado. ” Então eu teria suspirado e deixado quieto do mesmo jeito.

– Vamos galera, bateu o sino, sino pequenino, sino de Belém – Kevin saiu cantando e piscando para uma garota no processo. Rimos em conjunto e cada um foi para sua sala.

{...}

Entrei no carro de Edward com apreensão, é agora ou nunca, vamos ter A conversa.

– Posso ligar o rádio?– Perguntei a ele incerta, o silencio pairava e queria me distrair um pouco.

– Claro. – Ele disse sorrindo e eu relaxei, ele é tão lindo! Queria lamber o rosto dele.

Começou a tocar Blame do Calvin Harris, então como uma garota normal comecei a cantar a todo vapor.

–Sooooo blame it on the nigth !!!!! Don´t blame it on meeeee !!!! – Levantei os braços dançando no banco do passageiro com se não houvesse o amanhã, e Edward por incrível que pareça me acompanhou na letra da música! E foi assim nosso trajeto até a uma sorveteria.

– Vou pedir um potinho com 4 bolas, para todos os efeitos duas são para mim. – Ele disse rindo e indo em direção a fila dos pedidos, sentei em uma mesinha do lado de fora enquanto ele não vinha. O dia estava incrivelmente bonito, o céu avermelhado denunciado o final de tarde em Forks e uma possível tempestade. Minha vó sempre dizia temer ao céu laranja com riscos vermelhos, pois por trás da beleza das cores sempre vinham tempestades.

– Flocos, chocolate, doce de leite e Danoninho, espero que goste. – Edward pôs em cima da pequena mesa se sentando a minha frente. Ele é tão bonito que chega a doer, como poderia colocar toda essa areia no meu caminhãozinho rosa?

– Olha Isabella, primeiro de tudo preciso saber se você tem as mesmas intenções que eu, sabe se não estivermos com as mesmas intenções esta conversa será desnecessária e estaríamos perdendo tempo. O que quero dizer é VOCÊ quer mesmo ter esse relacionamento? Quer que dê certo? – Ele perguntou e eu ponderei por um momento: Eu gosto dele, e se eu me esforçasse no colégio e se ele quisesse poderíamos nos formar com honras, entrar em uma Universidade juntos e dividir um apartamento, depois poderíamos casar e ter filhos, ou na melhor das hipóteses se não fosse possível poderíamos adotar.

– Sim Edward, eu gosto de você e quero ter um relacionamento. – Eu disse firme e ele assentiu concordando.

– Eu também quero então nosso primeiro ponto está definido: Queremos as mesmas coisas. Agora quero expor as coisas que me incomodam em um relacionamento: Odeio mentiras, sério se você quer me matar e eu te perguntar Isabella o que foi? Você tem que dizer Edward eu quero te matar. Sério! A palavra NADA está banida do nosso vocabulário ok? – Ele disse muito sério e eu arregalei os olhos, era um pedido aceitável e em sempre falava nada para ele. Ok eu posso fazer isso.

– Certo, Sinceridade. – Eu disse balançando a cabeça e dando uma colherada em meu sorvetinho, estava uma delícia e o melhor: Não precisava dividir com ninguém.

– Por que está sorrindo desse jeito? – Ele perguntou

– Porque o sorvete está uma delícia e eu não preciso dividir com ninguém. – Eu disse empinando o queixo e ele riu.

–Muito bem esfomeada, vamos ao próximo tópico: Respeito, nada de idiota, tosco, otário ou outras coisas mais, não importa o qual brava você esteja em uma discussão e isto vale para mim também, na verdade tudo que iremos falar vale para nós dois. – Ele disse e eu sorri, eu nunca tive uma D.R mas tinha certeza que a maioria não era desta forma, Edward estava empenhado com isso e isso aqueceu meu coração.

– Tudo bem, de acordo.

E preciso do seu telefone, iremos trocar mensagens para nos comunicar, aí você me diz o momento certo que eu posso ir em sua casa e vice e versa. – Ele disse já estendendo a mão para meu celular e eu lhe entreguei aberto na agenda e ele fez o mesmo.

Continuei a comer e ele disparando mais pontos que ele não gostava e eu também disse os meus, nós conversamos pacificamente e concordando um com o outro, sorri satisfeita e nos levantamos rumo ao seu carro estacionado do outro lado da rua de mãos dadas.

– Viu, não foi tão ruim discutir a relação. – Ele comentou rindo e abrindo a porta do carro para mim.

–Você é tão cordial que não tem como brigar com você estando neste estado. – Eu disse rindo.

Acredite, já conseguiram discutir comigo neste estado. – Disse meio sombrio e eu me calei, Edward tinha um passado e aos poucos eu iria desvendá-lo, começando por aquela loira que eu vi acompanhando ele na noite do cinema.

– Você vai me contar um dia? – Eu rebati minutos depois.

–Claro. – Ele deu um meio sorriso e ligou o rádio encerrando o assunto.


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Notas finais do capítulo

O que acharam ??



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