Someone In Your Side escrita por Den Falk


Capítulo 4
Broked Dreams - Prólogo IV


Notas iniciais do capítulo

Então, eu estou tentando apresentar pra cada um a história de cada personagem de uma forma diferente. Seja POV da personagem, como as duas primeiras, seja narração indireta, como as duas segundas. Etc etc etc. Cada um lembra ou conta de alguma forma diferente, pra não ficar aquele negócio chato ok?
Acho que as próximas duas são em POV's das personagens. Obrigada pelas inscrições, eu já as encerrei, ok?
Ah, Pyongpyong-yah, eu troquei a imagem, espero que não se incomode é da ulzzang que me passou, mas não é a que você me mandou ;-;



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08:57am – Seoul


O centro de Seoul se mantinha movimentado naquele horário em que Sorah passava por ali. A garota se vestia de forma social e carregava uma pasta nos braços. Aproveitaria que apenas na parte da tarde teria que se encontrar com seu grupo de estudos e se preparar para um seminário na faculdade para acertar alguns documentos pendentes para seu novo emprego.


A garota parou em frente a um grande edifício questionando-se sobre estar ou não no endereço certo. Retirou um papel da bolsa controlando-se para equilibrar as pastas de documentos entre os braços e não derrubar seu casaco com as pessoas esbarrando em si. Checou o endereço e sorriu levemente já subindo as escadas com um pouco de dificuldade por sua perna ainda puxar e lhe incomodar depois do seu acidente.


Ela entrou no saguão olhando para tudo e para todos, sorriu calorosamente para o porteiro e deu um bom dia quase cantado para o segurança. Era sempre assim, a pessoa mais cativante e comunicativa que podia se encontrar. A moça foi até o balcão da recepção parando ali e respirando fundo ao ver a atendente ocupada. Aguardou um momento e cumprimentou a recepcionista – que antes parecia totalmente desgostosa de seu trabalho e agora havia sido tranquilizada pelo calor que a menina emanava e sustentava um sorriso sincero na face.



―Em que posso ajudá-la? – perguntou a senhora agora em tom calmo depois de discutir com um visitante que insistia em lhe dirigir palavras rudes.


―Ahn... – Sorah murmurou olhando novamente no papel e a olhou sorrindo – Devo ir ao trigésimo oitavo andar. – ela afirmou e a moça confirmou ao ler o papel que lhe foi estendido.


―Ah, claro senhorita Lee. É só seguir a diante e pegar o elevador.


―Elevador? – a menina franziu o cenho. Havia esquecido desse mínimo detalhe.


―Sim. – a mulher afirmou confusa – É o meio mais viável de se subir trinta e oito andares.


―Tudo bem... – A menor murmurou sem graça. – Muito obrigada, tenha um ótimo dia e um bom trabalho. – ela desejou a atendente e saiu andando em direção ao corredor indicado.


Assim que ela se retirou o segurança aproximou-se do balcão e sorriu para a recepcionista.


―Garota simpática, não? – perguntou o senhor careca vendo a mulher confirmar.


―Seria bom se todos que atendêssemos fossem assim.


―É. – ele concordou e logo voltou correndo ao seu posto, o gerente havia dado um grito por ele estar papeando.



–--


Foram poucos minutos de espera. So Rah e um rapaz não muito alto estavam na frente da porta do elevador quando a mesma se abriu e os dois atrapalharam-se tentando entrar juntos.


―Desculpe. – ela pediu baixando o rosto e dando alguns passos para atrás.


―Não, o que é isso. – ele falou também sem graça. – Damas primeiro. – e estendendo o braço em direção a porta ele fez menção para que ela fosse na frente.


Assim ela o fez e assim que entraram no elevador ela soltou um grande suspiro. A menina apertou o botão de seu andar e soltou um gritinho baixo quando o elevador começou a subir.


―Eu não gosto de caixas fechadas suspensas por cabos que podem nos derrubar de vários metros de altura. – ela murmurou como se explicasse seu gritinho ao rapaz que ria.


―Nesse momento, depois do seu comentário, começo a questionar se devo gostar ou não. – ele falou e ela sorriu.


―Sou Lee So Rah. – ela cumprimentou estendendo a mão para ele naturalmente e arrancando um sorriso do rapaz.


―Olá, Lee So Rah. – ele a cumprimentou e ela sorriu mais abertamente – Costuma sempre sair falando o seu nome para estranhos?


Ela riu e passou a mão pelos cabelos, olhando de canto para o painel do elevador que ainda estava no décimo sétimo andar.


―Não só meu nome, muitos dizem que falo demais. Pareço uma tagarela... Ahn... Não sei seu nome. – ela comentou e ele fez face séria.


―Me pegou. – ela riu – Não poderia revelar, se te disser tenho duas opções cruciais.


―E quais seriam, senhor misterioso?


―Ou eu te mato. – ela fez careta – Ou você me passa seu telefone.


―Isso é uma cantada? – perguntou arqueando a sobrancelha.


―Não, apenas estou sendo tão sociável quanto você.


Ela sorriu abertamente mais uma vez e o olhou.


―Penso sobre isso depois que me disser seu nome.


―Meu nome influenciará em algo?


―Em muito.


―Então, muito prazer Lee Sorah, sou Yang-


Antes que ele pudesse dizer seu nome um grito de Sorah preencheu o pequeno ambiente do elevador. As luzes da “caixa” se apagaram e uma pequena luz vermelha piscava no painel quando o aparelho parou abruptamente fazendo a menina entrar em desespero.


―Não. Não. Não. Não. – ela repetia sentando-se no chão e colocando as mãos no rosto.


―Calma. – pediu ele aflito. – Já vai passar, é só uma falha.


―Não! – exclamou em tom mais alto e começando a ficar ofegante. – V-você não entende, – gaguejou - n-não entende!


―Você... – ele começou mais ela o interrompeu.


―Eu tenho claustrofobia! Eu preciso sair daqui! Eu preciso de ar! – ela colocou as mãos na face e encolheu os joelhos já derrubando a pasta e a bolsa no chão do local. O elevador tremeu mais um pouco e ela gritou em pânico – Não, por favor, de novo não. – ela pedia soluçando e quase chorando.


O rapaz sem saber o que fazer abaixou-se ajoelhando do lado dela e segurou em uma de suas mãos fazendo-a olha-lo.


―Eu estou aqui com você, calma.


Mas ela fechou os olhos com força e soltou mais um grito e um gemido. Estavam voltando, todas as lembranças, tudo voltava.



#Flashback on#



Ei, Sorah-yah, ei” seu namorado chamava enquanto ela guardava algumas coisas no seu armário do clube.

“Annyeong oppa” a menina cumprimentou-o sorridente. Era aquele que ela amava.

“O que acha de viajarmos?” perguntou o rapaz entusiasmado segurando suas mãos “Só você e eu estrada à fora”.

“Para onde, oppa?” ela perguntava sorrindo pelo entusiasmo dele.

“Onde a estrada nos levar. Pegamos um mapa e viajamos, Sorah-sshi. Vamos juntos para explorar um pouco e ter um tempo só para nós. Topa?”

“Nee!”


-x- 


“Aonde estamos?” ele questionou a ela apertando os olhos para ver a estrada escura, algo difícil no momento.

“Eu realmente não consigo ler o mapa” a moça murmurou também apertando os olhos e murmurando coisas que tentava ler.

“Espera, eu te ajudo” ele comentou e a olhou de canto de olho tirando uma das mãos do volante e tentando ligar a luz no teto do carro.

“CUIDADO!”


-x-


Dias e dias depois apenas uma notícia pôde informar aos parentes dos dois o que havia ocorrido. A repórter mantinha um tom monótono, como de costume para esse tipo de acidente que havia se tornado costumeiro nessas tragédias.


―Dois jovens com um tempo de namoro e uma ideia de aventura. Lee SoRah e seu namorado dois anos mais velho passeavam pela estrada próxima à uma cidade litorânea quando em um descuido o rapaz perdeu o controle do carro e capotou neste barrando aqui. – ela apontou para o local com as grades de proteção destruída que tinha marcas dos pneus do carro – O rapaz de 23 anos não resistiu e morreu na hora, mas a namorada com alguns ferimentos não muito graves permaneceu ali, presa às ferragens, por 3 dias seguidos. O local por não ser muito movimentado e pela queda ter sido muito grande teve difícil acesso para o resgate, mas a moça já foi retirada na noite do quarto dia e está sendo cuidada por estar com desidratação e alguns outros problemas em seu sistema imunológico mais os ferimentos. A menina parece ter fraturado a perna em dois pontos diferentes e estar com várias escoriações. Dizem os especialistas que o ocorrido pode e deverá deixar sequelas, mas torcemos para que Sorah recupere-se em breve.


#Flashback off#



As lágrimas corriam com gosto em seu rosto, as pernas eram apertadas contra o corpo e seu peito doía. Ela não suportava a sensação de ficar presa. Desenvolveu a claustrofobia depois do incidente e estava totalmente em pânico ali. Saiu tanto de si que começou a sentir seu corpo fraquejar e suas pernas ficando moles. Sua visão embaçou e em poucos minutos Sorah não tinha consciência de mais nada.


A menina acordou na enfermaria do prédio e a primeira pessoa que viu do o rapaz o tal Yang... Ela ainda não sabia o nome dele, mas isso não interessava no momento. A única coisa importante é que ele cuidou dela enquanto estavam presos e assim que o elevador abriu ele a levou nos braços para onde pudessem cuidar dela.

Ao ver que ela havia acordado o rapaz sorriu aliviado.


―Olá, bela adormecida. – ele falou brincando e ela sorriu.


―Isso é mais um adicional para sua cantada?


―Não, você realmente dormiu bastante. – ele falou confuso e ela franziu o cenho.


―Não isso. O fato de você tecnicamente me salvar. – ela falou e ele soltou um “aah, isso”. A moça riu e esfregou os olhos, sentando-se na maca devagar – Então termine, Yang seja lá o que for. Qual o nome que devo anotar na minha agenda telefônica? – ela perguntou e ele sorriu.


―Seungho. Yang Seungho.



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Notas finais do capítulo

Gostaram? Qualquer erro me avisem, eu escrevo e posto então ainda não revisei.