Percy Jackson E A Revolta De Poseidon escrita por Dellair


Capítulo 6
Capítulo 6 - Faço um piquenique na praia


Notas iniciais do capítulo

Er, eu sei, eu sei, prometi não demorar a postar e cá estou eu, dps de éons. Me desculpem mesmo, mas to tentando regular meus dias pra postar aqui.
Enfim, bem vindos novos leitores, e não vou enrolar mais, leiam!



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Meus sonhos foram pontuados de visões estranhas, algumas eu ouvia partes cortadas de uma conversa: “eles sairão numa missão”, “nunca chegarão aqui a tempo” e dentro dessas conversas meu nome e de Alexa saíram muitas, muitas vezes, eu só não imagina o que ela tinha a ver com a situação.

Em outras partes dos sonhos, eu via coisas normais. Annabeth e Thalia conversando em voz baixa, Nico sentado de cabeça baixa ao lado das duas, em outra eu vi Grover, ou pensei ter visto, se arrastando ao lado de Juníper. Depois nenhum deles estava lá, mas eu ouvi alguns gemidos e palavras de conforto, então imaginei estar na enfermaria.

Quando acordei, percebi que ainda estava de noite, ou tinha se passado um dia. Mas eu nem dormi tanto assim! Bocejei. Esfreguei meus olhos, e me sentiu na cama da enfermaria.

- O que tem dez dias?

- Hã? – indaguei a Annabeth que estava sentada ao meu lado.

- Você disse “dez dias” antes de desmaiar. – explicou ela.

- Uma, haam, voz na minha cabeça disse que eu tinha apenas mais dez dias...

- Uma voz? – perguntou Thalia, que estava encostada na parede, e eu não a tinha notado.

Assenti.

- Apenas mais dez dias... – repetiu Annie. – E depois, você...

Annabeth engoliu em seco, sem conseguir terminar a frase. Thalia olhou para mim e depois para Annabeth, suspirou e saiu da enfermaria.

- Por quanto tempo eu dormi?

- Apenas algumas horas... Thalia e eu ficamos aqui quase o tempo todo, e Nico foi para o chalé 13 a 10 minutos.

- Hã, Grover veio aqui também?

- Sim, ele e Juníper. Mas o garoto bode teve quer ir logo, ele soube por alguns espíritos da natureza o que tinha acontecido com você e veio correndo. Mas não pode ficar muito tempo, por causa das responsabilidades.

- Entendi.

Um silêncio se instalou entre mim e Annabeth. Pensei em todas as vezes que ficamos sozinhos antes de terminarmos e como sempre conversávamos sobre alguma coisa, e agora só havia o silêncio.

Thalia voltou alguns minutos depois a enfermaria.

- Quíron disse que se você estiver OK pode ir pro chalé 3, amanhã Rachel chegará e dará a profecia.

Eu assenti e vi Annabeth e Thalia trocarem olhares nervosos, como se a qualquer momento eu pudesse ter outro ataque.

- Eu estou OK. – disse a elas.

Annabeth assentiu e Thalia me ajudou a levantar. Pus-me de pé me sentindo 100% bem e caminhei devagar com Thalia e Annie para fora da enfermaria.

As meninas me acompanharam até o chalé de Poseidon sem dar uma palavra e depois as vi seguir para o chalé 8, o de Ártemis onde Thalia, por ser caçadora podia ficar, e provavelmente Annabeth dormiria lá com ela.

Quando entrei no chalé 3, me joguei na cama de baixo do beliche. Fechei os olhos tentando dormir, mas tudo que me vinha a cabeça era a voz misteriosa dizendo “dez dias” e todo aquele filme assustador “pré-morte” que passou pela minha cabeça.

Sabe, você já tentou dormir quando sabe que tem apenas dez dias a mais de vida? Não é uma canção de ninar muito boa. E alem do mais, a própria voz disse que era uma causa perdida. E com esse alegre pensamento minha mente viajou um pouco para outra dimensão.

No sonho, e era realmente um sonho, não um de semideus, mas um daqueles de pessoas normais. Enfim, no sonho eu estava com a camisa do acampamento mas o lugar em que eu estava era desconhecido, um pequeno lago cercado de árvores e flores silvestres. Uma canoa estava na margem do lago, e um papel preto e cinza estava em umas das tabuadas usadas como assento.

Me aproximei da canoa e peguei o bilhete. Dentro, reconheci a letra de Annabeth. Percy, suas palavras começavam:

Desculpe por faltar ao nosso encontro, mas houve um imprevisto com meu pai. Espero que entenda

Annabeth.

Não sei porque, mas fiquei aliviado por dentro, um pressentimento ruim me preocupava e todo aquele lugar não ajudava.

O sol que antes iluminava o pequeno oásis foi encoberto por nuvens carregadas. Um grito ensurdecedor preencheu o local e eu acordei sobressaltado.

Me sentei na cama do beliche e respirei fundo. Deviam ser umas duas ou três horas da manha, mas eu me sentia sem sono. Levantei e fui ao banheiro, tomei um banho gelado e vesti a roupa do acampamento e pus chinelos vendo as horas no relógio na mesa de cabeceira. 2h e 32min. E com isso eu iniciava meu momento insônia.

Sai do chalé e me dirigi a praia, pensando em esfriar a cabeça com o mar. O acampamento estava todo silencioso e calma, era estranho.

Quando cheguei à praia, vi algumas luzes azuis, como aquelas de lanternas temáticas usadas em festas infantis. Segui na direção delas e me deparei com Sam, sentada em uma toalha de praia azul e preta mexendo no estranho Iphone.

- Madrugando? - indaguei.

Sam se assustou e o Iphone caiu em seu colo. Sorri amarelo, me desculpando e Sam deu espaço para eu sentar.

- Não, só estou sem sono. – disse ela. – E qual sua desculpa?

- Pesadelo. – Sam assentiu. Ela apontou para um engradado com cinco cocas-colas a seus pés. Ela pegou uma para si e eu peguei uma para mim.

- Que ruim – ela começou –, sobre os seus últimos dez dias.     

- Eh, salvar minha vida de algum perigo invisível, novidade – no rimos.

- Vocês vão sair em uma missão, certo?

Assenti, sem querer falar muito. Sam encarou o oceano a nossa frente.

- A propósito, o que é esse Iphone ou o que diabos isso seja, que você sempre carrega?

Sam hesitou.

- É, hm, você sabe o celular que a Annabeth tem? Aquele “fora do radar dos monstros” – confirmei com a cabeça. – Nós, haam, fizemos um parecido. Mas ele não funciona muito corretamente, fiz a maior parte sozinha, então a freqüência é bem fraca de acordo com quem quero falar.

- E com quem você quer falar – perguntei, e completei em seguida: - Não precisa me contar se não quiser...

Sam me olhou de soslaio, eu podia sentir a curiosidade nas minhas palavras, aposto que ela também.

- Tudo bem. É com meu pai, ele mora no Canadá, e quando eu sai de casa para vir pra cá, ele não teve a chance de se despedir.

- Entendo.

- Eu nunca fui muito ligada a ele, mas quando meu sátiro chegou sofremos um ataque numa escola próxima por telquines, eu achei bastante estranho, e tivemos que fugir de pressa. No caminho, o sinal do telefone só foi enfraquecendo e quando cheguei aqui, apenas nessa praia o sinal é forte o bastante para uma ligação.

- Então você não estava sem sono? – Sam riu e negou com um aceno. –Você conseguiu falar com o seu pai?

- Não. O telefone estava desligado.

Sussurrei um sinto muito e Sam voltou a encarar o mar. Pensei no que ela me disse e sobre os telquines a terem atacado, talvez fosse uma revolta deles afinal. Primeiro os meio-sangues, e depois o tridente do meu pai. Mas alguma coisa estava faltando, eles não eram espertos o suficiente para bolarem planos como esses, alguém os estava controlando.

- Então – eu interroguei de repente. – agora você gosta de mim?

- Posso dizer que não não gosto de vocês.

Olhei para ela sem entender.

- Não goooooosto de você, mas também não desgooosto de você

Continuei sem entender, mas dei um sorriso confiante e Sam aceitou que eu entendi.

Bocejei. Levantei da toalha de praia e bati à areia da minha bermuda.

- Meu sono esta voltando, não vou descartar

Sam assentiu – Boa noite. – disse ela. – Sem pesadelos agora

- Sem pesadelos – concordei rindo.

Fiz meu caminho de volta até o chalé 3 , mas no circulo de chalés vi uma luz se apagando no chalé de Ártemis. Imaginei Thalia e Annabeth tendo uma “festinha do pijama”. Continuei meu caminho para o chalé de Poseidon.

Quando cheguei ao meu chalé me joguei na cama de baixo do beliche. Tentei fechar os olhos mas uma mistura do pesadelo que tive mais cedo e da voz maligna decretando meus últimos dias de vida me fazia, abri-los

Por fim, ignorei o pavor que surgia e deixei minha mente viajar. Não tive mais pesadelos ou sonhos.

Quando acordei, espreguicei-me e fui tomar um banho gelado para acordar melhor. M vesti e voltei a sentar na cama, pensando.

Eu podia fazer uma lista do que eu precisava realizar até o verão.

1)      Resgatar o tridente do meu pai e garantir mais vida para mim.

Isso era bem especifico e estava no topo da lista.

2)      Fazer Annabeth voltar para mim

Não me parecia uma missão impossível, então coloquei em segundo, eu só podia prever o fim do verão, feliz pelo menos, com minha saidinha novamente comigo.

3)      Descobrir o porquê do Nico começar a corar.

É, esse ponto me intrigava bastante, mas claro que eu teria que ter a ajuda de uma especialista.

4)      Comer alguma comida azul antes de sair em uma missão.  

Ps.: Aquele sonho do Pers, acho que vai demorar MUITO, MUITO MESMO pra vocês descobrirem o significado então pros curiosos, nem tentem solucionar. Enfim, essa listinha no fim eu adorei u_u


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Notas finais do capítulo

Meus lindos semideuses, peço mil e uma desculpas sobre a demora, o próximo capítulo é um bônus, ou seja, do ponto de vista de outros personagens, sem ser do Pers. Eu adorei isso, mas a ideia meio que principal foi da MandyLove (quem conhece sabe)
Então, me digam o que acharam do cap? Não é meu preferido, mas ok! O proximo tem POV da Annie e da Alexa, chama "Festa do pijama", to dando os adiantamentos por causa da minha demora nesse.
Se tiver alguem ai, deixe um review ou sinal de fumaça, qualquer coisa!
ps: to lendo a hospedeira, é... to sem palavras, indico. Muito bom mesmo!



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