Percy Jackson E A Revolta De Poseidon escrita por Dellair


Capítulo 5
Capítulo 5 - Me provocam


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEEEEEEEY, alguém ai sentiu minha falta ~fugindo dos sapatos jogados~ Err, me desculpem a demora pra postar, houve uns probleminhas aqui, mas eu vou normalizar tudo, e nas férias, prometo postar regurlamente. Agora podem ler :D



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Na manhã seguinte, acordei com uma grande vontade de lutar. Tomei banho e depois me dirigi ao refeitório, onde tomei um café da manha rápido e depois fui até o Chalé 13.

O Chalé era todo preto, sem decoração exterior alguma (também, o que se esperava de Hades?), havia duas janelas com vidros revestidos de fumê, e uma porta de madeira escura com um numero 13 pintado de prata. Aproximei-me e girei a maçaneta de caveira.

Nico dormia tranquilamente na cama de baixo do beliche, coberto por lençóis pretos e brancos. Não, acordá-lo seria muito malvado. Por que, é claro, o Nico é um primo tão...

Entrei no quarto sorrateiramente, me aproximando devagar da cama do Nico. Mas no caminho, bati numa mesinha de canto em que tinha um porta retrato que caiu de frente na mesinha. Me virei para Nico, mas ele continuava dormindo.

Ajeitei o porta retrato e observei a foto nele. Havia um Nico mais novo e Bianca Di Angelo, também parecendo mais nova. Os dois estavam em uma praça, iluminados fracamente. Repus o porta-retrato na mesinha.

- Já achou o que perdeu?

- AHHHHHHHHH

Nico gargalhou e apontou para a porta.

- Ok, agora que seu plano de me assustar foi pelo cano, bom viajem de volta ao riu, Nemo!

- Há há – eu disse dando um soco nele. – Vamos treinar, caveirinha.

- Ta – ele disse com um bocejo. Me dirigi à saída, enquanto ele voltava para o quarto, afim de trocar de roupa.

- Nunca tente assustar um filho de Hades, é igual a tentar roubar um filho de Hermes. – murmurei a caminho da Arena.

Quando cheguei na Arena, vi Samantha e Diego treinando com facas. Stella estava nas arquibancadas com um pequeno jarro nas mãos. Me juntei a eles.

- Que você ta tentando fazer com isso? - interroguei a Stella. Sam e Diego pararam e se viraram para mim.

- Minha mãe me mandou, eu acho. Acordei e estava ao lado da minha cama. Já tentei fazâ-la crescer, mas nada acontece!

Ficamos os quatro obsevando o pequeno jarro de argila, uma terra muito escura abrigava um pequeno pontinho verde.

Minha atenção foi desviada pela entrada de Nico na Arena.

- Então, vamos treinar? - perguntou. Stella colocou o jarro na arquibancada e correu para abraçar Nico, que retribuiu sem muito entusiasmo.

- Claro - eu disse pulando da arquibancada indo colocar a armadura, enquanto Sam e Diego retornavam ao seu treino.

Nico apareceu ao meu lado segundos depois, resmungando consigo mesmo.

Tirei contracorrente do meu bolso e destampei-a. Nico pegou a espada esquisitinha do Estige dele e se juntou a mim no centro da Arena.

Ataquei primeiro. Contracorrente se chocou bruscamente com a espada de Nico, que empurrou a espada dele contra mim, e cambaleie um passo para trás.

Nico jogou a espada dele pela esquerda, enquanto eu fazia o mesmo, ele se abaixou e me deu uma rasteira. Cai no chão e com Contracorrente atingi o tornozelo de Nico que caiu ao meu lado. Nico se levantou rapidamente e eu levantei Contracorrente quando ele me atacou.

Levantei também e girei Contracorrente pela esquerda, mas Nico contra-atacou e eu o empurrei com o cabo da minha espada.

- EI, VOCÊS DOIS – uma voz feminina chamou, Nico e eu nós viramos ao mesmo tempo e vimos Thalia correndo em nossa direção.

- Que? – arfou Nico.

- Algum de vocês viu a Annabeth? – Nico sacudiu a cabeça e eu fiz o mesmo. – Ela não está em lugar algum! – exclamou Thalia.

- Você... você já vi-viu no chalé de Atena? – Nico gaguejou

- Hmmm, não. – disse Thalia e eu revirei os olhos. A caçadora saiu correndo novamente.

Olhei para Nico e ele corou, era a segunda vez que isso acontecia. Quando abri a boca para falar alguma coisa, Nico me atacou com sua espada do Estige.

Depois do treino, eu e Nico fomos cada um para o seu respectivo chalé. Tomei um banho gelado e me dirigi ao refeitório.

O almoço ocorreu normalmente, e em seguida fui até a parede de escaladas, onde treinei tempo bastante para todo o meu corpo reclamar. Depois me “arrastei” para o lago de canoagem, onde me joguei e fiquei “meditando”.

Quando a trombeta soou para o jantar, fui o primeiro a aparecer no refeitório.

Os campistas entram em grupos no refeitório. Vi Annabeth e Sam na mesa de Atena, Nico andando lentamente até a mesa 13, Thalia saltitando até a mesa de Ártemis com fones de ouvido, e Alexa entrou depois de todos, tristemente.

Eu a entendia, ela estava esse tempo todo no acampamento sem saber quem seria seu pai, no caso mãe, olimpiano. Vi-a sentar-se à mesa de Hermes, ao lado de Sofí, e sorri para ela enquanto conversavam.

O jantar se passou normalmente, eu me levantei para jogar comida na fogueira, pedindo a Afrodite mais alguma chance com a Annabeth, e a meu pai.

O refeitório estava uma verdadeira barulheira. As filhas de Afrodite soltavam gritinho do nada, o chalé de Hermes não para de enganar uns ao outros, Ares jogavam algum tipo de mímica de guerra, o de Atena falava tão rápido sobre coisas complicadas que eu me perdi. Enfim, um começo de férias bem normal.

Apenas minha mesa estava silenciosa, mas logo senti o ar mais frio, e Nico apareceu ao meu lado.

- Caveirinha

- Nemo

Então ser filho único de um deus não parece ser tão legal. Talvez só Alexa estivesse mais solitária que nós, e olha que pra uma estrela da música, ficar sozinha é uma proeza.

Vi Alexa se levantar, Sofí perguntou algum coisa, Alexa respondeu e sai de lá. Quando estava na metade do refeitório, alguma coisa brilhou. Um brilho avermelhado circulava Alexa West e quando ele diminuiu, todos os campistas olhavam para a garota de boca aberta, posso dizer que até eu.

Uma típica toga grega num tom de creme delineava seu corpo com um cinto dourado e intrincado na cintura, com varias pulseiras de ouro no pulso esquerdo. E sandálias gladiadores marrons nos pés. Seus cabelos pretos caiam em cascatas sobre seus ombros, seus olhos estavam delineados e uma leve sombra azul marcava as íris pretas. Uma cor de cereja destacava seus lábios.

Até eu sabia o que isso significava, Alexa havia sido reclamada.

Quíron bateu o casco no piso do refeitório e se curvou brevemente, todos no refeitório fizeram o mesmo, levantando-se e se ajoelhando.

- Alexa West – disse Quíron com um tom estranho na voz. – Filha de Afrodite, senhora das pombas, deusa do amor.

As filhas de Afrodite logo correram para junto de sua nova irmã. Vi Annabeth, Sam, Diego e Mike indo falar com ela também. Nico se levantou e eu o acompanhei para parabenizá-la.

Mas no meio do caminho, senti uma vertigem. Não uma tontura normal, mas uma dor de cabeça cruciante. Cambaleei alguns passos, até me segurar no ombro de Nico.

- Percy? – ele perguntou.

Então, uma dor maior ainda, que eu não pensava ser possível, percorreu por todo o meu corpo. Era a dor de mergulhar no Estige, segurar o céu, ter o veneno percorrendo pelo seu corpo, tudo isso junto e multiplicado por cem.

Meu ponto de Aquiles formigou. Toda a dor que eu sentia parou por um momento, um minuto em que eu senti que todos me olhavam e ouvi a respiração de todos pararem. Eu soltei o ombro de Nico, e caí de joelhos no pavilhão do refeitório.

Um novo round de dor me atingiu, fazendo meus ouvidos zunirem e minhas mãos suarem.

Sim, Thalia falou sobre usarem o tridente de Poseidon contra mim, mas uma coisa como essas? Dor física?

Um herói tão fraco...

Disse uma voz baixa em minha cabeça, não consegui distinguir sendo de homem ou mulher. Mas era carregada de rancor.

Tão fraco, e vulnerável... Tão fácil de ser atingido...

Imagens preenchiam minha mente. Minhas com Annabeth, outras com meus amigos, minha mãe, meu pai; momentos que eu até esquecia. Era tão assustador quanto as ilusões de Phobos, quando o encontrei uma vez. As imagens eram reais, mas mostradas numa ordem como se fosse meu fim.

Arfei quando uma pontada atingiu meu coração, cai de boca no pavilhão e senti o gosto de sangue, metálico.

Dez dias... Um prazo longo demais... uma causa perdida...

A voz riu, deliciando-se. Tudo o que pude fazer foi levar a mão a boca e limpar o sangue que escorria. A dor seguinte foi como uma flecha, disparada no meu ponto de Aquiles e errando por centímetros. A dor me fez tremer e gritar.

Dez dias...

Soltei outro grito, dessa vez levei as mãos à cabeça, onde a dor era insuportável, como se partissem meu cérebro em dois. Tremi.

Dez dias, herói... disse a voz em tom de deboche.

A dor parou, simplesmente. Meus sentidos voltaram, e não havia vestígios nenhum da agonia sofrida, se não contar o filete de sangue que manchava minha boca e eu estar tão ofegante.

Não consegui me levantar, e todos os campistas pareciam em transe, pois nenhum deles me ajudou.

Ouvi Quíron se aproximar a galopes, e alguns de meus amigos se unirem a ele.

- Isso é o que estão fazendo com o tridente? – perguntou Nico.

Acho que Quíron deve ter assentido, não ouve som algum. Fechei os olhos.

- Precisamos logo de uma missão, Quíron. – disse Annabeth

- É claro criança, assim que Rachel chegar. Annabeth, Nico, Thalia e, hmm, Alexa preciso de vocês um minuto. Agora, os demais campistas, podem voltar aos seus chalés, não haverá cantoria está noite.

- Quíron, por que precisa de mim? – indagou Alexa

- Só um minuto, se puder me esperar na Casa Grande... – ouvi os passos de Alexa se distanciaram. – Preciso que confiem em mim, e me digam, algum de vocês três colocou a mão, ouviu falarem, ou apenas chegou a ver o Tridente?

- Mas é claro que não... – exclamou Thalia ultrajada.

- Nunca o vi uma única vez – interrompeu Nico.

- Eu nunca faria isso, muito menos causar isto ao Percy – Annabeth confessou baixinho.

Abri os olhos. Quíron olhava para os três decidido, não havia desconfiança nenhuma em seu olhar, mas algo ainda estava estranho quando ele disse:

- Se puderem colocar o Percy em pé para levá-lo pra a enfermaria.

Senti duas pessoas me levantarem, Thalia e Nico. Mas quando fiquei de pé, fiquei tonto e fechei os olhos, pelo menos isso foi só uma reação normal da dor que senti.

- D-d-dez di-di-ass – gaguejei. – Apenas dez di-dias.

E então, eu desmaiei. E meu último pensamento foi: “Beleza, dez dias para salvar minha vida. Sou tão bom com prazos!”


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? algum leitor ainda ai, coments?
O que acharam da reclamação de Alexa, eu me esforcei! O proximo cap vai ter.... Um pequinique na praia, hmmm, e um ataque BUM, spoiler.
Até a proxima, serio vou demorar menos pra postar, e meus deuses, deixem comentarioa *-*