Portal Das Bestas escrita por AngelSPN


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Agradecimentos a todos os leitores que estão postando reviews que me emotiva a querer escrever ainda mais.



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Sam abriu os olhos cansados pela noite anterior, sua perna parecia estar bem melhor. Observou o irmão dormindo profundamente. Sentiu-se estranho por ambos estarem adormecidos, um sempre cuidava do outro em circunstâncias como esta. Sorte não terem sido pegos de surpresa por alguma criatura lendária. O moreno sentiu seu coração bater mais forte ao lembrar-se da banshee, tinha que agir rápido ou seu irmão morreria.

- Droga, isso só pode ser um feitiço – Sam levantou-se sentindo os ossos moídos por dormir no chão.

- Deu para falar sozinho agora? Tem gente dormindo. – resmungou o loiro sem abrir os olhos.

- Dean como você consegue continuar dormindo? Sério cara, as vezes me dá uma vontade de te esmurrar. – Sam parecia muito irritado.

- Ok, não precisa ficar nervoso. – o mais velho sentou olhando ao redor da gruta que haviam achado.

- Até agora caminhamos e não progredimos em absolutamente nada! Apenas é claro novas descobertas de bestas e presságios agourentos. Estou ficando farto disto. – Sam pegou uma pedra e atirou contra um arbusto distante.

- Ai! – o som de uma voz masculina deixou os irmãos em prontidão.

Dean fez sinal para o irmão seguir pela direita, o loiro continuou a passos lentos e os pássaros voaram ao ouvir o som de sua voz.

- Quem está aí? Fale ou se arrependerá. – a ameaça surtiu efeito, de trás do arbusto um homem com uma valise se aproximava com as mãos para cima.

- N..não me machuque, por favor! – o homem estava nitidamente entrando em desespero.

- Isso depende de você. – o homem virou-se assustado ao ver Sam logo atrás.

- Hey..hey. Não somos os bandidos – Dean tentava acalmar o homem gorducho de bigode.

- Que lugar é esse? Como vim parar aqui? – o velho olhava ao redor com muito medo.

- Bom...- Dean começou a explicar – não sabemos que lugar é esse e como viemos parar aqui, se fosse uma floresta normal tudo bem mas...

- Como assim, ela não é normal? – Dean conseguira deixar o homem em pânico.

- O que meu irmão está tentando dizer é que é perigoso andar nesta floresta sem qualquer conhecimento, você me entende? – Sam agora se aproximava do homem.

- Eu...eu não entendo. Saí de casa para atender o chamado da família Minsck e...

- Minsck? – Dean interrompeu o médico.

- Sim. Você os conhece? – indagou o homem ainda com a voz trêmula.

- Sim, somos agentes do FBI e em uma ocasião interrogamos o Sr. e a Sra. Minsck. Desaparecimentos estranhos aconteceram com amigos da filha da família.

- Sim, sim. Os garotos do pobre Patrick sumiram, e a jovem Helena também desaparecera sem deixar vestígios. Mas o velho Klein também sumira e fora encontrado estraçalhado por algum urso, nunca ouvi falar em ursos nesta região. – o homem parecia ficar mais calmo na companhia dos jovens.

- Bem senhor... - Sam dizia e no mesmo instante o médico respondeu estendendo a mão.

- Sou o Dr. Gustavo Melroz e vocês são? – o médico olhou para Sam, tinha mais simpatia pelo moreno.

- Sou Sam e esse é meu irmão Dean.

- Vocês dois são do FBI? – o médico indagou.

- Coisas de família. – Dean respondeu secamente. – Mas Dr. Melroz, a que chamado o senhor iria atender?

- Hã, além de médico da família sou amigo de Alfredo. Sua filha Lana tem sofrido alguns ataques ultimamente, a pobrezinha não superou a perda de sua babá e de uns meses para cá ela quase não sai de casa. Apenas fica entregue aos livros. E não fazem algumas horas Alfredo me ligou desesperado com a situação da filha. Peguei minha valise, entrei no carro e...- as palavras falharam ao lembrar de sua ultima visão.

- Continue doutor. – incitou Sam.

- Juro que não bebi uma gota sequer de álcool, mas um portal abriu-se diante dos meus olhos e antes que eu pudesse frear...bem aqui estou.

- O que você acha disso Dean? – Sam olhava para o irmão aguardando sua opinião.

- A garota deve ser o nosso problema, deixamos passar. – Dean afirmava com certo pesar.

- Do que vocês estão falando? Como vamos sair deste lugar? Meu carro não liga mais, meu celular está sem sinal. Mas que raios de lugar é esse? Nasci e me criei nesta cidade, jamais vi esta floresta. – o homem não parava de falar e Dean já estava perdendo a calma.

- Doutor Merloz, por favor mantenha a calma e pare de fazer tantas perguntas... – Dean foi interrompido novamente.

- Ah, sim. Eu não posso perguntar, mas vocês me fuzilaram de perguntas e estou perdido com dois homens desconhecidos e... – Dean pegou o homem pelo colarinho.

- Doutor, não esqueça que somos a lei. Nós queremos sair deste inferno tanto quanto você, então colabore e me deixe feliz. – Dean largou o homem que concordava com a cabeça e calou-se imediatamente.

Sam lançou um olhar de desaprovação ao irmão. Dean apenas virou as costas, aquele lugar estava acabando com sua paciência.

- Vocês tem...algum plano? – o homem ficou receoso em perguntar e dirigiu seu olhar para Sam que acenou com a cabeça para prosseguir.

- Não, ainda não. Mas estamos pensando. – Sam respondeu observando o irmão chutar uma pedra.

- Talvez se nos dividirmos... - o homem foi interrompido pelo moreno.

- Você não iria sobreviver por muito tempo. – o homem arregalou os olhos.

- Co...como assim? – Sam suspirou, começou a achar que Dean tivesse razão.

- Doutor, vou ser direto. Nesta floresta seus pesadelos se tornam realidade, ou seja, a mitologia que conhecemos é real neste lugar. Quase fomos pegos por harpias, lâmias, banshee ...- Sam lembrou da situação do irmão.

O homem o encarou incrédulo, logo sua risada era ouvida de muito longe, Sam correu para cima do homem e tapou-lhe a boca. Os três ficaram em silêncio até que ouviram um rugido e ao longe puderam ver os arbustos sendo esmagados.

- Corram, agora! – Dean gritou aos dois que estavam parados.

O grito urgente do irmão mais velho, chamou Sam de volta para a realidade e ordenou ao médico correr pela sua vida. Os dois estavam logo atrás de Dean, seguindo-o. O loiro olhava para trás em alguns momentos e continuava a tentar achar um esconderijo.

- Não vamos conseguir! – gritou o loiro ao perceber que a fera estava próxima. – As árvores, subam nas árvores!

- Ai meu Deus! – gritava o homem de bigode – eu não vou conseguir!

- Me dê a sua mão, rápido! – Dean gritava desesperadamente.

Foi então que tudo aconteceu, a criatura pulou na frente do pobre médico e fixou seus vários olhos nele. Dean recuou ou poderia ser o banquete daquele cão de três cabeças, tentou pensar em alguma saída, mas estava muito próximo da fera. Olhou para Sam do outro lado e percebeu com o coração na mão o que o irmão estava prestes a fazer.

- Socorro!!!Socorro! – gritava o homem em desespero.

A criatura já podia sentir o mortal entre seus dentes e andou em círculos ao redor de sua refeição, queria que sua comida ainda corresse para poder saltar e dilacerar o corpo do homem. Foi quando uma voz seguida de uma pedra atingiu uma de suas cabeças.

- Hey! Aqui! Aqui seu cão dos infernos! – Sam gritava com os braços estendidos para o lendário cérberus.

Dean não saberia dizer o que poderia acontecer com aquele ato do irmão, mas notou que a criatura saiu em disparada para seu novo oponente.

- Corra Sammy! Corra! – foi tudo que Dean pôde dizer ao ver o irmão e a criatura embrenharem-se na densa mata.



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado deste capítulo. Pra quem não conseguiu visualizar a montagem que fiz da criatura que está prestes a fazer uma refeição aqui segue o link http://img18.imageshack.us/img18/104/angelspncerberus.jpg
Beijos e Feliz Páscoa!!!