Capítulo 14: Memórias Perdidas

Depois de ouvir aquela frase de Akina, Aoki virou-se e sai correndo, sem saber para onde, só sabia que queria estar bem longe daquele local. Era evidente que Fukuda iria correr atrás de sua rival, porém seu pulso foi pego pela garota que acabara de beijar:

Akina: Onde você pensa que vai? Um dia ela tinha que saber sobre os meus sentimentos.

Fukuda: Que se dane seus sentimentos! Solte-me! -puxa seu braço, tirando-o das mãos dela-

Akina: Você realmente não gosta de mim não é?

Fukuda: É mesmo, você havia me perguntado se seu tipo me agradava e eu não tinha respondido a sua pergunta. A verdade é que pessoas como você são as piores! Detesto garotas oferecidas. -dá as costas para ela e sai correndo-

Devido a esse pequeno atraso, o motoqueiro já não sabia mais onde sua rival estava, gritava seu nome inúmeras vezes, embora tenha sido tudo em vão. Começou a anoitecer e Fukuda ainda não conseguiu achar Aoki, resolvendo, então, desistir e voltar para seu apartamento. Durante o caminho dava uma passava de olho em cada comércio para ver se possivelmente Aoki estaria em algum deles, até que pensa consigo mesmo:

Fukuda: *Para de pensar besteiras, aqui só tem bares! Ela não estaria...*-ouve alguém falando alto dentro de um dos bares-

?: EU QUERO MAIS UM COPO!

Fukuda: Essa voz... Não pode ser!

O motoqueiro entra no bar e avista a pessoa no qual estava procurando há algumas horas e a mesma estava completamente alcoolizada.

Fukuda: Aoki-san? O que você está...?

Aoki: Quem é você? -Diz com a voz turva e olhos quase completamente fechados-

Fukuda: *Se eu disser que sou eu mesmo, ela provavelmente fará um escândalo* Sou eu, Takagi.

Aoki: Takagi-san? O que você está fazendo aqui? Você não deveriiia...

Fukuda: Vamos pra casa, você não está em condições de ficar aqui.

O auxiliar coloca um dos braços de Aoki em volta de seu pescoço e a leva até seu apartamento, que não era nem um pouco longe dali. Chegando lá, a coloca sentada no sofá.

Aoki: Seu apartamento é tãão lindoo Takagi-san

Fukuda: -senta ao lado dela- O que te fez entrar em um bar?

Aoki: Tudo culpa daquele estúpido e idiota do Fukuda-san... Eu o vi beijando aquela piranha... Eu sei que nós dois estávamos solteiros... Mas mesmo assim eu...

Fukuda: O que você sentiu quando viu os dois? -fingindo ainda ser o Takagi-

Aoki: Raiva, ódio, tristeza, tudo junto... Tive vontade de agarrar aquela garota pelo pescoço e... -chega perto de Fukuda, pega o pescoço dele, representando como se fosse com a Akina- Fukuda-san? É você?

Fukuda: Bingo! -não resiste a aproximação e a beija-

Aoki: Pare! -empurrando-o- Você já está com a Akina!

Fukuda: Eu não sei até onde você viu, mas ela quem me puxou e beijou!

Aoki: É MENTIRA! Você disse que eu não te amava, sendo que na verdade é você que fica brincando comigo... Não deveria ter confiado em você...

Fukuda: Eu nunca brinquei com você! Acredite em mim!

Aoki: O pior de tudo é ver aquela cena e sentir ciúmes, mesmo estando separada de você. -começa a chorar- Eu sou idiota ou o quê? Por que ainda sinto ciúme de alguém que não é nada meu?

Fukuda: É porque você ainda me ama, e isso é recíproco. –levanta o rosto de Aoki e a beija novamente-

Aoki: Pare com isso! -empurra-o- Você ama a Akina! –socando-o levemente com as duas mãos-

Fukuda: Esqueça a cena de hoje, aquilo foi tudo armado por ela! Eu estou falando que te amo! Isso não é suficiente pra você? O quanto eu tenho que te amar para que você me aceite novamente, como na noite de Ano Novo?

Aoki: Shinta-kun...

Logo depois de ouvir seu nome sendo pronunciado pela autora, o motoqueiro não resistiu e os dois novamente se beijam, mas dessa vez sem interrupções.

A noite passou voando e logo já era o dia seguinte, um dia ensolarado e lindo. Aoki acorda com uma dor de cabeça imensa, sendo a consequência da quantidade de álcool que ingeriu na noite anterior, mas ela não sabia onde estava, afinal, não se lembrava de absolutamente nada:

Aoki: Onde estou? Ai! Droga... Minha cabeça está explodindo...

Fukuda: -entra no quarto- Finalmente acordou. Quer tomar algo?

Aoki: FUKUDA-SAN? O que você está fazendo aqui?

Fukuda: Essa é o meu apartamento! É natural que eu esteja aqui...

Aoki: O que eu estou fazendo aqui então?

Fukuda: Não vai me dizer que você não se lembra de ontem?

Aoki: ...Não sei do que você está falando... Eu fiz alguma coisa ontem?

Fukuda: Você realmente é cruel... Como pôde esquecer-se da noite de ontem?

Aoki: Eu não sei o que estou fazendo ou o que fiz aqui, mas tenho que ir. Ai! -sente uma dor percorrer seu corpo inteiro- Por que meu corpo está tão...

Antes que completasse a frase com "Por que meu corpo está tão dolorido?", pensou na possibilidade de ter dormido com seu rival. Apesar de não se lembrar de nada, uma pergunta ecoa em seu pensamento:

Aoki: *Será que eu fiz ... com o Fukuda-san?*