Eu E Ela escrita por Dudsduds


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

AAAH não me matem, eu sei que demorei séculos para postar, mas eu estava atolada de coisas para fazer, espero que o capítulo não tenha ficado chato, eu tentei fazer grandão! Aproveitem!



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POV Thalia

Bom, agora é minha vez de contar um pouco o que anda acontecendo comigo...

Eu, atualmente, moro na Califórnia perto do centro com um cara chamado Nico, ele cursou Direito e trabalha em uma empresa de pesquisas de alguma coisa, eu não me lembro agora. Ele é o melhor amigo do meu irmão Jason, que cursa Engenharia, sim ele é nerd para caramba, muito diferente de mim, eu não queria uma faculdade muito longa nem que fosse muito difícil, mas que eu gostasse e pudesse trabalhar em diferentes áreas, por isso escolhi administração. Eu agora estava trabalhando em uma grande loja de discos no centro da cidade, que ocupava praticamente dez horas do meu dia. No primeiro dia de trabalho fui apresentada a todos na loja, a maioria depois veio dar em cima de mim, e eu “gentilmente” dispensei eles. Não estava procurando relacionamento sério no momento, mas a minha idéia sobre isso mudava a cada dia, quando eu conhecia mais o meu companheiro de quarto. Ele era muito forte, ele ia à academia todo final de semana, ele tinha cabelos negros não muito longos, por conta de seu trabalho e os olhos negros, que por incrível que pareça mudavam um pouco para um cinza escuro, eu me perdia completamente naqueles olhos, e podia ficar presa por vinte anos e nem perceberia.

Em todo caso eram quase sete e meia quando cheguei em casa, Nico estava na sala, deitado lindamente no sofá com uma garrafa de cerveja na mão. Ele assistia a qualquer filme de terror. Decidi que era uma boa idéia dar um puta susto nele. De fininho fechei a porta, e caminhei até ele, sem que ele percebesse, e pulei na frente dele berrando palavras inteligíveis.

-PUTA MERDA! – Ele berrou pulando do sofá e derrubando metade da cerveja na sua camisa social azul- Ah...Olha o que você fez... –Ele tinha um olhar sério, mas quando olhou para mim rolando no chão de dar risada ele não se conteve e deu um sorriso, mostrando os dentes alinhados e brancos.

Quando consegui me recompor sentei ao lado dele no sofá.

-Então como foi seu dia? – Perguntei casualmente, tentando puxar assunto.

-Ah, normal, cuidei de alguns casos de ambientalistas idiotas que acham que a empresa vai ferrar com o ecossistema marinho e de questões bestas de legislação. E você?Foi assediada pelo Jeff de novo? – Ele disse rindo

-Não dessa vez... Fiquei o dia inteiro fazendo as cotações do mercado e me preparando para o primeiro balanço mensal – Disse com um suspiro no final, balanços eram sempre uma merda. Jeff era um vendedor da loja que quando eu rejeitei ele, tentou me beijar e eu dei um soco nele. Ambos não dissemos nada para o chefe, mas eu ameacei, que se caso ele fizesse mais uma dessas gracinhas eu ia chutar as bolas dele tão forte que ele nunca daria continuidade à linhagem de trogloditas da família dele.

-Eu vou pegar uma cerveja para mim – Disse me levantando e indo até a cozinha. Olhei distraída dentro da geladeira e vi que logo precisaríamos comprar mais comida. No fundo da geladeira achei uma das últimas garrafas de cerveja, e quando estava a ponto de fechar a porta da geladeira, Nico me da um susto.

-AH SEU FILHO DE UMA ÉGUA! – Meti um golpe de judô nele e ele caiu me levando junto. Cai em cima dele, ele tinha os braços nas minhas costas e meus braços instintivamente foram pro chão, protegendo Nico de ser esmagado, mas o que me deixou realmente muito constrangida foi a proximidade de nossos rostos, seus lábios rosado estavam a poucos centímetros dos meus e a tentação de beijá-los com volúpia e paixão era imensa. As bochechas antes brancas de Nico ficaram vermelhas e eu saí de cima dele e sem uma palavra peguei a cerveja e fui para a sala, extremamente constrangida.  

Puxei o cobertor que sempre deixávamos no sofá e me deitei/sentei para assistir um filme qualquer e me cobri até a cintura. Nico chegou e se sentou na poltrona, não conversamos sobre nada até o filme acabar.

-Você está com fome Thalia? – Ele perguntou já pegando o telefone

-O que você tem em mente?

-Chinesa ou pizza.

-Pizza, você pode escolher o sabor – Ele sorriu de lado, discou o número e pediu uma pizza de pepperoni.

Enquanto esperávamos a pizza ele me ajudou a fazer uma lista de supermercado. Assim que a pizza chegou ele foi pagar a pizza e eu pus a mesa: talheres, copos, pratos. Ele colocou a caixa no centro da nossa mesa redonda e cortou dois pedaços. Comemos conversando de assuntos amenos.

-Você vai precisar me comprar uma camiseta nova – Disse ele terminando de comer o último pedaço da caixa – Ou você lava essa aqui na mão – Disse ele apontando para a camiseta manchada.

-Tudo bem, eu vou aproveitar que vou no supermercado, passo em alguma loja e compro outra camiseta pro babão – Disse em tom de brincadeira. Ele semicerrou os olhos e me encarou seriamente. Eu apenas sorri e coloquei os pratos dentro da pia. –Hoje você lava, eu seco.

Assim que terminamos de lavar a louça Nico foi para seu quarto se arrumar para ir à academia, no último horário disponível, o mais vazio. Ele saiu vestindo uma calça de moletom preta, tênis de corrida e uma regata cinza.

-Até mais tarde – Ele disse antes de fechar a porta

-Até.

Fui para meu quarto rever algumas contas da loja no meu computador e me preparar um pouco mais para o balanço. Eu sei que não preciso ficar fazendo hora extra, mas como eu não tinha mais nada para fazer era melhor do que perder tempo. Coloquei no aleatório do meu iPod, a música meu ajudava a me concentrar melhor, mas nesse momento, me fez viajar e quase não me deixou escutar meu celular, que tocava insistentemente.

-Alô? –

-Thalia, oi é a Annie.

-Ah! Lôra, e aí? Tudo bem?

-Tudo. Eu só queria saber se você está livre amanhã. A gente poderia sair para conversar, beber um pouco, o que acha?

-Claro, eu tenho algumas coisas para fazer de manhã, mas no final da tarde eu estou livre, você tem alguma sugestão?

-Que tal o Restaurante de Frutos do Mar?

-Qual o do centro ou o mais pra fora da cidade?

-O do centro.

-Ok, o que me diz de 7 horas?

-Perfeito, até lá...Beijos

-Tchau lôra. – Desliguei o celular e voltei a calcular os benditos gastos e lucros da loja. Estava animada para ver a Annie, faz um bom tempo que a gente não se vê... Quem sabe eu não consigo arrastar o Nico comigo para conhecer a Annie também?

POV ANNABETH

Desliguei o celular e deixei em cima do meu criado mudo carregando a bateria. Depois de passar um dia inteiro arrumando a casa eu estava realmente cansada. Mexe para cá, volta para cá, e tira, e põe... Eu não aguentava mais. E ainda tinha o fato de a gente não ter nenhum sofá na sala e só ter uma televisão. Agora era o horário do Perseu e ele ficava jogando videogame feito um viciado. Fui até a cozinha pegar uma cerveja, eu já estava de pijama, mas decidi tentar puxar um papo com ele, mesmo com a atenção desviada para o videogame.

-E então? Você ainda não me disse porque você teve que se mudar para cá. – Ele virou lentamente a cabeça, me notando no ambiente, fizemos uma rápida troca de olhares, os olhos dele vermelhos de tanto encarar a tela sem piscar.

-Bom, a vaga de pesquisas em campo era aqui, e eu não queria perder a oportunidade, ela era única, eu teria me martirizado para o resto da minha vida se eu não tivesse aceitado a proposta. E você? Você tem cara de ser aquelas garotinhas de papai, que faz tudo certinho? Virou rebelde e saiu de casa?

-Bom, primeiro que eu não sou uma garotinha de papai –Disse um pouco irritada – E segundo que eu achei que estava na hora de sair de casa, sem falar que aqui eu fico apenas 15 do meu trabalho, muito mais prático. – Ele assentiu levemente com a cabeça. Então ele pausou um pouco o jogo, se se encostou à poltrona que agora servia de sofá na nossa sala.

-Você sabia que é extremamente desconfortável jogar videogame nessas poltronas? A gente precisa de um sofá.

-Bom, amanhã de manhã eu tenho que resolver algumas coisas no meu escritório, mas logo depois do almoço eu estou livre. O que acha de ir à loja de decoração e comprar um sofá? Acho que se juntarmos nosso dinheiro economizado conseguimos um razoável.

-Claro, eu também tenho algumas coisas para fazer de manhã. E estava pensando em ir conhecer a cidade no final da tarde...

-Eu vou jantar com uma amiga... Por que você não vem com a gente? Eu posso te mostrar um pouco a cidade depois, e você aproveita e conhece a Thalia.

-Claro

-Espero que goste de frutos do mar...

-Ah! Agora sim você tá falando minha língua... Meu pai tem uma empresa de pescados... – Ele continuou falando, eu prestava atenção em tudo o que ele falava, mas principalmente em como em cada palavra ele exalava sensualidade...? Não sei, mas eu me sentia presa nele, atraída pelo corpo musculoso.

-Annabeth? Terra para Annabeth, você está ai?

-Ahn? O que?

- Eu te perguntei o que os seus pais faziam...

-Ah sim! Minha mãe é pesquisadora e meu pai professor de História – Eu bocejei a última parte –Bom acho que eu vou dormir, até amanhã...

-Até – Ele disse com um sorriso torto nos lábios e voltou a jogar videogame.

No que eu estava pensando? Ele era meu colega de quarto não podia ter nada com ele. SE CONTROLA ANNABETH! Eu disse me dando um tapa. Fui até meu quarto, escovei os dentes e me preparei para dormir e percebi a tela de meu celular brilhando.

-Cinco chamadas perdidas... De quem? – Cliquei no número e após uns 5 toques uma voz masculina atendeu

-Alô, Annabeth?

-Luke?

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam? Me digam sinceramente o que estão achando, no que eu posso melhorar e como eu posso agradar a vocês... Próximo capítulo: algumas revelações sobre o Percy e o Nico, Luke fica dando em cima de Annabeth e ela dá mole para ele, e esse jantar? O que rola? Leia para descobrir
Até o proximo!