Um Mistério Chamado Amor escrita por GabiCullenRock


Capítulo 13
Capítulo 13 - Amor e remorso


Notas iniciais do capítulo

Gostei dos reviews de vcs, então resolvi postar rápido! bjs



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   Pov. Bella

      Este dia foi uma pancada na minha cabeça.

     Eu havia me decidido a ignorar Edward. Seria o melhor pra nós dois, mas principalmente para mim. Eu me obrigava a pensar em mim agora, depois de tudo o que eu passei eu tinha que me proteger de todos.

       Eu sabia que seria difícil, mas não imaginei que seria tanto. Eu não sabia que Edward me amava tanto assim.

        Eu conversei com Jacob por acaso. Ele era um bom amigo, me divertia e me fazia bem. Aí logo chegou Edward, cheio das intimidades. Até beijo no meu rosto ele me deu. Tremi quando senti seus lábios acariciando o meu rosto. Era uma sensação extrema. Eu queria seus lábios em meu rosto para sempre e eu sabia que era eu que impedia que as coisas fossem assim. Ele me lembrou da noite passada tentando se fazer de forte, mas eu vi que minha grosseria o machucava e então eu aumentei ainda mais o nível do desprezo. Vi sua expressão magoada, mas ignorei. Na verdade eu fingi ignorar.

       Fui pra aula e me obriguei a não olhar para Edward, mas parte de mim queria vê-lo. Eu queria ver como ele estava, precisava saber se chorava por minha causa. Eu não olhei. Eu sabia que se o visse chorando meu coração derreteria que nem manteiga e eu teria que consolá-lo.

        Bateu o sinal e eu tentei escapar o mais rápido possível, mas ele me alcançou. Eu falei coisas horríveis pra ele. Coisas que doíam mais em mim do que nele. Menti descaradamente e disse que não o amava. Aquilo doía em mim, pois era mentira e eu via que ele se magoava por causa de minhas palavras sem sentido. Ele disse que não acreditava, mas eu vi que parte dele acreditava e que ele se magoava. Como ele acreditava tanto assim? Palavras são coisas insignificantes. Eu descobri isso da pior maneira possível. Não se deve acreditar piamente nas palavras.

       Depois eu meio que falei do meu passado e me doeu muito lembrar. Saí de perto de Edward e encontrei Jake. Ele me viu chorando e quis me deixar mais feliz. Ele sempre me fazia sorrir. Eu gostava muito dele. Era um ótimo amigo, mas eu meio que percebi que ele tinha alguns sentimentos profundos demais em relação a mim.

      Ele me pegou na cacunda e fomos brincar. Aí o pior do dia aconteceu. Edward se aproximou raivoso da gente e começou a discutir com Jake. Aí o Jacob disse algo que eu realmente não gostei. Que me agarrava se eu quisesse. Eu NUNCA quis que ele me agarrasse. Só brincava com ele. Não imaginava que ele via nossa brincadeira como agarramento. Edward e ele se encaravam e Jacob afastou Edward com brutalidade. Eu acho que aquilo foi o estopim da bomba.

     Edward deu um soco no rosto de Jacob. Eu devia ter me perguntado se Jacob estava bem, mas só o que eu pensava era e agora o que o Jacob vai fazer com o Edward? Eu sabia que o Jacob fazia boxe e que o Edward não tinha a menor chance. Senti todo o meu corpo tremer de preocupação com o menino que eu amava, mas eu não esperava uma violência tão terrível da parte do Jacob. Ele não devia usar suas habilidades para machucar um colega. Foi irresponsável.

      Jacob chutava e socava Edward com brutalidade e depois prendeu Edward no meio das pernas em um aperto de ferro e começou a golpeá-lo violentamente com a cabeça. Cada golpe parecia atingir a mim. Eu sentia a dor de Edward. Via o nariz dele todo machucado. O rosto inchando com tantos socos. E teve um momento em que Jacob chutou as costelas de Edward que eu cheguei a sentir uma pontada forte de dor na minha. Eu gritava. Só o que eu queria era que Edward ficasse bem e que Jacob parasse com aquela violência.

     Eu odiei o Jacob naquele momento. Eu o puxava e socava suas costas, mas ele não parava de machucar o meu Edward. Algum anjo chegou e separou a briga. Vi o estado do rosto de Edward e deixei algumas lágrimas caírem pelo meu rosto. Fui ver como ele estava, mas ele me afastou com brutalidade. Ele sentia raiva de mim, mas não devia sentir tanta raiva quanto eu sentia. Eu me odiava. A culpa era minha. Edward sempre foi o cara mais gentil do mundo comigo e eu sempre me obrigava a afastá-lo. Em momentos como esse eu nem me lembrava dos meus problemas.

      Ele foi embora e nem quis ver enfermeira nenhuma. Senti a preocupação assolar-me. E se ele não cuidasse dos machucados? Ele estava num estado bem mal e parecia não ligar para si mesmo. Corri até sua irmã Alice que estava chorando de preocupação com o irmão, sentada num banco.

      -Alice.

      -Bella? O que você quer? – ela me perguntou com a voz trêmula.

      -Eu estou me sentindo culpada. Eu preciso falar com seu irmão. Preciso me desculpar. Eu vou cuidar dele – falei pegando a mão dela.

      -Você se preocupa com o meu irmão, mesmo né? – ela estava se convencendo.

      -Sim, eu tento fingir que não, mas eu quero ver se ele está bem – ela sorriu gentilmente pra mim. – Você pode me dizer o endereço de vocês? Eu quero ir até lá. Você não precisa perder a aula e ir até lá. Eu vou ver seu irmão.

      -Obrigada Bella. Você é muito gentil – ela sorriu pra mim. Senti meu coração amolecer. Se ela soubesse as grosserias que eu fazia com o irmão dela. Ela me deu o endereço deles e eu peguei um táxi até lá.

      Logo eu cheguei e vi o prédio grande que ele, a irmã e os pais moravam, subi até o apartamento dele e bati na porta. Nada. Bati de novo. Alice me disse que os pais trabalhavam há essa hora e que a empregada não trabalhava nesse dia. E se Edward não tivesse ido pra casa? E se ele estivesse em casa e não quisesse me atender? Bati pela terceira vez, com mais urgência.

      -Quem é? – ouvi a voz dele em um tom mal-humorado. A voz estava grossa, o que significava que ele tinha chorado.

      -Érr... Sou eu, Bella.

      Ele não abriu a porta.

      -Edward abra a porta, por favor. Precisamos conversar.

      -Não temos nada pra conversar. Você já deixou isso bem claro pra mim – ele respondeu com amargura.

      -Me desculpe, mas não me deixe aqui fora... Eu não posso ir embora antes de ver que você está bem.

      -Ah, precisa ver o estrago que o seu amiguinho fez comigo! Pra depois ir embora e sair rindo da minha cara junto com ele.

     Ele agora queria me magoar ou acreditava realmente nisso, mas eu estava magoada por ele pensar isso de mim.

     -Edward, você sabe que eu não sou assim.

        -Sei? – ele perguntou irônico. – Acho que eu nem sei quem você é.

        -Está bem. Me desculpe por ter vindo até aqui. Eu pensei que eu estava indo atrás do homem que me amava – virei às costas e me preparei pra ir embora. Eu sabia que ele não tinha a menor idéia dos meus problemas, mas ele estava sendo tão injusto comigo, mesmo sem saber!

      Eu já estava indo até as escadas quando ouvi a porta se abrindo atrás de mim. Virei-me e esqueci a nossa briguinha idiota no mesmo instante. O rosto de Edward estava horrível. Senti dor no meu coração e o remorso me consumiu por inteira. Seu olho esquerdo estava roxo e muito inchado. O nariz nem se fala. O sangue seco se misturava com o sangue que ainda corria. Os lábios estavam cortados, vermelhos e inchados. As bochechas estavam vermelhas. Ele estava mal. Pior do que eu imaginava.

        Nem consegui me segurar. Corri até ele e envolvi sua cintura com os meus braços.

        -Me perdoe Edward, por favor. Eu... Eu sinto muito. O Jacob foi horrível com você – falei em meio a algumas lágrimas que escorriam.

       -Não precisa me humilhar também Bella. Eu sei que eu levei uma surra – a voz dele estava engasgada.

       -Isso não importa. Vem, vamos cuidar disso – falei pegando a mão dele e entrando na casa dele sem esperar convite. – Está doendo muito?

      -Não... – ele mentiu. Ele estava com vergonha de admitir que tinha apanhado tanto.

      Sentei no sofá da sala e ele sentou ao meu lado. Peguei a mão dele.

      -Edward, não precisa ter vergonha de mim. Nós... Nós não precisamos dessas bobagens. Nós... Nós nos amamos. E eu quero cuidar de você.

      Ele me fitou por uns instantes.

      -Está doendo bastante – admitiu relutante.

      -Oh, Edward me perdoe – falei enquanto o remorso me invadia novamente. Inclinei-me até seu rosto e beijei seus machucados com carinho.

      -Tudo bem, Bella. Agora você sabe quem era o seu namorado. Um brutamontes.

      -Ele não era meu... – me interrompi. Não valia a pena nós ficarmos discutindo enquanto ele sentia dor. Levantei-me e o puxei pela mão. – Vamos. Onde têm curativos e equipamentos de primeiros socorros?

       Ele me levou até o banheiro e pegou uma bolsinha de primeiros socorros. Eu limpei os ferimentos dele com água oxigenada para que não infeccionasse e fiz os curativos. O nariz dele graças a deus não estava quebrado e só bem machucado. Edward gemia de vez em quando enquanto eu mexia no seu nariz.

       -Não quebrou – eu falei pra ele.

       -Parece que quebrou, dói demais.

       -Acho melhor irmos para um médico.

       -Nada disso.

       -Por que não?

       -Por que eu não quero.

       -Teimoso.

      Voltei a limpar o rosto dele e a fazer os curativos. Ele ficou cheio de ataduras pelo rosto, mas ficou fofinho. Eu ri. Ele se aborreceu. Achou que eu estava debochando dele.

     -O que foi? – perguntou ligeiramente irritado.

     -Você ficou bonitinho assim – eu falei com um sorriso pra ele. Ele retribuiu e acariciou o meu rosto com a mão.

     -Está doendo ainda?

     -Um pouco, mas dói menos agora – alguma coisa me dizia que ele estava falando do coração dele em relação ao nosso amor.

      -Edward, você me perdoa? Eu... menti mais cedo. Eu te amo. Você não devia acreditar nas bobagens que eu falo.

       -Eu não acreditei, mas por que acha que eu devia acreditar agora? – ele perguntou, brincando comigo.

       -Tem razão Edward. As palavras não significam nada. Eu acho que o que importa são os sentimentos verdadeiros. Como esses – falei me aproximando do rosto dele e dando um beijo suave em sua bochecha. Eu o abracei.

       -Edward? Você sabe que não vamos ficar juntos né?

       -Sei, você me disse. Mas não sei o motivo.

       Larguei-o um pouco e olhei em seus olhos verdes infinitos.

      -Você tem que parar de me perseguir na escola. Amanhã eu vou ser rude com você e nem vou me lembrar de hoje. Só pra que você saiba.

      -Por que Bella? – ele perguntou irritado.

      -Porque o meu sentimento não muda nada. Ou piora as coisas. Temos que nos manter afastados.

      -Eu não consigo ficar longe de você. Eu te amo. E eu... Eu não aturo ver você do lado daquele Jacob.

      -Oh Edward, pare de dificultar tudo.

      -Você que está dificultando! Eu te amo e você me ama. Temos que ficar juntos. Você que dificulta!

      -Não estou! – reclamei com a  injustiça. – é você que não sabe de nada!

       -Porque você não me conta – ele rebateu.

       -É eu sei – Olhei pra ele.

       -Vai me contar?

       -Não – respondi simplesmente.

       -Já esperava essa resposta. – ele disse sorrindo tristemente pra mim. – Por que você não quer contar pra mim? Não confia em mim?

       -Não é uma questão de confiança. É uma coisa pessoal, uma coisa só minha. E... Ai é tão vergonhoso – falei sentindo as lágrimas quentes começando a escorrer pelos meus olhos.

      -Tudo bem, não precisa me contar. Só não chore – ele disse limpando as minhas lágrimas com os dedos e acariciando o meu rosto. – Eu só não sei o que eu vou fazer. Não tem a menor hipótese de eu te esquecer. Eu não vou desistir da hipótese de ficarmos juntos, mas eu não consigo te convencer.

       -E nem irá conseguir – finalizei. – Eu tenho que ir pra casa. Agora eu já cuidei de você e sei que está bem. Não tenho mais nada pra fazer aqui.

       -Fica comigo – ele pediu me envolvendo com seus braços quentes e protetores. Deixei-me mergulhar nesses bons momentos que só ele me proporcionava. Fechei os olhos e relaxei nos seus braços, mas não me permiti dormir, o que era algo difícil, pois eu sempre conseguia dormir quando estava com ele. Só com ele que eu conseguia esquecer tudo e dormir. Pensei em como seria se eu vivesse sempre com ele. Conseguiria eu esquecer o meu passado? Logo minha parte mais racional respondeu “Não”. Afastei-me dele.

        -Eu tenho mesmo que ir.

        -Está bem. Eu te levo pra casa. – ele se rendeu. E me deu um beijo doce nos lábios. Não permiti passagem pra língua dele. Eu sabia que eu não resistiria.

        -Não precisa me levar, só escute. Eu te amo, Edward Cullen. E acredite nisso dessa vez, mas saiba que não muda nada.

        -Eu também te amo, Isabella Swan. Mais do que tudo nessa vida – sorri triste pra ele e me permiti chorar baixinho e ir embora. Deixando pra trás o meu amor. Sabendo que o veria amanhã, mas que nunca mais seriamos cúmplices. Nunca mais teríamos uma conversa assim. Nunca mais uma intimidade. Um abraço. Nunca mais um beijo naqueles lábios doces. Permiti-me chorar mais alto enquanto voltava pra casa a pé mesmo. Eu queria poder voltar no tempo e mudar o meu passado. Quem sabe eu pudesse assim ficar com Edward, mas como voltar no tempo era impossível, o nosso amor também era impossível.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Espero por reviews e logo eu posto o próximo. Beijos!



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