Caleidoscópio escrita por lljj


Capítulo 29
Uma segunda tentativa...


Notas iniciais do capítulo

Oioi gente como vão??
Bem, bem digo a vocês que na ultima semana passei por um verdadeiro bloqueio criativo e nada nos meus ultimos capitulos já escritos estava me agradando, ENTÃO... Com a grande ajuda da minha amiga Isabella C. dei uma ajeitada em tudo e deixei mais do meu agrado...
Mas como os litores são vocês... Me digam se realmente ficou bom!!
Boa Leitura!!



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— Então senhorita Matsumoto, é do seu agrado? — A mulher perguntou balançando sua pasta.

Rangiku continuou olhando em volta para as paredes brancas lisas, a sala era ampla, o piso de azulejos azuis claros, tudo parecia muito limpo e bem feito

  — O que acha? — Perguntou virando se para Kisa.

  — Prefiro a nossa casa. — Ela disse abraçando seu ursinho.

Rangiku suspirou.

  — Nós já conversamos sobre isso Kisa.

  — Tudo bem mãe... — A menina falou olhando para o lado.

  — Então está certo moça... — Ela sorriu. — Ficaremos com este.

Os olhos da mulher se iluminaram.

  — Que bom!! Estaremos felizes de ter você e a pequena Kisa aqui.

  — E a Haineko também. — Kisa se sobressaiu à mulher.

  — Haineko?

  — Ah! Sim, me esqueci de falar... Haineko é nossa gatinha... Não tem problema ela ficar aqui não é? — Rangiku falou incerta.

  — Oh não. Como lhe falei nós não temos muitas regras aqui... Permitimos sim animais domésticos, contando que sejam de pequeno porte. Sabe alguns vizinhos não gostam muito de animais.

  — Ótimo. — Ela então pegou a mão de Kisa. — Vamos...

  — Me acompanhe até o saguão e assinaremos o contrato de venda.

  — Sim, claro. — Ela falou olhando enquanto voltavam de onde vieram.

  — Kisa vai gostar de brincar em nossa área baby. — A mulher falou abrindo a porta para as duas passarem.

  — Tem uma área baby? — Rangiku perguntou.

  — Sim. Fica no primeiro andar... Caso você esteja querendo sair e não tenha ninguém para ficar com Kisa, você pode deixa-la lá... Ou até mesmo se ela quiser brincar com os outros meninos é só chamar uma das monitoras que elas ficam com ela.

  — E o que fazem lá?

  — Várias coisas! Tem recreação, cineminha, fazem as refeições de acordo com o horário que a criança foi deixada é realmente muito legal...

  — Hum... E as monitoras cuidam bem das crianças não é?

  — Com toda certeza, eu posso afirmar porque deixo minha filha lá todo dia quando venho trabalhar.

  — Então você também mora aqui?

  — Sim. Moro no quinto andar. Se você quiser tirar alguma duvida ou até mesmo conversar é só dar uma passada lá em cima. — Ela sorriu com seus lábios pintados.

As três já estavam no elevador.

  — Quando a senhora planeja se mudar? — Ela perguntou apertando um dos botões dos andares.

  — Talvez até o inicio da semana que vem eu já esteja vindo, sabe vou ver o frete das nossas coisas e tudo mais... — Rangiku falou pegando Kisa no colo.

Ficaram um minuto em silêncio até que a mulher falou:

  — É realmente linda sua filha.

  — Diga obrigado filha. — Rangiku disse sorrindo, mas Kisa apenas fechou mais o rosto e deitou no seu ombro. — Err Ela está com sono... — Ela falou sem graça.

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Já havia passado da hora do almoço quando chegaram em casa. Rangiku não deixava de pensar como Keith brigaria sabendo que sua filha não almoçou na hora certa.

Como aconteceu ao longo de todo o mês, Nanao apareceu pouco antes das duas para ver como estavam em casa. Já havia se habituado a isso e aguardava a amiga sentada na frente da porta de casa. Kisa brincava no quintal com uma pequena bola vermelha.

Assim que Nanao despontou no fim da rua, Rangiku se levantou e chamou Kisa para entrar. Depois que a morena se aproximou as três foram para a sala conversar.

  — E então como foi lá? — Nanao disse pondo Kisa em seu colo.

  — Foi legal... O apartamento é grande e espaçoso. Tem dois quartos, dois banheiros, cozinha, varanda, lavanderia e sala de estar. Sem contar outras coisas que tem no prédio como: piscina, pracinha para crianças, uma pequena academia. — Ela disse esboçando um leve sorriso.

  — Que bom que você gostou... — Nanao sorriu também.

Já fazia um tempo que não à via sorrir.

  — Sim e também vai ser bom para Kisa estar com outras crianças da idade dela para brincar.

  — Eu brinco na escola. — Kisa disse fazendo um bico.

  — Sim. Mas lá no prédio você fará amigos novos, e nós também estaremos mais perto de sua escola, assim poderá ver seus colegas sempre.

A menina apenas continuou a mexer com seu urso.

  — E quando vai se mudar? — Nanao falou a olhando para Kisa.

  — Disse para a moça que até o inicio da semana, já liguei para o frete e eles começarão a arrumar as coisas amanhã de tarde... — Ela passou a mão por trás do pescoço. — Meu diploma chegou hoje pelo correio! — Falou contente.

  — Isso é bom. — Nanao á olhou um pouco surpresa.

  — Eu sei... Muitas pessoas falaram que sentiram minha falta na formatura, mas... Eu realmente não estava no clima de festa.

  — Sim... Mas me diga o que vai fazer agora?

  — Bem... Acho que vou continuar no projeto de recuperação das crianças de rua. Eu realmente me senti bem lá... E também o criador do projeto já havia garantido minha vaga desde o inicio do ano, vou ver se ele ainda me aceita.

  — Com certeza irá aceitar. Todos viram como você se saía bem com as crianças... — Nanao disse sorrindo.

  — Sim... E morando mais no centro eu vou ter mais disponibilidade para atuar no projeto. — Ela disse passando a mão atrás do pescoço.

  — É. Mas infelizmente você ficará isolada dos seus amigos...

Ela sorriu.

  — Não se preocupe com isso. Virei ver vocês toda semana.

  — Eu também tia. — Kisa falou levantando a mão.

  — Ah mas mesmo assim irei morrer de saudade Kisa. — Nanao a abraçou apertado.

Rangiku olhou a cena e realmente sentiu uma pontada de culpa por separar as duas. Nanao sempre agiu como se fosse uma irmã e agora Kisa também já havia a adotado como tia. Mas Deus sabia como se sentia mal naquela casa.

Passou o ultimo mês enfurnada sem quase ver ninguém, lembrou se de quando tinha as cartas de Gin. De como se prendeu aquilo e deixou a vida passar... Agora ela não podia repetir o mesmo. Tinha Kisa, que agora estava sem pai e sem mãe e que precisaria de toda sua força para superar esse trauma que levará para o resto de sua vida.

Realmente não está na hora de depressão e sim de uma renovação. De uma mudança para sarar a terrível perda e avistar o novo caminho que se abre para as duas... Essa ira ser sua segunda vida nova!

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  — E então? O que achou? — Perguntou com um leve sorriso para Nanao.

  — É bonita. — A morena falou olhando em volta.

Estavam na sala. Algumas caixas ainda estavam espalhadas pelo local, mas parte dos moveis já estavam no lugar. Em cima do sofá Haineko lambia seu pelo.

  — Meu quarto e o de Kisa são do mesmo lado venha ver. — Rangiku disse empurrando uma das caixas.

  — Você trouxe todos os moveis? — Nanao disse a seguindo.

  — Não. Apenas as coisas dos nossos quartos e alguns objetos. Sabe não quero deixar a casa vazia... — Ela abriu a porta de seu quarto.

Nanao entrou. O quarto como o resto da casa era todo branco, o seu armário antigo já estava lá. Roupas estavam jogadas em cima da cama e algumas caídas no chão. Realmente era como voltar para o antigo apartamento de Rangiku, só que agora com uma menina loira no chão vestindo um enorme sutiã vermelho.

  — O que está fazendo Kisa? — Rangiku gritou.

  — Ué. Agora também tenho peitos!! — A menina disse com um enorme sorriso.

  — Me dá isso. — Rangiku foi em direção à menina que correu e deu um pulo em cima da cama, tratando de espalhar mais ainda as roupas.

Nanao não resistiu e começou a rir.

  — Kisa vem aqui. — Rangiku falou brava.

  — Ha! Mamãe não me pega. — Ela gargalhou correndo em direção a porta.

  — Segura ela Nanao! — Ela gritou tentando tirar a calça que se embolou em suas pernas.

Nanao apenas se afastou e deu espaço para a menina passar para fora.

  — Ei! Por que fez isso? — Rangiku falou se aproximando.

  — Deixe Ran... Há quanto tempo Kisa não sorri assim? — Ela falou docemente.

Rangiku parou entre a porta e Nanao até que enfim suspirou.

  — Tudo bem, mas se ela rasgar meu sutiã você me compra um novo entendeu? — Ela sorriu.

  — Não tão indecente, mas está bem. — Nanao olhou a sorrindo e viu nela a aura leve que sempre carregou. — Enfim... As coisas estão se encaixando.

  — Oh sim... Mas ainda acho que o armário deveria chegar um pouco mais para lá. — Ela não entendeu o que a amiga disse. — Está tampando um pouco da janela e está deixando o quarto meio escuro não é? — Ela disse acenando com a mão.

Nanao apenas sorriu.

  Espero que você supere tudo amiga.

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  — Bem senhor está é a sala de estar, aquela porta leva para a área de serviço e se você quiser me acompanhar... — A mulher falou estalando seu salto no piso branco. — Este é o quarto principal. Tem um banheiro com banheira e uma varanda com uma bela vista da cidade. — Ela abriu as portas de vidro e o sol do entardecer invadiu o lugar limpo de qualquer móvel. — É do seu agrado.

  — Hum... — Ele deu alguns passos em volta. — Não. Ainda não acho que este lugar é bom o suficiente.

  — Mas por que senhor? — Balbuciou decepcionada.

  — Quero algo mais... Sofisticado, se é que me entende... — Ele falou a olhando de cima em baixo.

A mulher deu um leve passo para trás.

  — Bem... Essa é uma dos nossos melhores apartamentos e...

  — Me mostre outro. — Ele se virou e andou em direção a porta de madeira preta.

  — Tudo bem. Se quiser podemos descer novamente para o quinto andar, e então lhe mostrarei o apartamento que falei mais cedo. — Ela o seguiu.

  — Ótimo senhorita... Como se chama mesmo? — Ele levantou uma sobrancelha.

  — Me chamo Akemi... — Ela sorriu desconcertada por ser a quarta vez que ele lhe pergunta isso.

  — Oh claro como posso me esquecer de um nome tão bonito... — Ele deu um leve tapa no topo da cabeça. — Por favor, Senhorita Akemi me leve ao sétimo andar e me mostre os apartamentos que tem lá.

  — Sim... — Ela o seguiu.

Passou quase o dia inteiro mostrando apartamentos para esse homem alto e misterioso que passava o tempo todo com esse sorriso enigmático.

Até esse momento já havia mostrado sete dos melhores apartamentos para ele, mas ele insistia em continuar vendo. Foi do terraço para o terceiro andar, depois para o nono, desceram novamente para o terceiro e agora estavam no quinto subindo a escadaria para o sétimo.

Claro que tudo teria sido mais fácil se fossem de elevador, mas o infeliz disse que sofria de claustrofobia e não conseguia ficar em um ambiente fechado e agora já havia percorrido parte do prédio atrás de algum lugar que agradasse esse homem que se dizia ser amigo do proprietário.

Uma ideia então veio a cabeça da jovem mulher.

  — Bem senhor... Acho que não falei sobre nossa mais recente construção. — Ela falou quando já estavam passando pelo sexto andar.

  — Nova construção? — Ele levantou uma sobrancelha.

  — Sim. É um prédio de oito andares que foi construído no centro de Karakura. — Ela disse sorrindo.

  — No centro? — Ele sussurrou.

  — Sim. Como você é uma pessoa tão exigente pode querer dar uma olhada lá já que tem várias novidades fresquinhas.

Ele balançou a cabeça.

  — Eu não sei... Se eu for para lá perderei sua agradável companhia. — Ele sorriu.

Ela gargalhou desconcertada.

  — Mas senhor o que é isso... — Ela passou a mão pelos cabelos.

  — Eu aceito ir se for você quem me apresente ao prédio. — Ele disse se aproximando dela.

  — Mas será um prazer. — Ela ofegou com sua proximidade.

Ele sorriu mais ainda.

  — Ótimo — Ele se afastou. — Pegarei o endereço com seu chefe pela manhã. Nos encontraremos depois do almoço.

Ele seguiu então para o elevador e apertou o botão de subir. A mulher ficou atrás sem entender.

  — Bem senhorita até amanhã. — Ele disse quando o elevador chegou.

  — Senhor Ichimaru e sua claustrofobia? — Ela falou surpresa.

  — Qual o problema mulher? Já não se cansou o suficiente? — ele riu enquanto a porta fechou e deixou a pobre Akemi atônita em seu lugar.

Dentro do elevador Gin não deixou de rir da ingenuidade da jovem.

Pegou seu celular e no bolso da calça e viu a imagem da mulher que tanto fez falta nesses últimos anos...

  — Já está na hora Ran-chan. — Falou com um sorriso no rosto.

Assim que o elevador se abriu ele pôs seus óculos escuros e como se fosse uma pessoa qualquer saiu caminhando no meio da multidão da rua.


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Notas finais do capítulo

E então??
'Oh LL está uma verdadeira belezura!'
Muito obrigada, nem deu tanto trabalho sabe ;)
'Não LL você já fez capítulos muito melhores...'
É culpa da Isabella!! (rsrs)
Até quarta!!



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