Caleidoscópio escrita por lljj


Capítulo 30
Encruzilhada


Notas iniciais do capítulo

Oioi povão e povinha!!
Como vão??
Bem, bem gente continuo em uma pessima faze de criatividade, passei essa ultima semana lendo a coleção de livros da Kelly Hunter para ver se me inspirava algo, mas não achei nada a não ser que preciso de um namorado lutador, sarado e protetor...
Bem, bem melhor ir para a fic:
Li os comentários e parece que gostaram da volta do Gin (por favor me diga que alguém ficou surpreso!!) esse capitulo está pequeno, mas bem significativo... Tentei por uns pontos de humor espero que os capitem..
Então ai vai:
Boa Leitura!!



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Entrar para a máfia japonesa era uma decisão um tanto quanto irremediável.

Existiam apenas três formas de sair depois de ter entrado.

A primeira era a que ocorria com certa frequência, a morte. Depois de se estar morto quem vai querer mais algo de você?

A segunda era fingir estar morto, o que não era muito fácil, já que para isso você literalmente deveria sumir do mapa.

A terceira e com certeza mais difícil era desligar toda ou qualquer ligação que você tenha com a máfia, o que geralmente exigia tempo e muita força de vontade...

E era isso o que Gin estava tentando ter.

Foram quase 10 anos de trafico, roubo e morte. E claro, uma sede insaciável de vingança que enfim se concretizou.

Parte desses anos foram dedicados a infiltrações e alianças para derrubar um dos maiores mafiosos que o mundo já pode ver. Que ele era poderoso ninguém poderia contestar, mas que também era odiado por parte dos seus “amigos” era algo inegável.

Mas agora isso não importava mais... Aizen estava morto.

Ele desceu do carro e se encaminhou a pequena cabana no meio das árvores.

Como sempre o breu tomou conta de tudo assim que entrou pela porta escondida atrás de um velho armário. Entrou silenciosamente e ainda descendo as escadas acendeu um cigarro. Depois do termino das escadas um longo corredor de luzes amareladas apareceu em sua frente.

Já estava enjoando daquilo.

Andou mais alguns metros até que uma porta se abriu ao seu lado. Era Kira.

  — Capitão Ichimaru! — O homem loiro falou surpreso. — Achei que chegaria mais cedo.

  — Fiquei dando umas voltas... — Ele voltou a caminhar. — Isso aqui anda um tedio sabia?

  — Sim capitão. — Ele disse o seguindo. — Encontrou o que procurava?

  — Ainda não. Vou ver outros apartamentos amanhã e decidirei o que fazer... — Gin abriu uma porta a sua direita.

Kira entrou atrás dele e fechou a porta. O ambiente era bem iluminado, parecia um escritório, repleto de livros e papeis espalhados em cima de uma mesa de madeira no fundo do quarto.

Gin foi em direção à mesa e se sentou na cadeira atrás dela. Kira ficou de pé.

  — Já decidiu para onde irá Izuru?

  — Bem... Acho que voltarei para os Estados Unidos capitão. — Ele disse olhando para baixo.

  — Parece uma boa ideia. — Gin não deu muita importância. — Urahara entrou em contato?

  — Ah sim. Ele falou que já está fazendo grandes encomendas e que os negócios estão a todo vapor.

Enfim Urahara teve o que sempre quis. O poder de Aizen.

  — Sim... Imaginei isso. — Gin passou a mão nos cabelos.

  — Posso perguntar uma coisa capitão? — Kira disse hesitante.

  — Pergunte.

  — Bem... Penso nisso desde que voltamos para cá no Japão. Por que o senhor não tomou o lugar de Aizen depois de tê-lo matado?

Gim sorriu mais amplo.

  — Foi um acordo que fiz com Urahara, Izuru. — Ele falou sombriamente. — Ele ficava com o poder e eu com a satisfação da morte.

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O dia havia começado como todos os outros.

O silêncio do seu quarto só era interrompido pelo som da água caindo sobre o azulejo. A água quente dava uma sensação boa, limpava todos os pensamentos que corriam em sua cabeça. Fechou os olhos enquanto sentia a água descer pelo rosto.

Viu a imagem de Rangiku da ultima vez que falou com ela há quase quatro anos atrás.

Deu um forte suspiro.

Já fazia tanto tempo, que às vezes sentia que estava esquecendo como ela era. Sua imagem aparecia cada vez mais desfocada e ele não conseguia mais imaginar como era beijar novamente seus lábios...

Olhou de relance para o vidro embaçado pelo vapor e identificou a silhueta alta atrás dele.

Desligou o chuveiro e abriu a porta do box e a figura lhe entregou a toalha.

  — Passei a noite inteira imaginando por que não me procurou Ichimaru. — Ela falou com a voz macia.

  — Estava cansado. — Ele disse se enxugando.

  — Me parece tenso. — Ela se aproximou por trás de suas costas e passou os longos dedos pela pele branca. — Quer uma massagem? — Sussurrou em seu ouvido.

  — Não, vou sair. — Ele enrolou a parte de baixo do corpo com a toalha e saiu do banheiro.

Rose foi atrás dele estalando seu salto no chão.

  — Quer companhia? — Ela parou perto da porta do banheiro.

Gin apenas começou a se vestir sem a dar atenção.

  — Vamos... Eu estou tão enjoada daqui quanto você. — Ela se aproximou e ficou do seu lado enquanto punha a calça.

  — Então por que ainda continua aqui? — Ele disse sem a olhar.

Ela ficou em silêncio por um tempo.

  — Quero ficar com você. — Ela disse de repente.

Gin a olhou sério, ela desviou o olhar.

Ele então pegou uma blusa social preta e colocou sem dizer nada. Começou a abotoar e Rose empurrou suas mãos para fazer a tarefa.

  — Eu sei o que pensa Ichimaru... Mas saiba que se estou aqui é por você. — Ela disse abotoando os botões.

  — Já falei sobre isso antes... Não quero ter que repetir. — Ele se afastou dela e puxou seus sapatos que estavam debaixo da cama.

Rose olhou desolada.

  — O que ela tem que eu não tenho? — Ela falou chamando sua atenção. — Tenho certeza que todo esse tempo ela passou com um e outro na cama enquanto você se preocupava em protegê-la!

Ele apenas balançou a cabeça e pôs o outro sapato.

  — Aposto que nem lembra mais de você, que não vai querer nada e você sabe disso, mas mesmo assim nega meu amor e preferi aquela vadi...

  — Cale a boca. — Ele disse se levantando. — É melhor pensar antes de falar dela. — Ele avisou.

Rose não ligou.

  — Por quê? O que você vai fazer? Me matar? Faça isso, a morte é melhor do que vê-lo se arrastar por uma mulher que não te ama e que nunca o amará... — Ela disse com a voz embargada de tristeza. — Que nunca o amará como eu.

Ele a olhou com desprezo e ela recuou.

  — Acho que você ainda não entendeu bem sua posição não é? — Ele disse se aproximando lentamente.

Ela esbarrou na parede.

  — O único motivo de ainda estar viva é porque foi única mulher a aceitar dormir com todos daqui... Sem escrúpulos e usada realmente planeja se comparar a Rangiku? — Ele estava bem em sua frente com seus frios olhos abertos. — Uma mulher que passou esse tempo todo se vendendo por status e dinheiro realmente quer se comparar a outra digna e honrada? É o que está dizendo Mila Rose?

Ela não conseguiu emitir nenhum som sobre o olhar tenebroso do homem ao qual descobriu que ama.

  — Foi isso que imaginei... — Ele se afastou e foi até sua mesa de cabeceira. — Izuru vai ir comprar as passagens para os Estados Unidos hoje. Vá com ele e compre a sua também...

Ela ainda estava apoiada na parede olhando para o chão.

Gin pegou alguns objetos que estavam em cima da mesa e pôs no bolso. Olhou para ela e realmente não sentiu nada a não ser pena. Deu um leve suspiro e se aproximou dela e puxou a pela mão.

  — Depositarei na sua conta uma quantia suficiente para comprar um apartamento ou algo do gênero... Pode reencontrar sua família e voltar a ser modelo. — ele disse a levando para fora do quarto.

Ela parou bruscamente e o puxou para si.

  — Eu quero ficar com você Gin... — Ela disse suplicante enquanto agarrava sua blusa com força. — Eu não quero nada além de você... Eu não me importo que você a ame, eu posso ficar na cidade e conseguir um emprego aqui e você pode me encontrar toda noite... Eu não ligo de ser a outra, contanto que tenha você para mim...

Gin a olhou sem expressar nenhuma emoção e suspirou novamente.

Delicadamente tirou suas mãos da blusa e deu um passo para trás.

  — Se estou te dando chance de voltar para casa é porque gosto de você Mila, mas se você realmente acha que pode ter mais de mim a não ser compaixão, vou ter que tomar medidas mais drásticas.

Ela sentiu seu corpo se arrepiar. Ele abriu um sorriso.

  — Tenha um bom dia. — E se foi.

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Combinou com Akemi encontra-la no novo prédio do centro. Pontualmente as 11:00 entrou com ela ao seu lado no saguão do prédio. Logo de inicio não gostou, havia muitas pessoas indo e vindo, muitas bagagens, muito barulho.

  — Aqui é sempre tão movimentado? — Perguntou a seguindo para o elevador.

  — Bem, agora no começo está, mas é só por conta do prédio ter sido recém-inaugurado. Em pouco tempo estará tranquilo novamente. — Ela apertou o botão de descer do elevador. — Não terá problemas de entrar não é senhor Ichimaru?

Ele deu uma leve balançada de cabeça.

  — Na verdade senhorita Akemi... Peço minhas sinceras desculpas pelo ocorrido ontem. Vou confidenciar a você algo que nunca contei a ninguém.

  — Mas senhor... Realmente quer isso? — Ela disse arregalando os olhos.

  — Ah sim... — Ele se aproximou de seu ouvido a fazendo arrepiar. — Sou bipolar. — Falou sorrindo.

  — Bipolar? — Ela disse surpresa.

  — Sim, tenho dupla personalidade. Uma, que é essa que voz fala agora é totalmente controlada e harmoniosa. Mas a outra é medrosa e tem umas tendências sádicas. Realmente horrível.

Ele assistiu com diversão os olhos da mulher se encherem de medo.

  — O senhor toma algum remédio?

  — Sim, sim vários alguns me dão um sono tremendo. — Eles entraram no elevador.

  — Puxa nunca conheci um bipolar... — Ela olhou para o chão.

  — Pois é. Eu também não. — Ela falou se recostando no espelho do elevador.

  — Mas o senhor não é bipolar?

  — Eu? — Ele fingiu espanto. — Imagina uma coisa dessas de onde a senhorita tirou isso.

  — Você acabou de falar. — Ela disse apontando acusadoramente.

  — Senhorita Akemi depois de me mostrar o prédio lhe indicarei um bom psiquiatra... — O elevador parou e as portas abriram. — Realmente está precisando... — Ele saiu como se não houvesse nada.

A pobre mulher apensa o olhou de costas.

  — Não virá senhorita? Estou muito empolgado. — Ele disse se virando para olha-la.

Assim que ela deu o primeiro passo a porta do elevador se fechou.

Gin não resistiu e começou a rir enquanto a mulher gritava na parte de dentro.

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  — Sim senhor... Estou vendo um bom horário. Você sabe que agora minha filha só tem a mim e estou tentando achar uma escola em turno integral para ela. — Rangiku falou no celular.

Acabara de ir ao mercado comprar alguns ingredientes para o almoço.

  — Mamãe olha só. — Kisa apontou para a piscina do prédio.

  — Só um momento diretor. — Ela deu uma pausa na conversa. — Vamos dar um mergulho depois do almoço ok?

Kisa deu o sinal de ‘joia’ com a mão e as duas continuaram andando.

Rangiku teve um pouco de dificuldade em andar segurando as sacolas a mão de Kisa e o celular.

  — Vamos subir de elevador filha está tudo bem? — Rangiku sabia que Kisa odiava elevadores e que só entraria em um se fosse em seu colo, mas agora não daria nem para subir escadas nem para carrega-la.

  — Vai me pegar? — A menina disse receosa.

  — Eu vou segurar sua mão bem firme. — Ela assegurou.

  — Eu não quero mamãe... — A menina balançou a cabeça.

  — Espere um momento... Por favor senhor diretor posso ligar mais tarde. — Ela falou em tom descontraído para evitar o constrangimento. — Que ótimo então te ligarei a três pode ser?

Ela desligou o celular e se aproximou dos elevadores e apertou o botão de descer.

  — Olha só segura a minha mão bem firme... Nós só vamos ficar poucos segundos e sairemos. Você sabe que é rápido.

  — Não mãe. — ela fez manha.

  — Kisa. Você está vendo que estou com peso e você já andou de elevador varias vezes não comece de graça.

A menina fechou a cara e cruzou os braços.

  — Então vai ser assim. — Ela pôs uma das sacolas no chão. — Eu estou com você, não precisa ter medo meu amor. — Ela acariciou os cabelos amarelos da menina que a olhou intensamente.

Kisa deu um pequeno suspiro e voltou a segurar sua mão da ruiva.

  — É isso mesmo. — Rangiku viu que o elevador já havia chegado. — E também não tem nada a temer ai dentro.

Assim que as portas se abriram uma mulher descabelada surgiu de dentro do elevador segurando uma pasta de papeis, assustando as duas que estavam indo entrar.

  — Me desculpem, me desculpem é só que... — A mulher falou tentando pegar os papeis que caíram no chão. — Eu achei que havia ficado presa.

  — Ah não, não foi nada. — Rangiku disse sem graça.

Kisa estava atônita agarrada em suas pernas.

  — Filha vamos. — Ela disse tentando se mexer.

  — Não quero mais mãe. — A menina escondeu o rosto na sua calça jeans.

  — Oh não bebê está tudo bem, é seguro. — A mulher disse pondo uma porta na frente da porta para que não se fechasse novamente.

  — Viu a moça disse.

  — Mas mãe, olha ela. — A menina parecia assustada.

Rangiku não a condenava, também estava.

  — Me perdoem, me perdoem. — A mulher repetiu.

  — Tudo bem. Apenas segure isso. — Ela lhe entregou uma de suas sacolas e pegou Kisa no colo.

Entrou no elevador e apertou o botão do terceiro andar.

  — Essas coisas realmente são um pouco assustadoras mesmo, na verdade acho que estou tomando pânico de elevadores.

  — Fobia? — Rangiku disse curiosa.

  — É... Acho que sim. — A mulher olhou distante.

Rangiku quis rir, mas resistiu a vontade.

Quando o elevador abriu ela saiu e a mulher pôs as sacolas no chão do lado de fora do elevador.

  — Vai continuar ai dentro? — Ela perguntou pondo Kisa no chão.

  — Sim... Estou com um cliente no sexto andar... Acho que ele deve estar zangado pela demora.

  — Então vá logo. — Rangiku sorriu docemente. — Obrigada pela força.

  — De nada e me desculpe pelo incômodo. — As portas começaram a se fechar. — Eu me chamo Akemi senhorita foi um prazer.

  — Matsumoto e também achei. — Ela disse quando o elevador fechou. — Mulherzinha estranha essa? — Ela disse para Kisa que deu uma leve gargalhada.

  — Vamos lá fazer nosso Yakissoba. — Ela pegou a bolsa e Kisa foi andando na frente.

  — Primeiro o bolo... — Ela disse dando leves pulinhos.

  — Não... Primeiro a comida depois o bolo. — Rangiku foi rindo.


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Notas finais do capítulo

E ai? E ai?
Vocês gostaram né? To sentindo que sim... (mentira(ando muito pessimista))
Bem gente não prometo postar nessa quarta...
Vocês neste momento:
°O°
Vai ser uma data um pouco melancólica para mim e farei de tudo para não estar em casa, mas se isso acontecer virei postar o próximo capitulo...
Então, então até a próxima!!



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