Caleidoscópio escrita por lljj


Capítulo 15
Laranja e prata voltam a se misturar na luneta


Notas iniciais do capítulo

E então... Vim aqui dizer que eu não morri... Ainda.
Claro todo mundo que lê deve estar querendo me matar, mas por favor não me odeiem, nem excluam Caleidoscópio das suas favoritas, por que eu VVOOLLTTEEII!!!
Me desculpem pela longa e quase eterna demora, mas é que muitas coisas aconteceram e eu realmente perdi meu ritmo de postagem mas agora vou voltar (ou quase) à ele...
Bem, bem eu irei voltar a postar toda semana no maravilhoso dia de Quarta-feira... Mais infelizmente só será na quarta :(
Sei que demorei muito mais tambem mexi muito na fic durante esse tempo e aqui está meu resultado para o 15° capitulo...
Boa Leitura!!



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  — Então... Ela parou de trabalhar no bar?

  — Sim.

  — E só fica de babá na casa do Kikuchi? — Gin falou pausadamente.

  — É a terceira vez que você me faz repetir. Sim, Rangiku, sua garota vai pra casa do playboy pela manhã e só sai de lá à noite depois que ele chega do trabalho. Entendeu ou tenho que repetir mais uma vez? — Urahara falou cinicamente.

Gin ficou em silêncio por um momento e depois apenas riu.

  — Claro que não. Só fiquei curioso sobre a relação deles dois.

  — Acha que a garota se interessou por ele? — Pela primeira vez nessa ligação Urahara começou a usar um tom serio. — Você sabe que eu nunca me intrometi nessa sua relação estranha, mas o cara parece ser uma boa pessoa, tem uma vida estável, cuida bem da filha e até que seria...

  — Você já fez o que tinha que fazer Urahara, tem mais algo que queira me falar?

Urahara ficou um momento em silêncio.

  — Não.

  — Ok. Então me ligue se souber de mais.

Gin desligou o celular e pegou o maço de cigarros. Nunca foi um fumante compulsivo, mas ultimamente estava mais frequente do que antes.

Ele então olhou para a escrivaninha, o numero da casa do Kikuchi estava em um papel em cima dela.

Por que não?

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  — Então ela disse que a casa é adequada para uma criança e que Kisa está muito bem de saúde, com certeza vou continuar com a guarda dela. — Keith falou bebendo mais café.

  — Que ótimo Keith. — Rangiku falou pondo um pedaço de bolo na mesa. — Então agora você já pode ficar mais tranquilo. — Rangiku sorriu.

  — Sim, a audiência foi marcada para o mês que vem.

  — Por que tanto tempo? — Ela pôs um pedaço de bolo na boca de Kisa que tinha derramado leite em toda a mesa.

  — Kiara virá. — Ele disse olhando para o chão. — Mas está em outro país agora.

  — Você vai querer que eu vá com você?

  — Não. Já está fazendo mais do que precisava Ran. — Keith sorriu.

  — Como assim? Somos amigos, não somos? Nunca é o suficiente. — Ela riu.

  — Tudo bem... Rangiku você sabe as horas? Meu relógio parou mesmo ontem.

Rangiku pegou o celular do bolço.

  — Bem... — Ela disse examinando o aparelho e arregalando os olhos. — É a hora exata de você começar a correr. — Disse sorrindo.

  — E por quê?

  — Já são 10:07.

  — O QUE! — Como ela disse Keith saiu correndo da cozinha.

  — Haha seu pai é incrível Kisa.

  — Papai... — A menina disse rindo.

  — É esse doido mesmo. — Rangiku falou rindo ainda mais.

Keith voltou com a maleta de trabalho e uma gravata na mão.

  — Eu estou mais atrasado do que ontem. O pessoal vai começar a reclamar. — Ele falou pondo a gravata desajeitadamente no pescoço.

  — Você é o chefe, deveria poder chegar a hora que quiser. — Rangiku falou se esticando na cadeira.

  — Se fosse assim realmente acha que sairia da cama? — Keith falou se aproximando de Kisa e dando um beijo na bochecha dela e depois outro na de Rangiku. — Até mais tarde.

  — Até...

Keith saiu pela porta.

Rangiku pegou mais um pedaço de bolo e pôs suco para Kisa.

  — Kisa está fazendo muita bagunça na mesa. — Ela se levantou para pegar um pano quando Keith entrou correndo na cozinha.

  — Que foi? — Ela falou olhando para ele.

  — Perdi as chaves do carro, você não viu em nenhum canto? — Ele falou revirando potes na estante.

  — Ah! Sim, me esqueci de te dar. — Rangiku enfiou as mãos no decote e entregou as chaves dele.

  — Como elas pararam ai? — Ele perguntou confuso.

  — Por acaso se esqueceu que está atrasado? — Ela disse levantando a sobrancelha.

Ele novamente saiu e Rangiku ficou o observou da janela da cozinha.

  — É... Depois eu que sou a relaxada.

Ela pegou Kisa e a levou para a sala de estar que estava cheia de Dvds que Keith havia alugado para que eles pudessem ver quando ele voltasse do trabalho. Dando uma olhada em volta Rangiku viu algo diferente no visual do ambiente.

  — Olha Kisa seu pai deixou a maleta aqui. — Ela pôs a menina no sofá e pegou a maleta preta que foi deixada em cima da mesinha de centro. — Ele deve ter esquecido quando entrou para pegar as chaves... Mas é uma anta mesmo.

  — TV. — Kisa disse apontando o controle que pegou para a televisão. — Quelô vê TV.

  — Tudo bem linda, seu pai deve ligar quando perceber mesmo.

Ela se sentou na poltrona perto do sofá e ligou a televisão.

  — Olha seu desenho favorito começou. — Rangiku observou a menina balançar o corpo no ritmo da música. — Hahaha muito bem...

Triimm... Triimm...

O telefone começou a tocar.

  — Nossa ele percebeu mais cedo dessa vez. — Ela falou se levantando e indo até o telefone.

  — Alô.     

  — Alô Ran?

  — Sim Keith.

  — Você viu minha maleta por ai?

  — Sim avoado. Você a deixou na mesa.

  — Que bom, por um momento achei que... esquecido... porta... casa

  — Keith? Eu não estou te ouvindo direito.

  — Ran... Estou... túnel...

  — Alô? Alô Keith?

  — É... Parece que a ligação caiu. — Ela pôs o telefone no gancho e voltou para a poltrona. — Ele liga de novo depois.

Triimm... Triimm...

  — Não falei.

  — Keith o que aconteceu?

(silêncio)

  — Espero não te decepcionar dizendo que não sou o Keith.

(Silêncio)

  — Quem está falando?

  — Vamos Ran. Você não pode já ter se esquecido de mim.

  — Eu realmente não sei quem está falando.

  — Não minta para mim...

(ela podia ver perfeitamente o sorriso que ele está dando agora)

  — O que você quer Gin?

  — Então você já se lembrou?

  — Como conseguiu este numero?

  — Não seja assim...

  — Você pôs de novo alguém para me vigiar?

  — Tenho que cuidar das minhas coisas, não acha? Ainda mais quando descubro que ela está andando na casa de outro homem como se fosse qualquer uma.

  — O que? Você está ficando louco? Eu estou trabalhando, e honestamente o que eu sei que é algo que você não sabe fazer.

  — Deve estar trabalhando muito bem então não é Ran?

  — Não venha com suas ironias seu desgraçado, quem você pensa que é? Vai e volta e acha que tenho que levar a minha vida como se ainda tivéssemos alguma coisa?

  — E nós não temos?

(silêncio)

  — Você foi embora, viver a sua vida e me deixou sozinha... Me admiraria muito se em algum momento você tenha me amado de verdade...

  — Não diga coisas imbecis...

  — O que? Você vai dizer que me ama e se arrepende de tudo o que fez?

(silêncio)

  — Sabia... Você não se importa com mais nada a não ser seu dinheiro e seu poder...

  — Ran...

  — Me faça um grande favor e não ligue mais para cá...

Ela então desligou.

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Assim que chegou em casa Keith sentiu que algo estava estranho, como era de costume Rangiku tinha que estar esperando por ele na porta para rir do seu esquecimento, mas não. Destrancou a porta e entrou sem ouvir nenhuma risada calorosa ou ofensa amistosa.

Ao entrar na sala viu sua maleta em cima da mesa de centro e Kisa dormindo no sofá com a televisão ligada, tinham varias almofadas ao redor da menina para evitar que rolasse e caísse. Ele olhou em volta e não teve um sinal de Rangiku.

Desligou a Tv e foi em rumo da cozinha, que como a sala também estava vazia. Continuou procurando até que passou pelo corredor que levava para o quarto que tinha deixado para Rangiku dormir, no corredor havia uma grande janela de onde poderia ver os fundos da casa que agora tinha um pequeno parquinho que Rangiku e ele tinham feito para Kisa.

Ao olhar para fora viu um vulto laranja perto do pequeno balanço.

  — Ran?

Ele foi correndo até onde o parquinho ficava e constatou que Rangiku estava lá, sentada mal encaixada no balanço de cordas.

  — Rangiku?

Ela virou para ele assustada e deixou que visse seus olhos brilhando de lagrimas.

  — Keith! — Ela disse e logo passou as mãos no rosto e abriu um sorriso. — Então você não chegou há muito tempo né?

  — Não te encontrei quando cheguei e foquei preocupado. — Ele falou se aproximando.

  — Ah! Sabe ouvi um barulho e vim ver se estava chovendo olha só como o céu esta nublado. — Ela disse evitando olhar para ele.

  — O que houve?

  — O que? — Ela novamente abriu um sorriso.

  — Por que está triste? — Ele disse se ajoelhando na sua frente.

  — Não estou triste só parei um pouco para pensar na vida, sabe? Realmente fizemos um lugar muito agradável aqui. — Ela disse olhando em volta.

  — Você pode, por favor, olhar pra mim e dizer o que aconteceu? — Ele disse nervoso.

  — Não aconteceu nada tá legal. — Ela falou já se exaltando. — Pare de procurar coisas onde não há nada!!

Keith se surpreendeu com seu comportamento o que só deixou mais claro que algo de sério havia acontecido na sua ausência e Rangiku não queria falar.

  — Ran... Você sabe que considero você uma das pessoas mais importantes da minha vida. Esteve do meu lado e me ajudou quando eu mais precisei, e é a pessoa que confio meu bem mais precioso que é minha filha, em pouco tempo você se tornou a melhor amiga que eu já tive e agora eu quero retribuir tudo o que fez por mim... Te dando meu apoio para o que for que tenha acontecido, mas para poder te ajudar você tem que me dizer o que está acontecendo...

Rangiku olhou para ele por mais um momento até que lágrimas voltaram a cair dos seus olhos.

  — Ah!! Keith... — Ela disse se aproximando e o abraçando.

Nesse momento um grande trovão soou no ar assustando os dois e acordando Kisa que começou a chorar na sala.

  — Venha vamos entrar e beber algo quente, então você me diz o que está acontecendo.

Rangiku concordou com a cabeça e se levantou do balanço dando a mão para ele e o acompanhando para dentro da casa.

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Gin estava sentado no mesmo local da ligação. Pegou o maço de cigarros e procurou mais um para dragar, mas não achou nenhum. Amaçou o envelope e o jogou do outro lado da sala junto com seu isqueiro de prata.

Apoiou as mãos na mesa e segurou a cabeça. Algo estava muito errado, não só pela ligação e por ela ter desligado na cara dele, havia muito mais coisas erradas que isso. Ficou muito tempo pensando que esse cara era mais um desses idiotas apaixonados por Rangiku que hora ou outra fazem algo que ela não gosta e são chutados para fora de sua vida, mas agora tinha uma duvida.

Desde que começou a trabalhar Ran ficava cada vez mais na casa quando Keith estava e por vezes Urahara o havia dito que ela dormia lá, sempre que recebia essa noticia sentia seu sangue ferver nas veias.

Mesmo que um lado dele queria que ela estivesse feliz o outro sempre iria quer que ela continue com seu coração amarrado a ele, e somente ele. E o simples pensamento de que tem outra pessoa tocando no corpo que o pertencia, fazia com que tivesse náuseas.

Ele queria já ter cuidado disso, mas estava em um empasse. Perde-la para o cara ou perde-la para a raiva que, com certeza, ela sentiria se ele o ferisse? Claro ainda tinha outro pequeno ponto que significava muito: A menina. Se caso a menina ficasse sem pai por causa dele Rangiku nunca o perdoaria, já que a própria nunca pode ter o amor de um.

  — Então Gin Ichimaru? O que fazer... — Falou para o silêncio perturbador de seu quarto.

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Os três estavam sentados no chão da sala envolvidos por um cobertor grande já que o tempo havia ficado muito frio. Kisa estava deitada praticamente em cima dos dois, com os pés em Keith e a cabeça nos peitos de Rangiku que acariciava seu cabelo.

  — Quer mais um pouco de chá? — Keith disse apontando para a mesa onde estava o bulé.

  — Não, já estou satisfeita obrigada. — Ela disse dando um leve sorriso.

  — Quer me dizer agora o que aconteceu para você ter ficado daquele jeito? — Ele disse levantando uma sobrancelha.

Rangiku suspirou e fechou os olhos.

  — A história é muito longa... E eu já estou melhor não quer deixar isso de lado?

  — Minha história também foi longa de mais, mas mesmo assim você ouviu tudo... Por que não faria o mesmo por você?

  — Porque talvez com a minha as coisas mudem... — Ela disse olhando para o lado.

  — Mudem? Como assim?

  — Minha vida foi um mar de sofrimento e dor... Não são coisas que outras pessoas realmente gostam de saber. — Ela falou o olhando intensamente.

  — Às vezes falar é o melhor... Pelo menos foi para mim... Sabe? Contar como me sentia em relação ao que passei me ajudou, e muito.

  — Eu não sei...

  — Vamos, sabe que não precisa se esconder de mim. — Ele disse tocando sua mão.

Ela o olhou por mais um momento.

  — Tudo bem.


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Notas finais do capítulo

Então, então?? A raiva passou ou ainda está pulando ai dentro falando: Xinga ela, xinga ela!!
Tudo bem gente... Mandem o que quiserem pelos comentários estou super ansiosa para saber o que meus leitores andam pensando de mim *-*
Até Quarta Povo...



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