POV Harry Potter

Como era boa aquela sensação de alívio. Vencer Voldemort fez com que um peso sobre mim fosse tirado completamente. Agora as pessoas poderiam sair de suas casas sem medo algum, sem temer a nada que envolvesse o bruxo das trevas, afinal, ele não existia mais.

Tudo em minha vida, finalmente, estava perfeito. Cada coisa em seu lugar. Nunca havia tido uma época em que deitava minha cabeça para dormir a noite sem preocupações, mas essa época finalmente tinha chegado.

Estava namorando a garota mais maravilhosa de todo o mundo, tenho os melhores amigos que alguém poderia ter e estou voltando à velha e querida Hogwarts.

– Já sabem quem serão os monitores? – Hermione perguntou comendo alguns sapos de chocolate que Rony havia comprado.

– Não, McGonagall ainda não avisou ninguém. – respondi.

– Tomara que não sejam os mesmos. Odeio ser monitor. Muitas obrigações. – Rony disse.

– Eu gosto de ser monitora. ­ – Hermione se manifestou.

– Você é suspeita Mione, adora obrigações. – Gina disse.

Nós rimos.

Realmente, Hermione adora obrigações, não sei como ela consegue ser monitora e ainda ter tempo pra estudar, ainda mais este ano que terá os NIEMs.

Na cabine a troca de carícias entre nós, casais, eram constantes. Eu sentia necessidade de falar sempre que podia a Gina que ela muito especial para mim, já que passei alguns anos sem falar isso.

– Você está linda com esse suéter azul, combina com o tom de seus cabelos. – disse baixo para que apenas ela pudesse ouvir.

– É um suéter velho.

– Qualquer coisa fica linda em você. – sorri.

– Posso pedir para mamãe fazer um desse para você também, já que gostou tanto.

Fiz uma careta e a ruiva riu.

– Eu te amo muito, Potter. – disse séria.

– Eu te amo mais, Weasley. – retribui o mesmo tom sério.

Nos encaramos por segundos e rimos.

Há tempos esperei por momentos como esse com Gina.

POV Isabelle Diniz

Draco e eu ficamos conversando sobre como seria o novo ano em Hogwarts. Ele estava alegre, menos pálido e mais forte do que nos anos anteriores. Fico muito feliz por vê-lo assim, a vida de comensal acabou com ele, raramente deixava escapar uma risada ou brincava com algo, era sempre sério e misterioso. Nunca o vi tão ansioso para voltar à Hogwarts do que agora.

Ficamos conversando sobre o caso de sua mãe estar em cárcere privado na mansão dos Malfoy, mas logo depois Blás e o Lewiss chegaram e os garotos começaram um animado papo sobre garotas que eu, definitivamente, fiquei de fora.

Peguei meu livro e comecei a ler, era sobre Mitologia Grega trouxa.

Tróia.

Ah, uma ótima história! Para vocês verem como uma mulher pode causar uma confusão e tanta, pois o principal motivo daquela guerra foi Helena.

Fui despertada da minha atenção à leitura quando Blás estalou seus dedos em frente aos meus olhos.

– O que é menino? – perguntei nervosa – Justo na parte mais interessante do livro você me interrompe. ­ ­

– A gente já chegou, sabia? – Blás disse levantando-se e espreguiçando-se.

– Já? – perguntei surpresa.

Sempre quando você arruma algo interessante para fazer o tempo costuma passar rápido, muito rápido.

– Claro, agora vamos logo, estou morrendo de fome. ­ – disse passando a mão em sua barriga e fazendo uma cara que me lembrava de um gatinho fofo de um filme trouxa que eu havia assistido.

– Aí Blás, você não tem jeito hein! – me levantei do banco do trem e peguei meu livro ­– Onde estão os garotos? – perguntei me referindo a Draco e Lewiss.

– Acabaram de ir lá para fora. – o moreno pegou seu malão e o meu – Agora será que dá pra andar logo. – disse fingindo impaciência.

– Estou indo criatura.

Estávamos querendo sair do trem, mas não foi fácil, pois uns grupos de sextanistas da Lufa-Lufa fizeram questão de empacar bem no meio do corredor.

– Com licença, moça! – alguém havia me cutucado.

Era um menininho lindo; branquinho, com algumas sardas e olhos incrivelmente verdes.

– Ah, olá! – cumprimentei-o

– Por um acaso você sabe aonde é a saída? – ele perguntou-me – É que eu sou novo por aqui.

– Me acompanhe, eu te mostrarei aonde é.

E lá se foram eu, Blás e o pequenino rumo à saída.

– Primeiranistas, venham comigo! – Gritava Hagrid.

– Olhe, aquele ali é o Hagrid, um gigante muito simpático que irá te guiar para o castelo. – disse indicando o gigante ao garotinho.

– Ah, muito obrigada! – ele me respondeu pegando seu malão. ­ – Até por aí!

– Tchau! – me despedi.

Blás e eu avistamos Draco e Lewiss acenando para nós ao lado de uma carruagem.

– Achei que não viriam! – Draco disse assim que nos aproximamos e logo após ajudou-me a colocar meu malão na carruagem.

– Alguns sextanistas lufanos estavam empacando no meio do corredor. – respondi subindo na carruagem.

– Ei Draco, e os testes de Quadribol? Serão quando? – Blás disse sentando-se ao lado de Lewiss.

– Eu mal cheguei até a escola, se acalme.

– Terá espaço para um goleiro? – Lewiss perguntou.

– Faremos os testes, se você for melhor que o nosso atual goleiro... – Draco disse.

– E eu sou! – ele respondeu.

Mas que menino convencido!

– Nosso goleiro é extremamente bom! – eu disse com meu livro em mãos.

Lewiss olhou para mim com um olhar desafiador e disse:

– Eu sou melhor que ele.

– Isso é o que veremos. – respondi o.

Voltei minha atenção ao livro, o que não foi fácil, pois, do nada, lembrei-me das brigas dos meus pais. Fiz um enorme esforço para não chorar.

Eu serei forte, sou uma Sonserina e não choro em público.

POV Ronald Weasley

Acho que demoramos mais que o normal para chegar à Hogwarts, ou talvez eu esteja ansioso demais.

Saímos do trem e fomos procurar uma carruagem.

– Ora, ora ora, se não é o pobretão e a sangue ruim? ­ – alguma voz se manifestou vinda de uma carruagem próxima.

– Ora, ora ora, se não é o filhote de comensal. – respondi à doninha.

– Olha como fala comigo Weasley! – ele respondeu com um tom sarcástico.

– Ou o quê? Seu papaizinho vai fugir de Azkaban e vai vir te salvar? Porque nem se defender direito você sabe? – o desafiei.

– Eu vou te mostrar quem não sabe se defender e... – Malfoy ia se levantando da carruagem quando Diniz o segurou.

– Gente, chega disso! Draco sente-se aí. – ela repreendeu-o.

– E você, Ronald, vamos procurar uma carruagem, anda! – Mione me puxou pelo braço, mas ainda sim pude ouvir Malfoy xingar-me.

Achamos uma carruagem na qual estava vazia.

Aconchegamo-nos nela e fomos rumo à Hogwarts.

POV Hermione Granger

Já em Hogwarts, no Salão Principal, a decoração era linda, possuía as cores das quatro casas: vermelho, verde, Azul e amarelo. O teto, que antes era enfeitiçado para que parecesse o céu, agora continha várias fotos dos alunos, todos sorrindo. Pude ver Cedrico Digorry com o seu belo sorriso e Lilá Brown acenando na foto. Conti algumas lágrimas e me sentei.

Minerva logo apareceu com sua costumeira roupa, foi para frente do ‘’palanque’’ onde Dumbledore fazia seus discursos e começou a falar:

– Antes de tudo eu queria dar boas-vindas a todos! Passamos por tempos difíceis, tempos nos quais aprendemos o valor da vida, aprendemos que cada momento pode ser único. Nós enfrentamos coisas que poucos bruxos enfrentariam. – algumas lágrimas escorreram sobre o rosto de Minerva, a bruxa as limpou rapidamente e voltou a falar – Nós perdemos grandes amigos, amigos que sempre estiveram do nosso lado, sem se importar com as consequências. Peço para que não pensem que aqueles que não estão presentes são fracos, muito pelo contrário, eles são tão corajosos quanto nós, tiveram coragem o suficiente para tentar. Nesses tempos muitos erros foram cometidos – Minerva olhou discretamente para Malfoy – Mas erros que poderão ser concertados, pois a vida nova recomeça. Bom alunos, apresentarei a vocês dois integrantes novos de nosso Corpo Docente. Este é o Professor Armando Peténsi – Minerva apontou para um professor gorducho, com pele clara e barba ruiva – e ele lecionará Defesa Contra as Artes das Trevas ­– completou – E essa aqui é a Professora Lucy Trevor e lecionará Estudo dos Trouxas. – Minerva mais uma vez apontou para a mesa na qual havia uma mulher magra e velhinha, de longos cabelos morenos que combinavam com o tom de sua pele.

‘’Bom, vamos à monitoria; este ano os monitores da Grifinória serão Hermione Granger e Neville Longbottom, Isabelle Diniz e Draco Malfoy da Sonserina, Edu Carmichael e Luna Lovegood da Corvinal e Cho Chang e Zacharias Smith da Lufa-lufa. Estes a qual eu citei os nomes deverão comparecer a minha sala depois do jantar. Novamente vos lhes dou boas-vindas e sirvam-se’’

Vários pratos se materializaram sobre a mesa, entre eles algumas comidas trouxas como lasanha, fricassê e macarronada.

Monitora? Por essa eu já esperava – pensei comigo mesma.

– Phgfbegd Mihjone – Ron disse, ou melhor, tentou dizer.

– Para de falar de boca cheia Ronald, você está me matando de vergonha – Gina o repreendeu.

O ruivo engoliu a comida daquele jeito que só ele sabia fazer e voltou a dizer:

– Parabéns Mione.

– Parabéns Mi, é uma responsabilidade e tanta. – Harry disse.

– Obrigada pessoal. Nem me fale, NIEMs e monitoria, ai ai... – suspirei.

Não que eu não gostasse de responsabilidades, mas não posso deixar de admitir que este será um ano cansativo.

Todos parabenizaram a mim e a Neville pelo nosso cargo, e seguimos o jantar normalmente.

POV Draco Malfoy

Monitor? Bom... Sei lá, vai ser maneiro. Porém é meio cansativo, ainda mais este ano que terá os NIEMs, mas monitorar com a Isa vai ser ,sem dúvida, divertido.

Todos na mesa nos parabenizaram pelo cargo.

– Draquinho, parabéns amor. – Pansy disse com aquela voz irritante. – O único problema é que terá que monitorar com essa traidora de sangue – disse referindo-se a Isa.

– Pansy, querida, sua opinião sobre mim não importa nem um pouco. – Isa disse bebericando suco de abóbora.

– Minha opinião? – Pansy riu debochada – Escuta aqui Sonserina...

– EI, EI, EI! – Blás levantou do banco e disse em voz alta – Pansy chega né!

Pansy fez uma cara brava ao garoto e saiu de lá marchando.

Comi um pedaço de lasanha e beberiquei um suco de abóbora, depois da sobremesa – um delicioso pudim de leite – chamei Isa para irmos levar os primeiranistas até os dormitórios.

– Vamos Isa?

– Aonde? – a Sonserina perguntou com cara confusa.

– Levar os alunos do primeiro ano aos dormitórios. – respondi como se fosse óbvio.

– Ah sim, é claro!

Nós nos levantamos e logo chamei os alunos, assim como os outros monitores das outras casas fizeram.

– Vamos lá pirralhos! – chamei-os.

– Draco! – Isa me repreendeu e soltou uma risadinha – Coitadinhos! Venham com a gente crianças!

– Onde estamos indo? – perguntou uma garotinha ruivinha.

– Aos dormitórios – Isa respondeu.

Caminhamos até às masmorras.

– Draco, a senha. Eu não sei a senha – Isa perguntou se desesperando.

– Fique tranquila, eu sei a senha. É ‘’Draco – ajeitei minha gravata e completei em tom convencido – lindo, gostoso e maravilhoso’’

– Ah claro, imagino mesmo que essa seja a senha! – Isa disse em um tom irônico e riu.

– Vocês não se apresentaram. – um menininho de olhos verdes se manifestou subitamente.

– Ah, é mesmo! Que cabeça a nossa! – Isa respondeu – Bom, meu nome é Isabelle Diniz, mas vocês podem me chamar de Isa.

– E eu sou o maravilhoso e gostoso Draco Malfoy – respondi encostando-me à parede e fazendo pose de galã.

– Você é bonita Isabelle. – aquele mesmo garoto dos olhos verdes disse.

– Ah, obrigada! – a Sonserina disse meio sem jeito.

– Vou deixar umas coisas bem claras aqui: – falei – a Isa é minha irmã, nada de gracinhas pra cima dela.

– Ok, ok, eu só fiz um comentário. – o menino dos olhos verdes ergueu as mãos em sinal de rendição.

– Olha pirralhos, é o seguinte – comecei a falar – cada Casa tem sua senha para podermos entrar nos dormitórios etc., a nossa senha é Tortas de Limão.

Eu sei, é uma senha bem idiota. Eu prefiro aquela do ‘’Draco lindo gostoso e maravilhoso’’.

– E é óbvio que vocês não poderão falar essa senha pra nenhum colega de outras Casas – Isa completou.

Adentramos ao Salão Comunal da Sonserina. Eles ficaram admirados com tudo aquilo, lembrou-me a primeira vez que vim aqui, fiquei igualzinho a eles; boquiaberto.

– Meninas, venham comigo! Mostrarei a vocês os seus dormitórios – falei indo em direção ao dormitório feminino.

– Por que você vai levar as meninas? – Isa perguntou – Não seria ao contrário? Eu levo as meninas e você os meninos?

– Tenho que pegar intimidade com elas, vai que alguma tem irmã mais velha. – disse dando uma piscadela.

Claro que eu estava brincando, nós sabíamos que garotos não podem adentrar o dormitório feminino e vice-versa.

Tive que acalmar algumas brigas dos pirralhos que brigavam por quem ficava com quem em cada quarto e logo depois voltei à sala comunal onde Isa estava à minha espera conversando com Blás e Logan.

– Vamos? – ela disse.

– Não quero ter que aguentar a falação daquela velha chata, mas não tem jeito, não é mesmo? – perguntei.

– É cara, não tem. – Blás deu um tapinha em meu ombro – Boa sorte!

– Obrigada Blás! – Isa respondeu.

Dei um aceno de cabeça ao moreno e a Logan e fomos rumo à sala de Minerva.

Chegando lá só a sangue ruim e Longbottom estavam na sala. Eles estavam sentados em duas poltronas vermelhas.

– Oi gente. – Isa os cumprimentou.

– Oi – os dois disseram em uníssono.

Eu não perderia o meu tempo cumprimentando-os, por isso tratei logo de sentar em uma das poltronas verdes, Isa logo se sentou ao meu lado.

Pouco a pouco os outros monitores foram chegando, Minerva chegara também, sentou em sua mesa e logo foi falando:

– Boa noite.

– Boa noite – respondemos em uníssono.

– Bom, como todos vocês sabem ser monitor não é uma tarefa fácil – ah não, ela ia começar com essa falação? – E ainda mais este ano que terá os NIEMs, porém tenho a total certeza que vocês se sairão muito bem. Vou logo ao ponto, – que ótimo – este ano resolvi fazer um esquema diferente, vocês não irão monitorar com a sua dupla.

Houve murmúrios de desaprovação de todos.

– Isso mesmo! Não adianta questionarem. – ela continuou – O esquema funcionará da seguinte forma: Draco Malfoy e Hermione Granger farão as rondas junto com Isabelle Diniz e Zacharias Smith, Cho Chang, Edu Carmichael, Neville Longbottom e Luna Lovegood ajudarão Sr.Filch com as detenções.

COMO ASSIM EU E A SANGUE RUIM? POR MERLIN!

Uma mão se ergueu no ar, como sempre, era a Granger.

– Desculpe professora, mas não entendi direito, eu e o Malfoy? Juntos?

– Acho que entendeu perfeitamente senhorita Granger. – respondeu Minerva – Sonserinos e Grifinórios juntos por causa da rivalidade entre as casas.

– Não, eu não concordo com isso – disse indignado. – Nunca foi assim. Eu não quero que seja assim.

– Senhor Malfoy, você não tem direito nenhum sobre esta escola. A diretora aqui sou eu e não o senhor, entendido? Suas rondas começam amanhã. Bom, estão todos liberados.

VELHA CHATA, VELHA IDIOTA, QUEM ELA PENSA QUE É?

Como se pudesse ler meus pensamentos Isa disse:

– Draco, não adianta, ela é a diretora, ela é quem decidi. Eu também não queria que fosse assim, monitorar com aquele trasgo do Zacharias. – ela suspirou – Merlin que me dê paciência!

Eu ri.

– Ele ainda te perturba? – perguntei saindo da sala da velha chata.

– Muito. – ela disse e nós rimos.

– Ei, Diniz, quero conversar com você – Zacharias apareceu – A sós – Olhou para mim de cima a baixo.

– Nananinanão, se quer falar com ela, vai falar na minha frente. – eu disse bravo.

– Ei Draco, está tudo bem – Isa disse – Pode ir, eu vou me cuidar.

– Qualquer coisa me grita – encarei o Lufano mais uma vez

– Gritarei. – ela respondeu e deu-me uma piscadela.

Voltei às masmorras, bravo com a história de monitorar com Granger. Ela havia aparecido demais para mim hoje, agora imaginem ter de monitorar sempre com a sangue ruim? Ó Merlin!

POV Isabelle Diniz

Assim que Draco se foi Zacharias me puxou para um canto e começou a falar:

– Então... – ele procurava as palavras – Como a gente vai monitorar juntos, eu estava pensando em, sei lá, a gente sair juntos no passeio de Hogsmeade. Poderíamos tomar uma cerveja amanteigada no Três Vassouras...

– Não, obrigada! – respondi seca me virando para seguir meu caminho.

– Ei, espere! – o Lufano me segurou pelo braço com força – Sabia que você está uma gracinha hoje? – Ele me mediu de cima abaixo e parou um pouco o olhar malicioso nos meus seios.

– Não me faça gritar o Draco...

– Aquele loiro? O que ele vai fazer? Chamar o papaizinho dele? Ah é, esqueci, o papaizinho dele está em Azkaban – disse em tom debochado.

Soltei-me de seus braços com força e corri para as masmorras. Por sorte ele não foi atrás de mim, mas pude ouvi-lo gritar um ‘’você não me escapa gracinha’’.

Ah Merlin, dai-me paciência.

POV Hermione Granger

– Como assim o Malfoy? Como assim? Não pode ser Nev, não pode! – me joguei no sofá da sala comunal da Grifinória e enterrei meu rosto sobre as almofadas.

– Tente se acalmar Mione – Neville se sentou no sofá ao meu lado – Não será tão ruim assim.

– Como não Nev? Você sabe muito bem como eu e o Malfoy não nos damos bem.

– Mas tudo dará certo, você vai ver. – respondeu.

– Ei gente, o que está acontecendo? – Harry chegou acompanhado de Gina e Ron.

– Vou monitorar com Malfoy. – respondi sem ânimo.

– COMO ASSIM MONITORAR COM A DONINHA? – Rony se sobressaltou.

– É isso mesmo Ron, Minerva mudou o esquema da monitoria. – respondi.

– Ah Mione, não vai ser uma tarefa fácil, mas você dá conta – Harry tentou me acalmar.

– Harry, olha bem para minha cara de quem AMA aquela Doninha – respondi enterrando novamente meu rosto sobre as almofadas.

– Mione, você precisa de paciência. Ninguém aguenta a Doninha, mas você dá conta. – Gina se manifestou.

– Vamos esquecer esse assunto pelo menos por um minuto? – pedi.

– Claro, é melhor assim – Ron disse – Mas qualquer coisa que aquela doninha fizer, me avise amor.

– Avisarei – dei uma piscadela para Ron.

Sentamos todos no chão.

Conversamos sobre tudo naquela noite.

Quadribol, livros e namoros.

Fizemos Neville nos contar de quem ele está a fim, porém o moreno insistiu que não falaria, então ficamos na curiosidade.

Depois de vários assuntos Gina estava sonolenta com a cabeça no colo de Harry, e posso garantir que não era só ela que estava sonolenta.

– Bom, é melhor dormirmos, – disse a ruiva bocejando – amanhã será um dia e tanto!

– Também acho! Boa noite gente – Neville respondeu levantando-se e foi para os dormitórios masculinos.

– Boa noite! – respondemos em uníssono.

Gina se despediu de Harry com um beijo, os dois nos deram boa noite e foram cada um para o seu dormitório, deixando Rony e eu a sós.

– Sabia que eu te amo muito? – Rony disse.

– Sabia que eu te amo mais? – respondi e dei um selinho no ruivo.

Um selinho que virou um beijo e tanto.

– Ron... É... Melhor a gente... Ir... Dormir... – disse entre os beijos.

– Também acho, – respondeu se separando de mim. – me empolgo demais.

– Percebi! – disse divertida – Agora vamos! – levantei e puxei-o para se levantar também.

– Boa noite, sonhe comigo! – ele disse dando-me um selinho.

– Não precisa nem mandar, eu já sonho todas as noites. – respondi e com um último aceno fui ao dormitório feminino.

Gina já dormia feito uma pedra, por Merlin! Como ela consegue?

Lilá e Parvati também dormiam profundamente.

Agora que prestei atenção direito no dormitório percebi que ninguém havia ocupado o lugar de Lilá.

Estranho isso, bem estranho.

Tirei minha roupa e vesti um pijama de frio com algumas bolinhas verdes. Dormiria feito uma pedra, meu corpo está muito cansado e minha mente também,

Deitei e me cobri, pensei um pouco em Rony e em como seria minhas rondas com o Malfoy.

Achei melhor dormir antes que aquilo me tirasse o sono.