Depois disso eu voltei para o meu quarto e fiquei encarando meu cosplay de Maid. Eu teria de usá-lo por um dia TO-DI-NHO. Me esfaqueiem, imploro. Acabei dormindo em cima do cosplay, babei um pouco mas nem foi em cima da roupa. Levantei e vi que já estava na hora de minha mãe vir me chamar. Peguei o cosplay e guardei no fundo do guarda-roupa, não queria que minha mãe visse aquela roupa ridícula.

– Filh- Ué, cadê ela ? - minhã mãe disse no corredor olhando para o meu quarto.

–Aqui, mãe. - eu disse colocando a mão para fora do banheiro.

– Ah, ta na hora de ir para o colégio. - ela disse.

– Jura ?, digo, ok mãe. - eu disse sorrindo. Ela fez uma careta. Logo, me arrumei e cheguei no colégio. Estranho, eu não vi nem as gêmeas, nem o Renki e nem o Keiko.

– ( Bate o Sinal ) Entrem. - disse o Tsuna-senpai.

Sentamos e depois de um tempo, ele começou a chamada. Eu nem percebi direito, só quando ele me chamou, eu me toquei.

– Katamura Mio.- Tsuna-senpai disse.

– Hã ? Presente. - eu disse olhando para a janela. Ele me olhou e começou a perguntar.

– Katamura Mio, qual é o nome do seu pai ? - ele disse. Eu paralisei.

– Etto... etto... Akio. - eu disse suspeitando.

– E o da sua mãe ? - ele coninuou. Todos começaram a olhar para mim, eu estava ficando nervosa.

– Akemi. - eu disse friamente.

– Quais são os empregos deles ? - ele perguntou.

– Hã, professor, é desnecessário essas perguntas. - o Renki disse.

– Tanto faz. - o Tsuna-senpai disse e continuou a chamada.

Eu fiquei vermelha, eu virei para a janela novamente. Passei todas as aulas, calada. Eu estava suspeitando do professor, ele fazia perguntas demais. Eu odeio perguntas. Porque ele queria tanto saber dos meus pais ? Porque ele queria saber tanto sobre mim ? Huh, e eu agora fazendo perguntas para mim mesma. Enfim, é melhor eu ir embora.

– Mio-chan ! - uma voz fofa disse, era a Naomi.

– Naomi-chan ! - eu disse rindo.

– Mio, a Noemi me falou que você ia chamar um pessoal pra ir na sua casa, posso ir ?! - a Naomi disse com uma cara de anjo.

– Eu disse é ? - eu disse olhando para a Noemi, ela desfarçou.

– Hai ! - ela disse quase chorando.

– C-certo... quem mais vai ? - eu disse esperando ser só as duas.

– Takeda-kun e Keiko-kun. - ela disse. A Noemi deu mais uma de suas risadas.

– Huhuhu. - a Noemi disse.

– T-tudo bem... - eu disse.

– Ótimo. - a Naomi disse e saiu cantarolando.

– Se você quiser mesmo aqueles dois mangás yaois, ainda tem chance. É só usar a roupa de Maid no dia que os garotos passarem na sua casa. - ela sussurrou no meu ouvido e saiu.

– Eu não posso usar essa roupa na frente do Keiko e do Renki. - eu disse sozinha.

– Oque tem eu ? - uma voz disse, era o Keiko.

– E-etto... Nada, tenho que ir. - eu disse rindo.

Saí correndo, o mais rápido possível. Passei por vários corredores até que vi o Renki num deles, o Renki e uma garota.

– Renki... - eu disse paralisada. Ele virou e a garota também. Alta, cabelos castanhos, lábios vermelhos e a pele clara. Eles me olharam e eu disse.

– ... seu pervertido. - eu disse e sorri. Ele abaixou a cabeça e também sorriu.

Continuei correndo até chegar em casa, estava com vontade de madrugar no Play 2. Subi as escadas sem dar ' oi ' para a minha mãe, até que...

– M-mio, vai onde ? - ela disse.

– Me preparar psicologicamente. - eu disse. Afinal, eu teria de usar um cosplay de Maid quando os garotos fossem na minha casa.

– C-certo... - ela respondeu. Eu fechei a porta, sentem no chão e liguei o Play 2, queria esquecer que amanhã seria sábado.

Eram 13:30, até que não demorei para chegar em casa. Tirei meu uniforme e coloquei meu pijama do Super Mário, regata com o chapéu dele e a bermuda igual o macacão. Sentem novamente no chão.

– Seria uma boa eu tomar ' Toddynho ' até eu esquecer meu nome. - eu disse, sorri. O jogo começou, eu fiquei lá mais uma meia hora, troquei de jogo umas 2 vezes e depois me toquei que estava com fome.

– QUER SABER, VOU TOMAR TODDYNHO ATÉ ESQUECER QUE AMANHÃ É SÁBADO. - eu disse alto, mas sem gritar.

Desci as escadas, pulei o sofá, dei uma olhadinha na Tv, nada passando. Entrei na cozinha e peguei todas as caixas de achocolatado que tinham na geladeira. Minha mãe se assustou e perguntou.

– Vai fazer oque com tanto achocolatado, menina ? - ela perguntou assustada.

– Terapia. - eu disse correndo nas escadas.

Cheguei no quarto denovo, fechei a porta e sentei no chão mais uma vez. Abri uma caixa de ' Toddynho ' e não saí daquele quarto até dormir. No fim, eu acabei com todas as caixas de achocolatado, joguei 7 jogos, li 2 mangás e dormi jogada na cama.

No outro dia, minha mãe quase me esfaqueou. Quase.

– Filha, seus amigos já chegar- O que aconteceu nesse quarto ?! - ela gritou.

– Terapia, oras. - eu disse me virando para o outro lado.

– Eles estão lá em baixo de esberando, arrume seu quarto que eu enrolo eles. Go Go ! - ela gritou parecendo uma soldada na guerra.

– Maid. Sábado. Vergonha. Humilhação. Corre ! - eu gritei entrando no clima.

– Maid ? - ela perguntou.

– Cosplay que eu tenho que usar para receber as criaturas lá em baixo. - eu disse empurrando ela para fora do quarto.

– C-certo. - ela respondeu.

Fechei a porta, troquei de roupa. Estava vestida de Maid, coloquei sapato e tudo. Naquele momento eu realmente queria ser esfaqueada. Desci as escadas e me preparei para a vergonha, eles estavam na sala.

– C-cheguei. - eu disse fechando os olhos e abrindo um só.

– M-mio... - Renki e Keiko disseram juntos. Eles começaram a sangrar pelo nariz, taparam com a mão.

– Como você está linda, Mio-chan. - disse a Naomi inocente.

– É-é... - os dois garotos falaram.

– Calem a boca, perdi uma aposta e agora tenho que usar isso. - eu disse chegando perto deles.

– Não chegue mais perto. - os dois continuaram falando. Acabaram caindo no chão de tanto perder sangue, bakas.

– Renki, só não suje o meu sofá. - eu falei.

Depois disso nós fomos lá fora, ficamos conversando e eu sempre com o cosplay de Maid. Vimos filmes, de terror, comédia, ação e mais ação. Já era umas 4:30 quando nós resolvemos ir até o meu quarto ver o que eu tanto tinha lá.

– Então, eu tenho baralho de ' Pokémon ' e de ' Yu-gi-oh ! ' e algumas Play-arts de Vocaloids. - eu dizia com orgulho. Quando eles foram falar algo, ouvi alguns barulhos lá fora, eram bem suspeitos.

– Etto... fiquem aqui, eu vou lá ver se minha mãe não está precisando de ajuda com as roupas. - eu disse saindo do meu quarto e indo para o porão.

Peguei duas pistolas, peguei dois silenciadores e balas, muitas balas. Não tinha ninguém, silêncio absoluto. Dei uma volta lá fora e não vi ninguém, apenas gritos vindos do meu quarto. Subi correndo, olhei pela fechadura e haviam caras lá dentro. Dei um passo para trás, eu iria empurrar a porta com o pé e entrar. Alguém me segurou por trás, maldito. Bati na barriga dele/dela com o cotovelo, atirei no braço dele. Era um homem.

– O que vocês querem aqui ? - eu perguntei apontando as armas para ele.

– Acabar com a mafiosa da família Katamura. - ele disse. Eu atirei. Os caras lá dentro ouviram os tiros.

– Abaixem ! - eu gritei. Empurrei a porta com o pé, entrei e comecei a atirar. Dois pularam pela janela, os outros dois morreram ali mesmo. As gêmeas, o Keiko e o Renki se abaixaram, espertos.