Por Que Tem Que Ser Assim? escrita por Karine


Capítulo 2
Pensamentos




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Abri os meus olhos após o celular despertar e refleti: Será que foi só um sonho? Será mesmo que eu o conheci?

— O que você achou dele Kate? – Me perguntou Rita.

— Ele é lindo – Foi aí que me toquei, não foi um sonho – E eu acho que ele também gostou de mim.

— Eu não estou falando do Brendon, eu estou falando do Wellinton.

— Ah! Ele é feio.

— Não, ele é um gato, gentil, ele fez até um desenho escrito “pequena menina triste” e eu amei, ficou muito fofo.

— Mais ele é feio, e não discute comigo.

— Tá bom. Calei. – Ela estendeu as mãos fazendo sinal de rendição e voltou a fazer sua maquiagem gótica.

— Vamos Emily – Gritei à minha vizinha, que estudava comigo.

— Vamos. – Me respondeu ela.

— A professora de geografia passou alguma coisa? – Perguntei.

— Não sei, e se ela passou, eu não fiz.

— Nossa! Quanta responsabilidade.

A Emily não era muito de fazer deveres, ela era mais do tipo amiga doida que gosta de zoar... Mas ela era muito boa amiga, tinha seus defeitos, claro, mas ela era gente boa.

Ela Sorriu.

— Credo Kate, é isso que você acha de mim? Logo eu que sou tão quietinha na sala...

— Imagina se bagunçasse...
Ela riu do que eu falei e seguimos pra escola em silêncio.

— Oi Linda Luna, – A Alana chamava a Emily assim- Oi Kate – Nos cumprimentou Alana.

— Oi. – Respondemos juntas.

— Kate me empresta o dever de geografia? – Me pediu Alana quase implorando.

— Claro.

Abri meu fichário e peguei as folhas.

— Brigada.

Carol não havia ido hoje à escola e não tinha ninguém para eu dividir minhas emoções.

— E as novas Kate – Me perguntou Emily sentando- se ao meu lado.

— Eu conheci um garoto incrível ontem, eu já tinha falado com ele no MSN.

— Sério? E quem é?

O nome dele é Brendon. Ele é alto, olhos castanhos, cabelo preto, tem 16 anos e estuda com minha irmã.

— Hum, olha a Kate.
Eu sorri.

— Ah Emily, eu estou apaixonada por ele. Eu ainda lembro-me de ontem quando eu o vi pela primeira vez. Ele estava de uniforme e segurando um skate...

— É bom a gente calar porque a professora já está aí.

— Toma Kate, brigada. – Falou Alana me devolvendo as folhas.

— De nada!

— Peguem os cadernos pra eu olhar e dar o visto no dever de casa pessoal. – Falou a professora de geografia andando pela sala.

O restante do dia foi assim. CHATO, igual às aulas de geografia, nada de interessante como sempre. Apesar deu ter ficado o tempo inteirinho pensando nele, quando eu iria vê-lo de novo, se ele estaria lindo e perfeito, igual à primeira vez que o vi.

Cheguei em casa e percebi que estava sozinha, minha irmã Rita avisara que sairia de tarde, tinha ido à casa de nossa amiga Samara.

Fui almoçar e depois arrumei toda a casa. Peguei meu celular e liguei pra Carol, queria saber por que ela não havia ido à escola hoje.

— Oi Carol, Por que você não foi hoje?

— Estou meio gripada, estava com febre de manhã.

— Bem que eu desconfiei que você tava doente, você não é de matar aula.

— Pois é, depois você me empresta a matéria de hoje...

— Tá bom.

— E o garoto, é Brendon né?

— Sim. Eu o conheci ontem. Ele é “lindo”, é alto, cabelo preto e olhos castanhos.

— Ah não, quero ver uma foto dele.

— Só que não dá. Eu nem tenho ele no MSN nem no Orkut ainda.

— E como você falou com ele?

— Pelo MSN da minha irmã.

— Ah tá! Mais e ele, o que achou de você?

— Eu não sei. Mas ele me cumprimentou com um beijo no rosto.

— Hum, que romântico...

— Nem é. Eu nem te conto o que aconteceu.

— Fala tudo, do início.

— Tá. Foi assim: Ele tava vindo pelo outro lado da rua. Ele tava de uniforme e com um skate na mão, lindo, parecia um modelo desfilando numa passarela. Aí eles foram fazer o trabalho; quando a gente tava indo embora, eu fui inventar de subir no skate e acabei caindo...

— Nossa...

— Mas teve uma parte boa, ele me levantou com suas mãos pela minha cintura e depois me convenceu a tentar de novo.

— E deixa-me adivinha... Você caiu de novo?

— Não, eu não caí. Ele segurou a minha mão enquanto eu andava e não me deixou cair. Foi muito fofo. Eu me arrepiei todinha.

— Hum, que lindo...

— É isso foi sim.

— Kate – Emily me gritou da janela.

— Já vou. – respondi – Tenho que desligar Carol, a Emily está me chamando...

— Tá bom, tchau!

— Tchau.

— O que foi Emily?

— Eu queria as folhas de matemática, eu não tenho “nadica” de nada.

— Ah! Espera aí...

Fui buscar as folhas lá e vi que tinha um dever pra fazer, dez questões que iam cair na prova e que era bom eu fazer.

— Toma...

— Brigada.

— De nada.

Fui fazer o meu dever de matemática e enquanto fazia, só conseguia pensar nele e acabei escrevendo o nome dele na questão três.

Eu só conseguia pensar nele, não importando o que eu fizesse, falasse, pensasse ou visse... Só conseguia imaginar, ver ele, só ouvi-lo. Estava loca.


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Notas finais do capítulo

Postarei o próximo se der amanhã... Deixem reviews para que eu possa saber o que estão achando...