Brilliant Mind escrita por Lady Holmes


Capítulo 6
Lembranças e decisões


Notas iniciais do capítulo

Então, estou oficialmente no terceiro ano do EM e preferia ter 5 aninhos e ir para escola desenhar, n fazer contas enormes de matemática D: mas é a vida. Falando nisso, esse cap pode acabar surpreendendo você... :x Bom cap :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/199517/chapter/6

Jen acabara de acordar. Olhando no relógio era hora do almoço, por isso decidiu se levantar. Mantinha um pequeno estoque de congelados para essas ocasiões. Ela estava indo em direção a cozinha quando escutou um barulho. Alguém tentando entrar. Mas quem?

Sherlock e Jonh haviam procurando os arquivos do caso Mars. Lestrade os havia permitido isso, apenas pelo fato de que em todos os cinco anos em que ele conhecia Sherlock, o grande detetive nunca havia errado.

Os encontraram e se colocaram a ler e compreender o ocorrido. Jonh viu uma foto de uma garotinha de cinco anos em prantos, abraçada a uma coruja de pelúcia. Pensou em como deve ter sido difícil a vida da pequena Mars. Já Sherlock, lia os arquivos, desejando fervorosamente que pudesse voltar no tempo e observar o lugar. As anotações dos policiais da época eram tão, ou piores, do que os atuais. Conhecia o encarregado do caso. Detetive Inspetor Davis. Um idiota narcisista da velha época. Não aceitava o novo, e principalmente, não aceitava a ajuda de Sherlock.

- O que podemos fazer, por hora, é irmos a casa do casal. - Disse Sherlock,.- Aqui diz que a filha, ou seja, Jen, - estranhou como o apelido que a garota tanto insistiu saiu como se a conhecesse a anos.- decidiu não vender a casa. - Ele anotou o endereço, guardou as fotos com ele e deixou o resto ali, não havia nada de útil.

Os dois amigos seguiram para o endereço, o que levou algum tempo. Jonh recordava de olhar a hora enquanto estavam saindo da New Yard, o relógio marcava onze horas. Chegaram por volta de meio dia.

- Bem, duvido que a porta esteja aberta. - Disse Holmes, tirando dois pequenos grampos do bolso e indo em direção a porta. Ele começou a tentar destrancar a porta, mas antes mesmo que tivesse essa chance a porta foi aberta e um sonolenta e desarrumada Jennifer surgiu.

Quando Jen abriu a porta encontrou Sherlock Holmes agachado tentando arrombá-la, enquanto o fiel escudeiro, Dr. Watson vigiava a rua.

- Você poderia tentar bater, Mr. Holmes. - Ele ergueu e abriu um sorriso. Porque ele precisa ficar sorrindo assim Santo Deus? Vai me deixar louca. Algo parecido se passava na mente de Holmes. Porque eu sorri assim apenas porque a vi?

- Vais nos deixar entrar, ou vai chamar a polícia? - Jennifer sorriu, estava melhor do que quando se encontraram pela primeira vez, por isso ela se afastou deixando que a dupla entrasse.

- Com fome? - Ela disse, divertida. Pegou uma pizza do freezer e colocou no forno. Jonh sorriu concordando, mas Sherlock apenas deu de ombros.

- Estão aqui para...? - Ela perguntou, olhando os dois.

- Gostaríamos de saber mais sobre seus pais... - Disse Holmes. Ele se aproximou da loira, deixando os pelos do braço onde ele a tocou arrepiados. - Me... desculpe por antes. - Ele disse. - Eu não deveria... Ter feito aquilo. 

- Ok. - Ela disse, mas sabia como era difícil as pessoas pedirem desculpas. Conhecia o extremo orgulho, sabia como era. - Acredito que posso lhe dar as informações. - Ela disse sorrindo, caminhando em direção a uma porta azul. Ela o abriu para revelar um quarto de criança. De uma menina. Só que azul.

- Era meu quarto. - Ela disse. - Eu... Odeio rosa. - Os dois riram. Ela caminhou até uma caixa que era obviamente fora do contexto do lugar e entregou-a a Sherlock.

- Tudo que descobri em quase três anos de investigação está aqui. Como não consegui as fotos da cena do crime, nem mesmo online, eu as desenhei. Bem, tudo o que eu lembro. E aviso que sou uma péssima desenhista.

- Não será necessário. - Disse Watson tirando as fotos e entregando a loira. - Tivemos acesso aos arquivos hoje mais cedo. - Jen olhou freneticamente as fotos. Vendo que cada sonho não a enganará. Era tão ruim quanto ela lembrava. As lágrimas voltaram aos olhos azuis, os deixando marejados. Era a terceira vez que chorava hoje, e a dupla havia presenciado todas as três. Isso a deixou maluca. Entregou rudemente as fotos a Jonh e secou os olhos.

- Deus, como eu odeio lágrimas. - Ela disse, abrindo um sorriso amarelo e indo em direção a cozinha. Sherlock levou a caixa. Jen arrumou a mesa para três, mas apenas ela e Jonh almoçaram. 

Sherlock ficou sozinho na mesa da sala quando Jennifer e Jonh se levantaram para lavar a louça.

- Então... Porque decidiu buscar ajuda? - Dr. Watson perguntou.

- Eu só... Cansei de buscar uma resposta e não obter-la. Nunca. E bem, eu leio seu blog. - Ele sorriu. - E o dele.

- Oh, nunca encontrei ninguém que tenha lido, bem, realmente lido o blog dele.

- Bem, eu leio. - Ela disse, um pouco envergonhada.

- Você tem muitos problemas na escola?

- Não sou a rainha da popularidade. - Ela respondeu abrindo um sorriso verdadeiro.

- Acredito que Holmes também não tenha sido. 

- As vezes me pergunto se essa coisa é realmente um dom ou um castigo. O que acha?

- Eu acho incrível! Eu desejaria ter esse poder de observação.   

- Você é um dos poucos.

- MAS É CLARO! - Holmes gritou da sala. - Vamos a Yard, nesse momento! Jonh... - Jen já ria reclamar quando Holmes apareceu abrindo um sorriso: - Jen.

- Então, agora eu estou incluída?

- Bem vinda a equipe. - Holmes respondeu. 

O, agora, trio, terminou de arrumar a casa e a trancou. Jen pegou sua mochila e seu skate, seguindo os dois até um táxi.

- Scotland Yard. - Holmes disse. Jen havia sentado no meio, entre Jonh e Sherlock. E ao mesmo tempo que a proximidade com o doutor não fosse nada de mais, a proximidade com o detetive lhe tirava a sanidade.

O perfume masculino que ele usava, o qual Jen não reconheceu, mas sabia ser amadeirado e um pouco cítrico era inebriante. Por alguns segundos ela pensou em como os lábios do detetive eram beijáveis e em como seus olhos poderiam refletir uma coisa desconhecida.

Porque o cheiro dela é tão bom? Isso era o que se passava na mente brilhante de Sherlock Holmes, e isso o deixava mais bravo. Ele não conseguia se concentrar no caso. Não, ele estava muito ocupado pensando em como Jen cheirava bem. Era um perfume floral, mas não parecia um buque e sim uma pequena flor que surgia ao amanhecer. E o cabelo, tão macio... Sherlock Holmes com vontade de acariciar os cabelos de uma jovem Quem diria!

Chegaram mais rapidamente dessa vez. O trio desceu, e Jen seguiu os dois por um caminho parecido que ela fez algumas vezes no passado. Mas ao invés de entrar na porta da esquerda, entraram na da direita. Era um desconhecido para Jennifer, mas uma velho amigo, se Watson e Holmes pudessem chamar assim.

- Lestrade, eu descobri! - Sherlock disse, sorrindo. Ele carregava, Jen acabara de perceber, uma de suas pastas. O que ela havia deixado passar? - Descobri a ligação entre os três casais! - O D.I Lestrade arregalou os olhos.

- Três? Mr. Holmes, eram apenas dois casais.

- Sim... Quero dizer, não! Houve outro em 2000. Você deveria estar começando, o caso Mars.

- Os Mars... Mas isso foi a doze anos! - Então Sherlock mostrou os arquivos. Eram sobre o trabalho dos Mars. E dos Miller e dos Jones.

- Eles eram colegas de trabalho! Como eu pude esquecer disso? - Jen disse, meio espantada e meio furiosa.

- E você seria...? - Mas quem respondeu a pergunta de Lestrade foi Davis. E Jennifer odiava esse cara.

- Jennifer Mars, o que você está fazendo fora da escola? E junto de Sherlock Holmes? Não desperdice seu dinheiro Mars, seu pai era um lunático, fim da história.- Jennifer avançou sobre o grisalho detetive de olhos negros e corpo grande. Bem, ou quase isso já que Watson não lhe permitiu.

- Inspetor Davis, é sempre um desprazer revê-lo. - Holmes segurou o riso. Mas ele percebeu alguma coisa, talvez medo, talvez raiva, provavelmente os dois. O que se passara entre eles?

Jennifer estava com pavor. Desde seu ultimo encontro com Davis ela havia aprendido que da policia nada poderia esperar. Ódio também reinava em seu coração, doía não poder dizer nada, doía não ter ninguém com quem contar e confiar sobre o que Davis havia feito. Nojento, crápula, um homem que não merecia trabalhar na Yard.

- Você nunca desiste. - Ele disse, chegando perto da loira, tocando o braço dela. Jen o puxou rapidamente, em um movimento de auto proteção. Que não saiu despercebidos pelo observador Sherlock Holmes. - Não se recorda de nossa ultima conversa? - Davis abriu um certo sorriso malicioso e diabólico. Jen não o olhou, abaixou o olhar, olhando para os tênis. Sherlock a viu segurar as lágrimas.

- Na realidade, não. - Ela respondeu, tentando ser sarcástica, mas não tendo sucesso. Medo e pavor não lhe permitiam ser sarcástica. - E aliás, Detetive Inspetor Davis, eu nunca irei desistir. E quando eu descobrir quem matou meus pais eu vou esfregar isso na sua cara! - Jonh riu, Lestrade estava impassível e Sherlock observava a carranca que surgiu no rosto de Davis. Ele levantou a mão, pronto para deferir um tapa no rosto da loira. A dupla percebeu que os dois não se davam muito bem, e Sherlock veio ao socorro dela

- Bem, agora que provamos uma ligação possível... Nós temos o único erro de nosso assassino. - Ele disse, mostrando Jen como um troféu.

- Não há assassino Mr. Holmes! - Disse Davis, mas Lestrade, que em cinco anos que conhecia Holmes, sabia que ele nunca havia errado, disse:

- Temos que considerar o fato senhor...

- Você está cego Lestrade, todos vocês! - Jennifer estava começando a ficar realmente desconfortável com aquilo, decidiu por fim se retirar da sala. Minutos depois, o D.I Davis saiu, vendo que a jovem continuava sentada ali, seguiu até ela.

- Achei que nossa ultima conversa havia esclarecido quem manda, Srta. Mars.

- Vai pra puta que pariu. - Ela respondeu, sem olhá-lo nos olhos. Ele ficou bem furioso com isso, a pegando pelos cabelos e levando a sala da esquerda. Ela sabia o que viria. - Há pessoas comigo e você acha que vou conseguir esconder um estupro do jovem e promissor Sherlock Holmes, seu macaco imundo?

- Se tem criatividade para criar esses apelidos tão carinhosos, tem para esconder seu pequeno castigo de Mr. Holmes.

- Castigo? Isso é crime seu estúpido! Crime, aquilo que você deveria combater e não fazer! - Ele havia trancado a porta. Jennifer arregalou os olhos quando o mesmo tirou a calça e a cueca, deixando a intimidade a mostra e ereta. Jennifer recuou o que pode, até chegar no canto oposto da sala. Malditas paredes! Ao mesmo tempo em que tentava pensar em um plano para fugir, ela observava. Seu cérebro fazia isso sem perceber, mesmo que ela corresse perigo.

- Se você me morder, sua vadiazinha, você vai poder encontrar com seu papai lunático logo. - Aquilo tirou a garota do sério, a fazendo ter alguma reação. Pegou a mochila, e tirando skate o usou como arma, acertando a intimidade do detetive. Enquanto ele morria de dor, ela correu porta fora, saindo da New Yard o mais rápido que pode, voltando ao orfanato, já que as aulas deveriam ter acabado.

Chegando ao orfanato, encontrou uma mensagem de Holmes: Onde você está? Ela encarou mensagem por quase duas horas, pensando em quão ruim seria contar a verdade a dupla. Tirando essa possibilidade da mente respondeu: Tive que sair, me encontre amanhã as 3 após a aula. E não se atrase. J.M


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, o que acharam??