Até que o sol não brilhe, acendamos uma vela na escuridão.

Confúcio

– Capítulo Trinta –

A Última Horcrux

- Sra. Malfoy! – exclamou Isabella quando viu sua patroa entrar abruptamente pela porta da sala – O que aconteceu?

Agatha virou para encará-la, seus olhos cheio de lágrimas, Isabella nunca antes viu a sua patroa assim, ela era sempre determinada, fria e controlada. Vê-la assim, era sinônimo de que alguma coisa dera errado, e se alguma coisa deu errado, Isabella muito provavelmente não iria mais ver a sua família.

- Eu não agüento mais. – disse Agatha angustiada, Isabella andou até ela e a abraçou.

- Vai ficar tudo bem senhora. – disse Isabella com a voz baixa – Me conta o que aconteceu, quem sabe posso ajudá-la.

Agatha a avaliou durante um tempo, o que tinha a perder agora? Ela só precisava do colo de alguém e Isabella era confiável, sempre esteve do seu lado, cuidando como uma verdadeira mãe do seu filho.

- Eu estou nessa luta há tanto tempo. – disse Agatha em voz baixa, as duas se sentaram no sofá – Fingindo que sirvo a alguém que odeio, longe da minha família, dos meus amigos. Agora Voldemort me quer como sua companheira. – Agatha fez uma cara de nojo – Ele quer que eu mate alguém, quer que eu suje as minhas mãos.

- Por que vocês não acabam com essa guerra logo? – perguntou Isabella aflita – Vocês já têm comensais o suficiente para lutar ao lado da Ordem.

- Por que precisamos fazer uma coisa antes. – disse Agatha chorosa – Algo que tentamos fazer a sete anos.

- O que é?

- Tem um objeto de Rowena Ravenclaw que eu preciso encontrar. – disse Agatha tão rápido que ela achou que Isabella não tivesse entendido.

- Rowena foi uma dos que fundaram Hogwarts não é? – Agatha assentiu e ela continuou – Mas por que precisa desse objeto? – perguntou a babá confusa.

- Não posso falar. – disse Agatha apreensiva – Mas é de suma importância encontrá-lo.

- E o que seria esse objeto?

- Não faço idéia. – disse Agatha deprimida – Nem onde está. Só sei que é dela, devia ser um objeto importante para Rowena.

- Já procurou em livros senhora? – disse Isabella.

- Já. – respondeu Agatha – Nos livros não citam nenhum objeto que fosse importante pra ela.

- Às vezes basta olhar apenas nas fotos. – sugeriu Isabella inocentemente – Talvez seja um objeto que ela use, bem íntimo sabe? Eu mesma tenho um prendedor de cabelo que a minha avó me deu que eu gosto muito, mas, tenho certeza que se eu fosse famosa eles não colocariam um simples prendedor de cabelo em livros, mas, ele é especial pra mim.

- Você tem razão. – disse Agatha chateada – Peraí, você tem razão! – disse ela agora em alerta.

Agatha se levantou rapidamente e começou a andar pra lá e pra cá, ela mordia seu lábio inferior, ela estava pensando. Isabella a observava apreensiva, esperando uma reação maluca de sua patroa, foi quando Agatha se voltou novamente para Isabella, ela tinha um sorriso gigante em seu rosto.

- Você é um gênio Izzy. – disse Agatha dando um forte abraço na babá – Graças a você, eu sei qual é o objeto e onde está. Muito obrigada!

- Eu fico feliz de ter ajudado senhora. – disse Isabella confusa.

- Agatha. – disse ela feliz – Meu nome é Agatha, quantas vezes eu tenho que te dizer isso? Onde está o Draco?

- No escritório com a Russa. – disse Isabella cruzando os braços.

- Eu vou até lá. – disse Agatha se precipitando rapidamente para o escritório.

Ela entrou sem bater, e viu Draco sentado em sua cadeira Natasha de pé perto dele, eles estavam vendo alguns livros juntos, devia ser os livros falando dos fundadores que Draco havia dito, mas, Natasha fazia questão de ficar bem próxima a ele, seu decote literalmente ficava visível aos olhos de Draco. Agatha pigarreou alto.

- Oh! – disse Natasha saindo de perto de Draco – Não é o que você está pensando querida.

- Eu não estava pensando em nada. – disse Agatha com o seu melhor sorriso frio – Mas agora estou. Escuta por que você não para de se insinuar para o meu marido e vaza daqui? Eu quero falar com ele.

Natasha fez uma cara de ofendida e saiu sem dizer nada.

Draco olhou para Agatha, ele imaginou que Agatha iria começar a gritar a qualquer momento, mas, de repente seu olhar frio se tornou terno e seu sorriso alegre.

- Eu não contei pra ela sobre as horcruxes. – precipitou-se Draco – Ela que quis ler o livro comigo.

- Já sei qual é a outra horcrux. – disse Agatha não se contendo e abraçando Draco.

Draco pego de surpresa não disse nada até colocar seus pensamentos em ordem, quando ele conseguiu se recompor, foi então que disse:

- Como você descobriu?

- De uma forma meio louca, a Isabella me ajudou. – disse Agatha não se contendo de felicidade.

- Então qual é a última horcrux? – perguntou Draco ansioso.

- Eu fui tão burra o tempo todo. – começou Agatha alegre – O diadema, Draco, o diadema que Rowena sempre aparece usando nas fotos, e também eu o vi num sonho quando quase morri, sei lá se foi sonho, mas é o diadema eu sei que é.

- Você tem certeza? – perguntou Draco em alerta.

- Absoluta. – respondeu Agatha – Eu sinto que é.

- Você tem alguma idéia de onde podemos encontrar essa horcrux? – perguntou Draco sério.

- Na verdade eu sei onde está. – disse Agatha – Em Hogwarts.

- Em Hogwarts? – perguntou Draco duvidoso – Por que estaria lá?

- Tom me disse... quero dizer, Voldemort me disse uma vez que Hogwarts foi o seu único lar. – explicou Agatha – Qual o melhor lugar para esconder essa horcrux senão o lugar que lhe trás boas lembranças?

- Você está certa. – disse Draco mais empolgado – Mas Hogwarts é enorme ficaríamos dias procurando e Voldemort desconfaria.

- Eu também sei pra quem perguntar. – disse Agatha com um grande sorriso.

Eles trocaram olhares cúmplices e naquele momento eles sabiam que a guerra havia acabado. Agora era a hora de convocar os comensais e deixar as varinhas em punho, por que a grande luta iria começar.