Herdeiros Dos Elementais - A Guerra escrita por JessyFerr


Capítulo 29
Capítulo 29 Pesadelo Real


Notas iniciais do capítulo

Oi meus lindos. Como eu recebi um número legal de reviews até agora, resolvi postar mais um capítulo hoje. Muito obrigada pelos comentários, amei.
Bjos



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Temos o destino que merecemos. O nosso destino está de acordo com os nossos méritos.

Albert Einstein

– Capítulo Vinte e Nove – 

Pesadelo Real

Era um pesadelo, sim, era um pesadelo terrível, pensar que daqui a algumas horas Agatha conheceria o bruxo que ela teria de matar. Ela tinha que pensar rápido, tinha que descobrir logo sobre a última horcrux só assim ela poderia dormir outra vez.

Draco a aconselhou se manter calma, pois, ela só iria conhecer o bruxo e não matá-lo, então teria de agir naturalmente nessa situação, enquanto isso ele buscaria mais livros sobre os fundadores, quem sabe assim descobriria alguma coisa.

Agatha deu um beijo em Draco que ainda estava na cama, pegou sua capa de viagem e saiu de lá. Ela se encontraria com Voldemort do hall de entrada, então era melhor se apressar, pois, ele já devia estar lá, Agatha acertou, ele estava.

- Bom dia milorde. – disse Agatha.

- Bom dia minha senhora. – disse Voldemort com a voz arrastada – Vamos.

- Sim.

Eles foram até a clareira perto do jardim, Voldemort pegou na mão de Agatha e eles desaparataram, os dois aparataram em seguida em um lugar muito conhecido de Agatha, o pacato vilarejo de Godric´s Hollow, que estava vazio a essa hora da manhã.

- Ele mora aqui? – perguntou Agatha nervosa.

- Sim. – respondeu Voldemort – Conhece algum bruxo daqui?

- Não.

Eles caminharam pelo bonito lugar, Agatha gostava de lá, era um vilarejo muito sossegado, por isso sempre que podia ela aparatava naquele lugar e escutava do lado de fora o padre falando dentro da igreja. Quando Voldemort parou, ele olhou para o outro lado da rua, Agatha o acompanhou e pôde ver a igreja do padre Matthew.

- É aqui. – disse Voldemort simplesmente.

- Aqui? – perguntou Agatha confusa – Mas é uma igreja.

- Essa igreja tem um padre novo. – explicou Voldemort – Ele acabou de sair do seminário, chama-se padre Matthew.

- Desculpe Tom. – disse Agatha – Não entendi.

- Sabe o que eu odeio mais do que trouxas que se tornam bruxos? – perguntou Voldemort seco.

- Não milorde. – disse Agatha preocupada.

- Mais do que isso eu odeio bruxos que resolvem viver como trouxas. – disse Voldemort desgostoso. – Eu não tenho nada contra os padres, mas tenho contra esse padre em questão.

- O que quer dizer?

- Ele veio de uma boa família de puros sangues. – disse Voldemort – Depois que se formou entrou para um seminário, pois, queria se tornar padre e viver como um simples trouxa.

- Está me dizendo que o padre dessa igreja é na verdade um bruxo? – perguntou Agatha chocada.

- Você deve conhecer a família Goldstein não? – disse Voldemort – Sei que você teve um breve namoro com um deles.

- Antony.

- Exatamente. – disse Voldemort – Matthew Goldstein é primo de primeiro grau do seu amigo, estudou em Durmstrang.

Agatha colocou a mão na boca e olhou assombrada para a igreja, não podia ser que o seu sonho se tornaria realidade. Mas por que ele nunca disse nada a ela? Por que ele escondeu isso? O que ela faria agora? A horcrux, ela precisa da horcrux, ela não ia matá-lo.

- Agatha. – chamou Voldemort com um sorriso cínico – Ta dando uma viajada outra vez?

- Me desculpe. – pediu Agatha nervosa – É que eu não imaginava uma coisa dessas.

- Aposto que você ficou tão chocada quanto eu quando soube. – disse Voldemort.

- Eu não tenho palavras para descrever o que eu estou sentindo. – disse Agatha aborrecida.

- Eu sei. – disse Voldemort – Vamos até lá.

- O que? Como assim ir até lá? – disse Agatha rapidamente.

- Como você vai saber quem matar se não ver quem é? – perguntou Voldemort sério.

- Ele deve estar ocupado. – disse Agatha nervosa – Olha só é horário de missa.

- Nós apenas vamos entrar. – disse Voldemort – Não vamos falar com ele.

Ela estava em pânico, isso não podia estar acontecendo, então a única saída que encontrou foi seguir o conselho de Pansy.

- Tom. – começou Agatha nervosa – Preciso te dizer uma coisa, pois, não quero mentir pra você.

- Diga. – disse Voldemort frio.

- Eu não posso ser sua companheira. – disse ela apreensiva – Eu estou grávida milorde.

Voldemort de repente paralizou observando a mulher a sua frente, Agatha acreditou que Voldemort pegaria a sua varinha e a mataria ali mesmo, foi quando Voldemort sorriu que ela achou que estivesse sonhando.

- Isso é fantástico. – disse Voldemort calmamente.

- Como pode ser fantástico? – perguntou Agatha duvidosa – Estou grávida de um filho do Draco.

- Você já contou a ele?

- Não, ainda não. – disse Agatha alterada.

- Perfeito. – disse Voldemort calculista – Seu filho será meu herdeiro.

- Como milorde? – perguntou Agatha descrente.

- Eu pensei em Jacob. – disse Voldemort naturalmente – Mas ele já tem o sobrenome de Draco. Eu quero um herdeiro e o seu filho será meu.

- Tom você não pode estar falando sério. – disse Agatha assustada – Isso é injusto com o Draco, o filho é dele.

- Ele não precisa saber. – argumentou Voldemort.

- Eles podem nascer loiros. – rebateu Agatha.

- Eles? – perguntou Voldemort com um sorriso sarcástico – Tem mais de um?

- Gêmeos.

- Se nascerem loiros, não haverá problema. – disse Voldemort desinteressado – Você tem parentesco com veelas. Agora vamos parar com essa bobagem e entrar pra você conhecer o padre.

“Bobagem pra ele” – pensou Agatha em pânico – “O que eu faço agora? Se eu entrar o padre Matthew vai me reconhecer e pode até achar que Voldemort é o Draco”. Foi meio que inesperado quando Agatha colocou a mão na barriga e começou a gemer.

- Minha senhora. – disse Voldemort sério – Você está bem?

- Não. – respondeu Agatha ofegante – Me leva pra casa Tom, por favor, eu não me sinto bem.

- O que você está sentindo?

- Por favor, me leva para casa. – pediu Agatha com a voz engasgada

- Ok. Voltaremos outro dia – disse Voldemort pegando na mão de Agatha e desaparatando com ela, eles aparataram novamente no jardim da mansão das serpentes.

- Eu posso me virar daqui. – disse Agatha ainda ofegante.

- Eu te levo até a sua casa. – disse ele.

- Não. – disse Agatha em voz alta – Imagina o que os seus comensais vão pensar de te ver me ajudando, vão pensar que está ficando fraco. Eu posso ir sozinha.

Ele assentiu e Agatha foi em direção a entrada da mansão seguindo direto para o seu apartamento, quando ela entrou lá se sentiu aliviada e se recompôs. Agatha não sentiu dor de verdade, mas, precisava fingir, ela foi até o lugar de aparatação de sua casa e desaparatou, ela voltaria para Godric´s Hollow.

____

Quando Agatha voltou ao vilarejo, a primeira coisa que fez, foi entrar na igreja, felizmente a missa já havia terminado, por que Agatha estava uma fera. O padre estava ainda se despedindo de alguns fiéis quando ela se aproximou dele.

- Por que mentiu pra mim? – perguntou ela alterada.

- Agatha. – disse o padre confuso – O que tem minha filha?

- Não me chama de minha filha. – disse Agatha irritada – Por que não me disse a verdade?

- Eu acho melhor irmos até a sacristia. – disse o padre olhando os fiéis que os observavam assustados.

Agatha não disse mais nada e saiu à frente em direção a sacristia o padre em seus calcanhares.

- Agora você pode me dizer o que está havendo? – perguntou o padre calmamente.

- Por que nunca me disse que era um bruxo? – disse Agatha tentando se manter calma. – Por que mentiu pra mim?

- Eu não menti. – disse o padre naturalmente – Apenas omiti. Nós estávamos falando de você, não de mim.

- Por isso falou da minha tatuagem. – disse Agatha indignada – Você sabia o tempo todo.

- Não é pra tanto Agatha. – disse o padre – Ser padre foi uma escolha minha e não me arrependo de ter deixado o mundo bruxo.

- Isso é perigoso! – exclamou Agatha irritada com a serenidade do padre – Por acaso sabe quem eu sou?

- Agatha Malfoy. – respondeu o padre – Conselheira de Voldemort, todos sabemos quem você e seu marido são. Eu ainda leio o Profeta Diário.

Agatha o olhou boquiaberta, primeiro com a naturalidade como ele falava tudo aquilo, segundo por ele não ter medo de dizer “Voldemort” e terceiro ele lia o Profeta Diário.

- Não tem medo de mim? – perguntou Agatha.

- Eu tinha receio. – explicou o padre – Mas depois de você ter conversado comigo, eu sei que você é uma boa pessoa e provavelmente está obrigada ao lado dele. Você é espiã não é mesmo?

- Padre Matthew. – disse Agatha lentamente sem responder a pergunta dele – Você corre perigo, Voldemort sabe que você é um bruxo, e ele não aceita isso, ele quer te ver morto.

- O que quer que eu faça? – perguntou ele.

- Fuja daqui. – pediu Agatha e lágrimas começaram a formar em seus olhos – Eu não quero ser obrigada a matá-lo.

- Ele pediu que você fizesse isso? – perguntou o padre.

Agatha apenas assentiu com a cabeça.

- Então faça. – disse ele calmamente – Eu não vou poder impedir.

- Não! – gritou Agatha – Eu não vou fazer isso! Tem um lugar que você pode ir, a mansão Malfoy... – Agatha lembrou de seu sonho, quando a horcrux foi criada ela estava na mansão Malfoy e o padre Matthew morto no chão da sala – Não, a mansão não. Tem uma cidade escondida...

- Agatha. – interrompeu o padre – Eu não vou pra nenhum lugar, o meu trabalho é aqui.

- Mas você corre perigo aqui. – disse Agatha visivelmente desesperada. – Por favor.

- Se eu tiver que morrer, mesmo sendo pelas suas mãos. – começou o padre sereno – Morrerei sendo quem eu sou e onde estou, não me escondendo.

- Você não sabe pelo o que estou passando nesses últimos anos. – disse Agatha chorosa – Se você fugisse eu não teria por que dar uma desculpa a Voldemort para não ter de matá-lo.

- Deixe tudo nas mãos de Deus, minha filha. – disse o Padre – Não se preocupe eu ficarei bem – Seu tom era de como encerrasse o assunto.


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Notas finais do capítulo

O que acharam???