The Puzzle escrita por Paulie


Capítulo 27
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, novamente. Está sendo bem corrido.
Gostaria de agradecer as lindas Annabeth Chase Jackson, Nati2605, LRB1805, Tatay, Sophie, Mackenzie Carter, Becca Potter e Lizzy di Angelo pelos reviews maravilhosos. Alcançamos os 200!

Reta final da fic, uhul! Este deve ser o antepenúltimo capítulo, então... Aproveitem!!



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–Katie Gardner, você é a melhor garota do mundo – ela sorria, mas não esperava pelo complemento da frase – e eu amo você.

...

De: Estúdio Groove

Para: The Puzzle

Assunto: Reunião.

Boa tarde!

Gostaríamos de marcar uma reunião com as senhoritas, para acertar detalhes do lançamento de seu primeiro CD. Aguardamos sua presença na terça-feira, amanhã, às 18:00 horas.

Favor confirmar o recebimento deste.

Att.

Diretoria Groove.

...

–Alô? – Annabeth atendeu ao telefone, ao mesmo tempo que abria seu notebook.

–É a Silena, Annae. Olhou o e-mail da banda hoje?

–Não... Por quê?

–Olhe. – a morena, do outro lado da linha, mordia os lábios.

–Um segundo. – lutando contra a lentidão da internet, a página do e-mail abriu-se na tela do computador da loira. Após ler a (pequena) mensagem em alguns segundos, respondeu a amiga – NÃO ACREDITO! Posso confirmar?

–Estava esperando vocês lerem, para que possamos confirmar. Thalia já viu, Katie também. Envie o e-mail, tenho de arrumar roupas para amanhã, já que provavelmente iremos tirar algumas fotos e...

–Ainda bem que você tirou o gesso, Si. Os roxos você consegue esconder com maquiagem, não consegue?

–Creio que sim, não deve ser tão difícil. Vou desligar, beijinhos.

–Ok, bye Si.

...

–Oi? – com a boca cheia de pipoca, se assemelhou mais a um chiado o que saiu da boca de Thalia.

–Está em casa?

–Estou sim, Si, por quê?

–Já confirmamos a reunião. Hoje à noite, aqui em casa. – dito isso, a garota desligou o telefone.

Desligou o celular, colocando-o de lado.

–Quem era? – o garoto que possuía cabelos negros perguntou-lhe, pegando um pouco de pipoca.

–Silena. A propósito... Tem problema de irmos amanhã ao show daquela banda de rock, e não hoje? Compromisso de última hora com as meninas.

–Sem problemas.

...

–As roupas já estão prontas, passei a tarde toda no shopping para achar vestidos que servissem. Acreditem, essa estação as roupas estão um hor-ror. Simplesmente lamentáveis.

–Hey, gatinha, sabe que ninguém daqui liga com isso, né? – Thalia, deitada no tapete felpudo da amiga encarava o teto.

–Mas vão ligar quando verem os vestido MA-RA-VI-LHO-SOS que consegui.

–Desde que não mostrem minha bunda ou deixe metade dos meus peitos de fora, como metade das roupas que vendem nas lojas que você gosta, pra mim está ótimo.

–Vai afinar sua guitarra! – Silena pronunciou, quando na verdade queria complementar o ‘vai’ com outras palavras bem menos apresentáveis...

–Vamos parar as duas – Annabeth comentou. – Estamos aqui, hoje, para comemorar. Nosso primeiro CD!

–Isso! – as duas morenas disseram.

Ao perceberem a falta de comentários pela parte de Katie, olharam pelo quarto para procurar-lhe. Ela estava tão entretida com seu celular – como se até uma semana antes não condenasse as meninas que ficavam assim. As três amigas que não tinham o celular em mão, chegaram atrás dela, para espiar.

–Instalou o Whatsapp, florzinha? – Annabeth disse.

–Uhh, Travis Stoll... – foi a vez de Silena.

–“Amanhã, filme, ok? Amo você”. Own, que gracinha. – o tom de sarcasmo na voz de Thalia ao ler em voz alta a mensagem recebida por Katie era evidente.

Desligou a tela do celular, virando para as amigas:

–Ok, ok. Menos, né? – mas em seguida a tela voltou a brilhar, junto com o vibrar que simbolizava nova mensagem.

–Pode responder, Kayzinha, nós sabemos o quanto é importante ouvir o áudio que ele acabou de te mandar.

Mostrando a língua, deixou o celular intocado, voltando a prestar atenção na reunião que se desenrolava.

...

Prédio da Groove. Já haviam vindo aqui antes, mas ainda não conseguiam olhar para a magnitude que se estendia frente a elas sem suspirar. Após subir pelo elevador e chegar no andar do Sr. Malcolm, o produtor delas, observaram a parede com CD’s pendurados.

“O nosso estará aí, um dia, estará aí e mais: estará acompanhado de nossa foto em um show!”, Annabeth sonhava acordada.

A porta do produtor, ao contrário da outra vez, estava aberta, como se ele esperasse pelas garotas. Quando chegaram à – imensa – sala de espera, não precisaram nem de sentar antes que ele próprio aparecesse – agora com um terno azul marinho no lugar do cinza – de braços abertos.

–Garotas! Cheguei a sentir saudades.

–Nós também, senhor.

–Venham, entrem, entrem. – ele apontava as cadeiras em frente a sua mesa para as quatro. – Ótimas notícias, meninas. O lançamento do CD é amanhã, quero todas vocês lá e, adivinhem? Consegui marcar um show para vocês, sábado! Vai ser o tempo dos fãs ouvirem o CD, decorar todas a músicas e irem para o show.

–Um show? – o queixo delas, certamente, poderia encostar no chão, mesmo que estivessem sentadas.

O sentimento de espanto, de empolgação e sabe-se lá mais o quê, que tomou conta delas, era indescritível. Certamente, essa seria a única palavra que qualquer uma delas usaria para descrever a situação.

Não esperavam que uma banda de garagem – ou melhor, de quarto – conseguissem uma produtora, muito menos um show.

Todo esse processo de reflexão levara menos de um segundo para se desenrolar.

–Eu sei, eu sou demais. Podem me agradecer depois. Então... Sobre a reunião de hoje: preferem a capa um ou a capa dois para o CD? – e então ele mostrou duas fotos delas, personalizadas.

Mas, francamente, quem prestaria atenção nisso quando acabara de receber a notícia de um show?

...

“Hey, amor? – era a voz de Charles que se ouvia – Fiquei sabendo que amanhã é o lançamento do primeiro CD das The Puzzle. Não sei se você gosta, mas acho que você gostaria das músicas delas. Então... Vamos comigo? Me responda assim que ouvir. Beijos, amo você “

Era a mensagem da caixa postal que Silena ouviu ao chegar em casa. “Desculpa, Charlie, eu vou estar lá sim. Mas não com você: vou estar assinando CD’s”. Abriu o teclado do celular, e mandou uma mensagem para o namorado, explicando que estaria com sua mãe: “algo sobre massagens, cabelereiros e coisas assim, mas é importante para ela”, eram as palavras que havia usado. “Desculpa”, terminava.

Se sentia culpada ao mentir para o namorado assim, mas era um segredo da turma, e não dela.

Pelo Whatsapp mesmo, enviou uma mensagem à amiga de cabelos castanhos:

“Kay, acho que seria melhor trocarmos de roupa perto do local do lançamento do CD, e não em casa... O que acha?”

Segundos se passaram – tinha de lembrar de agradecer ao Travis na próxima vez que o visse por convencer a amiga a baixar o aplicativo – até que ela respondesse:

“Não correríamos risco de sermos vistas saindo de casa”

“Isso”

“Mas onde trocaríamos?”

“No beco, dentro do carro. Ok?”

“Ok.”

“Avise as meninas. Xx. Ah, e a propósito, eu vou de carro.”

Com isso, desligou a tela do iPhone, e jogou-o sobre a cama.

...

“Meu primeiro CD vai estrear em algumas horas. Meu primeiro CD vai estrear em algumas horas. Horas, algumas. Algumas, horas. CD, meu. Meu, CD.” Depois de um tempo repetindo para si mesma a frase, parecia fazer cada vez menos sentido.

Annabeth não acreditava no que estava acontecendo. Sempre se imaginava, com seus 16, estudando, pensando numa faculdade – numa não, em Arquitetura, de preferência em Harvard ou Yale, talvez até Oxford – e sonhando com o futuro. Mas nunca em uma pop star em ascensão, certamente não.

Sabia que sua mãe não era uma das suas maiores fãs – “Francamente, querida, tem certeza que quer tocar músicas adolescentes e usar vestidos colados o resto da sua vida?” – mas ela, apesar de todo o sentimento ‘não foi isso que planejei pra sua vida, querida’, havia ficado feliz quando ela contou a novidade do CD e, sobretudo, do show.

A loira sentou-se em frente a sua penteadeira, prendendo o cabelo em posições estranhas, e fazendo caretas. Pegou um batom vermelho na gaveta e passou-o pelos lábios, passando nos olhos, também, maquiagem preta.

Nunca achou tanta graça em cantar para si mesma em frente ao espelho, enquanto fazia caretas. Aquilo era muito infantil, e, se não fosse pelo sentimento de êxtase que lhe tomava, nunca teria se admitido fazer isso.

Ligou uma música alta no seu celular, abriu a porta de seu closet e começou a experimentar roupas e sapatos. Ela não sabia o que estava fazendo mas, ao deitar em sua cama, cansada e ofegante, estava feliz e animada.

...

–Silena, eu estou indo na frente, vou arrumar, como Helene, algumas burocracias do CD antes de vocês chegarem, ok? Você vai no seu carro, né? – a mãe da garota entrou no quarto dela, encontrando uma garota ainda deitada na cama, com um vestido e sapatos de salto (além de maquiagens e uma peruca) ao seu lado.

–Ok, vou daqui a pouco.

–Beijinhos, querida.

Fechou a porta novamente, e, olhando no relógio, Silena percebeu que tinha apenas dez minutos antes de ir – para poder arrumar-se com calma com as meninas. Mas, olhando para o celular, também percebeu que havia uma mensagem não lida.

“Queridas,

Não acredito como cresceram tão rápido no mundo pop. Mas, afinal, não acho que vá durar muito essa suas ascensões...

Vocês próprias se destroem, sozinhas.

Mas, vou dar uma forcinha...

Creio que quatro certos meninos vão ir na estreia. Seria uma lástima – realmente uma pena, se eles descobrissem o segredinho das namoradas... O que eles fariam? Eu, certamente, não namoraria com alguém que mente para mim o dia todo.

Ooops...

Xx

–QC”

Mandou uma mensagem a todas as três amigas: um simples “OK”, e em seguida levantou-se da cama. Era hora de ir. Arrumou uma bolsa com a roupa de Emma, e todas as coisas que precisaria.

Desceu as escadas, a tempo de encontrar com a irmã, saindo do banheiro.

–Também está indo a estreia do CD das The Puzzle, Silena? – ela perguntou-lhe, passando um gloss pelos lábios.

–Uh... Mais ou menos.

Continuou a descer, sem olhar para trás, até a garagem. Colocou a chave na ignição e girou-a: estranhamente, o motor apenas emitiu um fraco ruído, apagando novamente.

–Só pode estar de brincadeira. – ela murmurou, vendo a irmã chegar ali também e ligar o próprio carro com a maior facilidade.

Girando novamente, teve resultados piores que os primeiros.

–Quer carona? – Drew perguntou-lhe.

–Fazer o quê – deu de ombros, mudando-se do banco do motorista de seu carro para o do carona da irmã.

Dando ré, a garota com traços asiáticos saiu da garagem, pondo-se na rua. A direção de Drew certamente não era a mais segura que Silena conhecia: sinais? Besteira. Pedestres tentando atravessar? Problema deles. Placas com limite de velocidade? Ótimo, velocidade mínima.

Segurando-se firme na porta, a garota mal percebeu quando a irmã desviou-se do curso habitual até o local da estreia.

–Onde está indo, Drew?

–Dando uma voltinha com minha irmã, posso?

–Eu preciso de chegar naquele evento. Amanhã podemos sair, vamos?

–Querida, eu disse que vamos dar uma voltinha. – deu dois tapinhas na perna da garota, antes de acelerar ainda mais.

–Onde?

–Tem uma cachoeira bem bonita logo ali a frente.

–Drew, não estou realmente com tempo agora e...

–Não perguntei, Silena.

A garota que estava no banco do carona pegou olhou algo dentro da bolsa, e em seguida largou-a.

Demorou cerca de dez minutos para chegarem no local. Drew freou bruscamente, abrindo a porta do seu lado, e saindo do carro em seguida. Foi acompanhada por movimentos semelhantes da irmã.

–Por que você me trouxe aqui, Drew?

–Não posso permitir que chegue na hora do lançamento, flor.

–Por que não, Drew? Ou devo dizer... QC?


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Notas finais do capítulo

E então... O que acharam?
Explicações no próximo capítulo, vocês vão se surpreender (espero!)
Algumas pessoas já tinham adivinhado quem era QC. E parabéns por isso. Agora, o desafio é: quem adivinha o que significa QC. Quem acertar ganha dedicação no próximo capítulo, onde tudo será esclarecido.

Até a próxima!

Xx

Paulie



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