The Puzzle escrita por Paulie


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Hello, sunshines.

Então... Penúltimo capítulo.... DESSA TEMPORADA.
Sim, amores, teremos uma segunda temporada, e estou doida para trazê-la para vocês.

Espero que se divirtam com o desmascarar de QC.
Obrigada pelos reviews no capítulo passado, amei cada um.

Enjoy.

OBS: A música em questão nesse capítulo se chama Stronger, e é da cantora Kelly Clarkson. Para quem se interessar, o link da música e da letra está aqui: http://letras.mus.br/kelly-clarkson/1968275/



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–Por que não, Drew? Ou devo dizer... QC?

...

–Como? – o rosto da garota oriental demonstrava surpresa, mas logo ela se recompôs. – Ora, ora, então você não é tão burra quanto eu pensava.

–Você realmente achou que eu não iria lembrar do acidente? – Silena falava baixo, mas logo começou a aumentar o som – Aos poucos, a memória foi voltando. Ontem, eu lembrei de tudo. O acidente pode não ter sido exatamente planejado, mas você é a culpada. Você acelerou para que o carro precisasse parar no cruzamento, mesmo a preferência sendo dele. Você, Drew, fez com que sua própria irmã fosse parar no hospital. E se algo mais grave tivesse acontecido? Você é minha irmã e, mesmo assim, quer me destruir. O que eu fiz para você, Drew?

Irmã? Irmã? – o riso irônico que se desprendeu dos lábios de Drew cortou o ar. – Nunca fui sua irmã, Silena. Nossos pais biológicos podem até ser os mesmos, mas eu não era desejada. Foi uma gravidez não querida, uma filha menos ainda. Você, Silena, é a filha perfeita. Eu, sou o erro.

–Não, Drew. Não sei como pode pensar isso, mamãe sempre foi tão boa com nós...

–Ela sempre foi boa com você, a mim, ela nunca dirigiu palavras a não ser quando necessário. Você estava tão concentrada em suas idas aos SPAs, aos shoppings, que nunca percebeu o que eu passava. Você nunca prestou atenção em mim.

–Isso não é desculpa para o que fez, e nem ao menos é verdade. Não entendo, Drew. Eu nunca fiz nada contra você, muito menos as meninas. Mas você ficava nos ameaçando, e até mesmo machucando.

–Onde, exatamente, você quer chegar com essa conversa? Você não vai chegar a tempo para a estreia, e eu vou ganhar, como sempre.

–Mesmo? – foi a vez de Silena rir – Mentirosas nunca ganham, Drew.

–Como não? Estamos no meio do nada, e sozinhas.

–É mesmo?

Nesse instante, ambas ouviram sons de um carro levantando pedrinhas pela estrada de terra. Surpresa, Drew vira-se rapidamente, a tempo de ver o conhecido carro da Sra. Chase parando a uma distância considerável delas. Abrindo três portas ao mesmo tempo, Annabeth, Katie e Thalia desembarcam do carro.

–Mas o que... O que vocês fazem aqui? – as sobrancelhas de Drew estavam tão franzidas que pareciam ter se unido, formando uma monocelha.

–Você não achou que estava no controle, achou? – o comentário sarcástico não podia falhar, não vindo de Thalia.

–Vocês... Não poderiam saber que a Silena viria comigo, nem eu sabia. Muito mesmo que eu a traria para cá. E... Eu não entendo. – ela andava, de um lado para o outro, “onde eu errei?”

–Meu carro não estragou, Drew. Pelo menos, não de verdade. Eu só desconectei o cabo da bateria, para que não acionasse quando eu girasse a ignição. Eu poderia ter ido mais cedo, me preparado, ido com mamãe, mas não. Eu esperei exatamente o momento que você estava planejando ir, para descer. Esperei você acabar de se maquiar no banheiro, e desligar o seu celular, para somente depois descer.

–E como sabiam que eu a traria para aqui?

–Bem... – foi a vez de Annabeth começar a falar – Eu vi isso em um filme uma vez... Qual foi o filme mesmo? – sua pergunta foi direcionada a Katie.

–Golpe Duplo, do Will Smith.

–Exatamente. Nós induzimos você a fazer essa escolha. Você olha seu Instagram todos os dias. Todas nós quatro postamos fotos hoje, mas com um detalhe: havia sempre uma foto daqui, seja num quadro atrás, ou como fundo da tela de computador. Também, colocamos as fotos daqui em outros lugares, induzindo você a escolher aqui, seu cérebro queria vir aqui.

–Isso é loucura – um riso nervoso saía de seus lábios.

–Alguns neurologistas já fizeram um estudo sobre isso, e tal. – Katie deu de ombros.

–Bem, mas e então, o que vão me fazer então? Me matar?

–Aqui – Silena jogou um papel para ela – Uma cópia da sua passagem de avião.

–É esse o castigo? – ela ria – Uma viagem para Paris?

–Suas aulas começam no próximo mês.

–Aulas?

–Você vai ser bem recebida, não se preocupe. O internato de lá é um dos melhores, mamãe vai pagar fortunas. Agradeça a ela depois.

–INTERNATO?

–Aproveite. – Silena disse, virando-se para entrar no carro da Sra. Chase com as garotas.

–A propósito, - Katie começou – senti me senti curiosa. Sempre quis saber o que era QC.

Sentindo-se derrotada, ela murmurou:

–Queen Castellan, Um dia, ainda voltarei e ele será meu.

Fechando as portas, as quatro garotas entraram no carro e, antes de o ligarem, bateram as mãos.

–Isso! – Thalia comemorou.

–Agora, Annabeth, acelera, estamos atrasadas – e o pneu do carro derrapou pela estrada de terra.

...

–Ai, você bateu sua mão em mim. – Katie reclamou com Silena.

O carro estava estacionado no beco antes combinado e elas lutavam para se enfiar dentro das roupas e se prepararem.

–Já está na hora, Silena. Vamos, seu delineador está bom. Anda – Thalia empurrou-a pela rua, enquanto ela ainda passava batom.

–OK, é a hora. – Annabeth comentou. – É a nossa hora, garotas.

Respirando fundo, as quatro pisaram no passeio, indo rumo ao pequeno tapete vermelho que se estendia no passeio, para a entrada do estabelecimento. Assim que pisaram ali, alguns flashes iluminaram seus rostos, e logo puderam reconhecer muitos dos seus amigos de escola ali.

Entre eles, quatro meninos que elas bem conheciam. O coração de Silena e Katie vieram à boca, pois não poderiam beijar os seus garotos. Thalia, porque não podia conversar com o amigo e Annabeth, bem, porque Percy era insuportável e, mesmo assim, ela ainda não parava de pensar nele.

Sorrindo, as quatro atravessavam o salão, com algumas pessoas já puxando aplausos e assobios. Se prestassem bem atenção, podiam ouvir que os batidos dos saltos no chão eram ritmados, assim como os passos e o balanças dos braços.

–Senhoras e senhores – era um apresentador que falava no centro de uma roda improvisada – com vocês, The Puzzle!

Todos bateram palmas, e as meninas ficaram no centro.

–Querem dizer algo? – ele passou o microfone para Annabeth.

–É muito bom ver todos vocês aqui, torcendo por nós. Eu estou, e creio poder dizer todas nós estamos, muito honradas com a presença de todos. – ela sorriu, passando o microfone para a mão de Silena.

–É uma oportunidade que nunca sonhamos, e um sonho que está sendo realizado. Nunca imaginei que tanta gente estaria aqui.

–Espero ver todos vocês em todos os nossos próximos eventos, supondo que haverá algum outro. – Thalia completou.

–Mas, acima de tudo, esperamos que nossas músicas possam contagiar vocês, te fazerem sonhar, te fazerem mais felizes. Obrigada por estarem junto conosco nessa nova etapa da The Puzzle. – Katie completou, sorrindo – Quem quer escutar uma música nova?

Os gritos foram audíveis e, imediatamente, as garotas correram para a pequena área mais alta – onde foi improvisado um palco – e logo a melodia começava a sair dos instrumentos.

You know the bed feels warmer / Sleeping here alone... – Katie começou a cantar, e logo todos que estavam ali já pulavam com o ritmo animado da música.

Ela queria cantar olhando somente para Travis, mas sabia que não podia. Porém, a cada olhadela de canto que direcionava a ela e o via gostando da música, sentia-se mais e mais contente.

Ao final da música, elas sentaram-se em uma mesa com quatro cadeiras dispostas lado a lado, como em uma fila indiana. Logo, CD’s e mais CD’s eram tragos pelos que compraram, e haviam também fotos.

A todos, as quatro sorriam, e conversavam amigavelmente. A fila se organizava seguindo a ordem de, nos verdadeiros nomes, Katie, Annabeth, Silena e Thalia. Tudo corria bem – perfeitamente bem.

–Clarie? – alguém lhe chamou, enquanto ainda estava de cabeça baixa, assinando a capa do CD.

–Sim? – e, quando ergueu o olhar, era Travis quem estava ali.

–Você poderia colocar o nome de alguém aí? Esse CD é um presente.

–Um presente? – ela tentava disfarçar o nervosismo.

–Sim, para minha namorada. Ela tem uma voz incrível.

–Vocês parecem ser felizes. – ela já ia escrevendo um K, mas, a tempo, lembrou-se que não conhecia. – E qual o nome dela?

–Katie. Katie Gardner.

Assinando o nome e escrevendo uma mensagem (que ela mesma leria depois), ela disse:

–Você tem mãos de músico. Devia pensar em seguir carreira. – sorrindo, entregou-lhe o CD.

–Obrigada.

Ao final de todos os CD’s – “como as mãos doem depois de assinar tantas vezes, e colocar mensagens”, Thalia pensava – uma pilha poderia ser montada com todos eles. Mas, antes das pessoas começarem a se dispersar, o mesmo apresentador do início gritou.

–Hey, não sei se já estão sabendo. Mas... Essas lindas garotas farão um SHOW. Isso mesmo que vocês ouviram. Sábado, não percam. Ingressos a venda na C.S, na Lanchonete J.K., que fica em frente ao nosso estúdio e aqui, hoje mesmo, com aquela moça ali no canto – e ele apontou para uma mulher sentada, mascando chicletes.

Uma grande parte das pessoas – incluindo Mila – comprou ali mesmo seu ingresso. As meninas só sabiam sorrir e agradecer a participação de todos ali, que estavam muito felizes.

As horas se passariam e elas não se cansariam de agradecer, mesmo com as bochechas ardentes.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, amores. Pretendo postar semana que vem o próximo - e último -, mas ênfase no PRETENDO.
Não se fico feliz ou triste pelo quase fim...

Aguardo todos nos reviews.

Xx
Paulie.