The Puzzle escrita por Paulie


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal!

Bem, tive inspiração e vim trazer mais um capítulo para vocês.
Fiquei realmente triste com a pouco quantidade de reviews do capítulo passado mas...
Às lindas que mandaram review (Tatay, Annabeth Chase Jackson e Srta Grace di Angelo) um super beijo.

Enjoy!

Música do capítulo: I Won't Give Up - Jason Mraz (https://www.youtube.com/watch?v=O1-4u9W-bns)



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A campainha da casa de Katie não parava de tocar. “Agora a cada vez que eu entrar no banho estou fadada a ser interrompida. Deve ser algum tipo de praga, não pode”. Pela escada, descia correndo, deixando marcas de pés por onde pisava, com a água que escorria do seu corpo.

–Pediram pra eu entregar aqui – um menininho que estava com sua bicicleta logo atrás dele entregou um embrulho para a garota, antes de subir em sua bicicleta e pedalar rapidamente.

Fechando a porta com um estrondo atrás de si, reparava o embrulho enquanto subia as escadas. Era fino e quadrado – como uma capa de CD. E ela estava certa: ao retirar o embrulho, notou ser mesmo um CD. Parecia ter sido feito em casa, pois apenas um papel azul estava na sua frente, e não algum com o nome de uma banda, ou o nome de um álbum.

Pegou o mini system em seu quarto, levando-o para o banheiro e colocou o CD para tocar antes de voltar a tomar seu banho.

As primeiras notas eram tocadas em um violão, somente o violão, sem nenhum acompanhamento de outro instrumento. E então, quando o primeiro som de voz se deu, Katie parou imediatamente de se ensaboar: era a voz de Travis.

Ele cantava uma música, algo que Katie não conhecia, provavelmente algo escrito por ele mesmo. Fechou o chuveiro, ainda com o corpo cheio de espuma e molhou todo o banheiro para aumentar o volume ao máximo.

A música começava com um “When I look into your eyes
It's like watching the night sky”¹, e a menina dona dos longos cabelos castanhos se permitiu sorrir bobamente com aquela música. ‘Eu não vou desistir de nós’, ele cantava, ‘mesmo se os céus ficarem difíceis’, continuava.

E aquela letra se encaixava perfeitamente com um pedido de desculpas pelo que havia feito, e também mencionava o céu, aquele mesmo céu que haviam visto no planetário semanas antes.

Era a única faixa gravada no CD, e a garota estava determinada a apreciar cada respiração perceptível, cada nota do violão, cada timbre que a voz dele possuía. Ativou a repetição da música, abriu novamente o chuveiro e acabou de retirar a espuma de seu corpo.

Enrolou-se na toalha e mudou-se com o aparelho de onde o som agradável ao seus ouvidos vinha, para seu quarto. Trocou de roupa balançando os quadris no ritmo do toque da música. Depois, inseriu o CD no seu computador, apenas para baixar a música em seu próprio celular.

Com seus fones tocando no último volume, saiu de casa com sua bicicleta – queria chegar lá o quanto antes fosse possível – e seguiu pelas ruas asfaltadas até a casa onde fora depois do acidente da amiga. Na ocasião, havia ido ali somente para pegar uma carona com Travis, mas agora, ela queria apenas agradecer.

Deixou o pedal da bicicleta apoiado no passeio, para que ela não caísse, antes de seguir pelo caminho que conduzia à porta de entrada. No outro dia que havia estado ali, não houve oportunidades de reparar, mas agora, podia notar que o jardim era bem cuidado, com rosas, hortênsias e lírios vistosos. Tocou a campainha, e aguardou que alguém atendesse – “que esse alguém seja Travis, amém” – enquanto torcia as mãos em um misto de ansiedade e vergonha.

A porta foi aberta, e – graças as infinitas súplicas que a menina murmurou – foi a imagem de um Travis de calça de moletom e seu camisa que ela viu. “Concentra, Kay, vamos lá, olha pro rosto e... Levanta esse olhar menina!”

–Katie? – o menino estava confuso, e seus cabelos estava mais bagunçados que nunca, como se tivesse acabado de acordar.

Ela não se deu o trabalho de responder, apenas lançou-se no pescoço do garoto, sufocando-o em um abraço que certamente lhe tiraria o ar.

I'm giving you all my love, I'm still looking up, still looking up”² – ela cantou baixinho no ouvido de Travis, e isso bastou para que ele compreendesse, e logo estavam ambos cantando juntos, enquanto ainda se abraçavam.

...

Na tela da televisão, passava um episódio de Gossip Girl, que, para Charles, era extremamente chato. Mas Silena parecia adorar, então, ele ria nas horas que ela começava a rir, ele sorria, nas horas românticas, e acompanhava as reações de sua namorada.

Desde que a menina se acidentara, ele se culpava. Se não tivesse dormido aquela tarde, estaria junto a ela quando quisesse ir embora, e poderia ter acompanhado a garota até sua casa. Mas não, ele acabara pegando no sono, e só foi perceber que Silena não estava ali com ele quando ligaram para ele dizendo que ela havia sofrido um acidente.

Portanto, ele tentava compensar de todas as formas. Havia ficado dia e noite no hospital, esperando qualquer oportunidade de vê-la, e agora estava dia e noite na casa dela, junto a ela.

A menina não se lembrava de ter estado na casa dele aquela tarde, e também não se lembrava de ter conhecido seu pai, ou de como se deu o acidente.

–Olha só que roupa linda que a Blair está usando, amor – Silena comentou.

“Quem é a Blair?” ele se esforçava para lembrar “A loira? Não, a loira é a Se... Se alguma coisa. Blair acho que é a de cabelos castanhos e... Ah, esquece”

–Sim, amor, linda. – ele comentava, ainda não sabendo qual era a personagem mencionada.

Mesmo ainda estando com o gesso, e toda roxa, Charles achava sua namorada a mais linda garota que existia, e se considerava um sortudo por tê-la ao seu lado.

...

–Então – Thalia conversava ao celular – Silena está melhor sim.

–Que ótimo. Não tenho tido oportunidade de ir visita-la. – Nico respondeu do outro lado da linha.

–Depois posso ir com você, se quiser.

–Na verdade, eu estava te ligando pra ver se queria ir no cinema... – ele parecia sem jeito – Tem um filme de terror passando, e como não envolve altura e você diz não ter medo...

–Engraçadinho. Mas pode ser. Que horas é a sessão?

–Às nove. Passo aí, pode?

–Uhum, te espero. – e terminaram a chamada.

Incrivelmente, ser os que ‘sobravam’ em cada grupo, havia aproximado os dois, podiam se considerar amigos, agora. Saiu do seu quarto, e, logo mais a frente no corredor, ficava o quarto de seu irmão.

Incrivelmente, hoje era um dos dias que ele estava em casa, e não no hospital. A doença dele, acabava com toda a sua família, tanto que levou sua mãe a ter uma época como dependente química.

Jason, seu irmão mais novo, sofria de um problema cardíaco que, se não fosse monitorado de perto, não haveria mais como em pouco tempo. Foi diagnosticado com a doença com sete, quase oito anos, mas os médicos disseram que ele havia nascido com a falha.

Estava na lista de espera de doação de órgãos, pois só assim poderia viver mais tranquilo.

–Hey Jason – Thalia entrou silenciosamente no quarto dele, caso ele estivesse dormindo.

–Lia – ele sorriu.

Estava deitado em sua cama, com alguns aparelhos ligados a ele, mas nada que impedisse que jogasse Resident Evil no seu vídeo-game. Pausou, para que pudesse conversar com a irmã.

–Então... Vou no cinema hoje.

–Está namorando e não me contou? – o sorriso zombeteiro dele era evidente.

–Não, só um amigo. Como vai Reyna?

–Ela não tem... Dado muitas notícias. – ele trincou os dentes.

–Por causa de Piper?

–Sim – ele pareceu triste – Sabe, Reyna é a melhor amiga de infância que eu poderia imaginar, mas é só isso... E eu realmente gosto de Piper.

–Sei que sim – a irmã sorriu – Reyna vai acabar entendendo, Jay. E quando vai pedir Piper em namoro?

–Eu queria esperar conseguir um transplante primeiro, Lia. Não quero... Machucá-la.

–Se ela ainda está com você, é porque ela gosta de você. Ela já será machucada, caso qualquer coisa ocorra. Devia pensar nisso. – ela piscou, levantando-se – Mate zumbis.

Saiu do quarto do irmão a tempo de ouvir alguns poucos tiros ainda, vindos do console.

...

Percy tocava insistentemente a campainha da casa de uma certa loira. Sabia que seria xingado, enxotado e mais coisas ruins terminadas em ‘ado’ assim que a porta fosse aberta, para logo em seguida tê-la batida em seu rosto, então, por precaução, deixou seu pé em posição para impedir a porta de ser fechada.

–Oi? – Annabeth estava distraída, refazendo seu rabo de cavalo, antes de perceber quem estava ali. Largou os cabelos sem nem ao menos amarrá-los, fazendo-os cair desorganizadamente – O que você está fazendo aqui? Idiota.

Ia fechando a porta na cara do garoto – como ele previra – mas o pé dele a impedia de fazer isso.

–Eu já pedi desculpas pelo que fiz, mas hoje estou aqui por Silena. Ela é da minha turma de Biologia, e passaram um trabalho em dupla. Diga a ela que eu a pus como minha parceira, e, apesar de fazer tudo sozinho, se a professora perguntar, peça a ela que diga que fez algo. Ok? Obrigado.

Virou-se de costas e saiu andando. Estava cansado de pedir desculpas, ele gostou do beijo de Annabeth, e havia errado. Duas vezes. Mas porque ela não podia simplesmente desculpá-lo?

Ele estava começando a acha-la irritantemente chata.


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Notas finais do capítulo

¹ e ²: trechos de I Won't Give Up, música de Jason Mraz.
Então... O que acharam?

Essa temporada está na reta final (acho que mais um cinco, talvez sete, capítulo) e vai ter 2ª temporada



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