Novos Tempos Em Hogwarts 2 escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 47
A varinha das varinhas


Notas iniciais do capítulo

E ai meus queridos leitores e leitoras, nem vou me desculpar pela demora pois é normal esse lance de falta de tempo agora que estou na faculdade. De toda a maneira, terminei hoje o cap. e resolvi postar ele ... quentinho e cheio de ação para vocês.
Essa é uma das coisas boas de feriado prolongado, mesmo você tendo sido ferrado pelos professores que marcaram prova na outra semana ainda tem tempo de escrever.
Enfim, nos vemos lá embaixo já que ninguem lê aqui mesmo.
Minhas saudações a minu2013 que leu a primeira e a segunda temporada em uma semana.



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Narcisa havia acordado assim que a água alcançara a altura de suas narinas, ela acordara assustada e se rastejara até o ruivo caído a poucos metros de distancia dela. O grifinorio abriu os olhos no momento em que escutou a garota proferir seu nome, foi um momento estranhamente zonzo para ele, sua visão estava embaçada, mas então começou a tomar as devidas formas e ele pode ver o rosto de Narcisa com mais clareza e sorriu fracamente.

_ oi – disse Tiago fracamente.

_ oi – disse Narcisa sorrindo.

_ então não foi você que me deu um fora, espero – disse Tiago rindo fracamente enquanto tentava se levantar.

_ acho que não, na verdade a ultima vez que nos vimos foi na festa que se seguiu a primeira prova do torneio – disse Narcisa e o ruivo sorrira – desculpe por tudo...

_ esta se desculpando por aquela noite? – disse Tiago rindo levemente.

_ não, estou falando sobre as coisas que minha irmã fez quando se passava por mim – disse Narcisa.

_ não tem do que se desculpar – disse Tiago se levantando ao lado da loira – não era você, e acho que não devíamos falar disso agora...

_ é tem razão – disse Narcisa concordando.

Foi então que alguns gritos foram escutados chamando por eles, ao se voltarem puderam ver Alvo e Zabini correndo em sua direção. Ao ver o irmão o ruivo o abraçou fortemente e ao encarar o outro campeão ficou confuso para não dizer furioso por tê-lo por perto. Percebendo a atitude do irmão, o moreno se colocou a sua frente impedindo que chegasse até o outro sonserino.

_ o que esta fazendo Al, esse idiota é o responsável por tudo que esta acontecendo – disse Tiago tentando tirar o irmão da sua frente, mas o rapaz ainda mantinha seus pés firmes no chão.

_ vai com calma, ele esta do nosso lado agora – disse Alvo colocando as mãos no ombro do ruivo que olhava para o campeão sonserino descrente de o que o irmão falava pudesse ser verdade.

_ não, ele me trouxe até aqui... Ele é um comensal da morte, eu vi sua marca negra – disse Tiago tirando as mãos do terceirista de seus ombros e caminhando para trás – ele é o inimigo.

_ não mais, ele os traiu... Agora é um dos nossos – disse Alvo – ele salvou minha vida, nenhum inimigo faria algo assim.

_ e se ele quiser enganá-lo também? – disse Tiago irritado.

_ não quero – disse Eduard – você confiou em mim uma vez, e sei que será difícil confiar de novo...

_ você sabe? – disse Tiago rindo em seguida empurrado o irmão para o lado e caminhando até o outro septimanista o agarrando pelas vestes - Então, deve saber que eu estou querendo acabar com você não é?

_ Tiago, por favor... - disse Narcisa colocando a mão no ombro de ambos os rapazes – devemos ouvi-lo, não seja imprudente dessa vez, dê uma chance para que ele fale.  

_ não há o que ouvir – disse Tiago quase gritando e soltando o comensal da morte traidor – não acredito que você – ele se voltou para a loira caminhando até ela -  logo você que foi uma das que mais sofreu por conta do que ele fez... – ele apontou para o rapaz ao lado dela - está me dizendo para escutá-lo.

_ não grite com ela – disse Eduard no mesmo volume de voz que o grifinorio.

_ por quê? – disse Tiago se aproximando dele - O que vai fazer hein? Seria covarde o bastante para atacar alguém desarmado?

_ não, não seria – disse Eduard estendendo uma varinha para o rapaz, o ruivo ficou confuso e surpreso no inicio para então aceita-la já que era de propriedade sua – mas um inimigo também não armaria alguém que quisesse atacar.

Tiago ainda olhou desconfiado para o rapaz a sua frente, o outro mantinha um olhar firme que encarava o ruivo diretamente nos olhos. Foi então que um som de palmas foi escutado, e ao olharem para trás puderam ver para surpresa do grupo, Luciana Malfoy acompanhada de uma comensal mascarada. A loira continha o riso enquanto aplaudia a cena.

_ realmente, emocionante – disse Luciana soltando leve riso – você sempre teve jeito com as palavras e gestos não é mesmo Zabini? Pena que, nunca soube tomar atitudes inteligentes...

_ Luciana – disse Narcisa com raiva enquanto via os três rapazes se posicionarem a sua frente para proteger a grifinoria que era a única desarmada.

_ não sabe o quanto me agrada vê-la novamente irmãzinha – disse Luciana sorrindo em deboche no momento em que a outra loira tentou avançar para cima da mais velha foi impedida por Alvo – nossa, estamos com os nervos à flor da pele hoje não é?

_ me deixe enfrenta-la Alvo, eu preciso... Eu quero enfrentá-la pessoalmente por tudo que fez a mim – disse Luciana com raiva. 

_ não, você não vai – disse Tiago com raiva – não tem uma varinha, seria suicídio.

_ ouça seu namoradinho querida, ele sabe o que diz... – disse Luciana debochada fazendo com que mais uma vez a loira tentasse avançar para cima dela – agora – a garota tomou posição de duelo – vamos acabar logo com isso.

Um silêncio reinou por alguns segundos entre os grupos adversários, os olhares se penetravam na loira que ainda mantinha a varinha erguida apontada para os inimigos parecendo aguardar qualquer ataque da parte deles que não veio. Foi então que ocorreu e finalmente ela atacou.

_ Estupore – disse Luciana no mesmo instante em que com um floreio de varinha um jato de luz vermelha saiu dela e partiu em direção a sua vitima.

_ Protego – disse Tiago no mesmo instante.

Luciana iniciara o duelo atacando-os, mais necessariamente apontando para a cabeça da irmã que estava desprotegida por de cima do ombro de Alvo que tentava ainda conter-la. Foi bem rápido a cena de Tiago lançando o feitiço escudo que fez o jato de luz vermelha se repelir para longe, o que veio então foi o ruivo, ao lado de Eduard, partindo para o ataque sobre a garota loira que ainda mantinha o mesmo sorriso irritante no rosto.

Alvo empurrou a grifinoria para trás numa tentativa de protegê-la da outra comensal que iniciara com o garoto um duelo ao atacá-lo em seguida do feitiço que a primogênita dos Malfoys lançara.

O moreno começou a caminhar em círculos sendo acompanhado pela garota mascarada como se ela fosse sua sombra, ambos se encaravam à medida que o rapaz escutava os gritos de feitiços lançados pelo irmão e por Eduard contra Luciana não muito longe dali enquanto ele próprio tinha que se defender e contra atacar sua oponente.

Foram momentos tensos que se seguiram entre os duelos, os ataques das comensais eram fortes enquanto os rapazes mesmo que fossem bastante bons em combate pareciam fraquejar algumas vezes devido ao cansaço e péssimo estado físico em que se encontravam por conta dos ferimentos que possuíam no lugar que ambas as garotas estavam, apesar de terem duelado antes, bastante dispostas. Mesmo para Luciana que estava duelando com dois ao mesmo tempo parecia estar bastante desenvolta com a situação que nem parecia estar cansada afinal.

Scorpius e Rose chegaram à cena do enfrentamento que ocorria exatamente no centro da câmara e ao ver a cena pareceram parar por poucos instantes para encarar o belo show de luzes que poderia muito bem ter sido ensaiado, mas estava longe de ser uma simples cena de atuação, já que não havia atores ali. Foi ai que despertaram e continuaram a seguir rumo a ajudar os amigos enquanto o loiro correra em direção ao melhor amigo para ajuda-lo contra sua adversária a ruiva rumou a Narcisa abraçando-a mesmo que sem ser retribuída no gesto pela loira que continuava com os olhos atentos aos duelistas.

_ vamos sair daqui, agora – disse Rose para a loira que maneou a cabeça negativamente – não há nada que possamos fazer, eles resolvem isso sozinhos... Temos que tirar você daqui, esta muito fraca.

_ precisamos fazer algo, não podemos ficar assistindo apenas – disse Narcisa sem encarar à ruiva ainda.

_ sim, temos que fazer algo... Temos que sair daqui... Olhe para essa água toda – disse Rose indicando o chão – mesmo que eu tenha mandado os gêmeos cuidarem da entrada dela não será por muito tempo e as barreiras que eles criaram logo estarão destruídas – agora, venha comigo...

_ não vou a lugar algum, entenda isso Rose – disse Narcisa e a ruiva a encarou assustada já que aparentemente a loira havia gritado com ela, foi então que a terceirista desviou o olhar – eu não quis... – mas antes que se desculpasse por ter alterado a voz, a garota viu não muito longe dali um vulto e o reconheceu como sendo o responsável por tudo aquilo afinal, ele o lord das trevas.

_ não quis o que? – disse Rose grosseiramente, chamando novamente a atenção da loira que pegou seu pulso e a puxou para seguir com ela – venha, acho que sei como resolver tudo.

Alvo viu o momento em que as garotas se distanciavam correndo em direção ao tumulo branco, não fazia idéia do que poderiam estar tramando, mas esperava que não ousassem abrir aquilo, pois seria um verdadeiro desastre caso o fizessem.

Ele pode perceber que o melhor amigo também tinha visto as duas partindo, pois o loiro inclusive gritara pelo nome de Rose o que teria sido estranho para o moreno caso ele tivesse tempo para pensar sobre aquilo. Afinal desde que se conheceram sempre aqueles dois se trataram pelos sobrenomes e de repente o Malfoy chamava a Weasley pelo primeiro nome? Teria sido engraçado caso Alvo não estivesse duelando com uma comensal pudesse inclusive rir, mas não havia como naquele momento.

Os gêmeos estavam lado a lado de frente para mais uma das pilastras em forma de serpente quando Lysander ainda escorado em seu irmão lançara mais uma vez o feitiço que congelou a enxurrada de água que saia pela boca da estatua. Estavam fazendo um bom trabalho até aquele momento, já haviam cuidado de cerca de quatro fora a primeira que fora de autoria de Rose o que deixava para eles quase todo o lado direito já sobre controle faltando apenas agora o oposto da câmara.

_ é com você agora Lorcan, lembre-se do que te falei – disse Lysander para o irmão, o loirinho encarou o gêmeo com seus grandes olhos azuis e acenou positivamente antes de apontar a própria varinha para a boca do animal de pedra – concentração.

_ Glacius – disse Lorcan e o jato atingiu a cabeça retilínea congelando a quantidade imensurável de água que caia de sua boca e escorria de suas narinas alem de dar uma pequena cama de gelo a estatua – como fui?

_ você pegou o jeito, muito bem... Acho que devemos nos separar então – disse Lysander se soltando do abraço lateral do irmão e apesar de cambalear um pouco conseguiu ficar de pé – termine desse lado, eu fico com o outro.

_ não acho que devemos nos separar – disse Lorcan antes que o irmão pensasse em voltar às costas – não é algo bom de fazer.

_ eu também estou com medo Lorcan, mas devemos fazer, olhe para esse lugar... Vai inundar caso não terminemos logo com isso – disse Lysander indicando a água que estava quase alcançando a altura de seus joelhos.

_ quando nos separamos coisas ruins acontecem – disse Lorcan com um tom de voz que teria convencido o irmão de ficar a seu lado, mas não ocorreu naquela situação.  

_ não é bem assim Lorcan, acredite em mim nada de ruim vai acontecer... Dessa vez – disse Lysander pondo as mãos em seus ombros – agora tenha cuidado.

_ Andy... - disse Lorcan antes do irmão lhe dá uma leve palmadinha no rosto como se fosse para lhe dar forças e em seguida correr em direção ao outro lado da câmara – espero que tenha razão – e suspirou antes de encarar novamente a estatua que havia congelado percebendo que um pouco de água escorria por uma das rachaduras próximas dos olhos.

Não ia durar. O garoto sabia daquilo, logo a pressão da água contida iria ser tão forte que iria romper de vez a rocha fazendo uma torrente ainda maior surgir em seu lugar. Mesmo que fosse o certo, não conseguiu dizer para o irmão que o plano dele e de Rose era falho afinal não era todo o dia que ele via o rapaz daquela forma parecendo tão determinado em fazer algo que não fosse estudar para obter nota máxima em uma prova.

Lorcan começou então a caminhar em direção da próxima estatua brandindo a varinha em direção da mesma e gritando o feitiço congelante que fez o seu serviço com perfeição. Lysander começou a caminhar em direção a parte contraria, ainda sentia não estar forte o suficiente devido a grande perda de sangue que tivera a momentos atrás.

Quando Lysander já se encontrava a poucos centímetros de seu destino pode ver passando por si as garotas, olhou para elas confusa quando pode ver nos olhos de Rose que ela estava tão sem entender as coisas quanto ele. O rapaz então olhou de novo para a estatua da cobra e disparou o feitiço contra a água a transformando em gelo.

_ bom trabalho – disse uma voz atrás do rapaz que ao se virar viu atrás de si algo que o fez engolir em seco.

Atrás do gêmeo estavam Greyback ao lado de mais dois comensais da morte, o lobisomem abriu um grande e feroz sorriso para o sonserino que deu dois passos para trás assustado acabando por tropeçar caindo de costas contra a superfície da água e imediatamente se levantando apoiado na estatua congelada enquanto apontava a varinha para os bruxos das trevas.

_ ah, não seja tolo moleque – disse um dos comensais da morte sem mascara, esse era negro com o cabelo repleto de dredlocks e um cavanhaque – somos três, você não seria tão rápido para nos atingir, ou seria?

_ quer apostar isso idiota – disse Lysander desviando a varinha para ele – estupore.

_ protego – disse o comensal – mais sorte na próxima moleque.

_ experlliarmus – disse o outro comensal, um grandalhão loiro.

Lysander estava tão destraido que nem percebeu sua varinha escapando de sua mão, até o momento em que Greyback a catou no ar em meio a uma gargalhada animalesca. Nos segundos que se seguiram, o gêmeo tentara correr, mas foi pego pelas vestes pelas garras imundas do lobisomem que o arremessou para os comparsas que o pegaram rindo.

_ o que iremos fazer com ele, hein Lobo? – disse o dos dredlocks dando uma chave de braço no garoto, o prendendo pelo pescoço.

_ acho que seria uma boa hora para ataca-lo – disse o grandalhão loiro com uma voz cavernosa enquanto puxava os cabelos do sonserino de forma bruta.

_ por mais que seja tentador – disse Greyback passando sua unha do indicador pelo rosto do rapaz com leveza, o analisando – não, vamos levá-lo ao nosso mestre – ele se voltou para os dois que ainda prendiam o rapaz com os braços – o que estão esperando para amarrá-lo? Vamos lá Jugson, o Rowle o desarmou pelo menos conjure as cordas.

_ e para onde vamos? – disse Rowle enquanto o seu colega conjurava cordas e amarrava as mãos do garoto que tentava se debater inutilmente enquanto começava a sentir seus braços serem atados.

_ para junto do mestre, para onde mais – disse Greyback – ou se não, para o mais longe possível de toda essa água - ele rosnou – odeio estar molhado – o lobisomem começou a caminhar – rápido, venham.

Lysander tentara permanecer fixo no próprio lugar, mas praticamente foi arrancado do chão pelo grandalhão do Rowle de forma bruta ao olhar para os vários lados viu que seu irmão estava o observando de forma surpresa a vários metros dali estático. Lorcan pensara em gritar, mas decidiu ficar quieto e apenas começar a seguir o grupo da distancia em que estava.

Alaric se encontrava no altar, ali havia pouca concentração de água que escorria pelos degraus numa espécie de cachoeira. Os olhos azuis gélidos encaravam a câmara que seu antepassado havia construído e o modo como a estava destruindo naquele momento, não poderia deixar aquelas pessoas vivas e o modo como seus comensais da morte haviam falhado com ele era algo realmente lamentável afinal acreditava que aqueles homens tivessem a mínima competência para vencer aurores, mas haviam sido facilmente humilhados por terceiristas de Hogwarts. Ele sobreviveria, assim como o tumulo não seria afetado pela água o resto daquelas pessoas não importava. Pelo menos ele queria acreditar naquilo, mas havia quem fosse importante demais para morrer ali.

Ele sabia que Luciana sobreviveria, a garota sem duvida era muito forte e arrumaria um jeito de sair dali ou se proteger quando não mais houvesse como respirar. Mas a garota que o preocupava, era outra, aquela que não conseguira matar por mais que precisasse.

O que haveria em Narcisa para fazê-lo se apiedar dela, seria fraqueza da parte do bruxo ou quem sabe algo de maior significado. Não podia negar que havia coisas na Malfoy que o impressionavam, como sua força de vontade, sua personalidade forte que por mais que tenha tentado se aproximar dela enquanto teve em cativeiro ainda sim não tivera sua confiança e pensar que tinha tido a idéia de oferecer a ela  a chance de vir para seu lado. O que mais o fizera admirar a garota fora sem duvida sua fuga, o modo como se arriscou e sua garra para se manter livre foi algo interessante de se ver. Ela e Luciana eram parecidas, mas ao mesmo tempo eram completamente opostas. E era isso que o deixava confuso, as duas partes que o fazia ficar um pouco dividido.

Fora então que pode ver barulhos de algo se agitando na água e ao olhar para baixo no extremo leste, pode notar as figuras encharcadas de seus servos tentando alcançar o ápice do altar a frente deles caminhava com os cabelos e barba negros empapados contra a pele de tão molhados que estavam, Rodolfo Lestrange. Próximo dele vinha às figuras de uma Umbridge ensopada que parecia ter dificuldade em caminhar com seus sapatos de salto sobre o chão molhado e outros dois comensais da morte com as capas pesadamente encharcadas já sem suas mascaras exibindo seus rostos cansados e esgotados.

Alaric tentou não parecer surpreso, afinal não imaginava tamanha persistência de seus subordinados, mas ao que parecia o extinto de sobrevivência às vezes parecia maior, no entanto o ato de vir ali no lugar de fugir podia ser algo a valorizar por lealdade e ou ser somente imensa estupidez. O lord das trevas preferiu pensar na primeira hipótese.

_ o que esta havendo? O lugar esta ficando mais cheio do que o lago negro – disse Rodolfo Lestrange se aproximando perigosamente de Alaric – é mais algum dos seus brilhantes planos, Milorde? – ele falara a ultima palavra com acidez e desdém.

_ controle o pânico – disse Alaric – esta um pouco assustado, eu presumo.

_ morrer afogado não esta nos meus planos para essa noite – disse Rodolfo quase gritando – agora, diga-nos o seu plano.

_ teria cuidado com suas palavras– disse Alaric apontando a varinha para a garganta do comensal – enquanto ainda pode falar, agora, como falei, mas parece que não me ouviu: controle o pânico – ele falou de forma pausada para ver se dessa vez era entendido – sairemos logo daqui.

_ quando? – disse Rodolfo enquanto o rapaz removia sua varinha da parte inferior de seu queixo, o comensal em seguida massageou levemente o local.

_ logo, agora aproveitem a bela vista – disse Alaric sorrindo simplesmente enquanto voltava os olhos para a grande piscina que se formava na câmara secreta.

Alvo e Scorpius duelavam lado a lado contra a comensal mascarada de modo que por mais que tentasse a bruxa não conseguia manter por muito tempo uma disputa com dois oponentes ao mesmo tempo. O moreno podia escutar os ruídos e clarões dos jatos de luz do duelo que ocorria ao lado deles, ao que tudo parecia seu irmão e o Zabini estavam tendo um pouco de dificuldade com a garota.

_ precisamos terminar logo com isso – disse Scorpius ao amigo que assentiu – alguma idéia do que fazer?

_apenas continue atacando, ela não agüentara mais – disse Alvo sem encarar o loiro.

_ ah, você jura? – disse Scorpius sarcástico – isso é muito obvio.

_ também não escutei qualquer idéia vinda de você – disse Alvo e o loiro o olhou torto em seguida puxando o rapaz para longe de um feitiço lançado pela garota.

Scorpius e Albus caíram de frente na água que estava batendo na altura de suas cinturas, pouco mais de um metro de altura. O moreno surgiu com falta de ar assim como o amigo, ambos arfavam, mas começaram a correr pelo menos o máximo que podiam para perto das paredes. Eles se esconderam atrás de uma dobra da parede de forma que a comensal não poderia atingi-los ali.

Tiago pode ver o irmão escondido enquanto a garota se aproximava com dificuldade deles, ao que parecia as vestes pesavam estando molhadas dificultando a locomoção. Ele olhou para Zabini no momento em que este acabara de conjurar um feitiço para protegê-los de um ataque da loira que furiosa soltou um resmungo tornando a atacar.

_ ela esta ficando cansada – disse Eduard – se eu conseguir desarma-la, será a melhor chance que temos.

_ e quanto à outra comensal? – disse Tiago e o sonserino olhou de esguelha para os colegas de casa.

_ parece estar sendo um pouco difícil – disse Eduard tornando a encarar a oponente e tentando se controlar no duelo.

_ os rapazes, temos que dar tempo a eles – disse Tiago o outro assentira.  

_ então, o que espera para ir ajudá-los – disse Eduard com o rosto iluminado por faíscas vermelhas dos reflexos de feitiços que batiam em sua proteção – vai, eu cuido da Malfoy.

Tiago ficou encarando ambas as cenas algumas vezes, se perguntando se realmente o campeão conseguiria vencer a sua disputa já que por mais cansada que estivesse a comensal sempre poderia recorrer a alguma maldição para por um fim naquela brincadeira.

_ me diga quando – disse Tiago se defendendo dos ataques que recebia enquanto esperava o sinal de seu colega de quando fosse o melhor momento para agir.

_ agora – disse Eduard assumindo a proteção sobre o ruivo que correu em direção aos dois escondidos lançando centelhas vermelhas contra a face mascarada da comensal.

_ corram, rápido – disse Tiago sem encarar o irmão e o amigo, ainda tendo os olhos sobre a garota tentando atrasa-la.

Scorpius percebeu que Alvo estava um pouco surpreso sem entender a velocidade que o irmão havia assumido de repente a garota que os atacava, o loiro então pegou o moreno pelo pulso e começou a puxá-lo para longe deles para que fossem na mesma direção que as garotas haviam ido. Ambos logo estavam correndo o mais rápido que podiam naquelas circunstancias, sem olhar para trás.

_ eles conseguiram – disse Tiago em meio a risos para Eduard que esboçara um sorriso também, aquelas duas palavras chamaram a atenção da loira que voltou seus olhos surpresos para os dois rapazes que escapavam.

_ mas o que... – disse Luciana entre dentes, ela então se voltara para o ruivo e apontara sua varinha para ele, uma energia verde começou a se formar na ponta – Avada... – o grifinorio fechou os olhos alguns segundos antes de escutar a conclusão da maldição.

_ Incarcerous – o ruivo pode ouvir Eduard gritar e ao olhar rápido viu que ele havia conseguido amarrar a loira que agora estava envolta até o pescoço por uma corda negra.

_ Zabini – disse Tiago para o rapaz que corria em sua direção, a comensal tentou prender o ruivo pelo braço, mas este deu um soco nela a fazendo voar em direção a água enquanto corria ao encontro do outro campeão – vai, vai... – e ambos começaram a correr na direção que os rapazes haviam ido.

Luciana gritara de raiva, enquanto a comensal se recuperava do golpe e olhava para a loira que se debatia amarrada e as cordas prendiam ainda mais. Ao perceber o olhar da garota, Malfoy a encarou com um olhar banhado de ódio e soltou um grito que mais parecia um rosnado.

_ o que esta esperando sua inútil, me ajude agora – disse Luciana raivosa - e seja rápida – a comensal já estava com a varinha sobre as amarras e murmurava o contra-feitiço que fez as cordas afrouxarem.

Rose estava cansada, não podia mais agüentar correr tanto daquela forma e ao que parecia a irmã de Scorpius simplesmente queria persistir e foi com força que conseguiu se soltar da pressão que a loira mantinha em seu pulso. Ambas pararam, e Narcisa pode ver nos olhos da garota que estava com uma expressão questionadora foi então que a garota apontou para o altar a poucos metros deles e a ruiva pode ver as pessoas que se encontravam nele.

_ só pode esta brincando – disse Rose – me diz que você tem a droga de um plano.

_ tenho sim – disse Narcisa para então notar os vários comensais que rodeavam o lord das trevas, por sorte todos pareciam estar em meio a algum dialogo que não prestaram atenção nas garotas – venha, vamos chegar por trás deles e atacar.

_ é um plano terrível – disse Rose num tom espantado enquanto a loira a pegava pelo pulso novamente com mais força e a arrastava para o lado direito da câmara.

_ é o melhor que temos – disse Narcisa enquanto ambas começavam a se agachar e tentar escalar as escadas, naquele momento as duas já haviam pensado seriamente que deveria ter arrastado mais alguém e tinha certeza que a ruiva a estava xingando mentalmente.

Quando ambas já estavam no altar e próximas do tumulo branco se viram as costas dos inimigos naquele momento, a terceirista murmurou um o que fazemos para a mais velha que indicou a varinha dela e indicou para a cabeça os comensais.

_ derrube – disse num sussurro Narcisa, a garota a olhou descrente.

_ não, ainda não é a hora – disse Rose incrédula – tenha calma.

Alaric pareceu ouvir cochichos, inclinou a cabeça em busca de tentar ouvir melhor de onde vinha antes que as vissem, as garotas se agacharam atrás da sepultura de mármore e ficaram ali encolhidas. O lord das trevas deu alguns passos na direção das duas que puderam ver seu reflexo no espelho aquático que cobria o chão e a ruiva apertou fortemente a mão da mais velha num ato de nervosismo enquanto a outra dizia para que se acalmasse que tudo acabaria bem.

_ Milorde – disse uma voz, ao que parecia era Umbridge – alguém se aproxima.

O lord das trevas tornou a se aproximar da beirada encarando lá embaixo Greyback que vinha ao lado de dois outros comensais e em que um deles carregava para surpresa dos outros, um dos terceiristas que haviam enfrentado. O lobisomem já se encontrava no ápice do altar ao lado de seus comparsas e de Lysander que continuava a se debater.

_ o que temos aqui – disse Alaric encarando o gêmeo com surpresa – sem nenhuma mordida, ao que parece o nosso Lobo esta ficando civilizado – todos riram ao que o lobisomem rosnou.

_ ele estava congelando as estatuas, impendido à passagem da água – disse Greyback – achei que o senhor gostaria de tomar as devidas providencias.

Alaric fez um gesto e Rowle jogou o gêmeo com brutalidade no chão, ele se pos de joelhos ainda resmungando enquanto erguia os olhos ferozes em direção dos comensais ao seu redor, mas o que lhe chamou a atenção foi a face sardenta de uma Weasley que ele viu por de trás do tumulo. Mais que rapidamente o loiro desviou o olhar com medo que percebessem onde Rose estava escondida.

_ eles o pegaram – disse uma voz atrás das garotas e a ruiva teria gritado de surpresa se não tivesse sido calada pela mão do garoto que fez um gesto para que ficasse em silencio.

_ Lorcan – disse Narcisa e o gêmeo desviou os seus olhos enormes e azuis para a irmã de seu amigo e tentou esboçar um sorriso forçado.

_ hei Narcisa – disse Lorcan parecendo levemente animado - é bom ver você livre – ele desviou o olhar novamente para os comensais mais ao longe – agora quem temos que libertar é o meu irmão.

_ como isso aconteceu? Pensei que estavam juntos – disse Rose e o loiro pareceu levemente decepcionado com algo, talvez ele mesmo.

_ ele falou para nos separarmos, eu avisei que era uma má idéia – disse Lorcan – mas Andy não costuma dar muita atenção para as coisas que eu digo.

Rose colocou a mão no ombro do amigo de um modo compreensivo enquanto a loira tornava a encarar os outros comensais que pareciam estar novamente interessados em algo que ela não podia ver de onde estava. O lord das trevas perdeu o interesse em seu prisioneiro indo para próximo de onde os seus servos estavam e encarando o que viam novamente alguém se aproximava, mas desta vez não era nenhum de seus aliados.

Alvo e Scorpius haviam parado a poucos metros do altar ao perceber o olhar dos inimigos sobre eles, ao que parecia tinham acabado de entrar na linha de tiro dos comensais que ao sinal do líder começaram a disparar azarações contra os dois que correram tentando se desviar e às vezes conseguindo se proteger com feitiços escudos. 

_ eles nunca aprendem – disse Rodolfo soltando uma risada enquanto lançava feitiços em Scorpius que se desviava com dificuldade.

Rose olhou para os outros dois podendo ver a compreensão no olhar deles e sabia que aquela era a hora. A ruiva saltou para fora de seu esconderijo já lançando feitiços, um de seus feitiços estuporantes atingiu a nuca de um comensal enquanto Lorcan petrificava outro, o ataque foi tão surpreendente que os bruxos das trevas ficaram confusos por alguns segundo se perguntando de onde haviam surgido aqueles jovens.

Agora o grupo de bruxos das trevas havia se dividido. Alaric gritara ordens rápidas, Umbridge e Rodolfo se transformaram em fumaça negra voando na direção dos dois sonserinos, começando um duelo fervoroso com aqueles rapazes.  Enquanto Greyback e os outros comensais remanescentes atacavam os terceiristas ao lado do próprio lord que encarou seriamente Narcisa que soltava as amarras do gêmeo capturado.

_ ainda me surpreendo com sua ousadia – disse Alaric caminhando até a loira que pegou uma das varinhas do bruxo que havia sido estuporado.

_ é, nada mal não é? – disse Narcisa apontando para o líder dos comensais – para um plano feito as pressas, é realmente brilhante.

_ quanta modéstia, agora abaixe a varinha – disse Alaric autoritário – você não quer me machucar – ele se aproximava – não teria coragem de me ferir.

_ não conte com isso – disse Narcisa e um gesto de varinha fez com que um jato voasse na direção do moreno que defendeu com um feitiço igualmente mudo.

_ que pena, não deveria me atacar – disse Alaric com um falso tom de decepção – poderia tentar um dialogo sabia? Adoraria ouvir o que tem para me dizer - ele parara de caminhar ficando pouco mais de dois metros da garota - mas já que é assim – ele tomou a posição de duelo e lançou um jato vermelho da varinha.

Eduard e Tiago chegaram ofegantes próximos do lugar onde puderam ver uma serie de duelos sendo travados ali, tudo parecia um verdadeiro caos até que o ruivo localizou na parte mais elevada a face de sua garota que enfrentava pessoalmente o próprio lord das trevas. Foi então que sentiu alguém lhe empurrando, era Zabini que o impedira de ser atingido por um jato que fora lançado por Luciana que se encaminhava rapidamente ao lado da comensal mascarada.

_ é aqui que nos separamos, eu cuido delas não se preocupe – disse Eduard – vá atrás da Narcisa, ela precisa de você.

Tiago sorriu levemente enquanto saltava e subia no altar meio desajeitado sem olhar para trás.  Alvo acabara de derrubar a antiga secretaria sênior do ministério com uma azaração para repelir bicho papão, ao olhar para o lado e perceber a presença de Eduard que duelava com duas oponentes ao mesmo tempo, correu para ajudá-lo enfrentando novamente a comensal da morte encapuzada.

Rose havia sido posta para fora de combate pelo lobisomem que com um soco fizera a garota cair de encontro com o chão. Lysander duelava com Jugson em alguns dos degraus do elevado, a poucos metros dali Lorcan enfrentava um dos comensais sendo estuporado e deslizando o chão até próximo do tumulo branco de mármore. Scorpius duelava com Rodolfo que parecia estar levando a melhor para cima do loiro. Greyback percebendo o ruivo que avançava para próximo do altar, agora o enfrentava aos pés do altar.

Alvo acabou por atingir a comensal atingindo a mascara e a fazendo voar, foi com espanto que o sonserino encarou o rosto da garota e reconheceu os traços leves e os belos olhos dela que pareciam vazios. Foi sem perceber que ele abaixou a guarda ainda impressionado, mas ao que parecia todos os gritos de feitiços e jatos de luz se chocando com superfícies sólidas ou simplesmente zumbindo no ar pareciam ter silenciado.

_ Alice – disse Alvo surpreso enquanto a sua namorada vestida de comensal avançava para cima dele tentando ataca-lo com mais feitiços que ele se defendeu no susto – o que esta fazendo?

_ ela esta sobre a maldição imperius – disse Scorpius ao notar a confusão no rosto do amigo se aproximando dele após ter conseguido petrificar Rodolfo – esta sendo controlada – ele teve que se proteger igualmente ao moreno dos jatos de luz vermelha que a garota lhes dirigia.

_ imperius? – disse Alvo sem acreditar ainda vendo a face furiosa da garota que não sabia o que fazia, o rapaz simplesmente se defendia, não podia atacar a própria namorada agora que sabia que se tratava dela.

_ algumas pessoas simplesmente não sabem o que fazem – disse Scorpius protegendo o amigo quando percebeu que ele havia sido desarmado – acho que devo assumir agora.

_ não, não a machuque – disse Alvo ultrapassando o loiro e entrando entre os dois duelistas, mas o outro rapaz tentou impedi-lo de andar.

_ o que esta fazendo? – disse Scorpius.

_ vou tentar tira-la dessa, o que mais deveria fazer? Ver meu melhor amigo estuporando a minha namorada não deve ser algo muito agradável – disse Alvo se soltando do aperto de Malfoy – agora, me deixe...

_ ela não vai reconhece-lo – disse Scorpius.

_ é da Alice que estamos falando, deixe-me tentar – disse Alvo e o loiro deixou que fosse, assim o rapaz começou a caminhar em direção a morena que apontava a varinha seriamente para ele.

_ não vai me atacar, eu sei que não – disse Alvo – tente se lembrar de mim, do que represento para você – ele se encontrava tão próximo, que a garota estava com a varinha apontada para o peitoral dele – vamos, seja forte Alice – foi o momento em que ela tentou dar alguns passos para trás para atacar, mas foi segurada pelo Potter.

_ Al - disse Scorpius quase gritando.

_ você é Alice Longbottom – disse Alvo para a garota a segurando fortemente contra ele, no inicio ela se rebatia tentando se soltar – filha de Neville e Hannah, irmã de Frank e Augusta... Minha namorada, é isso que você é – o rapaz a pegou no rosto a forçando a olhar nos olhos – uma garota doce, alegre engraçada e bonita que nunca machucaria as pessoas que ama, nunca feriria seus amigos – ela já não mais se debatia, apenas escutava imóvel - É essa pessoa que você é, agora volte para a gente... Preciso que se lembre... Preciso de você de volta, entende?

_ A-Al... – disse Alice fracamente.

_ sim, isso... Sou eu, bem aqui na sua frente – disse Alvo sorrindo ao ver que o que estava fazendo estava funcionando.

Os olhos da garota começaram a tomar mais cor à medida que ela parecia voltar a si, as palavras que Alvo entoara fizeram com que a garota tivesse forças para lutar contra a maldição que a dominava e aquilo logo havia perdido sua força quando ela já havia resistido por completo.  O sonserino sorrira enquanto a garota simplesmente o abraçou fortemente como se nunca mais fosse soltar, em seguida os dois se beijaram de um modo que não foi demorado, mas transmitiu muita importância para o momento.

_ pessoal temos que ir, agora – disse Scorpius começando a correr enquanto ambos também seguiam indo em direção a onde a batalha continuava.

Lorcan resmungava ainda caído no chão, à água molhava a lateral da sua face o fazendo às vezes inala-la e resmungar por engasgar. Foi então que o gêmeo começou a ouvir algo, no inicio era algo próximo de um sussurro imperceptível e aos poucos foi ficando mais clara se revelando uma voz pacifica que transmitia uma aura de sabedoria.

_ abra os olhos Lorcan – disse a voz, o loirinho fechara mais as pálpebras – a algo que você deve fazer Lorcan Scamander.

_ eu devo? – disse Lorcan abrindo os olhos, mas não havia ninguém e o que mais o surpreendeu é que ele também não havia falado nada – onde você está? Na minha cabeça por acaso?

_ apenas escute minhas palavras meu jovem, suas perguntas se responderam sozinhas – disse a voz – mas não estou em sua cabeça, não estou.

_ o que quer de mim? – disse Lorcan se apoiando nos cotovelos e erguendo a cabeça, mas tudo ao seu redor parecia estar em câmera lenta como se algo houvesse paralisado os duelistas.

_ me liberte, é isso que você deve fazer – disse a voz e o jovem olhou para o lado e pode perceber uma luz escapando pela fresta do tumulo – só você pode – o gêmeo se levantou e caminhou um pouco mancando em direção ao grande monumento de mármore.

_ você está ai por quanto tempo? – disse Lorcan deslizando os dedos pela fênix esculpida na parte superior.

_ muito tempo, esta na hora de me libertar – disse a voz – você precisa fazer isso...  Agora, abra a tampa.

_ não vai me ferir? – disse Lorcan puxando a mão para longe do tumulo.

_ não me tema, não irei feri-lo – disse a voz.

_ como devo acreditar? – disse Lorcan com as mãos próximas da tampa – se não vejo.

_ você nunca precisou ver algo para acreditar – disse a voz – não deveria começar agora apenas tenha fé em minhas palavras, é o que peço.

Tiago conseguira estuporar Greyback bem no rosto o fazendo tombar sobre os degraus enquanto o ruivo avançava cada vez mais. Foi então que sentiu os vários feitiços sendo disparados as suas costas ao olhar para trás pode ver que estava sendo seguido por duas pessoas sendo uma delas Zabini e a outra Luciana.

_ Narcisa – disse Tiago para a loira quando a avistara, seu grito chamou a atenção tanto dela quanto do oponente da garota que o atacou.

O grifinorio se defendeu e contra atacou trocando a atenção do lord das trevas da garota para ele próprio, o que foi mais que à hora já que assim que o duelo fora interrompido a garota simplesmente caiu no chão de joelhos pelo cansaço. Tiago pode ver o momento em que Eduard chegou próximo dela para socorrer-la, se abaixou ao seu lado para ampará-la e ajudar a tirá-la dali.

_ venha – disse Eduard abraçando a garota e tentando levanta-la.

_ não tão rápido – disse Luciana atacando os dois, o feitiço teria atingido ambos se a irmã mais nova não tivesse defendido o ataque da mais velha num gesto abrupto.

Narcisa se livrara dos braços do moreno o empurrando para trás dela, e começando um duelo com a própria irmã. Ambas trocaram alguns feitiços, estavam igualmente esgotadas depois de tanto lutar, mas parecia que o fogo havia reacendido em seus olhos as impedindo de desistir. Eduard ergueu sua varinha pronto para entrar na luta quando foi alertado pela grifinoria para que ficasse fora da disputa, mesmo impedido de lutar permaneceu olhando de perto o duelo de ambas. O que se seguiu foi uma serie de feitiços mudos com jatos de luz voando de ambas as oponentes enquanto eram chocadas contra barreiras mágicas ou passavam próximas dos alvos.

Tiago atacava com violência o seu oponente que simplesmente se defendia, num momento de distração o rapaz acabou sendo atingido por um dos feitiços perdidos do outro duelo que ocorria ao seu lado sendo este das duas Malfoys. A dor que percorreu o ponto da espinha fora bastante forte que o fez urrar e deixar cair à varinha de sua mão sendo em seguida chutado pelo lord das trevas de uma forma bruta para que caísse a seus pés.

O grito do grifinorio chamou a atenção da loira que abaixou a guarda no momento em que sua irmã se levantara do chão rapidamente correndo em sua direção para atacá-la, teria conseguido se Eduard não tivesse se colocado na frente da dela e interceptado a opressora agarrando seu braço e torcendo-lhe o pulso em que estava a varinha. Luciana caiu no chão de joelhos pela dor no momento seguinte o sonserino lhe apontava a varinha bem em frente a seu nariz com um sorriso vitorioso.

Tiago se erguera novamente do chão contra atacando e correndo para longe do rival em meio a cambaleantes passos. Alaric ainda duelava com Tiago que parecia estar fraquejando pelo cansaço em manter tamanha disputa tão acirrada, foi então que percebeu o estranho brilho luminoso vindo da parte lateral de onde estavam, vinha da sepultura de mármore. A luz começou a envolver todo o lugar, à medida que Lorcan movia a tampa até ela ser removida por completo e um grande clarão ter tomado toda a câmara cegando por alguns segundos todas as pessoas ali dentro. Um grande vento passou de repente pela sala fechada apagando todas as tochas que ainda permaneciam acessas e a escuridão apenas era quebrada pela luz mais fraca que emanava do tumulo e iluminava o rosto do jovem sonserino que encarava assombrado o interior do recíproco.

Lorcan encarava a sua frente o corpo sem vida de um homem com longas barbas brancas e cabelos, óculos que pendiam no nariz quebrado e a pele com alguns pequenos rastros da idade, rosto comprido e seus olhos estavam fechados como se apenas adormecera quando na verdade não mais vivia. O rapaz sabia de quem se tratava, afinal vira seu retrato algumas vezes na sala da diretora ao lado dos outros que haviam antecedido McGonagall, só não esperava que um dia fosse vê-lo pessoalmente. Por mais que houvesse passado mais de vinte anos de sua morte, o corpo ainda se mantinha intacto como se ainda vivesse o que apenas a magia poderia explicar tamanha conservação.  

Foi então que viu entre as mãos colocadas no colo repousava uma varinha, ela parecia um pouco danificada como se possuísse uma historia triste e cheia de batalhas, mas em sua ponta cintilava um fio de luz que era o responsável por iluminar todo o lugar. O rapaz então esticou suas mão e puxou a varinha para olhá-la melhor e estando com ela em sua posse sentiu a varinha vibrar com força até que sentiu todo o local voltando a clarear com as tochas tornando a se acender e o que mais lhe desgostou foi perceber que havia atraído toda a atenção dos comensais presentes, mas era o líder deles que parecia mais interessado e esboçou um sorriso ao ver a varinha nas mãos do rapaz.

Lorcan ao perceber a presença do bruxo das trevas recuou para trás, começando a correr, mas Alaric lhe atacara lançando um feitiço que não o acertou, mas passou raspando em uma de suas pernas o que acabou fazendo o garoto escorregar no chão molhado e deixando a varinha cair os degraus e ir quicando em cada um antes, no entanto de concluir o seu encalço foi detida pela mão de uma pessoa que a pegou em uma das mãos a erguendo em frente aos olhos verdes brilhantes. Alvo tinha em mãos a varinha das varinhas agora, e o seu olhar com o de Alaric se cruzou enquanto o bruxo das trevas descia os degraus ficando frente a frente com o garoto no final das contas.

_ parece que no final sempre teremos um encontro um com o outro – disse Alaric friamente para o sonserino que sentiu como se uma brisa fria lhe cortasse as orelhas no mesmo momento que escutou aquela voz – acho que se lembra de mim.

Scorpius concluira o percurso na escada e se encontrava próximo de Rose que observava toda a cena ainda meio deitada no chão desde que despertara. Lorcan se arrastara para longe do tumulo com a perna ferida em seguida recebendo ajuda de Lysander para ficar de pé, o irmão havia terminado seu duelo pouco antes de toda aquela luz inundar a câmara.

Tiago ficara parado no mesmo lugar em que estava enquanto ainda duelava com o adversário, agora encarava o irmão frente a frente com o bruxo das trevas. Praticamente todos mantinham os olhos na imagem de ambos se encarando que nem perceberam o momento em que barulhos de pequenas rachaduras se iniciaram. O gelo das estatuas das cobras estava se rompendo e logo toda a água escaparia.

Aquilo, no entanto não passara despercebido por um trio de comensais da morte que se localizavam na base da escada, o de longos cabelos e barba negra desviou o olhar para o poderoso símbolo de sua antiga casa e pode perceber água escapando pela garganta da serpente uma grande rachadura.

_ Greyback – disse Rodolfo chamando a atenção do lobisomem – desperte os outros e diga para que saiam daqui imediatamente.

_ mas, não podemos deixar o lord das trevas para trás – disse Umbridge se virando espantada para o comensal com o que acabara de ouvir vindo dele.

_ prefere morrer então, pois bem que fique – disse Rodolfo grosseiramente indicando a rachadura – só não posso dizer que os outros preferiram ficar aqui.

_ só espero que o lord não nos puna por abandona-lo – disse Greyback enquanto subia as escadas se escorando na parede para não escorregar.

_ não o estamos abandonando, ele não precisa de nos para vencer essa batalha – disse Rodolfo encarando o herdeiro de Voldemort com nojo – nossa parte acabou, deixe o moleque resolver tudo sozinho.

Alvo caminhou para trás, tomando distancia do inimigo para poder vê-lo melhor e poder se defender quando este atacasse. Ainda estava de mãos dadas com Alice que ele protegia a mantendo atrás de seu próprio corpo, pode perceber que não era apenas que estava com medo já que pode perceber a frieza da pele da garota de repente, ao que acontece com pessoas que estão de frente para algo que temem.

_ vejo que conseguiu colocar a garota para fora da maldição, o que revela o modo como você pode ser realmente um adversário valoroso não é mesmo Alvo – disse Alaric e o terceirista sentiu-se estranho ao ver o nome saindo pela boca daquele sujeito.

_ f-foi ele que me amaldiçoou – disse Alice num sussurro – me colocou sobre a imperius e me fez enfrentar vocês.

_ tenha calma, esse idiota vai se arrepender do que fez – disse Alvo – eu sei que vai.

_ sinto coragem em suas palavras meu caro, mas não sei se você teria uma atitude tola o bastante para pensar que pode me enfrentar – disse Alaric com rispidez.

_ eu tenho a varinha – disse Alvo agitando o objeto na direção do oponente, sua voz era dura e soava em toda a dimensão da câmara – ela é minha agora, não há como ser derrotado por você ou ninguém.

_ seu pai já deve ter lhe dito varias vezes que não é a varinha que faz o bruxo – disse Alaric grosseiramente – agora desista, mesmo que me ataque não ira me ferir.

_ Estupefaça – disse Alvo e o homem diferente do esperado não se desviou, apenas esticou uma das mãos e agarrou o feixe de luz com uma das mãos o mantendo e seus dedos como correntes elétricas percorrendo em seus dedos em forma de energia.

_ surpreso? – disse Alaric erguendo a mão com os raios vermelhos na frente do rosto de modo que seus olhos tomaram um tom avermelhado demoníaco – então olhe para isso – ele estalou os dedos e a energia vermelha se tornou uma grande chama verde que cintilava em seguida ele apontou para o rapaz e uma grande labareda atingiu o peito do terceirista que urrou de dor.

Alice olhou para Alvo quando o namorado contorceu a cara numa careta de dor, a lufana apertou sua mão e murmurava coisas para que o sonserino reagisse, mas nada acontecia tudo parecia continuar o mesmo desde que ele parara para enfrentar o lord das trevas. Ela pode ver o esboço de um sorriso na face do líder dos comensais.

Scorpius encarou Rose em confusão, tentando buscar na ruiva alguma explicação para tudo que estava havendo, mas tudo parecia tão sem sentido para ela quanto para qualquer outro que não entendia o que acontecia.

_ é uma batalha interna – disse Lorcan não muito longe do casal, ambos voltaram seu olhar para o amigo em busca de respostas – não esta acontecendo aqui, e sim em outro lugar.

_ onde é esse lugar? – disse Rose se apoiando em Scorpius para que este lhe ajudasse a se levantar. 

_ na mente deles – disse Lysander e o silencio tornou a tomar conta deles que tornaram a encarar a cena que acontecia nas escadarias.

Alvo se encontrava ofegante, toda a sua veste ainda fumegava enquanto ele se mantinha meio encurvado para trás sendo abraçado por Alice que tentava conforta-lo. Alaric dera alguns passos na sua direção ainda com a mão estendida.

_ me dê a varinha – disse Alaric - e tudo vai ficar bem, não precisara mais sofrer.

_ vai me matar se eu lhe entregar – disse Alvo gritando enquanto erguia novamente a varinha dessa vez apontando para o peito dele – se a quer, venha pegar a força.

_ bastante corajoso – disse Alaric – é um grande orgulho ter-lo na sonserina, creio que muitos grifinorios devem ter chorado a perda de tão valorosa aquisição afinal são eles os heróis, não eu ou você.

_ cala boca – disse Alvo berrando novamente um outro feitiço qualquer que simplesmente se desfizera em fumaça quando atingira o rosto do bruxo como se tivesse batido em uma armadura natural – por que você não é afetado...

_ porque você é um fraco, não vai me derrotar – disse Alaric – a varinha é poderosa em mãos que são capazes, o que não é o caso.

_ mentira – disse Alvo – Estupore – dessa vez nem mesmo o jato de luz saira da ponta.

_ desista – disse Alaric novamente – vamos, é o único jeito para que tudo acabe bem.

_ bem para você quer dizer – disse Alvo rindo amargo.

_ não, para todo mundo – disse Alaric estalando os dedos e num piscar de olhos ele não estava mais tão próximo de Alvo, para dizer a verdade se encontrava no mesmo lugar em que iniciara a conversa só que dessa vez estava com outra pessoa em seu poder.

Alvo olhou para trás para se certificar que era um truque, só podia ser afinal Alice estava ali próximo dele agora pouco não havia como ele de repente aparecer daquela forma ali próximo dele. Ele a prendia de forma segura passando um dos braços ao redor do pescoço dela enquanto com a outra mão mantinha uma varinha próxima de seu olho.

_ solte-a agora, ela não tem nada haver com isso – disse Alvo nervoso.

_ você poderia ter tornado as coisas mais fáceis para todos, deve se lembrar disso Alvo – disse Alaric displicente – então mais uma vez tome a escolha certa.

Um silêncio rondou os dois enquanto o terceirista encarava a namorada assustada que murmurava para que ele não fizesse aquilo, mas podia se ver o rosto amedrontado dela. A ponta da varinha exibia uma luz verde como se queimasse em brasa.

_ Alice... – disse Alvo tristemente, olhando a varinha em suas mãos e depois a garota, ele não permitiria que ela se machucasse, os olhos de Alvo e Alice se encontraram e ele sabia exatamente o que fazer.

_ parece que já tomou sua decisão – disse Alaric pegando-a pelos cabelos e os puxando com força – ou talvez precise de um ultimo incentivo quem sabe? – ele então atirara a lufana no chão e apontara sua varinha para a garota – Crucio.

Alice começou a gritar e se contorcer no chão no mesmo instante em que Alvo corria até a garota e se jogava ao seu lado ainda temendo em tocá-la afinal é difícil segurar alguém quando essa pessoa não para de se debater. Ele começou a chorar silenciosamente enquanto gritava para que o homem parasse o que estava fazendo.

Alaric sorriu enquanto torturava a garota aumentando ainda mais a maldição já que a morena simplesmente esbravejava gritos que ecoavam pelo lugar de uma forma angustiante.

_ Pare de machucá-la – disse Alvo – por favor, pare... – em meio a soluços de seu choro o garoto esticou a varinha – você venceu, pegue-a é sua.

_ claro que é – disse Alaric pegando o objeto e o terceirista pode ver em sua mão ali presente o anel dos Peverell com a pedra da ressurreição incrustada.

Alvo tremera ao se focalizar no sinal da pedra negra, o símbolo das relíquias da morte, de modo que o garoto piscou algumas vezes e quando percebeu ainda estava de joelhos, mas não estava com a namorada no chão e sim ainda segurava sua mão e chamava por seu nome com nervosismo.

_ como você pode? Eu não acredito que fez isso, não podia ter entregado a ele – disse Alice de modo que fez o sonserino a olhar confuso.

_ mas ele estava te torturando – disse Alvo olhando para a garota que ainda mantinha uma cara de descrença parecendo não entender o que ele queria dizer.

_ do que esta falando Al? – disse Alice sem entender.

_ você esta bem – disse Alvo para a lufana para então desviar o olhar para o homem que exibia  a varinha de sabugueiro em uma das mãos – era um truque, nunca aconteceu.

_ sim, aconteceu – disse Alaric levando a ponta da varinha para a cabeça - aqui – ele dera um leve toque na lateral da testa.

Alvo teria dito mais alguma coisa, mas o que se seguiu foi o som de grandes rangidos que chamou não apenas sua atenção como a de todos que perceberam as estatuas congeladas rugindo liberando torrentes de água que chegavam ao teto da câmara. Alaric deu uma ultima olhada para o terceirista e em seguida se desfez em fumaça negra escapando por uma das tubulações do local o mesmo foi feito pelos comensais que seguiram o mestre.

Luciana aproveitou a distração dos outros em especial de Eduard que encarava a cena pelo canto dos olhos que não percebeu o movimento discreto que a loira fizera levando uma das mãos até o bolso interno da capa e tirando dali a imagem clara e reluzente de uma lamina de prata pertencente a sua adaga. O que veio a seguir foi ela fechando bem seus longos dedos no cabo e efetuando um golpe certeiro contra o seu antigo companheiro.

Eduard não teve tempo de gritar de dor, a lamina cortara penetrara a base de seu abdômen e num segundo movimento dessa vez horizontal viera rasgando a carne e causando um estrago ainda maior fazendo muito sangue começar a escapar da ferida e parte dele espirrar contra o rosto da comensal. Narcisa somente pode ver o momento em que o sonserino afrouxara o pulso da outra loira e quando esta lhe dera um leve empurrão para trás o fazendo cambalear e teria caído as escadas se a grifinoria não apoiasse o amigo, mas não pode mantê-lo em pé apenas o escorou até o chão sentando-se a seu lado.

Os dois pares de olhos azuis acinzentados se cruzaram, e a mais nova pode ver com clareza alguns respingos vermelhos no rosto da irmã e na lamina em suas mãos e ao encarar aquele que estava em seus braços pode ver um grande corte aberto lhe estrondo o tronco e de onde escapava uma quantidade densa de sangue que se misturava a água presente no chão criando uma grande poça avermelhada.

Tiago olhava para a cena estático, não pode acreditar como a garota fora fria o bastante para esfaquear uma pessoa se fosse tão fácil, ele sentiu a loira esbarrando nele mas não pode segura-la pois ela simplesmente se desfez em fumaça e escapou num jato negro pelo mesmo caminho que seus colegas haviam ido.

_ tire todos daqui – disse Tiago para Scorpius que assentiu enquanto ajudava Rose correr em direção as tubulações – vamos, rápido – ele pode viu que o irmão teve que praticamente ser arrastado pela namorada já que parecia estar em choque, mas não teve tempo para dizer nada simplesmente correu em direção da loira.

_ Ed... – disse Narcisa à cabeça do amigo em seu colo enquanto desviava a visão da irmã para encarar o amigo ferido – não se preocupe, vai ficar tudo bem... Eu sei disso.

_ Zabini – disse Tiago se ajoelhando ao lado dos dois, ele parou alguns segundos para encarar o corte, era horrível como se tivesse sido causado por algo mais letal do que a simples lamina em si – v-vamos te tirar daqui, esta bem? Daremos um jeito nisso.

_ o otimismo de vocês é admirável – disse Eduard fracamente, ele tentara rir, mas a face se contorceu em uma careta de dor – mas sejamos sinceros, pelo menos dessa vez não há como resolver...

_ não, você que esta sendo pessimista, eu sei que há um feitiço – disse Narcisa em meio a lagrimas então se voltando para o ruivo a seu lado – diga a ele, vamos fale para que não desista assim...

_ não chore, por favor... – disse Eduard com a respiração pesada – não quero me lembrar de você assim...  – ele acariciara a mão da garota – eu sei... Que tudo foi parte de um plano, mas quero que saiba que você significa muito para mim e eu quero que seja forte... – sua voz saira engasgada nesse momento, o moreno naquele momento também chorava ao lado da garota - seja f-forte, pois irão precisar disso, todos precisam... Eu sei que ele precisa... es - espero que você seja muito feliz também – ele se voltou para Tiago nesse momento – faça isso por mim sim? Seria um pecado para o mundo não ver um sorriso dela com tanta freqüência.

_ eu vou – disse Tiago e a loira o encarou naquele momento.

_ n-não sei... se você poderá me perdoar um dia, mas, p-por favor, me prometa que fará o possível para d-derrotar aqueles... – disse Eduard então começando a tossir e um pouco de sangue começou a tingir seus lábios.

_ por favor, não fale mais – disse Narcisa angustiada.

_ prometa... - disse Eduard e o ruivo assentira fazendo o campeão da sonserina sorrir fracamente – cuide dela para mim, e apóie o seu irmão sempre fique do lado dele... N-nunca se separem, pois isso os tornara fracos... – ele tossiu algumas vezes – diga para ele dar uma chance para o Zack, ensine a e-ele a escolher o c-caminho certo... Que acredite que ele p-pode m-mudar...

_ eu direi – disse Tiago e o moreno apertou fortemente sua mão em seguida desviando seu olhar para a loira e assim permaneceu por alguns segundos apenas a encarando por alguns segundos com dificuldade para manter os olhos abertos já que estes continuavam a tentar se fechar varias vezes até que não mais lutaram se fechando por completo.

O ruivo sentiu o aperto da mão do rapaz se afrouxar e escorregar por entre seus dedos, ao perceber que ele havia partido a grifinoria chorou muito abraçando com força o corpo enquanto Tiago a abraçava pelos ombros a fazendo encostar a cabeça contra o peito, mas em momento algum desviando seus olhos da face pálida daquele que havia sido seu maior rival que agora ele sentia sua perda.

Tiago se lembrou rapidamente das cenas em que conheceu o rapaz, dos momentos ruins em que o odiou assim como aqueles que mesmo por necessidade tiveram que fazer uma sociedade. Não sabia mais se aquele era seu amigo, mas sabia que havia marcado-o de alguma forma que não compreendia.

_ precisam vir comigo, agora – disse Scorpius surgindo atrás deles, o rapaz parecem surpreso com a cena mantendo o olhar descrente preso a face pacifica de Eduard no chão mas ao sentir um novo tremor tornou a olhar para o casal – por favor...

_ vá com seu irmão – disse Narcisa a garota que o olhou com os olhos vermelhos pelo choro – eu cuido dele – o ruivo indicou o moreno com um leve aceno de cabeça.

_ mas... – disse Narcisa soluçante.

_ ele merece uma cerimônia decente, que a família se despeça assim como os amigos – disse Tiago olhando para o rapaz de olhos fechados – o mínimo que devo fazer é dar a ele essa honra.

O loiro puxou a irmã que cambaleou inicialmente com dificuldade olhando para trás e podendo ver o namorado carregando o corpo de Eduard no colo enquanto seguia os dois que iam à frente para uma das passagens da tubulação. Naquele momento a água já estava na altura de suas canelas enquanto o ruivo lutava para alcançar a passagem circular pelo qual, os dois loiros haviam desaparecido. Ele nem se lembra do que houve depois, apenas escorregou pelo cano surgindo no lugar onde havia chegado a que todos estavam reunidos ao redor da taça tribruxo apenas esperando por aqueles que faltavam.

Tiago não se prestou em explicar o que havia acontecido com o sonserino, muito menos a loira e o seu irmão que simplesmente entraram no circulo e juntos com os outros agarraram e sentiram seus estômagos revirarem e tudo girar ao redor como se estivessem em um redemoinho. O ruivo logo não se via mais nas profundezas da câmara secreta, ele estava novamente no labirinto mais precisamente do local onde ele e os outros campeões haviam partido.

A pedra do labirinto começou a se mover, o restante do grupo se escondeu rapidamente sem que ele percebesse apenas restava ele com o cadáver de Zabini no colo e a taça tribruxo nas mãos do morto. A claridade envolveu os olhos do rapaz assim que ele andou cambaleante para fora da parede encarando a multidão que vibrava, o que veio a seguir foi ele desabando de joelhos e depositando o corpo do campeão contra a grama.

Silencio, foi silencio o que veio da platéia ao perceber o que havia acontecido. Murmúrios vieram logo em seguida com gritos histéricos de algumas garotas e flashes de maquinas fotográficas da imprensa. Os professores e demais personalidades do torneio correram ao encontro deles, o primeiro que o rapaz viu foi Teddy que o abraçara pelos ombros tentando tira-lo de perto do cadáver apesar da insistência do jovem para permanecer.

_ Mon Dieu... Tragam um curandeiro, ele está ferido – disse uma voz que parecia ser de Gabrielle Delacour mesmo que naquele momento não parecia haver qualquer rosto ali que fosse distinto todos não passavam de um borrão.

Medibruxos correram até eles, se espremendo na multidão, e se agacharam próximo ao corpo encarando-o com cuidado e tomando os primeiros recursos como checar os pontos vitais, não foi surpresa para o grifinorio o diagnostico.

_ ele está morto – disse para um medibruxo e logo os murmúrios se tornaram em um amontoado de vozes.

_ não pode ser – disse a voz de McGonagall abismada.

_ meu merlin, não pode ser... Eduard, por favor, não... – disse uma voz de mulher, e a cabeça do ruivo surgiu à imagem da mãe do sonserino e aquilo o fez desviar o olhar.

_ acalme-se, por favor, Senhora, alguém quer tirar ela de perto dele – disse algum medibruxo exaltado.

_ meu filho, meu Eduard... – disse a Sra. Zabini entre soluços abafados deveria estar chorando no ombro de alguém.

_ afaste a imprensa daqui – gritou a voz irreconhecível de Minerva McGonagall – eu sinto muito querida, não sabe o quanto... – disse ela se voltando para a mulher que chorava em seu ombro a perda.

_ tire-o daqui Teddy – disse uma voz que Tiago reconheceu ser de seu pai.

_ venha comigo, vamos... Você precisa sair daqui – disse Teddy ao ouvido de Tiago que na respondeu apenas se deixou levar pelo professor, sendo erguido mesmo cambaleante e sendo guiado por ele da multidão.

Enquanto passavam pode ver os flashes de fotos e a confusão de vozes vindas dos estudantes de Hogwarts que simplesmente haviam invadido o campo e se mantinham atrás da linha criada pelos membros da imprensa e organizadores.


_ Eles falaram morto?

_ Morto, Zabini morreu.

_ Eduard Zabini está morto.


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Notas finais do capítulo

CONTEM SPOILERS
Espero ter surpreendido vocês com esse cap. , ele teria sido maior mas passei na conta dos duelos e tal. Enfim, a voz que o Lorcan ouviu foi de quem ? De Dumbledore, da varinha ou da propria morte? E ele era a pessoa destinada desde o inicio a abrir o tumulo, mas isso não faz dele o senhor da varinha só para deixar claro...ele simplesmente encaixava na descrição das exigencias, alguem de puro coração que quisesse a varinha mas não fosse para usa-la.
Espero ter escrito bem a morte do Zabini, eu simplesmente adorei escrever essa parte que estava planejada desde o inicio. Agora a pergunta: O que vocês acham de Zabini agora? Sua ultima observação sobre ele...
Ah, e o lance que o Alaric usou foi Legismencia avançada, ele é um cara tão experiente nisso que consegue manipular os pensamentos das pessoas as fazendo acreditar em algo que não existe...e isso é bem dificil e cansativo.
Bem, acho que é só...até a proxima.



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