Novos Tempos Em Hogwarts 2 escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 46
Batalha da Camara Secreta


Notas iniciais do capítulo

Capitulo novo, penultimo ou antipenultimo não tenho certeza ainda...espero ver comentarios dessa vez galera, já que postei o cap. anterior e não recebi nenhum. Certo que postei durante a semana, diferente do que estou acostumado a fazer e muitos de vocês devem estar enrolados com a escola no inicio do ano, pois eu tambem estou então não sei quando sai o proximo.
Espero que gostem desse, nunca fiz uma batalha com tantas pessoas então meio que tive que dividir minha atenção entre os personagens...espero ter feito certo.
Vejo vocês lá embaixo.



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Alvo correra até o lugar onde antes estava o irmão, a seu lado vinha à prima dando as mesmas passadas largas e rápidas do moreno e pouco atrás podiam se ouvir os outros rapazes se aproximando. O garoto encarou o pedestal onde antes estava à taça no momento em que estava posicionada na mesma posição que o irmão estivera há poucos minutos atrás, a mão da ruiva se apoiou em seu ombro assim como ele pode também sentir os outros amigos o rodearem e pode ver o rosto de cada um deles que parecia transmitir o quanto sentiam pelo desastre da missão.

_ era uma chave de portal, devia suspeitar que ele não fosse fazer nada aqui no labirinto que pudesse denunciá-lo – disse Alvo – não, ele preferiu tirar meu irmão daqui para levá-lo para Merlin sabe onde...

_ se você tivesse me escutado Alvo, saberia que não ia dar certo todas às coisas que fizemos até agora – disse Rose, mas o moreno se desvencilhou da mão dela sobre seu ombro.

_ não preciso de sermões e avisos do tipo “eu te avisei” neste momento – disse Alvo amargo – mesmo se tivéssemos procurado meu pai e contado acha que algo teria mudado? Eles também iriam chegar tarde demais.

_ e agora o que devemos fazer? Não há como encontra-lo sem pistas quando simplesmente sumiu no ar – disse Lysander recebendo um aceno positivo de cabeça um tanto desanimado do rapaz.

O grupo começou então a se dispersar, caminhando novamente para o mesmo caminho em que haviam entrado enquanto Alvo ainda mantinha a cabeça abaixa encarando o pedestal de pedra, ele estava decepcionado consigo mesmo por não ter sido rápido o suficiente para impedir. Queria ter sido mais rápido, talvez seu irmão estivesse bem e os dois estariam juntos pelo menos, afinal sua namorada havia desaparecido naquele mesmo dia levada por uma garota que se acreditava ser uma comensal da morte. Ele falhara com duas das pessoas mais importantes em sua vida, não podia aceitar aquilo tão facilmente, era horrível demais a dor de pensar que perdeu alguém e saber que estão vivos em algum lugar com pessoas que podem estar os torturando ou seja lá o que as mentes cruéis podem ter tramado para Tiago e Alice.

_ Al, vamos não há mais nada o que se fazer – disse Scorpius de algum ponto a suas costas, ao olhar por sobre o ombro o moreno pode ver o rosto do melhor amigo que também parecia estar compartilhando da tristeza dele por conta de sua expressão.

Alvo agarrou fortemente o pedestal, seus dedos se fecharam contra a borda enquanto ele se curvava para frente e começava a fazer força para trás com alguns puxões. O que veio a seguir foi o moreno arrancando do chão a grande escultura de pedra e a arremessando contra uma das paredes do labirinto em meio a um grito de fúria. O som que se seguiu foi do estrondo da grande peça se destroçando em vários pedaços e vários deles se chocando e deslizando contra o chão.

Seus ouvidos puderam escutar uma exclamação de espanto de sua prima e algum dos rapazes murmurar seu nome de um modo lamentador. O que se seguiu foi o moreno caindo no chão abatido encarando o ponto onde antes se encontrava o pedestal, pode sentir seus olhos lacrimejarem enquanto apoiava suas mãos e enlaçava os seus dedos contra a grama como se aquilo dependesse da sua vida.

_ Alvo, vamos – disse Scorpius se aproximando dele e o abraçando por debaixo do braço numa tentativa de impulsioná-lo a se levantar, mas não teve sucesso – se ficarmos vai ser um grande problema.

_ não dou a mínima para isso, eu vou ficar – disse Alvo e o rapaz o olhou assustado na mesma medida que pelo rosto do moreno escorria algumas lagrimas – eu não posso ter falhado, não com ele, tem que haver um jeito de encontrá-lo.

_ vão encontrá-lo, mas não depende de nos fazer isso, consegue entender? Esta fora de nossas habilidades – disse Lysander calmamente se agachando ao lado do amigo acompanhado de seu irmão gêmeo que fez o mesmo do outro lado de Scorpius.

_ tudo parecia que ia dar tão certo, e de repente nos perdemos – disse Alvo – nos o perdemos, bem na nossa cara ele desapareceu.

_ é, realmente foi isso que aconteceu, mas não há como voltar atrás – disse Lorcan – não podemos voltar no tempo, então é isso... Devemos apenas manter a fé de que ele conseguira...

Alvo sentiu o bolso vibrar, ao levar as mãos até o interior das vestes tirou o espelho que havia pegado mais cedo naquele dia antes de entrar no labirinto. O reflexo mostrava a imagem de Fred que sorria cansado apesar de não se poder ver claramente seu rosto por conta da posição que o espelho estava sendo segurado por ele e também porque o grifinorio ainda não percebera que fora atendido. Ao perceber isso o rapaz se voltara para o primo e seu sorriso morreu no mesmo instante em que viu a face desanimada do garoto.

_ Al? O que houve não me diga que o Tiago... – disse Fred, mas a voz morreu antes que pudesse concluir a frase sendo rapidamente respondido pelo primo.

_ eles desapareceram Fred, a taça era uma chave de portal e sumiu quando os dois a tocaram – disse Alvo – não tenho idéia de onde ele possa estar...

_ não, é brincadeira – disse Fred olhando para o rosto dos outros que ele conseguia ver pelo reflexo - não pode esta falando serio que vocês falharam, depois de tudo que fizemos para ajudar...

_ cala a boca, por Merlin, não consegue perceber que suas palavras só pioram o estado do Alvo – disse Rose tomando o espelho das mãos do primo enquanto gritava com o outro grifinorio refletido, pode se perceber o rosto do moreno se distanciar um pouco certamente incomodado com o tom da garota.

_ sinto muito, mas é que... – disse Fred para então suspirar – devemos fazer algo, não pode ser assim... – foi então que o rapaz parou de falar e olhou para o lado, então a ruiva pode escutar o barulho de algo se chocando com o chão e uma sombra meio que cobriu um pouco a face dele.

_ o que houve? Eles conseguiram salvar o Tiago? – disse uma voz feminina que a ruiva achou que conhecesse.

_ não Roxy, infelizmente não – disse Fred olhando para o lado e a ruiva então soube que realmente conhecia que era a outra pessoa ao lado do rapaz que nada mais era do que sua prima.

_ onde vocês estão? – disse Rose enquanto o moreno reajustava o seu espelho para que a garota pudesse ver tanto ele quanto a irmã.

_ estamos atrás de um daqueles refletores, do sistema de iluminação da arena – disse Roxanne ajeito os cabelos cacheados de um jeito que indicava seu nervosismo.

_ mandei Lily e a amiga dela irem para fora do estádio, elas devem estar em algum lugar do trem nos aguardando – disse Fred – Louis foi para a enfermaria fazer de conta que estava fazendo companhia para a irmã quanto a mim restou me esconder, pois provavelmente meus queridos tios pensariam que eu era o causador disso.

_ eu deveria retornar para junto de meu namorado e fazer de conta que não havia saído dali do lado dele – disse Roxanne – acabei no lugar disso vir atrás do meu irmão para dizer que o estão procurando... Mas isso não importa, como aconteceu?

_ chave de portal, a taça era uma – disse Rose amargamente.

Passaram-se alguns segundos com os três em silencio, a morena do outro lado do espelho parecia reflexiva encarando o chão assim como o irmão só que Fred parecia estar com a cabeça queimando com cerca de mil pensamentos que pareciam que nenhum ia ser útil. Rose encarava os dois primos esperando que falassem algo, mesmo que sua mente já não estivesse muito focada neles e sim em outro lugar.

_ há um modo – disse Roxanne e a ruiva se focalizou na prima confusa do mesmo modo que o irmão desta – a chave de portal deixa um pequeno rastro no local em desapareceu, uma aura mágica idêntica a da aparatação, se vocês forem rápidos podem conseguir pegar uma carona antes que isso desapareça.

_ espera ai, esta me dizendo que ainda existe uma forma de salvar o Tiago? – disse Rose alto o suficiente para que os rapazes ao seu lado ouvissem e rapidamente se sentiu sendo envolta por eles que esperavam ouvir o novo plano.

_ sim, há uma forma – disse Roxanne pensativa – mas pode ser muito arriscado para vocês, quero dizer, estamos falando de uma magia muito avançada que não poderia ser feita por simples alunos do terceiro ano.

_ esta enganada – disse Scorpius - ela não é uma simples aluna do terceiro ano – todos o encararam – ela é a sabe tudo irritante do terceiro ano, eu confio que ela possa fazer isso...

_ você o que? – disse Alvo para o amigo ao seu lado, naquele momento tanto o moreno quanto o gêmeos e mesmo Rose e seus primos no reflexo encaravam o rapaz como se ele tivesse ficado louco.

_ olha, sei que não me dou bem com você Weasley, mas cá entre nos eu sempre reconheci sua inteligência então não faça essa cara de como se eu tivesse dito uma besteira sem tamanho – disse Scorpius a ruiva abriu e fechou a boca algumas vezes, estava confusa e sem palavras.  

Rose ainda encarava o loiro, sua expressão era abismada, ele estava ao seu lado a poucos centímetros de distancia que os separavam e mais uma vez ela pode encará-lo detalhadamente. Seus olhos azuis acinzentados refletiam a face da garota, a pele do rapaz pálida e seus lábios que sorriam de um jeito simples e bastante tentador como nunca antes se sentiu com tanta vontade de encurtar o espaço entre eles, foi então que percebeu que ele também a encarava da mesma forma parecendo imerso na visão que estava tendo dela. O loiro levou uma das mãos ao rosto sardento da ruiva e ela sentiu uma corrente elétrica ao sentir a mão um tanto áspera contra uma de suas bochechas fazendo com que se sentisse um pouco balançada, no momento em que o sentiu fazendo uma pequena massagem com a ponta dos dedos.

_ não me prove o contrario agora, está certo? – disse Scorpius simplesmente enquanto ela balançava a cabeça lentamente, permaneceram em seguida num contato visual bastante forte fazendo com que os rapazes ficassem os encarando surpresos.

_ aham – disse Fred simulando uma tosse para chamar a atenção dos outros – não querendo interromper o momento maravilhoso, queria simplesmente alerta-los que: Acho que estamos perdendo um pouco de tempo.

_ ele tem razão – disse Rose sem graça enquanto tirava a mão do garoto de seu rosto – agora, hã... Ah, sim...Roxy você poderia me contar como é esse feitiço para conseguirmos rastrear a chave de portal?

_ mas é claro que posso, usei durante a nossa missão em paris para rastrear a aparatação do Tiago – disse Roxanne olhando para Alvo – você estava lá, deve ter visto como foi.

_ é meio que uma canção não é? – disse Alvo e a morena assentiu.

_ prestem atenção, vocês terão que recitar corretamente se não será bastante arriscado – disse Roxanne para então bufar – se a menos tivessem um papel poderiam anotar.

_ esperem – disse Lysander mexendo no bolso de sua capa de onde retirou uma espécie de livro de capa de couro e uma pena que não precisava de tinteiro – pode dizer, que eu anoto – ele abriu e folheou até encontrar uma pagina em branco para então começar a escrever.

Enquanto o gêmeo anotava atentamente as palavras ditadas pela morena, todos permaneceram em silencio só podendo ser escutado a voz de Roxanne entoando a canção com cerca de três estrofes de uma espécie de cântico celta. Após o termino da escrita, foram dadas as ultimas orientações de como se usar o feitiço.

_ vocês terão que repetir até sentirem que esta fazendo efeito – disse Roxanne olhando para cada um deles – Rose, você tem que esta confiante de que tudo vai dar certo para que não ocorra nada de errado – a ruiva assentira – caso percebam que ela esteja nervosa, vocês devem apóia-la para que entoe os versos corretamente e na mesma potencia e ritmo que eu cantei.

_ como saberemos que estará fazendo efeito? – disse Alvo e os loiros ao seu lado assentiram ao que parecia também estavam curiosos sobre essa parte.

_ apenas saberão, mas há mais uma coisa que devem saber – disse Roxanne usando um tom misterioso nada intencional – quando vocês estiverem lá, não poderão usar esse feitiço para voltar, então deverão usar a taça, ah e claro... Vocês deverão manter as mãos dadas todo o tempo, pois vai ser essa corrente que vai certificar de que vão se manter juntos.

_ obrigado Roxy, você não sabe o quanto nos ajudou – disse Rose e a prima sorrira exibindo seus dentes perfeitamente alinhados e muito brancos.

_ ah, mas eu vou lembrar disso quando for pedir algo para algum de vocês – disse Roxanne rindo levemente e todos ficaram sérios – é brincadeira, família é para essas coisas afinal, ajudar uns aos outros.

_ boa sorte pessoal, tragam meu amigo de volta para junto da gente – disse Fred então se voltara para o lado ao ouvir uma espécie de ruído – temos que ir agora, parece que nos encontraram... Até mais – e a imagem dele e de Roxanne desaparecera do espelho que voltou a refletir os rostos de cada um do grupo. 

_ bem, vamos lá então – disse Lysander e todos concordaram caminhando até para próximo do buraco onde estava o pedestal anteriormente.

As mãos então foram dadas conforme todos já estavam em um circulo. Rose começou então o cântico, mas ela parecia estar um pouco nervosa já que não estava muito no mesmo ritmo que havia sido explicado pela prima para que permanecesse, pois varias vezes dava de gaguejar. Isso logo se resolveu quando os outros começaram a cantar ao seu lado começando pelo primo e em seguida veio os loiros de uma forma que transmitisse confiança a garota para continuar.

As vozes começaram a ecoar à medida que uma rajada de vento os envolvia, no inicio apenas na altura dos pés ao ponto de que a velocidade do ar varresse as folhas de grama as fazendo balançar violentamente. O vento começou a aumentar e a envolvê-los rapidamente de uma forma que sentissem que estavam sendo arrancados do chão, seus estômagos reviravam como se estivessem sendo misturados em uma grande turbina. Rose apertou fortemente a mão de Scorpius ao seu lado e pode encarar de relance o olhar do garoto sobre si, foi então que tudo mudou ao redor deles e todos se viram em uma queda livre se chocando com veemência contra o chão, mas tiveram sorte de que fosse a uma pequena altura que não lhes causasse danos.

Alvo se levantara rapidamente podendo ver seus amigos fazendo o mesmo, todos ainda possuíam as pernas tremendo e pareciam ainda não conseguir ficar muito equilibrados, às vezes tombando antes mesmo de levantarem. A visão ainda estava um pouco ruim, as coisas ainda giravam e vibravam ao redor fazendo com que as grandes massas negras ao redor parecessem vultos sombrios, mas então tudo havia voltado ao normal e eles haviam se recuperado das conseqüências da viagem.

_ que lugar é esse? – disse Lorcan apoiando as mãos nas pernas e com a voz cansada, para então se voltar para o chão e vomitar – ah, foi mal...

_ não esquenta, não foi o único que vomitou – disse Rose um pouco zonza enquanto era levantada do chão por Scorpius – estamos numa caverna?

_ é o que parece – disse Lysander analisando as paredes do lugar – mas não sei, parece um pouco as fundações de alguma grande construção.

_ é a câmara secreta – disse Alvo de repente.

_ tipo como na historia de seu pai? – disse Lorcan e o moreno assentira – mas isso quer dizer que estamos em Hogwarts.

_ isso não faz sentido – disse Rose olhando para o primo confusa – por que o Zabini traria seu irmão para esse lugar?

_ não sei – disse Alvo, apesar de ter uma leve suspeita sobre o que se tratava tudo aquilo.

_ esta mentido para mim por acaso? – disse Rose se aproximando do moreno.

_ não, qual é...se esquece que nos nunca mentimos um para o outro? – disse Alvo e a garota arqueou a sobrancelha.

_ e o lance da animagia, voc~e não me contou até onde eu saiba – disse Rose.

_ na verdade, isso é mais guardar um segredo de forma que não pode ser considerado uma mentira – disse Scorpius e os rapazes concordaram.

_ e como reconheceu esse lugar? – disse Lysander olhando ao redor – podia ser qualquer caverna, ou mina abandonada quem sabe... Não precisa ser necessariamente o caminho que leva a câmara secreta.

_ olha, dá para pararem com as perguntas – disse Alvo irritado - não sei como conheço esse lugar, talvez tenha sido em algum sonho, mas já estive aqui antes.

_ aquela é a taça tribruxo – disse Scorpius indicando a peça de metal reluzia a luz de sua varinha – devem estar por aqui.

_ sim, mas onde? – disse Rose olhando ao redor como se esperasse ver algum deles por ali – ao que parece saíram daqui.

_ acredito que eles tenham sido levados – disse Lorcan – as pegadas são de mais de duas pessoas, vêem? – o gêmeo indicava os rastros com a varinha iluminada.

_ ótimo, então vamos seguir as pegadas – disse Alvo começando a andar para então perceber que não estava sendo seguido pelos outro – o que foi?

_ Alvo, não sei como dizer isso mais – disse Rose colocando uma mecha de seu cabelo para trás da orelha enquanto ainda encarava as pegadas – olhe para as pegadas, deve haver pelo menos duas dezenas de comensais da morte se não mais... Como você espera que nós enfrentemos bruxos adultos formados e que ainda por cima praticam artes das trevas?

_ o que espera? – disse Alvo irritado – não dá mais para recuar.

_ por Merlin, Alvo seja sensato – disse Scorpius – a mera idéia de sermos burros demais para enfrentar comensais diretamente me faz pensar em como dolorosamente seremos massacrados por eles... Alias... muito massacrados.

_ vão esfregar o chão da câmara secreta com nossos rostos – disse Lorcan desanimado.

_ ah, então é assim? – disse Alvo abrindo os braços e usando um tom de deboche – vão me abandonar, vão recuar agora, o que houve com a coragem de vocês ficou na França?

_ Al... – disse Lysander – se acalme, nos somos seus amigos.

_ pois não parecem agindo assim – disse Alvo.

_ fique calmo e me ouça – disse Lysander elevando o tom de voz enquanto pegava o amigo pelos ombros – nos viemos até aqui com você, não vamos abandoná-lo, então mantenha a cabeça no lugar... Eu sei que é seu irmão que está nas mãos deles e acredite em mim que se fosse o Lorcan eu talvez estivesse mais assustado para não dizer irritado como você está...

_ fica frio Al – disse Lorcan dando uns leves tapinhas camaradas nas costas do amigo – nos não vamos abandoná-lo, simplesmente achamos que para um confronto direto não estamos preparados.

_ desculpem pelo modo como tenho agido, eu estava muito nervoso para pensar direito – disse Alvo respirando fundo – eu sei que somos amigos, sei muito bem disso... Mas é que... Eu perdi a cabeça, desculpe por ter agido como um louco impulsivo.

_ tudo bem – disse Rose andando até o primo para ficar de frente para ele, os gêmeos saíram de perto dando espaço para os primos - já estou acostumada com as besteiras de meu irmão e dos meus outros primos, mais um não me surpreende - e os dois riram.

_ então, como faremos? – disse Alvo buscando nos olhos dos outros alguma idéia.

_ bem, sobre um plano para agir indiretamente... Eu realmente não tenho nesse momento – disse Lysander pensativo – mas podemos enfrentá-los diretamente – ele puxara algo do bolso e exibira aos amigos um pequeno frasco com um conteúdo transparente – se tivermos a sorte do nosso lado.

_ Felix Felicis – disse Rose e o loiro assentiu.

_ a Lily falou que poderíamos usá-la, não sei vocês, mas eu realmente acho que necessitamos de sorte para o que estamos prestes a fazer – disse Lysander tirando a pequena tampa – quem vai primeiro? – todos mantiveram silencio - Alvo...  Acho que deveria ser você.

Alvo caminhou até o amigo que lhe estendia o frasco, o garoto pegou com cuidado enquanto levava de uma forma lenta a boca onde tomou um pequeno gole, mas que rapidamente pareceu fazer efeito. Ele se sentiu mais confiante, mais leve, como se nada pudesse abalá-lo naquele momento por leves segundos cobiçou o restante do frasco, pois queria sentir um pouco mais daquela sensação, mas foi tomado de suas mãos por Lysander.

_ Rose, sua vez – disse Lysander para a ruiva que aceitara o frasco.

Após a garota beber um pouco passou a poção adiante, logo cada um dos cinco havia ingerido um pouco o liquido que era a Felix Felicis alem te ter sobrado ainda um ultimo gole que decidiram por poupar. O frasco foi novamente guardado no bolso das vestes de Lysander, o grupo então conjurara luz nas pontas de suas varinhas e começaram a caminhar em direção da escuridão, não sabiam para onde estavam indo, mas tinham que chegariam até onde estava o grifinorio.

Tiago ficou sem palavras ao encarar a garota e sua face angelical adormecida ali, foi então que os olhos dela começaram a se abrir lentamente. A primeira imagem que tivera fora a face do rapaz de cabelos cor de fogo que a encarava surpreso, ela piscara algumas vezes para se certificar de que não fosse mais algum sonho idiota até que percebeu que era realmente verdade o que a fez abrir os olhos de vez numa expressão assustada enquanto saia de sua posição adormecida e começava a entender onde estava.

Narcisa deslizou as mãos pelas paredes do globo para se certificar de que eram feitas da água começou a tentar soca-las e estapear-las numa tentativa inútil de destruir-la. Era em vão, seus olhos novamente encararam os do grifinorio abaixo dela e ela tentara falar qualquer coisa, mas de sua boca apenas escaparam bolhas de ar.

_ soltem ela, eu a quero livre agora – disse Tiago quase gritando ainda encarando a loira aprisionada – a liberte rápido antes que ela se afogue.

_ ah, ele esta preocupado com a namoradinha – disse Luciana soltando um risinho pelo nariz enquanto caminhava ao redor do ruivo – não é fofo? – ela passara a varinha pelo rosto do rapaz – sempre sortuda não é irmãzinha? – na bolha pode se ver a grifinoria lançar um olhar raivoso para a garota.

_ como vê, ela ainda respira – disse Alaric serio tentando evitar encarar a prisioneira – mas por pouco tempo, se você não fizer o que lhe ordenarmos.

_ o que seria essa sua maldita ordem? – disse Tiago fechando os punhos.

_ devemos entender isso como um sim? – disse Luciana e recebeu um olhar raivoso do ruivo que a fez fingir uma expressão assustada e se distanciar dele indo para perto de seu mestre.

Alaric fez sinal para que os comensais se distanciassem dando ao rapaz uma visão melhor da grande câmara em especial do busto de pedra ao fundo e a sua frente havia algo que estava iluminado pelas luzes verdes de algumas tochas. O altar era circular como uma espécie de plataforma ou pequeno palco, e no centro havia repousado uma espécie de caixão de mármore que fez o jovem se engasgar com aquilo, já havia visto em um sonho. O primogênito dos Potters sabia exatamente o que era aquilo assim como suspeitava o que estava prestes a acontecer, o que teria que fazer para libertar a garota que amava.

_ eu lhe apresento, meu caro o tumulo branco de Dumbledore – disse Alaric encarando a grande caixa de mármore – cuja localização exata foi secreta desde o final da segunda guerra bruxa, mas nos sabíamos que se encontrava na floresta proibida de forma que mandamos expedições de busca, uma delas era liderada pelo jovem Zabini e pela Luciana que acabaram por encontrar o tumulo, na verdade foi essa missão que lhes trouxe reconhecimento e mais depois foram marcados como comensais por recompensa pelo seu grande feito.

_ o que há no tumulo de um velho bruxo que você possa querer tanto? – disse Tiago mesmo já sabendo qual seria a resposta, afinal ele vira, sabia o que ele poderia querer.

_ Dumbledore guarda junto a ele em sua tumba muito mais do que você poderia imaginar, por trás daquelas paredes de mármore reside à varinha de sabugueiro – disse Alaric – foi o ultimo feito de seu pai para se certificar de que a varinha não estivesse nunca mais em mãos erradas – ele fez a pausa de alguns segundos – mas eu a quero, e a terei assim que você abrir a tampa e a entregá-la a mim pessoalmente.

_ por que você próprio não à pega? – disse Tiago e o homem soltara uma fraca risada como se a pergunta o agradasse, e o ruivo sabia exatamente o porquê daquilo, tudo o que queria era simplesmente enrola-lo até que tivesse uma oportunidade para libertar Narcisa e tirar os dois dali.

_ teria pegado se pudesse – disse Luciana num tom grosseiro recebendo um olhar de censura do seu mestre a fazendo se encolher, o homem voltou seu olhar novamente para o rapaz.

_ eu teria a pegado, mas como já havia dito, seu pai se certificou de que ela estivesse segura assim como o próprio tumulo – disse Alaric – Hermione e McGonagall lançaram uma maldição que puniria qualquer um que tocasse a lapide com a loucura irrevogável e se a pessoa insistisse em remover a tampa, alem de que toda a estrutura explodiria reduzindo tudo incluindo quem abrisse em pó.

_ que coisa adorável – disse Tiago irônico – deixe-me adivinhar, você quer que seja eu a pessoa a abrir aquela coisa – ele indicara com a cabeça – você espera, realmente que eu faça isso?

_ eu lhe falei Milorde, de que deveríamos escolher outro – disse Luciana – sabia... – ela se voltou para o ruivo, nos lábios da garota havia um sorriso debochado – que você não teria coragem de dar sua vida pela da minha irmã, não a ama suficiente para isso.

_ cale a boca – disse Tiago com raiva e a garota ergueu a varinha para ele, mas antes que lançasse qualquer feitiço foi impedido por seu mestre que a forçou abaixa-la.

_ deixe suas desavenças de fora – disse Alaric para a garota que assentiu – lamento por isso, realmente Lucie tem que aprender a controlar sua raiva – ele se voltara para o grifinorio – o fato de você ter sido testado durante o torneio foi para que soubéssemos que era digno de realizar essa tarefa, nos descobrimos a maldição jogada sobre a pedra e isso nos possibilitou chegarmos aqui nesse momento – ele fez uma pausa de alguns segundos – através de um tradutor de runas antigas conseguimos a decifração e o que temos é bastante curioso “apenas uma pessoa de coração puro poderá a pedra mover e então aqui escondido o tesouro se revelara e apenas poderá ser removido dali por aquele de nobres razões e motivos”.

_ certo, e onde esta escrito que devo ser eu essa pessoa? – disse Tiago e Rodolfo soltou uma risada leve achando graça da ousadia do jovem, para então se silenciar ao olhar do próprio lord.

_ esta certo, nos tememos que você tivesse sido corrompido tão profundamente pelo seu vicio que seu coração se tornasse impuro mas isso se mostrou questionável quando você salvou o rapaz – disse Alaric indicando Eduard – mesmo que ele tivesse feito tudo para que você o deixasse morrer, realmente isso mostrou que ainda há esperança – ele fez uma pausa de segundos certamente esperando algum questionamento do ruivo – e a sua nobre razão e motivo será salvar a garota que tanto ama, claro sem a intenção de usa-la contra mim.

_ não sei se posso confiar em você – disse Tiago voltando seu olhar para Narcisa que flutuava em sua prisão de água – eu quero falar com ela antes, saber se esta bem.

_ ela estará segura, a menos que você se negue a nós ajudar, então teremos que dar um fim ao feitiço que tem mantido-a respirando dentro do globo e ela se afogara bem aqui diante de seus olhos – disse Alaric serio, o ruivo desviou o olhar da garota para o moreno que assim como ele também encarava a garota.

Tiago não conseguia entender, como podia aquele rapaz que se dizia amar a garota permitir que fosse usada daquela forma como uma espécie de moeda de troca. Eduard ainda encarava a grifinoria que nem ao menos sentia o olhar do rapaz sobre si. O ruivo sentia ódio, queria ter sua varinha em mãos que iria permitir a ele um duelo mesmo que certamente morresse pelo numero grande de diferença talvez, mas ainda assim teria a oportunidade de dar a liberdade à loira.

_ as chances estão contra você, sejamos sensatos de que não há outra escolha a se fazer sem ser ajudar a nos e a si mesmo, para não dizer salvar a jovem Malfoy – disse Alaric – a menos que ela não seja mais importante de modo que você prefira recuar e recusar, mas como havia dito isso vai trazer graves conseqüências.

Tiago ficou em silencio, pela sua mente passavam milhões de cenas confusas do que aconteceria caso ele conseguisse a varinha e o que mais lhe preocupava era se ele não fosse à pessoa escolhida. O rapaz sabia que não podia ser considerado puro, ele não se achava digno e sabia que caso tentasse poderia acabar morto pela maldição.

Não há escolhas, a voz ecoava pela cabeça do ruivo, eles a matarão e a você caso se recuse, pois não irão deixar que partam sem que tenham o que querem. O que estava havendo afinal? Ele seria tão covarde daquela forma para permanecer na duvida sobre o que haveria de fazer. Se morresse, pelo menos ia se certificar de que a garota estivesse bem e isso ele tinha que garantir.

_ prometa de que vai deixá-la ir, caso algo aconteça – disse Tiago e o homem sorrira como se aquela pergunta fosse esperada.

_ você tem a minha palavra – disse Alaric e o ruivo caminhara até ele o puxando pelas vestes num movimento tão rápido que os comensais nem tiveram tempo de agir.

_ sua palavra não vale nada – disse Tiago apertando fortemente os dedos na gola das vestes do lord, seus olhos estavam tão próximo que o contato visual era inevitável –     v-você... Precisa provar... – os olhos cor de gelo transmitiam ainda mais aquela aura de medo que estava fazendo o ruivo estremecer enquanto mantinha as mãos bem firmes contra o rapaz – prove... Prove que ela ficara em segurança, preciso da sua garantia... – com um gesto rápido o lord simplesmente se separou do rapaz o lançando no chão com brutalidade, o rapaz se ergueu parcialmente ainda encarando o líder dos comensais concluiu sua frase - faça o voto perpetuo.

_ ele não tem que fazer nada para... – disse Luciana mais foi interrompida por um aceno de Alaric que a mandou se silenciar.

_ de acordo – disse Alaric enquanto removia a luva exibindo sua mão pálida – vamos rapaz, se aproxime... Não temos tempo para isso, Rodolfo você será o avaliador, penso que saiba como executar esse feitiço.

_ sim Milorde, eu sei o que fazer – disse Rodolfo enquanto o rapaz se aproximava.

Narcisa conseguia ouvir, sabia o que ocorreria, mas mesmo que a sua segurança estivesse assegurada com a execução do voto a do grifinorio não estaria. A loira não queria que o rapaz se aproximasse do tumulo, não havia certeza de que ele fosse imune à maldição sendo muito arriscado para ele aquilo. Era como jogar com a sorte mesmo sabendo as grandes chances de se perder.

As suas mãos batiam com força contra as paredes de água do globo, mas era inútil assim como os chutes e pontapés que distribuía ao mesmo tempo pareciam em vão frente à barreira. Pela transparência da parede de água, ela pode ver o rapaz se mover na direção do homem que permanecia com a mão esticada.

Tiago encarou a mão do homem a sua frente, ergueu e agarrou fortemente o pulso dele sentindo os dedos fortes do outro se prender ao seu com uma intensidade ainda maior. Seus olhos encararam Rodolfo que permanecia ao lado de ambos com a varinha posta prestes a executar o ato de avaliador. Mais atrás do comensal se encontrava Eduard que mantinha os olhos atentos de modo apreensivo nas mãos dadas dos dois inimigos. Do outro lado se mantinham Luciana e a outra comensal mascarada que se mantinham em silencio, a loira, no entanto parecia se divertir com toda a situação.

Rodolfo ergueu a varinha lentamente, a ponta dela estava acesa num estranho tom dourado e com o aproximar o rapaz podia sentir o calor contra a sua pele. Ele pode olhar novamente no homem a sua frente que parecia calmo mesmo para quem iria fazer um contrato mortal.

Foi então que alguns ruídos foram escutados, pareciam sons de feitiços se chocando assim como sendo pronunciados e sendo vindos do lado de fora da câmara. E então silencio por alguns segundos em que se permaneceu a tensão de todos se mantiveram apreensivos, a varinha de Rodolfo havia sido afastada pelo bruxo quando este escutara os sons foi então que ele retornara a aproximar novamente das mãos unidas.

Quando estava presentes a se pronunciar novamente, Rodolfo foi interrompido pelos ruídos vindos novamente só que dessa vez eram diferentes. Os olhares de todos se voltaram para a entrada no momento em que a porta circular de bronze começou a vibrar como se algo a estivesse atingindo freneticamente.

Foi então que a porta foi arremessada contra o piso com força fazendo o som do metal batendo contra a pedra ecoar pela grande câmara enquanto pela passagem entravam algumas sombras que ao entrarem no foco de luz puderam ser vistos com clareza fazendo o ruivo ficar surpreso por ver aqueles rostos conhecidos ali.

Tiago pode ver o irmão que se mantinha ao centro dos recentes invasores, todos eles pareciam ter travado uma árdua batalha para estar ali, mas pareciam estar quase sem ferimentos. Para dizer a verdade, não havia qualquer um com um mínimo ferimento sequer, mas era claro que todos aparentavam cansaço e estavam com as vestes desengonçadas e com suor brilhando em suas faces. Ao lado direito do moreno se encontravam Rose ao seu lado e Lysander logo depois, já do direito se mantinham Scorpius e Lorcan.

_ desculpem pela porta, mas infelizmente nenhum de nos sabia falar com as cobras – disse Lorcan sorrindo sem jeito.

Os cinco estudantes mantinham as varinhas erguidas apontadas para os comensais da morte no momento exato em que os outros quatro se posicionavam aos lados do seu líder que permanecia ainda de mãos dadas com o grifinorio mesmo que esse estivesse lutando para se soltar. 

_ Tiago – disse Rose pensando em dar um passo, mas foi impedido por Lysander e pelo primo que a impediram de fazê-lo, o moreno ainda mantinha os olhos atentos ao irmão.

_ como chegaram aqui? – disse Rodolfo na posição de duelo.

_ passamos pela segurança, e cá entre nos vocês deveriam rever o conceito de pessoas com quem trabalham – disse Scorpius sarcástico – ser vencidos por simples terceiristas é algo humilhante, não?

_ ah, o sarcasmo familiar dos Malfoys, é tão revigorante – disse Luciana atraindo a atenção dos cinco estudantes para ela, a loira pode ver nos olhos do irmão um pouco de confusão por vê-la ali – olá maninho, veio para a reunião fraterna? – ela fez um gesto com a mão livre indicando a prisão de água onde Narcisa socava as paredes e gritava, mas tudo que se via eram bolhas saindo de sua boca.

Foi um momento rápido que Scorpius se voltara para o local onde se encontrava Luciana a sua frente mantendo a varinha erguida em posição como se a qualquer momento fosse atacar o sonserino. O herdeiro dos Malfoys não pode esconder sua surpresa por ver a irmã mais velha ali a sua frente do lado de comensais da morte fora então que sua visão se voltara para a bola de água flutuante e o rapaz pode ver que havia alguém ali dentro e ao ver de quem se tratava pareceu sentir as pernas bambas e a mão vacilar um pouco.

_ Tiago, você está bem? – disse Alvo seriamente enquanto dava alguns passos a frente.

_ não se aproxime – disse Tiago quase gritando para o irmão que estacara – não querem que se machuquem.

_ acho que é tarde demais para avisos – disse Luciana que moveu a varinha sendo a primeira a lançar um feitiço contra o próprio irmão.

Scorpius fechou os olhos automaticamente para não ver o baque do jato de luz contra ele, mas então escutou alguem gritar algo.

_ Repellium – berrou uma voz ao seu lado, e mesmo com os olhos fechados pode ver o feitiço de sua irmã se desfazendo contra a barreira mágica.  O feitiço o teria  atingido se não fosse por Lorcan proteger o amigo.

_ merda – disse Eduard num sussurro, ele sabia que aquele havia sido o estopim e que agora o confronto era inevitável.

O que se seguiu depois foi uma serie de ataques por parte dos comensais da morte enquanto os estudantes se protegiam das investidas e tentavam se aproximar do grifinorio. Foi um festival de faíscas coloridas que colidiam contra o chão, as paredes e contra barreiras mágicas dando um efeito magnífico na sala quase escura.

_ impedimenta – disse Rodolfo em direção a Alvo que começou a correr em disparada.

_ protego – disse Rose defendendo o primo.

_ estupore – disse Lysander gritando contra o Lestrange que simplesmente se desviou do feitiço lançando um novo feitiço não verbal na direção do gêmeo que foi protegido por Rose. 

Eduard mantinha-se parado sem atacar, enquanto via a batalha entre aqueles jovens ocorrendo entre os comensais da morte já formados o que garantia que aqueles cinco estudantes do terceiro ano fossem sair vivos dali era algo que o rapaz realmente não tinha idéia. Só sabia que não os atacaria, a nenhum deles por fato de que possuía um grande respeito pelo quarteto sonserino que adquiriu pelo tempo em que participou com eles do mesmo time de quadribol.

_ maldito – foi tudo que o campeão ouviu antes de sentir alguem saltando sobre si.

_ Alvo? – disse Eduard com um pouco de dificuldade enquanto o terceirista se encontrava sentado sobre seu tórax e distribuía socos por seu rosto de um modo simultâneo – pare, não faça isso.

_ não, eu só vou parar quando não mais reconhecer sua cara – disse Alvo em meio aos socos, quando percebeu o rapaz tateando em busca da varinha a recolheu antes do próprio dono.

Alvo fora direto contra o campeão da sonserina que enganara o irmão, iniciando com ele uma sessão de uma pequena demonstração de briga ao estilo trouxa que aprendera em sua infância algumas vezes quando ele e o irmão brigavam, mas dessa vez ele não maneirava nas pancadas nem possuía dó de bater no rapaz no chão. Ele enchia os punhos muito fechados e socava com toda a força que seu corpo magrelo permitia o que deveria estar pelo menos causando uma dor considerável já que o rapaz caído no chão simplesmente gemia com alguns dos golpes.

 _ não sou a pessoa que pensa que sou, não queria machucar seu irmão – disse Eduard parando um dos socos de Alvo – tem que confiar em mim, você me conhece sabe que não sou uma pessoa má.

_ não sou tão tolo para acreditar em suas palavras – disse Alvo com a mão livre levando contra o pescoço do rapaz mais velho tentando sufoca-lo – você é falso, nada que diz é verdade.

_ por... Favor... Alvo... Deixe-me... Provar que o que digo é verdade – disse Eduard segurando o pulso do rapaz com uma das mãos tentando remove-la de seu pescoço, o mais novo olhou para o braço que o rapaz ainda segurava seu punho e pode ver o inicio da marca negra nele, o garoto simplesmente soltou o aperto e o mesmo fez o comensal.

_ obrigado – disse Eduard aliviado recebendo um tapa como resposta.

_ cala a boca seu idiota – disse Alvo o pegando pelas vestes e o puxando para mais perto de seu rosto furioso que fez o outro querer recuar alguns centímetros – você não passa de um traidor – ele se levantara enquanto o Zabini tentava se levar do chão em seguida.

_ não foi por querer Alvo, eu não tive escolha – disse Eduard massageando a área onde o moreno havia tentado lhe estrangular.

_ sempre há escolhas – disse Alvo gritando.

_ não, nesse caso não há – disse Eduard – olha devolva a minha varinha, que eu vou me unir a vocês a luta – o garoto olhou para a varinha do outro em sua mão e riu.

_ não vai me enganar como fez com o Tiago, não há como eu confiar em você – disse Alvo – mas tome, se a quiser venha pegar – o garoto em seguida tomara posição de duelo, tendo em cada uma das mãos uma varinha.

_ Al. - disse Eduard, mas foi interrompido pelo garoto que lançou um duplo feitiço estuporante na direção do rapaz que saltara para longe.

_ você não presta, nunca prestou – disse Alvo gritando – foi um ótimo ator não é? Conseguiu enganar a todos nos por tanto tempo... mas agora vejo, o quanto fomos idiotas...

_ abaixe as varinhas Alvo, agora... – disse Eduard erguendo as mãos num tom de redenção – não vou lutar, não importa que faça, não irei ataca-lo.

_ isso porque você não tem uma varinha – disse Alvo rindo em deboche – estupefaça – ele apontou as duas varinhas ao mesmo tempo e os dois feitiços voaram na direção do rapaz, mas um campo de proteção surgiu na frente do rapaz fazendo os feitiços serem repelidos.

_ na verdade, você esta errado sobre isso – disse Eduard mostrando uma varinha em uma das mãos que o outro reconheceu como pertencente ao primogênito dos Potters.

Um grande duelo que por alguns momentos o mais velho tentava se pronunciar mandar que o rapaz parasse de atacá-lo, pois não era seu inimigo, mas a voz parecia ser tão distante que não fazia qualquer efeito nele. O Potter do meio estava cego pelo ódio, não iria ter piedade ou se deixar balançar pelas palavras do rapaz por mais que parecesse sinceras ele sabia que não podiam ser.

Luciana duelava com o próprio irmão, era meio difícil manter um duelo descente com o loiro sendo que tinha ainda cuidar do amigo irritante de Scorpius que insistia em tentar ajuda-lo.  Não que ela fosse uma má duelista, poderia muito bem dá conta de ambos rapidamente, mas ela apenas queria se divertir um pouco com o irmão que parecia ainda não acreditar que se tratava da mais velha.

_ protego – disse Lorcan novamente após um novo ataque da loira contra os dois, a comensal soltou um ruído parecido com um berro contido, estava claro que o gêmeo a estava irritando o que fez o garoto sorrir – algum problema Luciana?

_ cale a boca traidor do sangue miserável – disse Luciana entre dentes – será que não percebeu que quero ter com meu irmão a sós?

_ vai sonhando – disse Lorcan tornando a apontar a varinha para a garota – Rictusempra – a loira usou um feitiço que repeliu seu ataque.

_ Lorcan, sai – disse Scorpius falando numa voz profunda e seria o que fez o gêmeo encarar o rapaz – eu falo serio, não se meta mais com ela, vai ajudar o Alvo.

_ mas... Você não pode estar falando serio – disse Lorcan sem acreditar olhando para o amigo após se defender de um jato de luz vermelha que a garota lhe lançara – não, não vou te abandonar.

_ ah, que fofo... Mas querido você não vai ter escolha – disse Luciana que estalara os dedos duas vezes fazendo com que a comensal da morte encapuzada caminhasse até eles rapidamente já deixando a varinha escorregar da manga das vestes – cuide dele sim querida? Pode machucá-lo muito, de preferência.

 A comensal da morte então brandiu a varinha num gesto bruto e o feitiço que falara foi abalado pela mascara, mas atingiu o gêmeo tão rápido que ele nem teve tempo de se proteger sendo arremessado para longe por um jato que mais parecia uma espécie de raio elétrico. Scorpius olhou o amigo atordoado, mas pode ver o rapaz se erguendo novamente no mesmo instante em que a comensal começou a andar até ele.

_ agora somos apenas nos dois... Eu e você maninho, vamos ver se trair a própria origem fez você se tornar um fraco como acredito que se tornou – disse Luciana dando um sorrisinho falsamente simpático enquanto dava um giro e lançava um novo feitiço contra o irmão que se defendeu.

_ sempre foi muito falastrona mesmo não é? Mas ainda sim eu derrotava você sempre que papai estava nos ensinando a duelar quando mais novos – disse Scorpius erguendo a varinha em direção à irmã, ambos começaram a caminhar em círculos como num duelo de faroeste – e agora só porque aprendeu uns truquinhos nas artes das trevas achasse melhor que eu? Ah, claro... Até parece.

O gêmeo encarava a distancia os dois irmãos Malfoys em seu duelo, onde um brandia um feitiço de ataque e o outro logo estava lançando o contra feitiço de um jeito quase ensaiado. Apesar de pensar em ajudá-lo o rapaz achou melhor deixar que resolvessem seus assuntos sozinhos, até porque ele tinha seus próprios problemas.

_ Incarcerous – disse Lorcan e logo as pernas da comensal estavam envoltas por cordas a fazendo tombar para frente.  

A comensal tateou pelo piso até recuperar a varinha e tocou nas cordas as fazendo evaporar após dizer um feitiço. Antes que tornasse a se levantar, o gêmeo já havia desaparecido de seu ponto de vista. Os olhos da comensal começaram a buscar pelo lugar até ver o loiro que estava em disparada rumo onde acontecia um novo duelo. Lorcan começou a correr até Alvo como havia sido pedido por Scorpius para que ele fizesse, suas roupas ainda fumegavam por conta do feitiço do raio que lhe atingira, mas não teve poder o suficiente para mata-lo.

Então novos feitiços começaram a voar por todos os lados do rapaz que tentava se desviar, Lorcan agora via que a Felix Felicis estava ainda fazendo efeito afinal fora atingido apenas uma única vez e estava sendo mais rápido que às outras tentativas da comensal que se perdiam contra o chão ou no ar.

Rodolfo duelava ao mesmo tempo com Lysander e Rose que mesmo com toda a habilidade com feitiços pareciam estar tendo dificuldades contra o comensal experiente. O moreno sorria ao ver a expressão cansada da ruiva, ao que parecia ela não tinha tanta experiência em duelos, isso estava claro em seus movimentos assustados no modo como se desviava dos feitiços que lhe eram lançados, mas ao mesmo tempo ela era boa em atacar. Tinha que tira-la de combate logo, era isso que o comensal da morte tinha como meta principal.

_ Sectumsempra – disse Rodolfo, mas Lysander empurrara a ruiva antes de ser atingida e o feitiço passou a centímetros do rosto da garota fazendo-a inclusive a ter uma de suas mexas de cabelos cortados.

 Ainda no chão os dois se preparavam para levantar quando o comensal lançou um novo feitiço, dessa vez mudo que bateu de frente para o escudo mágico que a ruiva conjurara fazendo com que se desmanchasse ao atingi-lo.

_ precisamos ajudar seu primo, logo – disse Lysander se levantando ao lado da ruiva e ambos saltando para longe quando um feitiço atingiu o lugar bem onde eles estavam antes – Petrificus Totalus – o comensal de defendeu do ataque do rapaz. _ eu sei disso, o que acha que estamos fazendo aqui? Estudando Aritmancia – disse Rose entre dentes enquanto apontava a varinha para Rodolfo – Levicorpus – o comensal repeliu o feitiço em meio a uma risada. _ acha mesmo que vai conseguir me atingir mestiça imunda, eu sou muito mais experiente que vocês – disse Rodolfo lançando novamente um feitiço ao encontro deles, mas ambos pularam para trás evitando serem atingidos o que fez o comensal rugir de ódio – como pode? Vocês são apenas pirralhos, não deviam ser problema algum... – ele tentara um novo feitiço que foi defendido por Lysander em seguida puxando a ruiva para longe do bruxo até um dos cantos da câmara. _ é serio Rose, a poção não vai durar para sempre... Precisamos encontrar um jeito de passarmos por esse idiota e conseguirmos tirar logo o Tiago desse lugar – disse Lysander e a ruiva concordou – ótimo, então escute o que temos que fazer. Foi então que um grande ruído foi escutado e em seguida após uma grande nuvem de poeira passar pela passagem de entrada pela câmara secreta onde antes ficava a porta de bronze, agora estavam parados cerca de cinco comensais da morte sendo que dois estavam com os rostos descobertos. _ olha só o que temos aqui... – disse uma voz um tanto animalesca em meio a um rosnado feroz, mas foi interrompido por outra pessoa. _ droga, eu te disse animal que iríamos chegar no meio da festa – disse uma voz infantil que lembrava um pouco a péssima imitação de uma criança birrenta – olá Dolfo. _ onde estavam seus imbecis? – disse Rodolfo enquanto se voltava para os companheiros que começavam a entrar, os primeiros eram Umbridge e Greyback vindo logo atrás os outros comensais.   _ o idiota do Higgs errou ao atacar a ruivinha – disse Greyback indicando um dos comensais encapuzados atrás dele – o feitiço que era para liquefazer-la acabou fazendo o chão virar uma grande poça de lama e depois a garota fez o contra encantamento prendendo do pescoço para baixo numa massa sólida cerca de doze dos nossos homens, o restante havia sido estuporado incluindo a nos... _ não importa agora, deixe-me cuidar da garota, uma boa conversa entre damas vai servir para ela a alguma coisa não é? – disse Umbridge erguendo sua pequena varinha em direção à ruiva. _ parece que você estava certo – disse Rose num sussurro – a sorte nossa esta acabando – eles se encararam antes que tornassem a tomar posições de duelo - Locomotor Mortis. _ Protego – disse Greyback e o feitiço ricochetou e acertou em Lysander que caiu de joelhos em meio a um resmungo – há tempos não ataco alguém, acho que já esta na hora de quebrar o jejum – o lobisomem arreganhou os dentes na direção do gêmeo que ainda mantinha a varinha erguida. _ não, vá ajudar o Zabini – disse Rodolfo impedindo-o de se aproximar do garoto o que fez com que Greyback resmungasse o encarando com sua feição queimada numa espécie de carranca desgostosa – ele está com o Potter mais novo – logo a face do outro se modificou e um sorriso brotou em seus lábios mostrando sua dentição amarelada e afiada.

Tiago começara a puxar a mãos mais parecia que o homem estava lhe prendendo com mais força desde aquele momento. Alaric pos força no aperto e num gesto voltou o braço do rapaz o fazendo urrar de dor no momento em que caiu de joelhos no chão de frente para o agressor.

O ruivo então se erguera num rápido gesto que surpreendera o homem, e com a mão e dera uma cotovelada na garganta do bruxo das trevas que o soltou levando as mãos em direção à área com uma expressão de falta de ar. O lord das trevas então deu uma rasteira atingindo as pernas do rapaz e o levando para o chão, em seguida o ruivo se levantara de um salto e empurrara o moreno com toda a sua força para trás.

Tiago dera um abraço quebra costelas no bruxo das trevas que por sua vez lançara um chute contra suas costelas o fazendo solta-lo, o rapaz cambaleou para trás, mas então deu um soco no estomago do outro que aproveitara para agarrar seu braço e tentar torce-lo que por sua vez foi respondido por uma cabeçada do mais novo que se distanciou um pouco gemendo levemente pelo golpe.

Um novo chute de Alaric atingiu seu abdômen, o ruivo agarrou o pé dele após o golpe e o jogou para trás fazendo com que ele caísse contra o chão. Mais que rapidamente o moreno se levantara e avançara em direção do grifinorio, com um forte chute o rapaz atingiu o rosto do campeão que cambaleou para trás desorientado enquanto o outro se aproximava dele o prendendo em um mata leão.

Então foi que Tiago com um movimento rápido se curvou e arremessou-o por sobre sua cabeça fazendo com que Alaric batesse fortemente as costas contra o chão. O ruivo sorriu sentindo um pouco de sangue escorrendo pelo canto da sua boca e quando se preparava para limpar foi que aconteceu.

Com um rápido movimento foi que o grifinorio se viu livre, mas por poucos instantes, pois em seguida sentiu a ponta da varinha contra a parte inferior de seu queixo e um sorriso nos lábios do lord das trevas.

Alvo ainda duelava com Eduard, dessa vez apenas com uma varinha afinal a do rapaz não era tão boa quanto a sua por não responder perfeitamente a ele por conta de não ser o dono original. O terceirista apenas atacava com vários feitiços, mas não conseguido acertar um sequer contra o outro que apenas se defendia.

_ Experliarmus – disse Alvo dessa vez conseguindo atingir-lo de modo que a varinha do seu oponente voou de sua mão em direção ao chão.

_ Alvo... – disse Eduard se aproximando do rapaz que ainda estava na posição de ataque – eu sei que você não acredita em mim, então não vou tentar mais convencer-lo de que sou inocente.

_ você não é inocente, esta longe de ser isso – disse Alvo.

_ ah, certo... Essa palavra não foi a melhor eu sei – disse Eduard – mas entenda que eu não queria fazer isso.

_ prove então, vamos diga o que levou você fazer isso – disse Alvo enquanto o campeão se aproximava mais.

_ minha família, eles disseram que machucariam minha mãe e meu irmão – disse Eduard – eu não tive escolha, consegue entender?

_ não – disse Alvo duramente – não consigo, porque é mentira... Eu sei que seu pai foi ou é um comensal da morte, é mais do que natural que sua família o apóie e que você tenha entrado nessa de boa vontade.

_ entendo, não há mais o que falar? Vá em frente então – disse Eduard suspirando – acabe com isso.

Alvo vacilou por alguns instantes então percebeu a curta distancia que havia entre eles, se o rapaz fosse realmente igual aos outros comensais da morte já teria tentado tomar a varinha das mãos do mais novo, no entanto podia ser um truque e aquilo não devia enganá-lo. Talvez fosse a sua calma voltando, mas Alvo estava começando a acreditar nele o que estava soando um pouco ridículo em seus pensamentos. Foi então quando já estava se preparando para lançar um feitiço estupore que sentiu alguém saltar sobre si, logo suas costas estalaram contra o concreto do chão e ele se viu por debaixo de uma fera desfigurada que era o lobisomem Greyback.

_ surpresa em me vez novamente garotinho – disse Greyback em meio a uma risada enquanto puxava os cabelos do moreno para que ele o encarasse mais de perto – veja como eu fiquei, por conta do traidor do sangue do Malfoy, nada agradável não é? Mas saiba que eu acabarei com você antes...

_ hei lobisomem, qual é a sua de se meter no meu duelo? – disse Eduard e Alvo pode vê-lo próximo dos dois, mas um pouco mais atrás deles, com um discreto movimento ele se abaixou para pegar a varinha do garoto do chão.

_ você chama aquilo de duelo? – disse Greyback sem tirar os olhos de sua presa - Como esperava acabar com o moleque se não o atacava? Devia parar de ser um covarde e tomar atitudes de um homem de verdade.

_ como essa, por exemplo? – disse Eduard de um modo que o lobisomem o encarasse – Estupore – o feitiço atingiu a face queimada do comensal fazendo com que ele tombasse desacordado por sobre o corpo de Alvo que o jogou para o lado com brutalidade.

_ isso foi... – disse Alvo surpreso – você me salvou?

_ a lerdeza de vocês Potters é algo que devia ser estudado por bruxos especialistas sabe? – disse Eduard esticando a mão para ajudar o outro a se levantar, Alvo aceitou-a – espero que isso faça você acreditar em mim.

_ é, você fez por merecer – disse Alvo enquanto recolhia a varinha das mãos do mais velho e entregando a ele a que havia pegado – temos que ajudar meu irmão, agora.

Tanto Tiago quanto Alaric ainda se encaravam um ao outro em silencio enquanto parecia que o moreno parecia tentar ler a alma do outro o grifinorio analisava as possibilidades de escapar daquela enrascada logo. Não agüentando mais o silencio o rapaz se pronunciou.

_ vai me matar? – disse Tiago sorrindo debochado – dessa forma não vai haver ninguém para abrir o tumulo e seu plano estará destruído.

_ quanta precipitação, mas eu não irei matá-lo – disse Alaric – na verdade você ainda ira me dar à varinha, ou por acaso não percebeu o que esta acontecendo com a jovem senhorita Malfoy, ela realmente parece desesperada ali dentro – o ruivo desviara o olhar para o globo e pode ver Narcisa novamente, dessa vez não parecia tão bem quanto antes.

Dentro da prisão liquida, a garota parecia estar perdendo o ar rapidamente, dessa vez não era como se conseguisse respirar ali já que cada vez mais bolhas escapavam de seu nariz enquanto a boca mesmo fechada fazia sair algumas pequenas bolhas pela fina abertura dos lábios. Ao ver o rapaz assustado com a cena que observava, Alaric removeu a varinha debaixo de seu pescoço e deu alguns passos para trás.

_ podemos conversar como cavalheiros agora, ou vai mesmo querer tentar uma disputa comigo o que não seria uma atitude muito esperta em vista que eu possuo uma varinha enquanto você não tem nada em nenhuma das mãos – disse Alaric erguendo a varinha na altura do próprio queixo – o que me diz? – a resposta veio na forma de um soco atingiu a face mascarada do rapaz que se curvou de dor enquanto sentia o sangue lhe escapar por um dos lábios.

_ o que eu digo? O que vou lhe dizer é simples – disse Tiago enquanto massageava o punho que usara para atingir o rapaz – vai se ferrar, seu filho da mãe – ele puxara Alaric pela a capa o arremessando de encontro o chão com veemência, fazendo com que o moreno batesse fortemente o peito contra o piso.

_ péssima escolha de palavras Tiago, você não faz idéia de o quão errado foi em me atingir – disse Alaric ainda no chão agachado, ele ria fracamente enquanto o ruivo o encarava confuso ainda segurando a capa do rapaz – hora de receber uma amostra do meu poder – o grifinorio tentou soltar a capa e correr, mas não foi possível.

A capa começou a tremular inteira na forma de uma serie de ondas negras no inicio que foi se intensificando aos poucos e mesmo que tentasse solta-la o ruivo não conseguiu, pois ela se envolveu em suas mãos como fortes amarras para então começar a avançar pelos braços e por fim após o lord das trevas remover o que a aprendia a ele todo o grande manto negro voou de encontro ao grifinorio. Ocultando sua cabeça como se tivesse acabado de abocanhá-lo e logo se estendendo por toda a dimensão do peito e costas como se ela estivesse crescendo para enfrentá-lo.  

Tiago com a visão obscurecida pelo manto, sentiu uma enorme falta de ar, ao que parecia a parte que envolvera seu rosto o estava sufocando de uma forma horrível. Alaric olhou para o ruivo que estava sendo envolto em uma espécie de casulo negro, o grifinorio já se encontrava de joelhos e se debatia para tentar se livrar daquilo.

O lord das trevas se voltou para o globo de água que flutuava e por alguns segundos ele e a loira prisioneira trocaram um olhar silencioso para então ser interrompido quando o homem ergueu sua varinha para a loira estando prestes a lançar um feitiço quando falhou. Ele abaixou a varinha, não iria conseguir atingi-la mesmo que fosse o que tinha planejado fazer após o termino daquela missão, não parecia mais tão tentador mata-la.

Alaric resmungou para então lançar um outro feitiço que explodiu o globo de água de um jeito que fez a garota despencar e caindo de encontro com o piso num som agudo e molhado. A garota tossia enquanto o rapaz se aproximava dela, com a varinha erguida para ela que o encarou de um modo assustada e ao mesmo tempo desafiador para em seguida desmaiar.

Em seguida ele se voltou para o ruivo encasulado que ainda se debatia no chão e ao se aproximar o lord das trevas simplesmente o estuporou fazendo com que parasse de se mover, com um movimento rápido puxou o manto negro que o cobria que dessa vez havia parado de se mover e estava novamente normal como qualquer outra capa. Alaric então começou a caminhar, então fez um gesto com a varinha e da boca do busto de Salazar Slytherin começou a jorrar água numa espécie de cascata que logo começou a deslizar pelo chão então as serpentes também começaram a soltar pela boca.

Scorpius ainda duelava com a irmã, quando escutou um barulho que lembrava a queda de água e se voltou para trás encarando uma das serpentes de pedra que expelia uma grande quantidade do liquido transparente pela boca. Os olhos azuis acinzentados do rapaz se estalaram ao encarar aquela cena que nem notou a irmã se aproximando dele com a varinha erguida, com um rápido movimento a do irmão caçula escapou de seus dedos.

_ deveria estar com a cabeça no duelo – disse Luciana rodando a sua varinha entre os dedos.

_ cale a boca, olhe para o que esta havendo – disse Scorpius fazendo um sinal indicando a serpente – esse lugar vai inundar em poucos minutos, temos que sair daqui depressa.

_ temos? Não exatamente, meu mestre ainda não ordenou a retirada... Então devemos continuar lutando – disse Luciana apontando novamente a varinha para o irmão.

_ é tão estúpida a ponto de seguir cegamente esse idiota? – disse Scorpius inconformado – olhe para o que ele esta fazendo Luciana, o cara fez você se voltar contra a própria família... Duelando comigo aprisionando nossa irmã, por Merlin, como pode apoiar atitudes como essa?

_ deixa de drama Scorpius, eu estou fazendo o melhor para todos nos – disse Luciana – chegara à hora maninho que você verá que escolhi o lado vencedor e espero que nossa família tome conta disso e se junte a nos.


_ nossa família abandonou as trevas a tempos – disse Scorpius raivoso – não somos mais assim, estamos tentando recomeçar...é o que nosso pai nos ensinou, sermos pessoas melhores, diferentes.

_ do que adianta sermos diferentes se as pessoas sempre entendem nosso sobrenome como algo ofensivo e repugnante, não somos nada Scorpius alem de uma família que carrega a vergonha de ter abandonado a batalha – disse Luciana – as pessoas mesmo antes de eu ser quem sou olhavam para mim como se houvesse a droga da marca negra pairando sobre a minha cabeça... Somos comensais da morte, esse é nosso destino, não há como mudar o que já esteve escrito por tanto tempo...

_ você é louca, esta delirando – disse Scorpius se voltando de costas para a irmã.

_ não volte às costas para mim maninho, eu ainda não terminei com você – disse Luciana erguendo a varinha – estupefaça – o feitiço atingiu a nuca do rapaz que tombou para frente desacordado.

Luciana olhou para as cobras que expeliam água, antes de voltar às costas e caminhar para longe do corpo caído do irmão. Mais adiante ela pode ver o Zabini e Alvo correndo lado a lado, não era como se tivessem numa batalha em movimento era mais como se estivessem na mesma equipe. A loira murmurou maldições para ambos, ao perceber o que acabara de acontecer afinal das contas. Eles haviam sido traídos, Eduard traira os comensais da morte.

Lorcan parara abruptamente ao ver os jatos de água saindo pela boca das cobras, ele se aproveitou da distração da comensal da morte com o mesmo motivo e tentou estupora-la, mas ela se defendeu então o atacando o que ele também repeliu então sem esperar a garota lançou um feitiço no chão que o fez vibrar e o lançou para o alto teria se chocado com a parede se não tivesse apontado a varinha para a mesma.

_ Iflatus – disse Lorcan e a parede inchou de um modo que parecesse ser uma espécie de colchão de ar com o qual se chocou e em seguida caiu no chão molhado.

A comensal da morte se aproximou dele com a varinha apontada para seu rosto quando foi impedida por uma mão que lhe tocou o ombro. Ao olhar para o lado viu a irmã de Scorpius ali a sua frente lhe sorrindo de um jeito debochado.

_ já chega – disse Luciana e a comensal recolheu a varinha – agora, vem comigo.

Umbridge duelava com a ruiva que se mantinha em pé firmemente se estivando e protegendo e ocasionalmente atacando a ex - alto inquisidora, mas não parecia estar tendo muito sucesso já que os outros comensais encapuzados a protegiam. Lysander mantinha-se atacando o comensal que se aproximava dele risonho com o desespero do garoto, Rodolfo estava se deliciando com aquilo.

_ Sangria – disse Rodolfo e o feitiço atingiu.

Lysander sentiu algo em sua garganta como se ela estivesse bloqueada por algo, ele levou uma das mãos ao pescoço enquanto a outra se apoiava no chão.  O garoto que começou a tossir e sangue começou a pingar de sua boca para então começar a vir em mais quantidade conforme ele continuava a ter seu ataque de tosse que ia formando uma pequena poça rubra próximo dele. Logo seus lábios estavam tingidos de vermelho enquanto ele continuava a babar sangue e tossir ainda mais.

_ você vai sangrar até a morte garoto, se depender de mim... Eu irei ver você se esvaziar – disse Rodolfo pegando o garoto pelo pescoço e o erguendo do chão, mais sangue escorria da boca do loiro e ensopava a mão do comensal.

_ Lysander – disse Rose ao ver o amigo com o comensal tão próximo foi momento em que a garota foi atingida por um feitiço que a arremessou contra a o chão e a fez deslizar um pouco, ao erguer seus olhos se viu cercada pelos comensais da morte.

_ hora de uma lição de vida docinho, todas nessa vida sofrem não importa quão bonita seja – disse Umbridge deslizando sua mão gorducha pelo rosto sardento da ruiva para no fim apertar sua bochecha como se faz com uma criança – e é melhor ter essa lição desde já... – Rose recebera um tapa e em seguida todos os comensais apontaram as varinhas para a garota – algo a dizer antes que comecemos?

_ vai pro inferno sua sapa enrugada – disse Rose ao que a mulher respondeu com um risinho.

_ a mesma ousadia da sangue-ruim que é a mãe, realmente uma arvore podre só dá frutos estragados – disse Umbridge com uma cara de nojo para a ruiva antes de apontar a varinha para a cabeça da garota – vamos ver se seu brilhante cérebro vai ser o mesmo depois dessa...Crucio.

A dor intensa invadiu a cabeça da ruiva que não pode evitar gritar, era como se uma grande broca estivesse perfurando seu cérebro de dentro para fora. Logo pode escutar os outros comensais realizando a mesma maldição e dessa vez pode sentir a dor se intensificar por cada milésimo de centímetro de seu corpo como se seus ossos e músculos estivessem sendo torcidos por uma prensa. Era insuportável a dor que lhe atingia que a garota sentia que preferia a morte.

Lysander sentira o movimento das pernas voltar, o feitiço que havia sido lançado tinha se extinguido então num ato rápido o loiro dera um chute bastante potente entre as pernas do comensal que o soltou enquanto cambaleava para trás. O sonserino pegou a varinha de Rodolfo e apontou para o comensal da morte e mesmo com a voz pastosa por conta do sangue conseguiu pronunciar o feitiço que o estuporou.

Talvez fosse por ter acabado de por para fora de combate seu adversário, mas parecia que o feitiço que o estava fazendo sangrar acabara naquele momento com ele sentindo que o sangramento havia se extinguido, mas ainda assim estava muito fraco. Então ele prestou melhor atenção nos gritos da ruiva que ainda permanecia envolta pelos comensais da morte. Ele então começou a tentar se levantar para chegar até a amiga, mas suas pernas estavam um pouco frouxas demais para andar.

Scorpius se erguia do chão após ter sido atingido pelo feitiço estuporante da irmã, o garoto ainda estava meio zonzo, mas então percebeu gritos vindos do outro lado da câmara foi então que reconheceu a autora daqueles berros e pode perceber o quanto sofria.

Seu coração se partiu ao ouvir seu sofrimento e rapidamente o rapaz se ergueu do chão e começou a correr em direção de onde vinha os pedidos de ajuda e os apelos para que parassem alem é claro das risadas histéricas de um grupo de comensais reunidos em conjunto, ao se aproximar teve certeza que no centro daquele circulo estava ela.

O loiro não soube qual foi o primeiro feitiço que lançou, só soube que foi o responsável por derrubar um dos comensais da morte e tirar a atenção dos outros da ruiva que ainda estava caída no chão no centro do circulo ainda formado pelos bruxos das trevas. Umbridge mandou que os outros o atacassem e foi o que houve, o rapaz estava tão furioso que nem se lembrou dos feitiços de proteção que lançou para se defender dos ataques nem mesmo de como foi capaz de lançar dois jatos que fizeram um deles dar duas rodopiadas no ar antes de cair e outro se arremessado e deslizar ao longo do piso.

Scorpius pode ver a face amedrontada da velha mulher que buscava em todos os lugares qualquer lugar que pudesse escapar foi então que o loiro lançou um feitiço estuporante atingiu-a a fazendo se chocar de costas contra uma das pilastras em forma de serpente que se destruiu com o impacto.

O loiro correu até a ruiva que estava encolhida em posição fetal, o rapaz se ajoelhou ao seu lado e pode vê-la chorando muito de um jeito que o fazia ficar ainda pior do que seus gritos. Scorpius puxou a garota para seu colo, envolvendo-a com seus braços enquanto encostava a cabeça contra a dela de um jeito protetor enquanto deslizava os dedos pelos cabelos densos e ruivos dela de um modo a tentar acalma-la.

_ vai ficar tudo bem, estou aqui... – disse Scorpius num sussurro para que a garota ouvisse, ao abrir os olhos ela teve a visão do jovem e mais do que rápido envolveu-se com ele num abraço.

A garota já não mais chorava intensamente, apesar de suas lagrimas correrem pelo rosto dela ainda silenciosamente, ela apenas tremia e tentava se aconchegar cada vez mais sentindo os braços do garoto a apertarem fortemente como se tentasse acalma-la não apenas ela como também a si mesmo.

_ S-Scorpius – disse Rose fracamente enquanto erguia o rosto para encará-lo, o garoto a olhou diretamente nos olhos e a ruiva nunca se sentiu tão feliz em encarar aquelas orbes azuis acinzentadas.

_ Rose – disse Scorpius passando as mãos pelo cabelo da garota, os tirando de frente de seu rosto - não se preocupe ninguém vai mais te machucar, se alguém tentar fazer você sofrer de novo, eu juro que vou...  – ele não terminou de falar, a garota simplesmente puxou-o pela nuca fazendo com que seus lábios se selassem com os dela.

Talvez não fosse o momento para um beijo, estavam no meio de uma batalha e o rapaz se sentiu surpreendido por poucos segundos para então se entregar ao sentimento daquele momento. A ruiva o beijava com delicadeza, de um jeito leve e inocente que fez o rapaz acompanhar o mesmo ritmo dela até que começou a se intensificar um pouco mais após ele ter correspondido. O sonserino passou a mão em ambos as bochechas da ruiva podendo sentir a face dela corando, ela então sentia os lábios frios do rapaz contra os seus que pareciam tão quentes. Ele já havia aprofundado o beijo, e ambos agora estavam conectados um com outro até que se separaram e ficaram se encarando um ao outro.

Podia se ver um pouco de confusão no rosto do loiro enquanto a loira ainda parecia bastante abalada com o que havia feito, ele então beijou ambas suas faces algumas vezes em cada lugar por onde escorria as ultimas lagrimas dela. Após isso encostou a testa com a dela.

_ desculpem – disse Lysander chamando a atenção do casal para eles, o gêmeo parecia um pouco encabulado de interrompe-los – acho que meio que devíamos, vocês sabem... – ele passara uma das mãos na nuca indicando que estava sem jeito por ter presenciado aquela cena.

_ ah, claro... - disse Scorpius se levantando e ajudando a ruiva se levantar ainda parecendo estar com um pouco de dificuldade para se manter em pé – você consegue caminhar?

_ sim, só estou um pouco fraco... Acho que terei que me recuperar um pouco de todo aquele sangue que vomitei – disse Lysander que então notara as serpentes cuspindo água e o amigo percebeu isso.

_ ele esta inundando a câmara, acho que o plano de emergência dele – disse Scorpius enquanto ajustava o braço do amigo por sobre seu ombro e o abraçava de lado na sua tentativa de ajudá-lo a se manter e poder caminhar.

– um pouco desesperado, em minha opinião – disse Lysander.

_ suicida acho que seria o plano mais correto – disse uma voz e ao se voltarem puderam perceber Lorcan caminhando até eles, estava totalmente molhado com as roupas grudando contra o corpo – a felix felicis, acho que acabou o efeito.

_ acredite em mim, realmente acabou – disse Lysander enquanto limpava a boca suja de sangue – o que devemos fazer agora?

_ ajudar meus primos e a Narcisa... Acho que seria o certo – disse Rose ainda um pouco abalada pela tortura que sofreu – também devemos tentar evitar morrermos afogados, de preferência...  

­_ gostei do plano – disse Scorpius e a ruiva sorrira para ele – idéia de como podemos fazer isso?

_ sim... Eu tenho – disse Rose se voltando para os outros olhando para cada um – eu e Scorpius ajudamos meus primos e a irmã dele enquanto vocês usam feitiços para lacrar a passagem da água.

_ certo... E como faríamos isso? – disse Lorcan incerto de como conseguira fazer o que a ruiva estava lhes ordenando.

_ dessa forma – disse Rose erguendo a varinha, mas sua mão estava tão tremula que não estava conseguindo mirar direito, foi então que Scorpius ao seu lado a ajudara colocando a sua mão sobre a dela e a ajudando apontar para a estatua – Glacius.

O feitiço atingiu a torrente de água a congelando assim como a boca e cabeça serpentina da coluna, não era algo muito seguro na opinião da ruiva, mas duraria tempo o suficiente de arrancar todos dali. Pelo menos esperava por isso.

_ brilhante – disse Scorpius soltando a mão da ruiva.

_ hã... Mais eu não sei esse feitiço – disse Lorcan sem jeito – é um pouco avançado não?

_ quarto ano – disse Lysander – basta pensar em coisas frias, como neve ou gelo ou simplesmente frio que a pessoa consegue... Não é tão difícil, sabe?

_ tudo bem, acho que você pode me mostrar como fazer – disse Lorcan e o gêmeo assentiu com a cabeça.

_ então, vamos nos separar – disse Lysander tentando se soltar de Scorpius, mas cambaleou um pouco e teria caído se não fosse pelo outro gêmeo lhe dar um apoio.

_ você está fraco – disse Lorcan enquanto ajudava o irmão a se manter de pé.

_ Isso não importa, vamos – disse Lysander fazendo sinal para que continuassem caminhando rumo as estatuas.

Rose e Scorpius se viram sozinhos de repente, ambos se encararam pelo canto dos olhos antes de desviarem o olhar para direções opostas. Enquanto a ruiva encarava o chão, um tanto corada, o loiro parecia distraído olhando o teto enquanto passava a mão na nuca parecendo sem jeito. Um silencio estranhamente constrangedor se colocou entre eles, parecia que só naquele momento haviam percebido o ato que haviam tido um com o outro. Foi então que o loiro decidiu de pronunciar quebrando o clima tenso.

_ quer conversar sobre... Bem... Hã... Você sabe – disse Scorpius assanhando um pouco os cabelos – sobre, o...

_ ah, bem... Eu... Acho que deveríamos ir atrás do Alvo primeiro – disse Rose ajeitando uma mexa ruiva para trás da orelha – sabe, acho que ele precisa da nossa ajuda.

_ é, tem razão – disse Scorpius e ambos começaram a caminhar rapidamente em direção em que estavam vendo o primo/melhor amigo.

_ e Malfoy... – disse Rose enquanto começavam a correr, o loiro olhou para trás por sobre o ombro – obrigada, por tudo.

_ disponha sempre Weasley – disse Scorpius sorrindo o que fez com que ela sorrisse fracamente também.


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Notas finais do capítulo

LEIA APENAS SE JÁ LEU O CAPITULO, POIS CONTEM SPOILERS.
Bem, e ai curtiram? Bem, acho que muitos de vocês não esperavam pelo beijo Rosius ( ou Scorose apesar de esse nome ser horrivel)ocorrer num momento desses, eu percebi que sempre criava ambientes romanticos com apenas o casal a sós para ocorrer o primeiro beijo ou para eles se acertarem alem de declarações emotivas e tal...queria fazer algo diferente, e bem a ideia de usar a camara secreta para isso foi para prestar minhas homenagens ao filme RdM parte2, não foi uma copia do beijo Romione apenas uma homenagem até porque os dois não são como eles e a cena não fluiu identica, até pelo que me lembre a Hermione não estava sendo torturada por comensais...
E não sei vocês,mas Rose e Scorpius estão mais para James e Lily (pais do Harry) em minha opinião.



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