Novos Tempos Em Hogwarts 2 escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 48
Despedidas são dificeis


Notas iniciais do capítulo

Capitulo final desta temporada pessoal, espero que gostem. Já que ninguem lê as notas iniciais, nos vemos lá embaixo.
Aproveitem a leitura galera.



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A morte de Eduard Zabini atingiu a todos da comunidade mágica, e foi instituído luto nas três escolas do torneio. Não houve as comemorações, a festa de encerramento  havia sido cancelada pelos organizadores como sensibilidade pela perda e os alunos foram mandados mais cedo aquele ano para suas casas para que ficassem juntos de suas famílias. Ninguém mais se importava com a taça, ou a gloria que Tiago Sirius Potter havia conquistado para sua escola. Não quando Hogwarts havia perdido algo muito maior que qualquer conquista, e o ruivo sabia disso já que o gosto da vitória não parecia mais tão doce como esperava na verdade, encarar aquela taça só lembrava tudo que havia acontecido no dia anterior na batalha da câmara secreta.

Tiago passara por momentos ruins naquelas ultimas horas, ele simplesmente fora interrogado pelos Aurores incluindo seu pai que queriam saber o que havia acontecido e por mais que dissesse a verdade não havia como descobrir se a taça havia sido transformada em uma chave de portal, pois após seu segundo uso o objeto havia sido inutilizado deixando nenhum vestígio de magia, então optou por ficar em silencio e transparecer estar traumatizado demais para falar, o que ele nem sequer tivera muito trabalho para fingir. Foi necessário um recurso com o ministério francês para que o rapaz pudesse retornar para casa, seus pais se recusaram a dizer, mas ele sabia que as pessoas o estavam acusando de ser um assassino julgando-o como se tivesse provocado à morte do sonserino de alguma forma.  E algo dizia que mesmo que aquilo ficasse sem respostas, as pessoas sempre o teriam como culpado, afinal fora ele que saiu vivo daquelas paredes carregando o corpo.

Ele pensava aquilo naquele momento, enquanto respirava pesadamente embaçando o vidro de sua janela com o vapor de sua respiração. Sua cabeça encostada contra o vidro de seu quarto, o rapaz se encontrava sentado no espaço de sua janela que fazia parecer uma espécie de varanda embutida. Tiago estava com as pernas encolhidas contra o corpo, e os braços repousavam sobre os joelhos enquanto sua mente vagava por outros lugares, seus olhos se mantinham encarando o exemplar do profeta vespertino que estava jogado do chão tendo a primeira parte a seguinte manchete em letras grandes e negras “Tragédia no Torneio Tribruxo” o subtítulo corria magicamente pela pagina “Aurores investigam morte misteriosa de campeão durante a ultima tarefa”, mas certamente o que mais lhe incomodava era a fotografia estampada nela um jovem de cabelos negros vestido em roupas de gala sorria timidamente parecendo sem graça com as atenções em si. Era Eduard Zabini e aquela foto deveria ter sido tirada no baile de Halloween.  

_ será que posso entrar? – disse uma voz e ao encarar a porta pode ver um jovem de cabelos negros indomáveis dar uma seqüência de três batidas contra a madeira da porta e o olhar com seus olhos preocupados.

_ sim, claro... Pode entrar Al – disse Tiago tentando se recuperar e sentar de uma forma mais adequada enquanto o mais novo entrava ainda o encarando e permanecendo de pé encarando o ruivo.

_ você não vai? – disse Alvo após alguns segundos de silencio, ele parecia um pouco apreensivo ao se dirigir ao irmão talvez esperando por gritos ou atos de grosseria caso não tivesse cuidado com o que dizia.

_ para que lugar? – disse Tiago desviando o olhar – nem entendo porque vocês vão, ele não é da família e todos sabemos que nossos pais não são lá o que pode se chamar de amigos próximos deles.

_ prestar as condolências, não precisa que tenhamos algum laço que nos ligue a eles – disse Alvo – e mesmo que nossos pais não tenham, nos temos... Eu sei que sente a perda dele, e mesmo que não tenham sido amigos... Eu acho que deveria ir, não por você, mas por todos que estão sentindo a perda dele e para honrar a memória dele.

_ as pessoas acham que eu o matei – disse Tiago desviando o olhar.

_ mas não foi você – disse Alvo automaticamente e com a voz cansada como se tivesse dito aquilo varias vezes.

_ eu sei, mas não posso sair por ai falando sobre o que enfrentamos – disse Tiago encostando a cabeça na janela e podendo ver nos jardins seus parentes todos reunidos prontos para aparatarem.

_ eu falei para o papai – disse Alvo e o ruivo o encarou incrédulo como se não acreditasse – não me olhe assim, você não poderia fazê-lo.

_ você simplesmente contou tudo? – disse Tiago descendo da pequena varandinha na parede e caminhando até o irmão.

_ não, eu não contei que aquele cara entrou na minha mente – disse Alvo se sentando na cama – mas sim, o resto eu contei... Era preciso, papai estava preocupado demais e eu apenas queria acalmá-lo por Merlin, ele mesmo não querendo admitir acreditava assim como os outros que foi você a matá-lo.

_ e o que ele falou que iria fazer? – disse Tiago e o moreno suspirou.

_ nada, ele ficou calado como se tudo que eu tivesse dito não mostrasse que eu devesse saber das coisas – disse Alvo tornando a suspirar – acredita nisso? Eu confiei nele, mas ele não faz o mesmo comigo.

_ típico dele... Guardar tudo para si – disse Tiago – querer nos proteger de algo que nos diz respeito – o moreno assentiu e os dois ficaram em silencio – você sabe se...

_ ela irá... É, ela vai sim – disse Alvo e o ruivo assentiu se encaminhando de costas para longe do irmão – posso dizer que te esperamos lá embaixo?

_ diga o que quiser, eu posso ir depois se preferirem... – disse Tiago abrindo o guarda-roupa e puxando um cabide onde havia roupas negras penduradas.

Alvo voltou às costas para o irmão e quando saia do quarto pode ver que Lily já estava quase chegando para certamente ver o que acontecia ou simplesmente apressar o sonserino dizendo que já estavam de partida. Ao ver o irmão, a ruiva esperou que ele descesse os degraus para que fossem juntos para os jardins. Chegando lá, cada um se encaminhou para um dos pais. Após Harry aparatar acompanhado da pequena ruiva, ele escutou a mãe lhe dizer para dar o braço e ambos também foram desaparecendo no ar com um pequeno estampido.

Os Potters desaparataram em Hogsmeade, o vilarejo bruxo estava bastante movimentado mesmo para um final de semana. Via-se varias pessoas se dirigindo para os limites da cidade, todos trajavam roupas pretas sóbrias e não diziam qualquer palavra apenas caminhavam lado a lado. Ao chegarem um pouco afastados do centro do lugarejo, perto da encosta de um morro, estava um pequeno murado baixo com grandes pontiagudas e relvas que brotavam e se enroscavam em meio aos tijolos enquanto o portão simplesmente estava aberto para que os bruxos pudessem entrar no cemitério.

Aquele lugar era repleto de sepulturas, lapides e alguns poucos mausoléus todos pareciam tão solitários e cinzentos que o moreno passou sem prestar muita atenção neles. A vinte e dois anos aquele lugar havia sido escolhido para o descanso final daqueles que haviam perecido na Batalha de Hogwarts, era ali que a família Weasley havia dado adeus ao falecido Fred e onde Teddy ia visitar os pais sempre que podia. Após o passar dos anos, os bruxos passaram a enterrar entes queridos ali para que repousassem ao lado de nomes nobres dos heróis caídos.

            Alvo não percebeu quando sua mãe se dirigiu o puxando para perto de um lugar onde havia doze grandes fileiras de cadeiras brancas sendo seis de cada lado e um espaço onde jazia a sepultura aberta e o suporte que mantinha o caixão erguido. A família se sentou em um lugar discreto sem fazer muito barulho, pois não queriam ser notados, principalmente por terem chegado a meio a discurso de um velho bruxo que parecia fazer uma espécie de oração em latim enquanto as pessoas apenas mantinham o silencio encarando as belas coroas e ramalhetes que enfeitavam as dimensões aos lados do tumulo de um jeito bastante simples, mas bastante amistoso.

Alvo não prestar muita atenção nas palavras do velho bruxo, pois seus olhos preferiram correr de maneira natural pelos rostos das outras pessoas que estavam ali. Em sua maioria pareciam ser desconhecidos, havia alguns rostos familiares de Hogwarts tanto alunos membros da sonserina como de outras casas e alem de professores como era o caso de McGonagall que se encontrava ao lado de Slughorn ocupando a primeira fileira, o professor de poções parecia bastante abalado já que seus olhos e nariz estavam um pouco vermelhos. 

Neville estava uma fileira atrás da diretora ao lado da família, e o moreno pode trocar um rápido olhar com sua namorada que lhe lançara o que seria a sombra de um sorriso e em seguida olhar novamente para frente.  Ele pode ver Teddy sentado ao lado de sua noiva, e Dominique aconchegada nos braços de Fred ao lado deles.

Alvo pode encontrar os amigos sentados um pouco mais adiante, os gêmeos Scamander estavam sentados entre os pais enquanto Scorpius acabava de chegar assim como o moreno e sua família ocupava as ultimas cadeiras próximos de onde estavam sentados Madame Máxime e Hagrid.

Uma musica triste tocava de algum lugar após as ultimas palavras do sacerdote a família Zabini se aproximou da sepultura enquanto o caixão descia lentamente.

O pai de Eduard era um homem alto de pele negra, seus olhos eram escuros, sobrancelhas densas e lábios grossos. Dono de mãos grandes, ombros largos e queixo forte. Seus cabelos cortados bastante curtos que ao lado do bigode e cavanhaque faziam dele dono de uma aparência respeitável para não dizer temível.

Ao lado dele, abraçada com o filho caçula vinha a Sra. Zabini. Esta era cerca de dois palmos mais baixa que o marido,  Possuía cabelos negros densos e levemente ondulados descendo pelos ombros e caindo em seu colo enquanto a parte de trás descia pelas costas, seu rosto era um pouco redondo e pálido com olhos verdes iguais aos dos filhos estavam inchados e um pouco vermelhos, nariz reto e fino e um par de lábios carnudos destacados pelo batom.

E Zack, o garoto continuava o mesmo e agora tão próximo dos pais se via que era uma copia quase que perfeita da mãe assim como Eduard um dia também fora. O rapaz não desvia os olhos do caixão do irmão enquanto descia mesmo quando acudira a mãe em um abraço forte, tudo que fazia era encarar sem expressar qualquer sentimento de tristeza mesmo que seu rosto parecesse cansado e abalado. Talvez tivesse chorado? Pensou Alvo, antes de vir para o cemitério quando estava sozinho. É quem sabe o tenha feito, talvez esconder os sentimentos o fizesse parecer crescido, mas devia ser difícil.

O garoto então pegou uma flor e a arremessou sobre a tampa do caixão do irmão e o mesmo fizeram os seus pais e em seguida a curtos passos eles se distanciaram com Zack levando a mãe para se sentar em uma das cadeiras vagas da primeira fila que deveriam ter sido ocupadas por eles mesmos momentos antes.

E pela primeira vez, Alvo pode ver no rosto de Zack algo que ele nunca havia demonstrado nos últimos anos em que se conheciam: sofrimento, não era algo físico, mas da alma que felizmente o Potter não tivera o prazer de conhecer que se tratava da dor da perda. Mesmo que por anos ambos tenham desenvolvido um grande ódio entre si, Alvo não pode deixar de sentir-se apiedado do outro.

As pessoas começaram a se aproximar, aos poucos os convidados se levantaram e foram jogando flores sobre a sepultura e indo prestar seus pêsames aos pais do rapaz já falecido. Alvo após deixar cair um cravo dentro do buraco encarou o rapaz que estava em pé não muito longe. Zack encarava as coroas de flores e as fotos do irmão que repousavam ali e ao se aproximar pode ver que o rapaz encarava uma antiga foto em que estava ao lado de Eduard e ambos sorriam era bem antiga já que o mais novo parecia ter apenas sete anos e exibia um sorriso alegre com alguns dentes faltando.

O Zabini deslizara os dedos pelo rosto do irmão que piscava e sorria divertido bagunçando os cabelos do caçula e pelos olhos verdes sonserinos se formou uma solitária lagrima que escorreu por seu rosto até cair sobre o porta-retrato.

_ Zack, eu queria dizer que... – disse Alvo sem o rapaz encara-lo, mas foi interrompido.

_ não quero sua pena Potter, guarde seus pêsames para si próprio – disse Zack amargo enquanto tornava a colocar a foto do irmão no lugar e enxugava os olhos marejados.

_ sei pelo que esta passando, compreendo a sua dor – disse Alvo se aproximando do rapaz e colocando sua mão sobre o ombro deste que se esquivou.

_ ah, é mesmo? Diga-me uma coisa Alvo, quantos irmãos você já enterrou? – disse Zack se voltando para o outro – eu acabo de enterrar meu único, não... Não, você não entende pelo que estou passando...

Alvo suspirara desviando os olhos do colega e encarando as coroas de flores cujas pétalas já caiam sobre a grama. Era verdade, não havia como negar que a frase de consolo que utilizara era infeliz afinal nunca perdera alguém que amasse, um membro da sua família ainda mais tão próximo.

_ não posso entender, mas imagino – disse Alvo – sei o quanto era próximo a Eduard, e que por mais desavenças que tenha tido com você entre mim e ele havia algo bastante próximo de uma amizade por termos tido que conviver tão próximos um do outro por conta de sermos da mesma equipe.

_ aonde quer chegar afinal? – disse Zack.

_ que eu sinto a perda dele, não como a de  você e sua família mas como de alguém que perdeu um amigo, podíamos não ser próximos como sou com os gêmeos e o Scorpius – disse Alvo – mas o que quero dizer é que sentirei falta dele – o outro rapaz já havia voltado as costas e começara a dar alguns passos – e Zack...

_ o que? – disse Zack parando e olhando por sobre o ombro.

_ meu irmão me contou... As coisas que o seu falou antes de morrer, talvez gostaria de saber que estava entre as coisas – disse Alvo e o moreno tornou a virasse para encara-lo com atenção – Eduard espera que você tenha uma chance de mudar, que não siga pelos mesmos caminhos que ele tomou... Ele tinha esperança que você poderia ser melhor que ele foi.

_ melhor que... Eu nunca posso, não poderia ser melhor que Eduard nunca – disse Zack em meio a pequenas pausas e pode se ver algumas novas lagrimas se formando em seus olhos o que fez com que se voltasse novamente e tornasse a caminhar sem olhar para trás.

Zack acabou esbarrando em Scorpius enquanto este e os gêmeos se aproximavam do amigo. Alvo caminhara até os três que haviam parado para encarar o rival que se distanciava. Os loiros fitaram o Potter do meio como se questionassem o que havia dito e ele simplesmente ficou em silencio, não cabia a ele contar algo daquela espécie para os outros.

Narcisa se encaminhara após sua ultima despedida do amigo falecido, se voltou para a mãe deste que se encontrava sentada ainda no mesmo lugar onde o filho caçula a havia colocado enquanto as demais pessoas esvaziavam o local. A loira se encaminhou até ela, e se sentou a seu lado, a mulher a encarou com seus olhos inchados de um jeito amargo que desapareceu assim que a jovem lhe abraçou com força a dando conforto e compreensão. A mulher chorou, e a loira lhe acompanhou em silencio com algumas lagrimas.

_ eles destruíram meu filho, aqueles... – disse a Sra. Zabini em um sussurro enquanto se separava do abraço e a loira a encarou confusa.

_ a senhora, sabia não é? Que ele havia se tornado um deles – disse Narcisa e a morena concordou fazendo com que a jovem suspirasse pegando nas mãos da mulher e as apertando contra as suas.

_ sim, quando se pertence às trevas a primeira vez, ela a persegue – disse Sra. Zabini de um jeito sinistro – assim como foi comigo e meu marido, nos servimos a ela uma vez e agora somos dela... Não queria isso para meu Ed, mas ele foi arrastado, não pode fazer as escolhas certas...

_ sim, ele pode – disse Narcisa – e as fez, mesmo que elas tenham sido tarde demais.

Flashback on:

Narcisa acordara, estava de noite e a escuridão banhava a o quarto quase inteiramente entregue ao breu se não fosse pela luz do luar que invadia da porta que levava a sacada. Um vento frio percorreu o quarto e ela pode sentir uma pequena onda fria lhe percorrendo o rosto, era como se algo lhe tocasse a face e desenhasse um caminho das maçãs de seu rosto para os lábios.

Abriu os olhos lentamente, a garota então pode ver que não estava sozinha ali. Havia um garoto, sentado em sua cama tão próximo dela que a teria feito se assustar se o garoto não tivesse selado sua boca com uma das mãos e feito um sinal para que não gritasse. E ao atendê-lo, ele removeu a palma da mão de seus lábios e ela se sentara a seu lado.

_ o que faz aqui? – disse Narcisa com grosseria enquanto puxava as cobertas mais contra o corpo para que evitasse que o rapaz lhe continuasse a olhar, em especial por sua camisola ser bastante curta.

_ sei que sou a ultima pessoa que gostaria de ver – disse Eduard em um sussurro encarando o chão, ela então pode notar que o rapaz estava vestido com as suas vestes de gala que pareciam estar abarrotadas e um pouco desgrenhadas, e cabelos despenteados talvez pela dificuldade que esteve tivera para escalar até ali já que a porta estava trancada.

_ você acha mesmo? Por Merlin, Ed... Tem idéia da gravidade das coisas que essas pessoas fazem, das coisas que você fez na verdade – disse Narcisa um pouco irritada – pensei que fossemos amigos.

_ eu sou seu amigo – disse Eduard.

_ não é o que parece, não agindo como aliado a eles – disse Narcisa – essas pessoas me seqüestraram, me mantem nesse lugar e alteraram a minha memória me fazendo viver uma mentira nos últimos meses e o pior é que você é um deles.

_ eu sei que pedir desculpas por essas coisas não basta, mas quero que saiba que tudo que me fiz me arrependo gravemente – disse Eduard – a alguns meses, quando fiz dezessete anos a minha casa foi visitada por um homem que teve uma conversa com meu pai não soube as palavras que trocaram mas sei que depois disso fui apresentado a ele pessoalmente...

_ é o mesmo homem desse lugar, o líder deles – disse Narcisa se lembrando de seu estranho anfitrião mascarado e o moreno assentiu.

_ ele então conversou comigo, me propôs coisas as quais eu desejava na época – disse Eduard – poder, dinheiro, fama, mas tudo aquilo eu podia conseguir sozinho... E o preço que se podia pagar, os riscos eram enormes... Então pensei em recusar quando estava prestes a recuar meu pai me segurou pelo braço e o homem removeu a sua varinha a colocou contra meu antebraço – ele fechou a mão um pouco abaixo do pulso esquerdo – é uma das piores dores que já senti se não a pior...

_ você foi obrigado, é isso que quer dizer – disse Narcisa e o rapaz acenou positivamente.

_ eu não fui um santo a partir daí, agi como me pediam mesmo que isso me pesasse a consciência, mas acredite havia um grande incentivo caso eu me recusasse – disse Eduard – eu vi sua irmã torturando meu irmão caçula na minha frente, o fazendo sofrer na minha menor falha ou incerteza inicial.  

_ Luciana... – disse Narcisa com pesar.

_ eu decidi que pelo bem deles, da minha mãe e do meu irmão deveria ser uma peça do jogo dele – disse Eduard – então, segui as ordens como um bom servo... Mas agora, eles têm você e isso muda tudo.

_ por que muda? – disse Narcisa.

_ eu me importo com você, quando deveria deixar que fizessem com você o que quer que planejem – disse Eduard – então é por isso que você irá fugir.

_ e como farei isso? – disse Narcisa e o moreno indicou a mesa de cabeceira, ao encarar a loira pode ver ali repousando ao lado de alguns livros e um castiçal uma varinha que fez seus olhos piscarem enquanto seus dedos iam até ela.

_ roubei de um dos alunos de Dursmtrang, o garoto estava tão bêbado que nem percebeu quando eu a puxei de suas calças enquanto ele dançava com o par dele – disse Eduard soltando uma fraca risada – e aqui... Você tem algumas informações que deve seguir – ele puxou um papel dobrado e entregou para a grifinoria – neles estão às dicas de corredores que deve tomar para fugir do castelo.

_ se descobrirem que está me ajudando, será morto – disse Narcisa encarando a varinha e o pedaço de pergaminho em cada uma das mãos.

_ não temo a morte – disse Eduard – mas... Quero que me prometa que assim que encontrar seu pai, conte a ele tudo que sabe, diga para que proteja minha mãe e o meu irmão como puder...que os tire daquela casa e os esconda de meu pai e de todos, dê a eles a proteção que precisam para continuar vivos.

_ eu prometo – disse Narcisa e o rapaz lhe lançou um sorriso antes de levantar da cama e começar a caminhar até a sacada, para então se virar e encara-la.

_ é a ultima vez que nos encontramos, eu acho – disse Eduard – caso tenha sucesso na fuga – a loira deixara as coisas de lado e se levantara andando até ele.

_ está com medo? – disse Narcisa enquanto colocava as mãos em seus ombros e ele a encarava com os olhos verdes vivos.

_ sim, estou – disse Eduard simplesmente – por você, eu estou – ela sorrira e lhe dera um pequeno selinho que o surpreendeu – não faça isso, não é a mim que ama de verdade.

_ sei que não, mas eu o considero muito e agora sei que a amizade que tivemos pode ter começado como uma mentira, mas se tornou real – disse Narcisa sorrindo fracamente – eu perdôo você.

_ é bom saber disso – disse Eduard sorrindo fracamente – as pessoas vão sentir minha falta no baile – a loira olhou para o rapaz um pouco confusa – a festa de Halloween que ocorre após a primeira prova do torneio.

_ ah, sim... – disse Narcisa sem jeito – e ele, como está?


_ o Potter? Ele esta sobrevivendo, tentando ser forte até se quer saber – disse Eduard – claro que tem momentos difíceis, mas não devemos culpá-lo.

_ entendo – disse Narcisa e ela o abraçou fortemente – dê isso a ele por mim, sim?

_ você mesma o fará, vai por mim não é a mesma coisa que recebendo de outra pessoa – disse Eduard sorrindo – deve voltar para a cama agora.

_ não estou com sono – disse Narcisa, mas o rapaz fora mais rápido e a pegara no colo a levando e a fazendo se deitar na cama por mais que ela dissesse para que a colocasse no chão em meio aos risos.

_ pois então, eu vou cantar para você dormir – disse Eduard e a loira soltou uma pequena risada – ah, qual é eu canto bem...

_ ótimo, tente então – disse Narcisa enquanto ele a cobria e se deitava a seu lado – só não vai adormecer do meu lado, seria horrível que eles o encontrassem ai.

_ não, não vou... – disse Eduard a abraçando pela cintura enquanto começava a brincar com seus cabelos – feche os olhos... – e a loira obedeceu logo em seguida o rapaz começou a cantar, e ele tinha razão sobre a própria voz: era muito bonita, uma beleza sofrida e dolorosa como se ele sentisse a musica de um jeito triste e próprio seu.

I dreamed I was missing

You were so scared

But no one would listen

Cause no one else cared

Eu sonhei que estava desaparecido

Você estava tão assustada

Mas ninguém escutava

Pois ninguém mais se importava

After my dreaming

I woke with this fear

What am I leaving

When I'm done here?

Depois do meu sonho

Eu acordei com esse medo

O que eu deixarei

Quando eu morrer?

So if you're asking me

I want you to know

Então, se você me perguntar,

Eu quero que você saiba

When my time comes

Forget the wrong that I've done

Help me leave behind some

Reasons to be missed

Quando minha hora chegar,

Esqueça os erros que cometi

Ajude-me a deixar pra trás algumas

Razões que deixem saudades

And don't resent me

And when you're feeling empty

Keep me in your memory

E não fique ressentida comigo

E quando se sentir vazia

Lembre-se de mim.

Leave out all the rest

Leave out all the rest

Deixe de fora todo o resto

Deixe de fora todo o resto

Don't be afraid

I've taken my beating

I've shared what I made

Não tenha medo

De levar a minha derrota

Eu compartilhei o que fiz

I'm strong on the surface

Not all the way through

I've never been perfect

But neither have you

Eu sou forte por fora

Não completamente

Nunca fui perfeito

Mas nem você foi

So if you're asking me

I want you to know

Então, se você me perguntar,

Eu quero que você saiba

When my time comes

Forget the wrong that I've done

Help me leave behind some

Reasons to be missed

Quando minha hora chegar,

Esqueça os erros que cometi

Ajude-me a deixar pra trás algumas

Razões que deixem saudades

Don't resent me

And when you're feeling empty

Keep me in your memory

Não fique ressentida comigo

Quando se sentir vazia

Lembre-se de mim,

Leave out all the rest

Leave out all the rest

Deixe de fora todo o resto

Deixe de fora todo o resto

Forgetting

All the hurt inside

You've learned to hide so well

Esquecendo

Todo o sofrimento

que você aprendeu a esconder tão bem

Pretending

Someone else can come and save me from myself

I can't be who you are

Fingindo

Que alguém pode chegar e me salvar de mim mesmo

Eu não posso ser quem você é.

When my time comes

Forget the wrong that I've done

Help me leave behind some

Reasons to be missed

Quando minha hora chegar,

Esqueça os erros que cometi

Ajude-me a deixar pra trás algumas

Razões que deixem saudades

Don't resent me

And when you're feeling empty

Keep me in your memory

Não fique ressentida comigo

Quando se sentir vazia

Lembre-se de mim.

Leave out all the rest

Leave out all the rest

Deixe de fora todo o resto

Deixe de fora todo o resto

Forgetting

All the hurt inside

You've learned to hide so well

Esquecendo

Todo o sofrimento

que você aprendeu a esconder tão bem

Pretending

Someone else can come and save me from myself

I can't be who you are

I can't be who you are

Fingindo

Que alguém pode chegar e me salvar de mim mesmo

Eu não posso ser quem você é

Eu não posso ser quem você é.

Quando chegara ao final da musica, Eduard percebeu que a muito a garota havia adormecido e agora parecia um anjo com seus olhos fechados. Ele sorriu tristemente, enquanto se separava dela e arrumava os fios de seus cabelos loiros atrás da orelha. O rapaz se levantou e caminhou até a sacada se sentando na beira da proteção e passando uma das pernas por ela, quando ia fazer o mesmo com a outra encarou a garota e pode vê-la se mexer na cama e se voltar para o lado da janela o que o fez sorrir pela ultima vez.

_ cuide-se – disse Eduard num sussurro enquanto terminava de passar a outra perna e saltava da sacada aparatando antes de atingir o solo.

Flashback off.

Ao terminar de contar a mulher o que havia acontecido aquela noite, ela sorrira, um sorriso saudoso e um pouco tristonho, mas que fez com que a loira fizesse o mesmo. A morena olhara para as suas mãos atadas com as da grifinoria e as apertou mais forte.

Tiago havia acabado de chegar aonde agora havia nada alem da lapide do sonserino já que a sepultura havia se fechado magicamente assim que o caixão terminara de descer. Ele puxara a varinha e fizera um buquê de flores aparecer os depositando sobre a lapide.

Quando já se voltava para ir embora, seus olhos encontraram Narcisa sentada ao lado de uma mulher mais velha de longos cabelos negros e cuja fisionomia lhe lembrava o colega falecido.  E ficou encarando-as de longe.

_ graças aquela varinha, eu estive quase a ponto de fugir – disse Narcisa – ele queria proteger-los, a você e ao irmão dele.

_ meu Ed, era como um anjo e agora é um – disse Sra. Zabini limpando os olhos com um lenço – você fez bem a ele, ajudando-o a se encontrar agora sei que é especial de verdade Narcisa.

_ eu... – disse Narcisa puxando as mãos das da morena.

_ sei que não pode correspondê-lo, mas você o fez amar e serei eternamente grata por isso – disse Sra. Zabini para então suspirar novamente – eu sentirei falta da voz dele, e de ouvir-lo cantando... Eram raras as vezes que ele o fez, sabia?

Fora então que as duas foram surpreendidas pelo senhor Zabini que se aproximara delas e ao notar que sua esposa estava acompanhada daquela garota seu rosto se contorceu em fúria e apressou os passos indo cada vez mais rapidamente para alcançar o lugar onde as duas estavam.

_ o que faz aqui menina? Será que não está feliz pela dor que causou a essa família? – disse Sr. Zabini o que fez com que a loira se levantasse rapidamente e desse alguns passos para longe do homem que simplesmente estava gritando com ela em fúria.

_ Blaise, por Merlin, não sabe o que diz... A menina não tem culpa de nada – disse Sra. Zabini tentando acalmar o marido e o segurando o braço com força para que não se aproximasse mais da garota, mas foi em vão já que com um rápido movimento o homem conseguiu se livrar da esposa.

_ você o iludiu, o fez voltar às costas para tudo – disse Blaise Zabini apontando o dedo e gesticulando de modo irritado – se há alguém responsável por meu filho estar morto é você garota e não tente negar...

_ o senhor está errado, eu não tenho culpa do que aconteceu – disse Narcisa nervosa quase no mesmo tom de voz do homem, foi então que ela sentiu alguém passando por ela e se colocando a sua frente.

_ algum problema por aqui? – disse Tiago e a loira o abraçou de lado encostando a cabeça em seu ombro – o senhor está muito irritado, eu sei que é difícil, mas não pode ficar descontando nas outras pessoas a sua dor e revolta...

_ não se meta moleque – disse Blaise Zabini - é com a garota que estou falando, e não com você... – novamente a sua esposa tentara contê-lo, mas foi afastada, dessa vez com mais brutalidade, enquanto o homem puxava a varinha das vestes e apontava para o casal a sua frente - Alias, serve para você também, pois é tão responsável quanto essa vadiazinha que protege.

_ o senhor não entende, não fomos nós que matamos o seu filho – disse Tiago erguendo a mão em direção do Zabini tentando impedi-lo de atacar – foi outra pessoa...

_ não diga besteiras, eu sei que não são os assassinos – disse Blaise – mas sei que se não fosse por vocês terem se metido, se não fosse por você existir... – ele olhara para o ruivo com ódio – ou mesmo você – ele olhou para a loira – eu ainda teria mais um filho – e ao prestar melhor atenção na fisionomia do homem pode notar que não havia apenas raiva, havia alem disso ódio, revolta e amargura alem de sofrimento.

_ por favor, Blaise, não faça uma loucura,  pare... – disse Sra. Zabini enquanto na ponta da varinha do marido que apontava diretamente para os dois jovens, começara a brilhar num estranho tom de verde, mas antes que o feitiço fosse disparado uma mão apertou fortemente o pulso do homem o torcendo e fazendo com que ele soltasse o que nela havia.

_ papai? – disse Narcisa e o ruivo encarou o homem que havia parado Zabini, vestindo vestes negras como era de costume estava à figura alta de cabelos loiros prateados penteados para trás e barba cobrindo seu rosto fino em uma leve camada quase que imperceptível, o ex-professor Draco Malfoy.

_ ela é minha filha, não acredito que possa ter tido a coragem de apontar uma varinha para ela – disse Draco num tom baixo e ameaçador apenas para que o amigo escutasse, ele o soltara logo em seguida – sei que esta sofrendo, é apenas por isso, e respeito seus filhos, não apenas aquele que se foi como aquele ainda vivo,  e a sua esposa que eu não irei lhe dar aquilo que merece...

Blaise Zabini nada fez, apenas se agachou e pegou a própria varinha que havia caído a guardando nas vestes em seguida voltou as costas e caminhou para longe sem olhar para a esposa ou para o amigo que havia deixado para trás. A mulher olhou para o loiro com uma expressão que mostrava alivio e agradecimento, mas também um pouco de vergonha.

_ me desculpe pelo que houve, tente entender Draco que não é fácil para nenhum de nos dois... Principalmente quando, Eduard era o filho a quem o Blaise era mais próximo – disse Sra. Zabini fazendo o loiro assentir e sorrir levemente.

_ eu entendo, não precisa se desculpar por isso Pansy – disse Draco então dando um rápido abraço na mulher, ela se afastara logo depois indo pelo mesmo caminho que o marido havia ido.

Ron e Harry que estavam a poucos metros dali ao lado das esposas, trocaram um rápido olhar ao ver toda a cena que já havia acabado sem que eles precisassem interferir. Os Aurores não queriam admitir, mas deviam ao inominável uma por ter protegido o filho de um deles.

Draco colocou as mãos nos bolsos do casaco, em seguida olhou para a filha do meio que sorria para ele agradecida até que percebeu o pai encarando com os olhos estreitos o rapaz ao seu lado.

_ precisamos conversar pelo que parece...  – disse Draco para a filha - alguém me deve algumas explicações sobre algo que eu não sei, talvez?

_ senhor Malfoy – disse Tiago apertando fortemente a mão da garota ao seu lado -  eu gostaria de pedir sua permissão para... – ele acabou por ser interrompido pelo ex-professor.

_ para namorar minha filha? Como havia dito Potter, eu acredito que devemos conversar sobre isso – disse Draco abrindo um sorriso de canto – preciso saber quais são suas intenções antes de aceitar tudo isso.

_ então o senhor não... – disse Narcisa mas foi interrompida.

_ digamos que, o jovem filho do cicatriz está a altura para ser um candidato, mas ainda não foi aceito – disse Draco então olhando para o ruivo – você tem que conversar comigo antes... Venha.

O inominável se afastou sendo acompanhado pelo grifinorio que sorriu para a garota antes de se afastar seguindo o pai desta. Narcisa abriu um sorriso discreto, algo lhe dizia que aquela conversa era apenas para manter as aparências e que o velho Draco Malfoy já havia aceitado o relacionamento da filha do meio com o ruivo.

_ acho que é agora que devemos proteger nosso filho da ira Malfoy – disse Ginny num sussurro – parece que descobriu que ele esta namorando sua garotinha.

_ já voltamos Ron, chame os garotos para irmos embora – disse Harry antes de andar de mãos dadas com a esposa em direção ao filho mais velho.

_ nunca pensei que sentiria pena da Parkinson alguma vez na vida – disse Ron olhando a direção em que a mãe que perdera o filho havia tomado.  

_ eu também não querido, eu também não – disse Hermione enquanto era abraçada pelo marido e ambos voltavam as costas seguindo em direção oposta a que os amigos foram.  

_ mas eu a entendo, tambem perdi alguem que amava muito – disse Ron se lembrando de tristes lembranças da perda que haviam sofrido a anos atrás e ainda era doloroso falar sobre isso – será que poderíamos?

_ claro – disse Hermione sorrindo fracamente.  

Os dois então caminharam pela parte mais antiga do cemitério onde haviam sido enterrados os primeiros mortos na época da segunda guerra e ambos acabaram por parar em uma sepultura cuja lapide era grande e larga com letras inscritas na rocha com os dizeres:

Frederick Gideon Weasley

1 de abril de 1977 – 1 de maio de 1998

“As pessoas que amamos nunca nos deixam de verdade,

 elas estão sempre presentes em nossos corações”

Ron se ajoelhou em frente a lapide enquanto Hermione conjurava um buquê de flores que era depositado aos pés da rocha. E o ruivo então se ergueu e juntos eles seguiram para a saída.

 Fred II estava ao lado de Dominique caminhando por entre as arvores da parte mais afastada do cemitério. Ambos encaravam ao longe as cenas das pessoas se despedindo e partindo, puderam ver bruxos aparatando e outros saindo daquele lugar pela entrada. O moreno estava de braços dados com a ruiva enquanto andava, ela possuía a cabeça apoiada em seu ombro, ainda estavam em silencio como estiveram durante toda a cerimônia.

_ é estranho não acha? – disse Fred quebrando o silencio – alguém morrer, ainda jovem dessa forma ainda mais nas circunstancias dele...

_ eu não conhecia ele muito bem – disse Dominique – e mesmo que seja verdade todas as coisas que fez, ainda mais quando eu fui uma das pessoas que foi atingida por ele...afinal, ele simplesmente me estuporou durante a ultima prova do torneio – ela parou assim como o namorado – mas acredito que ele se arrependeu no final de tudo.

_ sim, ele o fez – disse Fred colocando as mãos nos bolsos do sobretudo – trair a todos, lutar do lado certo, ele é... – ele fez uma pausa ao perceber que havia falado de Eduard no presente - era uma pessoa muito forte e corajosa para o faze-lo.

_ é... – disse Dominique ficando novamente em silencio enquanto os dois tornavam a caminhar a passos lentos sobre as folhas secas das arvores – o Tiago me deu metade do premio em dinheiro, sabia?

_ aham – disse Fred confirmando – ele nunca deveria ser um campeão, então em parte você e Nickollaus Karkaroff teriam grandes chances de vencer o torneio caso não houvesse toda essa historia de comensais da morte e manipulação do cálice de fogo para os campeões de Hogwarts, então ele dividiu o premio entre vocês.  

_ foi à mesma coisa que ele me falou – disse Dominique mostrando o saco de ouro – a questão é que nunca tive tantos galeões, não sei como poderia gasta-los.

_ deve ter o suficiente para comprar um apartamento – disse Fred – seria uma boa, assim teríamos mais privacidade para nossos encontros – ele sorriu marotamente sendo acompanhado pela ruiva que parou de frente para ele o abraçando ao redor do pescoço – o que acha?

_ bem, pode ser – disse Dominique fazendo de conta que estava pensando sobre a idéia – mas o que nos garante que vamos continuar com isso afinal?

_ ah, qual é... O que nos impede de continuar hein? – disse Fred – não me diga que ainda gosta do Potter e estava me usando apenas para propósitos mesquinhos como um objeto para aplacar sua solidão – ele fez uma falsa cara tristonha e carente que fez a ruiva ter vontade de lhe dar um selinho e foi o que fez.

_ seu bobo – disse Dominique pondo um dedo nos lábios do grifinorio – eu nunca brincadeira com você dessa forma, é de verdade o que sinto... Palavra de meia-veela – ela fez uma cruz sobre o coração, como um juramento.

_ melhor assim, para quem saiu da crença de nunca querer se apaixonar ter uma desilusão amorosa esta fora dos planos – disse Fred suspirando – mas a pergunta que não quer calar é... Será que a família vai aceitar esse nosso relacionamento?

_ hum... Acho que sim – disse Dominique hesitante.

_ não parece ter certeza – disse Fred confuso.

_ não, é serio acho que eles vão aceitar – disse Dominique – em especial seus pais, afinal não teria garota melhor para o filho deles do que eu.

_ é isso pode ter certeza, mas algo me diz que pode ser que algumas pessoas na família surtem – disse Fred – como tio Percy, por exemplo.

_ ah, isso vai ser hilário – disse Dominique imaginando a cena – então, me ajuda a encontrar um apartamento então?

_ em Londres ou Paris baby? – disse Fred sendo novamente beijado pela garota.

Os gêmeos Scamander estavam debaixo de uma das arvores acompanhados de Lily e Chloe.  Ambos os rapazes se encontravam encostados no tronco da arvore, sendo que Lysander estava de mãos dadas com a ruiva enquanto a loira se encontrava abraçada com Lorcan que a acolhia embaixo de seu braço esquerdo.

Lorcan estava contando para eles sobre a voz que escutara na câmara secreta que falara para que ele abrisse o tumulo e pegasse a varinha de sabugueiro.  Todos os outros três ouviam sua narração com atenção sem interrompê-lo. Até que terminasse deixando todos quietos por alguns segundos digerindo aquilo que haviam acabado de ouvir.

_ então, o que acham que foi? – disse Lorcan.

_ é difícil dizer sobre o que se trata – disse Lysander.

_ eu não imaginei aquilo Andy, eu sei o que ouvi – disse Lorcan – era uma voz, de alguém que não pude ver.

_ talvez fosse algo dentro de sua cabeça – disse Lily – uma voz dentro de você, da sua mente quem sabe.

_ não sei, acho que não – disse Lorcan – pode ter sido – ele parecia pensar -  quem sabe um truque para que eu abrisse a tampa não acham?

_ mas por que você? – disse Chloe para o loiro que olhou para frente reflexivo.

_ por ser mais sensível a ver o que está além – disse Lorcan – minha mente aberta deve ter conseguido captar mais facilmente a informação e eu ter podido escutar a voz.

_ como o que houve com Al, ele foi enganado por Legismencia – disse Lily lembrando – quem sabe não aconteceu a mesma coisa que houve com meu irmão com você?

_ não acho que seja isso – disse Lysander – aquele tal lord parecia ser o único com alto grau de legismencia ao ponto de poder manipular mentes, mas não sei se poderia fazer isso com mais de uma pessoa ao mesmo tempo.

_ foi antes de ele enfrentar o Alvo que aconteceu – disse Chloe – vocês disseram que ele apenas começou a disputa mental quando a varinha já estava nas mãos do Al.

_ sim, isso é verdade – disse Lysander - mas o Tiago estava duelando com ele, não teria como o Lord das trevas se concentrar para atacar o Lorcan.

_ é talvez – disse Chloe – mas quem sabe não tentou ou mesmo conseguiu? É fácil para um legismente entrar na mente de alguém sem preparo,  ele apenas tenha mudado de vitima, antes tenha usado no Lorcan para depois passar para o... – mas foi interrompida.

_ ele não teria conseguido, é muito exaustivo com uma pessoa apenas, com duas então é algo quase que capaz de causar um colapso e fazer o que ele fez... – disse Lysander – a mente dele não seria capaz de tanto esforço.

_ voltamos à estaca zero então – disse Lily desanimada.

_ a voz não parecia do lord, então não poderia ser dele – disse Lorcan – era uma voz desconhecida sabe? Não é como se fosse de alguém normal, era mais como se fosse vinda de algum lugar distante.

Foi então que os quatro viram duas figuras se aproximando deles, uma delas era Raven Skeeter que caminhava com cara fechada ao lado da outra que se tratava de uma mulher. Essa possuía o rosto maciço e um pouco quadrado, cabelos com cachos já grisalhos de branco e loiro caindo dos lados da cabeça enquanto a parte de trás estava oculta pelo chapéu de bruxa verde acido com uma das abas inclinadas de um jeito elegante, seus óculos eram retangulares e possuíam pedrinhas na armação. Ela possuía uma estatura mediana e o corpo um pouco robusto com o vestido verde e salto alto, ela usava um colar de perolas bastante exagerados e um casaco com gola de pele. Para completar o visual, havia a bolsa de couro de dragão a tira colo e as unhas pintadas em um tom berrante de escarlate assim como o batom.

_ querida, acho que é hora de irmos – disse a mulher de chapéu – se despeça de seus amigos e vamos – todos olharam da senhora para Chloe que começava timidamente tirar o braço de Lorcan dela e se separar do abraço.

_ perdão, mas quem é a senhora? – disse Lorcan para a mulher que abriu um grande sorriso mostrando seus dentes incrivelmente brancos.

_ não vai me apresentar a seu... Amigo? – disse a mulher e Raven bufou enquanto a irmã caçula se voltava para o garoto que antes estava abraçada.

_ essa é minha tia Rita – disse Chloe – eu vou morar com ela a partir de hoje – Lorcan nada falou, sabia o quanto às irmãs estavam chateadas em ter que conviver com aquela mulher que segundo diziam era intragável.

_ Rita Skeeter, e você docinho deve ser o namorado da pequena... Clemence não é? – disse a mulher e o loiro franziu as sobrancelhas ao ouvir a tia pronunciar erroneamente o nome da própria sobrinha.

_ acho que você quis dizer Chloe, é eu sou namorado dela – disse Lorcan seriamente e tão seguro que a grifinoria o olhou com admiração.

_ bem, vou ser sincera de que acredito que não seja bom para uma garota de doze anos namorar alguém ainda... Ela é muito jovem sabe? Não é algo muito adequado – disse Rita – mas simpatizei com você... Quem sabe daqui algum tempo não é? E realmente, você é melhor do que o rapaz de Dursmtrang que esta com a minha sobrinha mais velha, aquele tem um aspecto tão desagradável.

_ como se ela pudesse descrever quem é agradável ou não – disse Raven num sussurro.

_ falou alguma coisa Rachel? – disse Rita para a sonserina que a olhou pelo canto dos olhos com uma expressão amarga.

_ não, senhora... – disse Chloe respondendo pela irmã – agora será que podemos ir? Pensei que estivesse com pressa tia Rita.

_ ah, sim... Tenho uma matéria para escrever, acabo de ver o jovem Potter com a garota Malfoy – disse Rita enquanto pegava Raven pelo pulso e Chloe caminhava até a tia – a matéria não é algo tão excitante como esperava vindo aqui, mas pode ser que eu a venda para o Semanário das Bruxas, a revista tem uma parceria com o Profeta Diário.

_ até mais Lorcan – disse Chloe com um ar de tristeza enquanto pegava o braço livre da tia – a gente se vê.

_ até mais docinhos – disse Rita sorrindo novamente enquanto apertava fortemente o pulso da mais velha das garotas que ainda tentava se libertar murmurando que poderia aparatar sozinha.

_ espere, Chloe quando que... – disse Lorcan, mas foi interrompido antes de terminar, pois Rita aparatara dali levando as sobrinhas.

_ vadia – disse Lily com raiva – não acredito que a Chloe vai ter que viver com aquela velha estúpida – Lysander passara o braço ao redor de seus ombros e dera um beijo em sua bochecha sussurrando para que se acalmasse.

_ eu só queria saber quando íamos nos ver de novo – disse Lorcan infeliz enquanto voltava às costas e começava a caminhar para longe – aquilo não foi uma despedida de verdade.

Scorpius havia acabado de sair do cemitério, havia deixado os pais e a irmã para trás. Eles nem notariam sua ausência por muito tempo, mesmo que o fizessem não se importava já que a única coisa que queria era encontrar Rose. Desde o dia anterior que não se falavam, desde que tinham trocado aquele beijo.

O sonserino acabou por avistar os amigos não muito longe dali, sentados em um dos bancos da praça estava um casal que ele reconheceu como sendo Alvo e Alice ambos pareciam conversar algo mais pararam assim que ele se aproximara dos dois.

_ o que foi Scorp? – disse Alvo olhando o amigo com cara de preocupação.

_ estou procurando a sua prima, você a viu por ai? – disse Scorpius – viu a Rose em algum lugar? – Alvo encarou Alice e a morena fez um sinal positivo com a cabeça.

_ ela esta com Mademoiselle Delacour – disse Alvo.

_ por que as duas estariam juntas? – disse Scorpius sem entender.

_ talvez seja porque... Rose vá retornar com ela para Beauxbatons – disse Alvo hesitante sem conseguir olhar diretamente para o amigo.

_ voltar... O que está dizendo? Não consigo entender – disse Scorpius olhando para os amigos esperando uma resposta de qualquer um deles.

_ ela não te contou não é? – disse Alice percebendo que o namorado não ia conseguir falar a verdade para o melhor amigo – a Rose, ela aceitou participar do programa de intercambio, irá passar um ano estudando na França.

_ e como nova diretora, a Delacour aconselhou que ela terminasse o semestre lá para que pudesse se adaptar melhor e não tivesse todo aquele problema com matérias já que Beauxbatons esta em um nível mais avançado que Hogwarts em algumas disciplinas – disse Alvo e pode ver que o melhor amigo não o encarava, apenas olhava para o chão como se estivesse refletindo sobre as palavras ditas por Alice.

Scorpius então ergueu a cabeça e encarou a ambos sem acreditar no que ouvia, deu alguns passos para trás antes de olhar ao redor em busca de algo que havia visto quando chegara ali há horas atrás. A poucos metros de distancia já na saída do vilarejo era visível a grande carruagem da academia francesa que se encontrava já alçada a seus cavalos alados e para seu espanto estavam os alunos já embarcando naquele momento.

Ele nada disse aos amigos apenas começou a correr em direção ao mar de alunos de vestes azuis da escola francesa que estavam embarcando, não a deixaria partir daquela forma, sem dizer nada, sem sequer se dar ao trabalho de dizer um adeus que fosse. Scorpius estava com a cabeça a mil, em seus pensamentos vinha a memória do beijo que recebera e em seu coração vinha a dor de saber que talvez aquilo não fosse se repetir afinal por que Rose estava fazendo aquilo com ele? Não o amava de verdade, simplesmente não queria ficar ao seu lado? O sonserino queria respostas, para aquela decisão estúpida para alguém tão inteligente como aquela Weasley.

O rapaz esbarrava em pessoas que caminhavam pelas ruas, não se preocupando em olhar para trás para se desculpar, pois seus olhos apenas estavam focados em seguir em frente e impedir a ruiva antes que ela partisse.

Rose arrastava suas bagagens, seu antigo malão de Hogwarts nada combinava com o conjunto de vestes azuis que possuía naquele momento. Ao seu lado vinha Louis e a sua nova namorada, a filha do ministro francês, Charlotte Le Pearce. O casal de loiros conversava qualquer coisa que nada lhe importava, já que sua mente estava longe como se pensasse em tudo que ia deixar para trás naquele lugar e nas pessoas que iria sentir falta.  Os três se encontravam em uma fila para entrar na carruagem que ia cada vez se encurtando mais.

A frente da carruagem encontrava Gabrielle Delacour com uma prancheta anotando os nomes de todos os alunos que embarcavam.  Madame Máxime a havia indicado para nova diretora de Beauxbatons após ter anunciado sua aposentadoria do cargo que exercia por mais de trinta anos, a meia-gigante havia dito que por mais que amasse a academia francesa havia horas em que se devia se fazer escolhas difíceis e ela optara por algo que havia recusado da primeira vez que tivera a chance: seu coração. Máxime iria morar junto de Hagrid de forma que ambos pudessem continuar seu relacionamento desta vez sem o empecilho da distancia. Era bastante irônico, pensava Rose, de que alguém havia feito uma escolha que ela deveria ter feito quando teve a chance de ouvir seu coração e não a razão, pois agora se via arrependida por não poder voltar atrás.

_ Rose – disse uma voz que a fez despertar de seus pensamentos, ela olhou ao redor tentando encontrar a pessoa que havia a chamado, no entanto não havia ninguém que pudesse ver alem de vários alunos vestindo azul atrás de si.

_ algum problema? – disse Louis antes de entrar na carruagem.

_ não, eu apenas pensei ter ouvido uma voz – disse Rose voltando para o primo um olhar triste que o loiro compreendeu, ele sabia do arrependimento dela mesmo que não tivesse lhe contado.

_ monsieur Weasley, poderia entrar esta parando a passagem dos alunos – disse Gabrielle ao próprio sobrinho que apenas assentiu antes de entrar seguindo o mesmo caminho que a namorada havia feito alguns segundos atrás.

A ruiva então começara a subir a pequena escadinha que levava a porta da carruagem quando escutou novamente uma voz, dessa vez estava mais clara e alta como se estivesse mais perto dela do que antes.

_ Rose, por favor, pare – disse uma voz e a ruiva se voltou para trás para encarar os olhos azuis acinzentados um pouco aflitos a encarando enquanto o seu dono tentava se aproximar.

_ mademoiselle, não me ouviu falando com seu primo para que não parasse no meio da passagem? – disse Gabrielle, mas a ruiva simplesmente ignorou e saltou para fora da carruagem – aonde pensa que vai? eguindo o mesmo caminho que a namorada havia feito alguns segundos atrdisse  do arrependimento dela mesmo que n coraçncia. amas

Ao chegar próximo dos alunos de Beauxbatons, o Malfoy começou a se espremer para tentar abrir caminho entre eles para que pudesse chegar até a ruiva que o olhava sem acreditar que ele estava ali, não queria ter que vê-lo, não quando não tivera coragem para se despedir.

_ Scorpius? – disse Rose quando o garoto conseguira se aproximar o suficiente para que ambos ficassem frente a frente com o loiro ainda respirando um pouco pesadamente devido à corrida que havia feito.

_ conhece algum outro loiro bastante idiota para correr gritando seu nome por ai? – disse Scorpius sorrindo fracamente para então o tomar uma feição seria, e ambos ficaram em silencio por um tempo com o sonserino encarando-a com um olhar duro.

_ temos que conversar – disse Rose para ele que soltou um sorriso de canto, ela olhou para trás e pode ver a diretora lhe lançando um aceno positivo de cabeça enquanto continuava a encaminhar os alunos para dentro da carruagem como se nada tivesse acontecido. Ela teria tempo, e deveria saber usa-lo a seu favor para que pudesse deixar tudo bem entre ela e o rapaz antes de partir.  

_ ah, eu adoraria explicações – disse Scorpius se aproximando da ruiva cruzando os braços  – então, pode começar.

_ queria ter te contado – disse Rose para o rapaz tentando se aproximar dela mas ele a repeliu quando ele tentou abraça-la.

_ ia mesmo? Então por que não o fez?  - disse Scorpius e a ruiva olhou para o chão colocando uma mecha de seu cabelo para trás.

_ por que tive medo, porque não sabia como iria reagir – disse Rose – e vejo mais uma vez que estava certa, você me odeia.

_ não tire conclusões precipitadas Weasley, eu não te odeio – disse Scorpius – apenas estou zangado com essa decisão estúpida que tomou, por Merlin, diga apenas o motivo que te levou em decidir deixar Hogwarts – ela ficou em silencio sem querer responder, mas o rapaz então adivinhou o que seria – espera sou eu? – ele apontou para si com uma das mãos e obteve como resposta o silencio novamente, confirmando dessa forma o que havia acabado de perguntar e Malfoy soltou uma pequena e curta risada de escárnio sofrida – não acreditava que pudesse ter tanta raiva de mim para querer fugir do país para ficar longe de mim.

_ não, esta errado não era porque eu sentia raiva e sim porque eu... – disse Rose, mas ela própria se interrompeu – não sabia o que sentia, digo, eu tinha sentimentos fortes por você desde que nos conhecemos e por anos venho o reprimindo querendo sentir raiva e te odiar como deveria ser o certo... Quando senti que não mais conseguiria, quando pensei que poderia sofrer caso continuasse próxima de você sem poder ter-lo para mim resolvi que deveria te esquecer.

_ você é doida sabia? – disse Scorpius em um tom que não queria acreditar nas palavras dela – sempre pensar que pode resolver tudo, pelo menos uma vez ouça outra coisa que não seja esse seu cérebro super dotado – ele pegou a mão da ruiva e colocou sobre o peito esquerdo dela – ouça ele, às vezes o coração é quem esta certo... Então, ouça-o agora e fique comigo, do meu lado... Aqui onde é seu lar.

_ agora é tarde – disse Rose – não há como voltar atrás, eu tenho que ir para Beauxbatons – o loiro tentara dizer algo, mas ela colocou um de seus dedos nos lábios dele – me escuta, isso vai muito alem da minha vontade, é uma espécie de contrato entre as escolas, uma forma de aproximá-las novamente uma da outra com esses projetos de intercambio.

_ isso é ridículo – disse Scorpius seriamente – muito ridículo – ele riu nervosamente – então, você não ia se despedir de mim, e agora descubro que esta sendo forçada a ir.

_ é, basicamente, sim – disse Rose passando a mão no rosto dele – eu queria muito que não fosse assim, poder ficar ao seu lado – ela quis dar um beijo nele, mas o garoto afastou.

_ então eu vou com você – disse Scorpius abrindo os braços – vou me transferir para Beauxbatons.

_ o que esta falando? Você adora Hogwarts, não, nem pensar que vou deixar que você deixe para trás tudo isso por minha causa – disse Rose – não vou permitir.

_ tudo isso? Mas que droga afinal é Hogwarts sem você, é apenas um castelo idiota feito de pedras estúpidas – disse Scorpius alto o bastante para que algumas cabeças surgissem nas janelas da carruagem de Beauxbatons – será que não percebe? São as pessoas que fazem à diferença, e você é a que mais importa para mim...

_ Scorpius... – disse Rose, mas foi interrompida pelo loiro.

_ Weasley, cala a boca e deixa-me falar que te amo? – disse Scorpius e a ruiva o encarou boquiaberta, apenas para que o loiro a pegasse pelos ombros e a puxasse para um beijo, o que fez os alunos franceses vibrar nas janelas da carruagem.

_ eu acho que tambem te amo... – disse Rose após ambos se separarem, ele a abraçou forte depositando sua cabeça sobre seu ombro.

_ então, deixe-me ir com você – disse Scorpius no ouvido dela.

_ não posso – disse Rose – seria tão infeliz quanto eu...

_ não, você não seria infeliz pois eu estaria lá – disse Scorpius – e eu te teria para me alegrar, do contrario se eu ficar aqui seremos dois infelizes solitários.

_ não, você terá os rapazes – disse Rose – eles sentiram sua falta, e você sentira a deles que eu sei – ela pegou em seu rosto e o fez encara-la nos olhos – me escuta, eu não vou para sempre e você sabe disso.

_ sim, mas... – disse Scorpius, mas foi interrompido.

_ eu vou voltar nas férias, e ficaremos juntos e também te escreverei sempre – disse Rose – e as vezes voc~e pode ir para lá, dar uma escapada da família em algum feriado e ir me visitar.

_ um relacionamento a distancia? Prefere isso a me ter com você em Beauxbatons – disse Scorpius bufando – já te disseram que faz péssimas escolhas.

_ seu pai e o meu não sabem do nosso relacionamento, e se souberem...não sei como reagiram... – disse Rose se lembrando de um ponto principal que havia esquecido.

_ eu não me importo como eles vão reagir – disse Scorpius. 

_ deveria – disse Rose - é capaz de meu pai me deixar em Beauxbatons para sempre e o seu caso pense que vai para a França por minha causa, de maneira alguma que ia permitir.

_ eu posso tentar convence-los, minha mãe pode tentar falar com meu pai – disse Scorpius tentando convencer a ruiva que maneou a cabeça negativamente.

_ e o meu quem convence? – disse Rose – por favor, vamos tentar do meu jeito quem sabe não acaba dando certo afinal?

_ duvido muito – disse Scorpius desanimado.

_ só dará certo, caso você queira que dê certo – disse Rose com um tom indignado – não é preciso de contato físico para estar com uma pessoa, ou acha que precisa?

_ você às vezes irrita sabia? Sempre estar certa das coisas – disse Scorpius num tom serio - me prometa que escrevera todo o dia – a ruiva sorrira fazendo suas sardas salientarem nas bochechas.

_ todo o dia? – disse Rose achando engraçado o modo serio como o loiro falara.

_ é, todo o dia – disse Scorpius – eu farei o mesmo, dessa forma parecera que o tempo vai passar mais rápido até as férias, ou melhor, até esse maldito ano que vamos passar separados acabar.

_ tudo bem, todo o dia então – disse Rose sorrindo levemente e conseguindo arrancar um fraco sorriso de canto dos lábios do sonserino.

_ Rose, temos que ir – disse Gabrielle Delacour abrindo a porta da carruagem e a ruiva olhou por sobre o ombro e ao tornar olhar para o rapaz pode ver um olhar triste em seus olhos.

_ eu... – disse Rose e o sonserino assentiu antes que ela falasse mais alguma coisa se aproximou dela unindo mais uma vez seus lábios num beijo dessa vez mais longo de demorado como se ele não quisesse que acabasse – sentirei sua falta.

_ é, eu sei... Também sentirei a sua – disse Scorpius num tom triste enquanto ela voltava às costas e começava a caminhar até a carruagem subindo novamente os degraus que levavam a porta – minha pequena sabe-tudo irritante – ela sorriu ao ouvir o tom com que ele a chamara daquela forma, era um tom doce e carinhoso não como geralmente falava em zombaria ao se voltar para trás para vê-lo por uma ultima vez viu que ele já havia virado as costas caminhando para longe com as mãos no casaco.

Rose então entrou a porta da carruagem se fechou pela ultima vez, a garota então se sentou em um pequeno espaço próxima da janela e então pode sentir o momento em que os cavalos começaram a cavalgar e a imagem da paisagem passar em frente a seus olhos azuis como o céu de verão. A grifinoria encarou o vilarejo passar do lado de fora logo a carruagem ergueu vôo e tudo e ela se viu encarando o céu nublado cinzento e mais adiante o castelo de Hogwarts até ele desaparecer.

Algum lugar ali embaixo, um sonserino se encontrava sentado nos degraus do velho pub do Cabeça de Javali encarando ao longe uma imensa carruagem do tamanho de uma casa avançando pelo céu entre as nuvens até que desaparecesse. Nesse momento, por alguns instantes pode se ver pela primeira vez nos olhos de Scorpius Malfoy certo marejar como se as lagrimas simplesmente lutassem para não cair por seu rosto por orgulho em não querer chorar.

Continua...


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Notas finais do capítulo

NÃO LEIA AS NOTAS FINAIS CONTEM SPOILERS
Pessoal, não me matem por ter feito isso com Rose e Scorpius. Eu gosto deles, de verdade, muito mesmo e é por isso que fiz o que tinha que ser feito. Então, o intercambio da Rose vai rolar, mas eles vão continuar namorando sendo esse um pequeno teste para um dos nossos casais favoritos.
A musica que o Eduard cantou para Narcisa era para ter sido colocada no cap. de sua morte, mas decidi colocar agora nesse flashback.
Musica do capitulo: Leave Out All The Rest - Linkin Park: http://letras.mus.br/linkin-park/989327/traducao.html
Enfim, gostaria de agradecer imensamente a todos que chegaram até aqui, segunda temporada acabando e eu me sinto muito orgulhoso de tantos leitores e em especial pelos elogios que recebi e criticas tambem, reviews e recomendações maravilhosas. Vocês estão até aqui comigo, e isso é um grande feito. espero realmente que continuem comigo na terceira temporada e quantas mais forem precisas para acabar NTEH. Tivemos momentos dificeis, pelo menos eu tive com as raras ocasiões que ti ve para escrever quandso a escola começoiu a apertar e o prazo para as postagens aumentou. Além é claro daquela historia idiota de Plagio da minha fic que não quero nem lembrar. Então a vocês meus leitores queridos, um grande obrigado e espero que tenham curtido esse cap. e deixem reviews assim como tambem espero que recomendem a historia para os amigos. Isso me deixaria tremendamente feliz.



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