Novos Tempos Em Hogwarts 2 escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 39
Festa na Praia


Notas iniciais do capítulo

Capitulo da festa na praia, eu sei que as coisas parecem um pouco calmas, mas como dizemos é depois da calmaria que vem a terspestade. E como faltam alguns capitulos apenas para o final, aproveitem esses capitulos de paz que logo vira um pouco mais de ação.



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O quarteto sonserino estava reunido no salão comunal do Expresso Negro aguardando, enquanto as garotas se arrumavam para poderem ir ao luau que aconteceria na praia de Beauxbatons. Lorcan havia retornado há poucos segundos e Lysander o encarara, tirando os olhos de sobre o livro que lia. 

_ Onde esteve? - disse Lysander ajeitando os óculos de leitura.

_ Estive no quarto das garotas - disse Lorcan se jogando ao lado do gêmeo no sofá. 

_ Elas não estão prontas ainda? - disse Scorpius que girava a varinha entre os dedos da mão como geralmente fazia quando estava entediado e ele moveu a cabeça negativamente, os três loiros moveram então seus olhos para o local de onde vinham pequenos ruídos. 

Alvo já cochilava sentado na poltrona em frente à lareira, o rapaz soltava um pequeno som ruidosamente baixo e chegava a babar no estofamento negro do móvel, o que fez Scorpius rir um pouco daquilo e aproveitar para tirar uma foto com a câmera que Alice havia esquecido ali. O flash da fotografia fez com que o rapaz acordasse atordoado e esfregando os olhos.

_ Mas que merda, Malfoy - disse Alvo, enquanto esfregava os olhos que estavam um pouco irritados.

_ Alice vai ter uma surpresa e tanto quando revelar essas imagens - disse Scorpius rindo - É para ela já ir se acostumando com você, e com a cena que vai ter que encarar todas as noites quando vocês dois se casarem...

_ Coisa que vocês são lindos quando estão dormindo - disse Alvo - Eu durmo com vocês já há três anos, acho que sei muito bem o que cada um de vocês faz enquanto dorme...

_ Esse lance de "dormir com nós por três anos" pega mal, Alvo - disse Scorpius e os gêmeos riram. 

_ Vocês me entenderam - disse Alvo, emburrado.

_ Entedemos, mas de qualquer forma você devia ter cuidado com suas palavras - disse Scorpius - Nos entendemos que depois do que houve com o lance da sua forma animaga...

_ Fale baixo, Malfoy - disse Lysander, interrompendo.

_ ...Você meio que se soltou um pouco depois disso - disse Scorpius rindo muito e Alvo lhe tacara uma almofada que acertou o rosto do loiro - Eca Potter, isto está babado... 

_ Pensei que já estivesse acostumado com baba, seu saco de pulgas - disse Alvo, questionador.

_ Eu sou bem limpo sabe? E eu não sou qualquer cão pulguento, assim você me ofende... - disse Scorpius - Eu sou um lobo.

_ Acho que devíamos ter mais aventuras sabe? Digo, não temos aproveitado esse novo dom que possuímos – disse Lorcan – E eu estou animado com a idéia de poder correr por ai com minhas próprias patas...  

_ Vocês querem calar a boca? E se alguém entrar e ver vocês falando sobre isso? - disse Lysander e Scorpius tacara a almofada no gêmeo e o mesmo fizera Alvo.

_ Relaxa cara, até parece que alguém vai associar essas coisas a...A-N-I-M-A-G-I-A - disse Scorpius mas isso parecera não ter convencido o rapaz, mas Lysander pegara as almofadas e tacara de volta no Malfoy. 

_ Isso é guerra com a minha pessoa? - disse Scorpius se fazendo de ofendido enquanto pegava uma almofada e tacava em Lorcan, que comia um caldeirão de chocolate que se tornou farelo espalhado pela camiseta do garoto. 

_ Eu não fiz nada - disse Lorcan triste pelo seu doce ter sido destruído.

_ Eu sei, é apenas para não ficar excluído - disse Scorpius colocando as mãos atrás da cabeça e se encostando na poltrona em que estava de forma galante. 

_ É guerra então, não é? - disse Lorcan lançando a almofada em Scorpius.

Logo se iniciou uma guerra de almofadas em pleno salão comunal entre os quatro sonserinos, almofadas voavam de todos os lados, até o tecido se abrir e começar a voar penas de ganso por todo o lugar. Até que a porta de entrada se abriu revelando quatro garotas que encararam a cena com caras estampadas com pontos de interrogação.

_ O que está havendo aqui? - disse Rose com seu tom mandão de sempre e os quatro garotos a encararam no mesmo instante. 

_ O que parece, Weasley? Estamos no meio de uma batalha - disse Scorpius rindo acompanhado de Alvo. 

_ Alvo Severo, você está ridículo - disse Alice séria, mas o namorado fizera uma face tristonha que fez sua expressão se desmanchar. 

_ Então, podemos ir? - disse Lorcan se erguendo de um salto do sofá e se colocando ao lado de Chloe, para em seguida abraçá-la pela cintura. 

_ Não vão arrumar isso antes? - disse Rose apontando para a bagunça que eles haviam feito.

_ Oh, claro... olha para minha cara e vê se eu tenho cara de elfo doméstico - disse Scorpius e Rose pegou seu rosto com ambas as mãos, o que fez o garoto ficar com uma expressão confusa com tamanha seriedade que a ruiva possuía no olhar.

_ Não, os elfos domésticos são mais bonitos - disse Rose por fim após soltar a face de Scorpius em meio aos risos dos outros sonserinos.

_ É sua opinião, então não faz tanta importância - disse Scorpius se erguendo do sofá e saindo do salão enquanto Rose lhe dirigia um olhar sombrio. 

Fora surpresa para todos que a garota não iniciara uma discussão com Scorpius após esse comentário, mas todos agradeceram mentalmente por isso, não queriam ter que levar o loiro para uma estadia na enfermaria antes do final daquela noite. O pequeno grupo descia a colina rumo à praia, todos estavam devidamente arrumados para a ocasião. 

Scorpius que ia à frente estava usando uma camiseta cinza com uma bermuda verde, seus cabelos estavam desarrumados de um jeito proposital que lembrava muito a Rose alguém que acabara de desmontar de uma vassoura.


Alvo vestia uma camiseta azul clara com uma bermuda jeans e seus cabelos estavam escondidos por um boné azul marinho, o rapaz caminhava de mãos dadas com Alice que possuía os cabelos soltos, vestia uma blusa verde com alguns babados e um short jeans com alguns rasgos intencionais e umas sapatilhas. 

Chloe vestia um macacão jeans simples, com uma camiseta branca com a estampa de um amasso na frente e sandálias. E ao seu lado ia Lorcan usava uma camisa branca de botões aberta por cima de uma camiseta azul do Puddlemere United e bermuda cinza. 

Rose usava uma camiseta branca com a estampa em preto de um cavalo alado, usava uma bermuda bege e sandálias, seus cabelos estavam soltos, mas com algumas pequenas tranças feitas na lateral.

Ela vinha logo atrás do grupo ao lado de Lily e Lysander, a corvina estava vestida de maneira bastante simples um short jeans e uma camiseta regata branca enquanto o rapaz usava uma bermuda jeans com uma camiseta verde lisa por debaixo de uma camisa xadrez azul.

 _ Espero que a festa não saia do controle – disse Rose para os dois.

_ E se sair, isso seria uma coisa ruim? – disse Lily erguendo a sobrancelha.

_ Bem, acho que sim não é? Digo, um bando de adolescentes numa praia em meio a uma festa – disse Rose um pouco temerosa com tudo aquilo – Pode acabar dando em problemas...

_ Não se preocupe Rose, não deixariam que isso acontecesse – disse Lysander tentando acalmar a ruiva.

_ Sabem se vai haver algum professor por lá? – disse Rose e Lily revirara os olhos.

_ Acho que sim, McGonagall e Máxime não iriam deixar algo acontecer sem a supervisão de algum adulto – disse Lysander.

_ Mesmo os professores estando lá, saiba que com toda a certeza haverá algum problema – disse Lily para a prima – Seja o que for, alguma coisa vai acabar dando errado, do contrário não seria uma festa de adolescentes... – depois dessa não houve mais diálogo por um bom tempo, até que o silêncio foi quebrado novamente – Eu estou curiosa, sabem? Com o fato de não estar nevando nessa época do ano, digo... Estamos em pleno início de Dezembro.

_ Eu conversei com Louis sobre isso – disse Rose com um tom de voz realmente fascinado enquanto encarava os céus ao lado dos outros dois – Ele me contou que Beauxbatons é envolta por uma camada protetora mágica que além de protegê-la da visão dos trouxas, também regula a temperatura interna, ou seja, só chove ou faz frio dentro dos limites da escola se a professora permitir.

_ E eles preferiram manter a escola nesse clima tranqüilo para que fosse possível se realizar a festa na praia – disse Lysander e Rose acenou positivamente – Interessante, acredito que exista algo semelhante em Hogwarts não?

_ Espero que eles deixem nevar em breve, está chegando o Natal e não é a mesma coisa sem neve... – disse Lily e Lysander a encarara pelo canto dos olhos lançando a garota um sorriso discreto, até que a garota se voltou para ele também e o rapaz estranhou o sorriso que se formou nos lábios dela.

_ Lysander, acho que você tem alguma coisa no cabelo – disse Lily levando suas mãos em direção os cabelos loiros do rapaz e retirando dali algo que mostrara para ele – Vê?

_ É uma pena – disse Lysander um pouco sem graça, pegando a pena da mão da garota.

_ Sim, você fica muito bem com penas sabia? – disse Lily e Lysander não soube dizer se ela estava se referindo a pena ou a sua forma animaga.

Rose, sentindo que estava meio que jogada de lado naquele momento, decidiu apressar o passo e alcançar Alvo e Alice. A grifinória tinha uma leve suspeita de que a prima estava interessada no gêmeo, e isso seria algo realmente bom, pois significava que ela havia deixado a sua antiga paixão por Scorpius de lado. 

_ Chegamos – disse Alvo, parando à beira da praia ao lado dos amigos para admirarem por alguns momentos o evento que ocorria a seu redor. 


A comemoração na praia de Beauxbatons, os franceses com a ajuda dos alunos de Dursmtrang haviam organizado tudo criando um grande luau à beira do mar mediterrâneo. Parecia que todas as três escolas estavam ali reunidas, havia mesas onde estavam preparados algumas comidas leves, nada tão sofisticado como se era de esperar dos alunos da escola residente, na verdade em sua maioria havia apenas alguns sanduíches, frutas de vários tipos, cervejas amanteigadas e algumas guloseimas bruxas.


O grupo se aproximou da mesa e cada um pegou uma bebida antes de seguirem seu caminho. Alvo pegara um sanduíche também, Rose pegara uma tortinha de abóbora, Lorcan um saquinho de feijõezinhos de todos os sabores e Lily uma maçã que ali estava.


Eles caminharam alguns metros até uma área onde muitas pessoas estavam reunidas, dessa vez, sentadas sobre toalhas, observando alguns rapazes se divertiam jogando com uma goles. Nada de vassouras, era jogando em terra onde os participantes tinham que roubar a bola do time adversário, não se podia usar as mãos e o objetivo era levar a bola até barreiras que haviam sido colocadas na areia. Fora quando a bola fora arremessada em direção a Rose que agarrou a bola como uma verdadeira goleira faria, enquanto um garoto loiro corria até eles para pegar a bola vermelha.


_ Olá pessoal, que bom que vieram... – disse Louis com dificuldade por causa da falta de ar e o cansaço – Espero que se divirtam... – um dos colegas de Beauxbatons do rapaz gritara qualquer coisa em francês para ele, que respondera com um sinal para que esperasse – Eles querem voltar ao jogo, será que você poderia, Rose...


_ Oh, claro... Pegue – disse Rose devolvendo a goles para o garoto que lhe lançara um sorriso que brilhou à luz das tochas que cercavam o lugar, a ruiva também sorrira para ele.


_ O que vocês estão fazendo afinal, Weasley? – disse Scorpius encarando os dois primos que sorriam um para o outro – Nunca vi nada parecido, é algum jogo que vocês têm aqui na França? Qual é, não gostam de vassouras?


_ Devia fazer Estudo dos Trouxas quando voltar para Hogwarts, talvez se fizesse saberia que esse jogo não tem nada de mágico, é tão comum que você se espantaria com a simplicidade – disse Louis jogando a goles de uma mão para a outra, impaciente.


_ Isso é futebol, não que você ligasse para um jogo trouxa, Malfoy – disse Rose ríspida.


_ O que? – disse Scorpius num tom surpreso – Eu não sou um ignorante puro-sangue como meu pai, devia saber disso, Weasley... Só nunca vi algo do tipo, é apenas curiosidade...


_ Scorp, esse jogo se chama Futebol é muito famoso no mudo trouxa, tanto quanto o quadribol para nós... Eles têm inclusive campeonatos nacionais, internacionais e uma copa mundial onde os países competem entre si – disse Lysander - Se joga usando os pés, não se pode relar com as mãos a bola, é a principal regra, o único que pode fazer isso é o goleiro, mas mesmo assim ele não tem permissão de fazer isso fora da área permitida... O que foi? – todos encaravam o gêmeo, surpresos – Eu leio livros e jornais trouxas, algum problema com isso?


_ Você se interessando por esportes é algo tão anormal – disse Alvo rindo para então se voltar ao primo – Mas por que não estão jogando quadribol?


_ Está escuro demais, não conseguiríamos ver o pomo de ouro, e os balaços seriam mais perigosos, pois não os enxergaríamos direito também, por isso decidimos por algo em terra – disse Louis girando a bola vermelha num dos dedos.


_ Ainda há vagas em algum time? – disse Scorpius erguendo uma sobrancelha, questionador.


_ Sim, interessado, Malfoy? – disse Louis sorrindo desafiador.


_ Pode apostar – disse Scorpius – Esse jogo trouxa não parece tão difícil pelo que parece.


_ Veremos do que é capaz – disse Louis – Mais alguém? – ele se voltara para os rapazes, Lorcan e Alvo levaram as mãos – Beleza, então vamos... – e os quatro retornaram para próximo dos outros jogadores. 


_ Não vai jogar? – disse Chloe se voltando para Lysander, que a encarara como se não acreditasse nas palavras dela.


_ Eu não sou muito fã de futebol, e também não acho que me interessaria pelas coisas que esse jogo pode oferecer – disse Lysander – Vocês irão ver por vocês mesmas...


_ Espero que consigam impedir esses dois de se matarem nessa noite – disse Alice para Rose, que apenas continuara encarando os rapazes que se distanciavam, quando já estavam a uns metros deles Scorpius virara para trás e os olhos dos dois se encontraram.


_ É, melhor que isso dê certo... – disse Rose enquanto se distanciava com o pequeno grupo de amigos, se instalando em uma das imediações do campo improvisado ao lado de outros estudantes e se sentando ali.

Alvo encarava ambos os times, em sua maioria eram homens e não havia ao certo um time formado por pessoas exclusivas de cada escola, todos eles estavam espalhados entre si e distribuídos de forma aleatória. Mas, no entanto, um dos times possuía uma quantidade bem grande de alunos de Dursmtrang algo em torno de quatro ou cinco grandalhões cuja altura e os músculos faziam parecer com grandes muralhas.


Por leves segundos Alvo sentiu uma leve intimidação, e seus olhos buscaram sentimento parecido nos amigos que pareciam incrivelmente calmos. Lorcan parecia conversar com um dos alunos de Beauxbatons, mesmo que o garoto parecesse não entender muito bem inglês, enquanto Scorpius parecia de braços cruzados ao lado de Louis e então o moreno respirara fundo tentando controlar sua ansiedade, era uma péssima idéia ter o seu melhor amigo e o primo juntos em alguma espécie de competição, ele estava ali para impedir o pior, afinal. 


_ Então pessoal, temos três novos integrantes que querem participar do jogo – disse Louis indicando os sonserinos – Alguém se voluntária por ceder seus lugares aos nossos amigos aqui?


_ Quem diria – disse uma voz saindo do meio dos alunos de Durmstrang, e os alunos deram espaço para que duas pessoas se aproximassem de Louis – Meu primo e companhia jogando futebol, eu pensei que o lance de vocês fosse só quadribol...

Alvo então reconheceu a voz e a pessoa a sua frente, encontrando os olhos de uma garota de estatura mediana e pele morena e lábios carnudos, com cabelos volumosos e ondulados presos em um rabo de cavalo feito às pressas, e uma camiseta da Ward in Roses com short jeans desbotado. O rapaz do lado dela era alto e possuía um porte forte de ombros largos e enquanto andava era meio encurvado, como se estivesse em uma vassoura, queixo forte e barba por fazer, além de olhos azuis bastante vivos e penetrantes, vestia camiseta vermelha sangue e calção negro e tinha na cabeça um boné dos Ballycastle Bats escondendo seu cabelo loiro em corte militar.


_ Krum – disse Lorcan cumprimentando o antigo capitão do time da Sonserina – Não sabia que jogava outra coisa que não fosse quadribol.


_ Aprendi com o tempo, sabe? – disse Waggner Krum – A Roxanne me apresentou o jogo na última vez que fui visitá-la, me impressionou bastante o que esses trouxas podem fazer para se divertir.


_ Certo, você eu até entendo, mas como que tantos alunos de Dursmtrang podem estar jogando quando a sua escola tem uma política tão... – disse Alvo tentando encontrar uma palavra que não ofendesse os estudantes da escola Búlgara.


_ Puritanista? – disse Waggner Krum.


_ Bem, já que você falou... Acho que essa palavra define muito bem... – disse Alvo sinceramente.


_ Desde que papai assumiu a direção da escola essas coisas tem mudado, por exemplo, Estudo dos Trouxas se tornou uma matéria obrigatória dentro da grade escolar – disse Waggner Krum – Inclusive, a pratica de futebol é parte da matéria ensinada nessa disciplina, e é ótimo para se jogar dentro das instalações do castelo, quando está muita neve e ventos fortes para se voar do lado de fora.


_ Isso é ótimo - disse Alvo, impressionado.


_ Não é? Papai vai entrar para a história daquela escola, mesmo que não esteja entre o mais popular entre os conservadores - disse Waggner Krum - Ele abriu as portas de Dursmtrang inclusive para os nascidos trouxas, dizendo que é ignorância deixarmos de lado e descriminarmos bruxos apenas por seu status de sangue.


_ E quanto a Arte das Trevas? – disse Alvo que sabia da fama da escola e em ensinar seus alunos muito mais do que simples feitiços defensivos e como se livrar de criaturas das sombras.


_ Ela ainda está em execução, papai tentou convencer o conselho da escola a aprovar a remoção dessa matéria e a inclusão simples de Defesa Contra a Arte das Trevas no lugar – disse Waggner Krum – Mas os pais de muitos alunos vêem isso como uma afronta a tradição que vem desde a época dos fundadores, para eles bruxos necessitam muito mais do que simplesmente se defender das trevas, eles precisam saber como dominá-la e como ela funciona para poderem agir contra ela.


_ Mas logo ele consegue, o Sr. Krum já conseguiu mudar a política puricionista, onde apenas sangue puros e mestiços podiam ir para Dursmtrang – disse Roxanne – Logo ele consegue convencer aquele bando de velhotes a concordar com suas crenças.


_ Desculpe interromper a conversa, mas gostaríamos de saber se podemos, você sabe... Jogar? – disse Louis encarando os rostos impacientes de muitos de seus colegas.


_ Certo, vamos nessa então – disse Roxanne – Alvo, você e seus amigos podem ficar no nosso time – o moreno sorrira para a prima indo para o lado esquerdo do campo.


_ Lorcan, espero que você continue sendo um bom goleiro – disse Waggner Krum – a sua agilidade continua a mesma desde o tempo em que eu ainda era capitão?


_ Com toda a certeza – disse Lorcan se posicionando entre as traves.


_ Alvo, você vai ficar de zagueiro, empeça qualquer um de chegar até o gol – disse Waggner Krum com seu típico ar de estrategista – e Malfoy... Você é muito bom e se desviar de balaços sobre uma vassoura, veremos se livrar dos outros jogadores que vão tentar te derrubar e roubar de você a bola,  é o nosso artilheiro... – o loiro somente fez um aceno positivo com a cabeça.


_ Muito bem, que o jogo comece – disse Louis.

Rose olhava apreensiva para o campo, todos estavam devidamente posicionados dentro de campo quando uma corneta soara dando inicio a partida. Krum começou com a posse da bola, ele driblava e passava pelos jogadores que tentavam ferozmente tomar o controle do jogo. Próximo do rapaz corriam Scorpius e Roxanne esperando que ele mandasse a bola a qualquer momento, e foi isso que o rapaz fez ao se ver em uma marcação fechada entre dois rapazes que tentavam roubar a posse, mas o talento que ele possuía para enganar seus adversários e a persistência eram maiores.


Krum erguera a bola mandando em um chute alto para Roxanne que o dominou em pleno ar interceptando com o ombro e imediatamente a dominando correndo a toda a velocidade em direção ao gol. Ela conseguira se livrar dos zagueiros facilmente e tentou um chute alto em direção a uma das dimensões do gol, no entanto, o lance fora impedido pelo goleiro que saltara em defesa.


E a bola fora colocada novamente e jogo, dessa vez tendo Louis como o seu possuidor. Ao ver o rapaz correndo em direção a sua parte do campo, Scorpius se apressou alcançá-lo correndo ferozmente para cima do outro loiro numa disputa pela bola, mas parecera que Louis sabia realmente se livrar e com um chute mandara um passe rasteiro entre as pernas do sonserino para um jogador de seu time que correra em direção a Lorcan.


Scorpius encarara atônito o que acontecera, ainda não acreditava que fora perder uma bola daquela maneira. À sua frente Louis soltara uma risada em deboche enquanto corria em direção ao seu colega para o caso dele precisar de alguma assistência e ao seu encalço viera o loiro para uma marcação.


_ Sei o que está pensando, sei o porquê está com raiva – disse Louis para Scorpius que estava de costas para ele, o bloqueando – Mas olha, as coisas não são mais assim...


_ Eu não entendo sobre o que você está falando – disse Scorpius sem olhar para trás – E agora cale a boca, essa conversa toda é certamente um truque para me fazer perder a concentração da partida.


_ Você não liga a mínima para essa partida, está apenas jogando porque quer ter um motivo para me dar uma surra – disse Louis sorrindo cinicamente – Você se sentirá satisfeito em me derrotar, assim como também achara um jeito de me machucar durante essa partida.

Scorpius mantinha o olhar fixo na partida e os ouvidos prestavam atenção ao que o rapaz dizia, ele sabia que Louis estava se referindo, mesmo que negasse, ele sabia muito bem o que era.


_ Que bom que já sabe disso, Weasley, me poupa o efeito surpresa – disse Scorpius enquanto corria em direção ao lugar onde a partida estava mais emocionante.


Ele encarava fielmente a bola no momento em que o jogador fora derrubado por uma das muralhas de Dursmtrang, mas antes passara para um lufano que agora avançava para cada vez mais próximo de Lorcan, que aguardava preparado para quando tivesse que agir. 

Antes, no entanto, do rapaz se aproximar o suficiente para a execução do chute, Alvo dera uma rasteira que o derrubara e o moreno mais que rapidamente chutara a bola para Lorcan, que a pegara com as mãos e do gol lançara a grande esfera vermelha para Roxanne que arrematara de cabeça a mandando para Krum que a chutara para Scorpius que agora tinha o jogo novamente sobre controle.


_ Eu sei por que me odeia tanto – disse Louis enquanto tentava roubar a bola de Scorpius. O outro loiro havia pegado rápido a habilidade de driblar.


_ Ótimo, agora saia do meu caminho – disse Scorpius conseguindo por alguns instantes despistar o rapaz e correr com a bola em direção ao gol, mas fora por pouco tempo, porque logo o semi-veela estava ali novamente.


_ Você acha que estamos juntos ainda, eu e a Rose – disse Louis e Scorpius sem querer deixara uma entrada para que o rapaz roubasse a bola e desse um passe para um grifinório que estava ali muito próximo dos dois.

Ambos correram novamente, dessa vez Scorpius falava baixo insultos a si mesmo por ter perdido a bola de forma tão vergonhosa novamente. O grifinório encontrara com Alvo que conseguira roubar a bola do rapaz e a lançara para Roxanne que chutara para um dos alunos de Dursmtrang, que passara para Krum que cabeceara em direção a Scorpius e a interceptou saltando e mandando-a com um chute violento em direção ao gol, marcando o primeiro gol da partida.


_ Toma essa, doninha oxigenada, seus truques e papinho furado não parecem estar surtindo o mesmo efeito não é? – disse Scorpius enquanto o time comemorava a vitória, e gritos vindos da torcida eram escutados.

Scorpius sentira um grande calor, mesmo aquela noite estando fresca e agradável, sua testa possuía uma grande quantidade de gotículas de suor e sua camiseta estava ensopada até o momento em que o rapaz retirou a camiseta e arremessou e direção a platéia. Seu objetivo era acertar Lysander, mas acabara errando e acertando diretamente no rosto de Rose.


_ Desculpe, Weasley – disse Scorpius enquanto a ruiva o encarava mortalmente, mas nem por isso deixava de segurar a camiseta em suas mãos.


Alice e Lily riam da amiga, enquanto Rose não podia deixar de notar o belo físico que o rapaz possuía devido aos anos de pratica de quadribol. Ao perceber isso Lily sorrira marotamente para a prima.


_ Olhe só, quem diria que o Malfoy estava tão em forma, não acha, Rose? – disse Lily enquanto a prima parecia despertada de um transe e encarava a outra ruiva com um rosto mortífero – É, achei que você ia concordar...


O jogo continuara, dessa vez com a posse da bola estando com um garoto de Beauxbatons que avançava veloz mesmo tendo em seu encalço Roxanne.  A garota já mostrava sinais de cansaço e acabou abrindo brecha para que o rapaz conseguisse passar a bola para um outro membro de seu time, que cortava pelo centro em direção direta para o gol, quando encontrara com Alvo que bloqueava seu caminho a todo o custo tentando evitar que se aproximasse mais ainda do objetivo.


Alvo conseguiu roubar a bola, a mandando para um rapaz de seu time que a chutou em direção a Scorpius que, no entanto, a perdeu deixando que Louis a dominasse no momento e começara a correr com ela em direção ao gol.

E quando Scorpius se colocou a sua frente, o rapaz lançou a bola com um pequeno salto sobre a cabeça do sonserino a interceptando do outro lado e mandando-a fortemente contra o gol, onde Lorcan saltou para defendê-la com um soco a mandando novamente em direção a Louis que chutara novamente, mas como o goleiro estava no chão não houve tempo de uma outra defesa sendo marcado um gol novamente.


Lorcan meio chateado por ter perdido uma defesa, se levantara rapidamente lançando a bola no ar em direção a Scorpius que a conquistou em uma pequena corrida, que se intensificou agora que estava com a posse novamente.

Em seu caminho em direção ao gol, vários jogadores vieram sobre ele o cercando, mas ele conseguira se livrar deles e de muitos zagueiros que estavam tentando investidas rasteiras mirando em suas pernas. Ele conseguira se livrar de todos, menos um que parecia não se cansar e se dar tão por vencido assim facilmente, e não era surpresa que esse garoto era o Weasley.


_ Me escuta, você precisa saber – disse Louis ainda bloqueando o rapaz.


_ Calado, você está querendo me desconcentrar, pegar a bola para você – disse Scorpius entre dentes enquanto virava as costas para o rapaz e dava uma grande curva ofensiva em direção a lateral do campo, sendo seguido de perto por Louis.


_ Como queira, se está preocupado com o jogo – disse Louis com raiva enquanto investia firmemente contra a bola – Vamos terminar logo com isso...


O que se seguiu foi um jogo estranho, onde em momentos diferentes cada um dos dois jogadores conseguia a posse da bola, mas era logo roubado pelo outro. Dribles e investidas violentas, e a cada ponto mais Rose sentia que os dois estavam em uma verdadeira disputa pessoal não importando mais nada a não ser a vitória de um sobre o outro.

Louis conseguira a bola, mas numa tentativa violenta de recuperá-la Scorpius acabou por dar um chute certeiro na parte de trás da panturrilha do loiro que o fez voar no ar, caindo sobre o braço direito.


O sonserino chutou a bola para qualquer direção e pode escutar um estalo de algo se quebrando e ao se voltar para Louis o encontrou caído segurando o braço enquanto gemia de dor. Logo os jogadores foram se aproximando, Rose fez menção de se levantar, mas Lily a fez ficar sentada dizendo que poderia piorar as coisas se entrasse no meio.


_ Você está bem, Louis? – disse Roxanne com uma voz cuidadosa tentando se aproximar do primo, mas o rapaz se encolheu impedindo que ela tocasse no braço fraturado.


_ Isso responde sua pergunta? – disse Alvo, agachado próximo do loiro.


_ Regardez ce que vous avez fait idiot (Olha o que você fez, estúpido) – gritara um aluno de Beauxbatons em francês enquanto passava próximo de Scorpius, que ainda estava chocado com o que fizera.


_ São essas coisas que o futebol pode oferecer – Scorpius pode ouvir a voz de Lysander falando em algum lugar as suas costas.

Scorpius podia ver com clareza o braço do rapaz que estava em um ângulo estranho quando parecia que a parte de fora do cotovelo havia se voltado para dentro e o ombro parecia ter sido deslocado. O sonserino se aproximou no exato momento que Krum tentara levantá-lo, mas Louis se recusara.


_ Deixem, eu faço – disse Scorpius, fazendo que as pessoas abrissem caminho para ele, o rosto inicial de Louis fora de desconfiança, mas no exato momento em que viu o adversário o pegando com certa dificuldade no colo, ela se alterou para uma de confusão e surpresa.


_ O que está fazendo? – disse Louis enquanto todos não acreditavam na cena que viam, mas não obtivera resposta.


Scorpius andava com dificuldade, era muito complicado carregar um rapaz com quase o mesmo peso que ele próprio ainda mais quando parecia que a cada passo que dava afundava mais rapidamente na areia.

Os dois chegaram à lateral do campo de futebol, onde Scorpius colocara Louis sobre um grupo de toalhas estendidas e em seguida se agachara ao lado dele para observar o ferimento.


_ Era o que temia, está quebrado – disse Scorpius ao verificar o braço e o ângulo em que estava – Mas o ombro foi apenas descolado, talvez eu consiga colocar sem magia...


_ Oh, espera ai um momento – disse Louis, mas foi tarde demais, o rapaz colocara novamente no lugar o ombro deslocado fazendo com que o loiro gemesse de dor.


_ Nada mal, não é? – disse Scorpius lançando ao rapaz um sorriso sarcástico.


_ Idiot, troll sans votre cerveau ( idiota, trasgo sem cérebro) - disse Louis irritado em francês -  Vous avez presque déchiré mon bras ( você quase arrancou meu braço).


_  Je ne peux que m'excuser pour cette ( só posso pedir desculpas por isso) -  disse Scorpius em francês também - Cesser d'agir comme un faible ( e pare de agir como um fraco), ll semble que la façon d'une femme qui pleurniche ( Parece até uma mulher chorando).


_ Merde Vai ( vá a merda) - disse Louis em francês - Et je ne pleure pas ( e eu não estou chorando) - ele então percebera que Scorpius respondera na mesma lingua - Donc, vous parlez français? ( Então, você fala francês?).


_ De onde você acha que vem o nome da familia Malfoy? - disse Scorpius rindo - Minha familia é de origem francesa, assim como os Greengrass de quem descendo também... Então, meio que me interessei por essa lingua... Bem, agora vou ter de remendar seu braço...


_ Onde aprendeu essas coisas? - disse Louis enquanto o outro loiro pegava seu braço, o analisando com cuidado.


_ Quando se tem uma mãe que trabalha no St. Mungus... Você meio que sem querer aprende algo - disse Scorpius - Agora cale a boca antes que eu me desconcentre e remova a droga de seus ossos no lugar de restaurá-los.


Logo Scorpius sentira alguém chegando próximo deles, lançando exclamações de surpresa e susto, então um vulto rapidamente assumira um lugar ao lado do estudante de Beauxbatons e ele pode reconhecer a garota loira como sendo a mesma garota que Alvo levou ao baile de Halloween: Charlotte Le Pearce, a filha do ministro da magia da França. A garota era bastante bela, com sua pele levemente bronzeada e cabelos dourados cacheados, olhos incrivelmente violetas e usava um vestido curto com estampa de flores havaianas e um colar de contas.  


 _ Oh, mon Merlin  - disse Charlotte - Je vierr assiein qui souberr...


_ Eu estou bem, Charly, não se preocupe - disse Louis.


_ Ben? Ben? Tu non estés ben vejierr est bras - disse Charlote apontando para o braço quebrado.


_ É, mas eu já vou arrumar isso - disse Scorpius retirando a varinha do short - Ah, e isso pode ser um pouco desconfortável...


_ Quer dizer que vai doer? - disse Louis com a sobrancelha arqueada.


_ É, vai... - disse Scorpius - Seria bom que você estivesse ocupado quando eu estivesse fazendo isso... Sei lá, só para distrair um pouco da dor...

_ Ok, faça de uma vez, eu não ligo para a dor... - disse Louis, mas isso não parecera convencer Scorpius.


_ Tudo bem, lá vai... Braquium Remendo - disse Scorpius e no exato momento um feitiço levemente azul saíra da varinha e entrara por dentro da pele de Louis, atingindo diretamente o osso, iluminando-o e colando os quebrados.

Quando o feitiço estava agindo, Scorpius se surpreendeu ao notar que quando Louis estava dando os primeiros sinais de dor, Charlotte puxara o Weasley pelos cabelos unindo os lábios dos dois num beijo. O sonserino ficou surpreso com a cena, e um tanto sem graça por estar ali naquela situação um tanto que intima deles, e o Malfoy preferiu não olhar para o casal, pois naquele momento parecia que sua varinha havia ficado muito interessante. Eles finalmente se separaram do beijo, e Scorpius erguera os olhos. 

_ Hã... Você está curado, então acho que vou indo - disse Scorpius um tanto sem graça que fez Louis soltar uma pequena risada.

_ Espere, precisamos conversar - disse Louis e ele se voltou para Charlotte, que ainda acariciava seus cabelos de um modo carinhoso - Charly, vai pegar uma cerveja amanteigada para mim?

_ Clarro mon amour - disse Charlotte dando um pequeno selinho nele e se levantando. Quando já estava em uma distância considerável, Louis se voltou para Scorpius e lançara um sorriso maroto.

_ V-v-vocês dois... Desde quando? - disse Scorpius surpreso e ainda abalado.

_ Há algumas semanas - disse Louis rindo com a gagueira do sonserino - Ela veio falar comigo, acredita? Nunca uma garota tomou uma atitude e investiu em mim, eu gostei muito disso...

_ E a sua prima? O que houve com a Rose? - disse Scorpius, tentando esconder seu interesse.

_ Então, era isso que me referia - disse Louis - Nós dois terminamos algum tempo depois do baile - Scorpius olhou com uma cara confusa - Não daria certo, nunca ia dar... Somos amigos, isso é certo, mas não havia sentimento algum além desse - ele parecia ainda não ter convencido o sonserino - É, eu sei... Por tempos eu parecia ter uma queda terrível pela Rose, implicando com você para defendê-la e tal... Mas era uma simples ilusão, digo, eu a amo muito, mas não é um amor maior do que de um amigo, ou que eu possua por qualquer outro dos meus primos. 

_ Mas você... - disse Scorpius ainda não acreditando.

_ É, eu sei... Eu me enganei por muito tempo achando que sentia algo por ela, sabe? Uma dessas paixões bobas e infantis que possuímos por alguém na infância e que nos apegamos até o momento que compreendemos que é impossível - disse Louis enquanto se levantava - Espero que com isso tenha te ajudado.

_ No que me ajudaria? - disse Scorpius enquanto Louis ria e aceitava a cerveja amanteigada que Charlotte trouxera para ele.

_ Você sabe ao que me refiro, pois bem... Eu e a Charly vamos dar uma volta pela praia - disse Louis oferecendo o braço recém curado para a namorada - E você sabe mais do que ninguém, Malfoy, que um passeio desses um terceiro integrante não daria certo...

_ Sim, claro... - disse Scorpius sem acreditar ainda no que ouvira, seu cérebro processava as informações.

_ Aliás, obrigado - disse Louis - Não gostaria de ir para a enfermaria no meio de uma festa como essa...

_ Disponha - disse Scorpius, acenando com a cabeça numa despedida ao casal. 

Scorpius se retirara, encontrando o seu círculo de amigos que ainda pareciam conversar sobre o ocorrido no jogo, pois quando ele se aproximou todos se silenciaram. O loiro bufara irritado com alguns olhares que estavam recebendo.


_ Ele vai ficar bem – disse Scorpius aos outros que ainda o encaravam.


_ Nós sabemos, você foi bem nobre o carregando para fora do campo – disse Alice e o rapaz sorrira.


_ E depois cuidando dele, nem parecia você mesmo – disse Rose e o loiro a encarara com um olhar questionador.


_ Está me elogiando ou estou enganado Weasley? – disse Scorpius e a ruiva revirara os olhos e bufara.


_ Isso tudo poderia ser evitado se você não agisse como um trasgo sempre que encontra o Louis, você podia ter o machucado gravemente – disse Rose cruzando os braços – Por isso não se gabe, pois isso não diminui a sua culpa...


_ Oh, obrigado Weasley, por fazer parecer que não importa tudo que eu faça para consertar meus erros – disse Scorpius – Isso parece não diminuir a minha culpa...


Todos puderam notar o clima tenso que estava se instaurando, e naquele momento Alvo trocou um olhar com Alice que olhou para Lily e fez um sinal para que agisse. A ruivinha então se pusera entre os dois agarrando o braço de Rose.


_ Hei, o que acham de nos separarmos? – disse Lily e os dois a encararam.


_ O que você está dizendo Lily? – disse Rose e a ruivinha sorrira marotamente.


_ Simples, não precisamos ficar o tempo todo juntos, cada um pode ir ver uma parte que lhe interessa – disse Lily – Não concordam?


_ Eu e o Lorcan vamos dar uma volta nos cavalos alados – disse Chloe no seu tom de voz baixo e calmo chamando a atenção dos outros – Quer ir com a gente, Scorpius?

_ Eu não sei, quero dizer... – disse Scorpius, mas Lorcan já havia jogado o braço ao redor dos ombros do amigo o arrastando na direção oposta a de Rose. _ Qual é, você adora voar – disse Lorcan – E esses cavalos são fantásticos, pelo menos foi o que ouvi falar. 

_ Certo, mas onde está minha camiseta? – disse Scorpius se voltando para Lysander, fora quando Rose lançara a camiseta diretamente no rosto do rapaz.  Lorcan e Chloe foram à direção onde se podiam ver alguns alunos de Beauxbatons que montavam belos garanhões magros e alados. Scorpius montara em um belo corcel negro enquanto o casal escolhera um de pelagem caramelo. O loiro ainda encarava Rose e os outros quando sentira uma grande pressão sobre seu corpo, quando ele fora jogado para trás, seu cavalo havia partido em disparada pela areia da praia indo na direção ao mar. Quando estava bem próximo o animal erguera vôo, e o loiro vibrava com aquilo, sentir o ar passando por seus cabelos e rosto era algo realmente incrível. Ele olhara para o lado para encarar Lorcan e Chloe que voavam ao seu lado, o rapaz vibrava gritando como um louco de alegria enquanto a garota possuía os olhos fortemente fechados e abraçava com toda a força o gêmeo com medo de cair de sua montaria. Os cavalos passaram a cavalgar rente a água e Scorpius pode ver algumas sereianas ali, e muitas delas saltaram de modo alegre para cumprimentá-los, tendo algumas inclusive jogando alguns beijos em direção ao sonserino desacompanhado.

Rose e os outros que tinham ficado na praia continuaram caminhando, passando próximos de um pequeno circulo de pessoas, na sua maioria alunos de Dursmtrang que assistiam uma espécie de apresentação, algo semelhante a uma luta quase como uma dança, com acrobacias e manobras com saltos e cambalhotas, muitas garotas vibravam com aquilo. Havia alguns garotos próximos que tocavam os tambores de guerra típicos da escola, dando um ar selvagem à disputa, e onde antes eram apenas duas pessoas mais algumas saltaram da multidão se juntando aos dois guerreiros iniciais, agora era uma grande cena de luta, onde a cada movimento um aluno precisava se manter atento aos golpes vindos de vários lugares diferentes. No final todos os alunos formaram uma espécie de pirâmide, que aos poucos fora desmoronando conforme os rapazes iam se removendo, em meio a saltos mortais, e giros no ar. A platéia vibrou, fora quando as chamas da fogueira atrás do grupo uma estranha figura saira, por instantes ela queira numa forma humana flamejante para então se apagar, revelando o bruxo que atravessara o fogaréu.


_ Aquele é o Karkaroff? – disse Alvo surpreso, enquanto o campeão de Dursmtrang mesmo apoiado sobre uma bengala por conta da perna ferida se aproximava do centro do círculo – O que houve com ele, afinal? – Lily estava a ponto de dizer algo sobre aquilo para seu irmão mais velho, mas alguém o fizera antes. 


_ O cara acabou de sair das chamas e você quer saber realmente por que ele está usando uma bengala? – disse Lysander e Lily rira – Fala sério...


_ Eu ia dizer isso – disse Lily e o gêmeo sorrira para ela.


_ Foi uma esfinge que fez aquilo, durante a segunda prova – disse Alice alisando os cabelos de Alvo, os tirando da frente do rosto emburrado do namorado.


_ Foi mal, mas eu não sabia que ele tinha se machucado – disse Alvo tentando se justificar.


_ É, parem vocês dois de rirem do Al – disse Alice beijando a bochecha do sonserino.


_ Defendendo o namoradinho? – disse Lily rindo mais ainda – Olha só que fofo Alvitcho, tem uma defensora agora...


_ Cala boca, Lily – disse Alvo enquanto abraçava Alice pela cintura – Isso tudo é inveja de mim que estou namorando.

Nickollaus ainda estava no centro do círculo, fora quando tirara a varinha do bolso e assoprara, da ponta dela surgira uma chama, e dela saira um grande jato de fogo que tomou a forma de uma grande serpente, que passou muito próximos das cabeças das pessoas, que aplaudiram maravilhadas.


_ Exibido – disse Alvo carrancudo, mesmo tendo achado um máximo aquilo, mas era orgulhoso demais para lançar qualquer elogio aquele rapaz.


Novamente o rapaz cuspira fogo da sua varinha, dessa vez o jato tomara outras formas, como se fossem borrifadas de chamas que separadas entre si foram se moldando até se assemelharem com pássaros, pequenos e flamejantes que formaram nas mais diferentes direções.


_ Corvos – disse Rose – São corvos... – do outro lado do círculo ela pode notar uma garota de cabelos loiros sorrindo para o rapaz, que retribuíra fazendo um sinal para que se aproximasse e ela viera até ele que a abraçou e beijou na frente das pessoas que vibraram aplaudiram e assobiaram – Mas claro, Raven... É uma homenagem a ela...


_ Não diga, Srta. Óbvio – disse Alvo rindo sarcástico para a prima, que lhe lançara um olhar sério – Venham, vamos continuar andando... Está quase na hora da fogueira.


Eles andaram mais um pouco, vendo algumas pessoas se divertirem com um frisbbie dentado, que passara rente a cabeça de Alvo que seria acertado se não se abaixasse, algumas crianças brincavam na praia fazendo esculturas de areia e outros duelavam entre si com alguns feitiços inofensivos.


Uma grande fogueira queimava, suas chamas se alteravam entre várias cores, fora quando um grande cão negro viera correndo na direção de Lysander e saltara sobre ele, lhe dando fortes lambidas no rosto. Alvo reconheceu o cão, assim como todos ali que estudavam em Hogwarts.


_ Canino? – disse Alvo enquanto o cão abandonava seu amigo com o rosto completamente babado e saltava sobre si, por sorte não fora pego de surpresa, conseguido escapar da queda, mas não das lambidas de saudação – Olá rapaz, e ai... Se você está aqui...


_ Onde está Hagrid? – disse Alice completando a frase.


_ Já estão assim tão íntimos, Al? – disse uma voz atrás deles, eles se viraram encontrando Tiago ali. O rapaz estava com um par de bermudas da cor vermelha e uma camisa regata branca por debaixo de uma camiseta azul com estampa havaiana – A ponto de completarem as falas um do outro? – ele logo se jogou no chão próximo a eles.


_ Olha que isso vai acabar em casamento – disse uma voz, e eles logo notaram Molly que se aproximava ao lado de seu namorado Frank – Legal a McGonagall ter deixado a gente ficar, não é, amor? Assim não perderíamos essa festa toda...


_ Sim, claro... Olha aqui rapaz, juízo com a minha irmãzinha – disse Frank que abraçava a namorada pela frente – Espero você lá no Caldeirão Furado para falar com o papai sobre namorar a Alice...


_ É, talvez... O Alvo é um bom garoto, não devia me preocupar tanto – disse Frank sorrindo sem graça enquanto soltava Molly – O conheço desde pequeno, e sei que é um garoto incrível, filho do meu padrinho e irmão de um dos meus melhores amigos, é... Eu apoio o namoro dele com a Alice... – enquanto ambos se sentavam na areia da praia próximo de Tiago.


_ Oh Merlin, estou tão orgulhosa, Frank – disse Molly beijando o namorado na outra bochecha – Eu sabia que não seria tão teimoso para não aceitar isso, você é incrível...


_ Até que enfim... – disse Alice soltando o namorado e indo até o irmão lhe dando um beijo numa bochecha e o abraçando – Sabia que ia entender isso...


_ Se ele não entendesse também ia fazer alguma diferença? Aliás, ele deve ter percebido que você sempre foi apaixonada pelo Al – disse Lily.


_ É, realmente até um trasgo perceberia isso – disse Tiago – Precipício que os dois tinham um pelo outro...


_ O Alvo percebeu isso apenas esse ano, isso quer dizer que o QI dele é pior do que de um trasgo? – disse Lily e as pessoas riram.


_ Qual é seu problema comigo, afinal? – disse Alvo corado – Você gosta de me perturbar por quê?


_ Por duas razões simples e óbvias: primeira razão é que você é meu irmão – disse Lily mostrando o dedo indicador para o irmão – Segunda razão – ela mostra outro dedo – Eu acho divertido.


_ É, mas admita, Alvo, todos já sabiam da queda da Alice por você, desde o primeiro ano de vocês – disse Molly e a Lufana corou com o fato de todos saberem daquilo.


_ E respondendo sua pergunta, Lily, eu tinha percebido a queda da minha irmã pelo Al, desde que ela tinha sete anos – disse Frank e Alvo encarou Alice com uma cara surpresa. 


_ Sério que você gostava de mim desde essa época? – disse Alvo, sorrindo.


_ É... Bem, não era meio que gostar... – disse Alice sem jeito.


_ Ela rabiscou seu nome várias vezes numa das mesas do Caldeirão Furado – disse Frank rindo.


_ Franklin – disse Alice irritada, enquanto Alvo ria bobamente abraçando a namorada pela cintura. 


_ Nossa, ele não saia da sua cabeça mesmo, não é? – disse Tiago, acompanhando o amigo nas risadas.


_ Eu vou querer ver essa mesa quando estiver lá novamente – disse Alvo no ouvido da namorada.


Lysander ainda possuía Canino sobre si, ele lambia sua face novamente apoiando ambas as patas em suas pernas que estavam cruzadas. Lily encarava aquilo rindo muito, fora então que o gêmeo retirara sua varinha da bermuda e com ela conjurara uma bola vermelha de borracha, que mostrara ao grande Mastin Napolitano que naquele momento ia à loucura tentando ter o precioso brinquedo. Fora então que Lysander lançara a bola com força e o enorme cão negro partira a sua procura.


_ Ele gosta de você – disse Lily em meio algumas risadinhas.


_ Me sinto tão querido nesses momentos – disse Lysander enquanto limpava a baba do rosto – Onde está Hagrid afinal, que deixou esse cão por aí sozinho?


_ Nós o vimos – disse Louis se aproximando ao lado de Charlotte e se sentando próximos de Roxanne e Waggner Krum, que também haviam acabado de chegar.


_ É, nós também – disse Molly, sorrindo.


_ Ele está meio que ocupado, se é que me entendem – disse Tiago com um sorriso malicioso.


_ Como assim? – disse Alice, já suspeitando do que poderia ser.


_ Ah, digamos que ele e certa francesa estavam juntos sabe? – disse Tiago forçando um tom casual, enquanto Canino passava por ele carregando a bola vermelha babada na boca – Admirando o mar... De uma maneira bem romântica até que os dois fizeram algo que não esperava ver, eles se beijaram – o ruivo encarara o rosto de todos como se procurasse alguma expressão de surpresa ou espanto, mas todos pareciam encarar aquilo com muita naturalidade – Vocês não entenderam, o Hagrid, o nosso velho amigo grandão Rúbeo Hagrid, nos melhores amassos com a diretora francesa.


_ Era esperado, sabe? – disse Alvo deitado no colo de Alice, que alisava seu cabelo – Eles são namorados, ou algo assim... É esperado que tenha que se beijar e trocar carinhos, não?


_ Certo, então tentem imaginar a cena – disse Tiago sorrindo simples – O Hagrid com aquela barba grisalha toda desgrenhada e volumosa beijando alguém... – muitas garotas próximas retorceram a cara – Agora sabem como foi...


_ Pare de ser tão idiota, Potter – disse Molly, rindo – O amor é lindo, e fico feliz pelos dois finalmente estarem juntos.


_ Concordo com isso – disse Rose – O Hagrid merece alguém, e ele encontrou uma pessoa do tamanho dele afinal...

A banda preferiu não fazer um grande show aquela noite, não parecia o certo quando Dominique estava na ala hospitalar, então eles deixaram por conta de Scorpius animar as pessoas com a melodia leve que ele conseguia arrancar das cordas de seu violão.  


_ É uma pena a Dommy não está aqui com a gente, ela ia adorar participar de uma conversa dessas – disse Louis, enquanto bebia um pouco de cerveja amanteigada.


_ É, sua irmã tem um senso de humor invejável – disse Tiago sorrindo um pouco triste ao se lembrar da amiga - Malditas esfinges...


_ Aquerre enigmêrr erra horribile – disse Charlotte – Non tinhês comme ors alunes descobrirr a respost...


_ Mesmo o Nickollaus que é músico não pode, que chance os outros campeões teriam? – disse Rose.


_ Era uma música do Eagles, nunca fui um grande fã deles, pelo menos não tenho o habito de ouví-los – disse Nickollaus meio deitado na areia, com a cabeça encostada no colo de Raven – Então foi meio complicado para eu decifrar o enigma, no geral sou bastante bom nesse tipo de coisa.


_ A música era Hotel Califórnia, não? – disse Scorpius dedilhando o violão de leve – Me lembro disso, é... Realmente, uma charada complicada.


_ Não me diga que sabe responder essa? – disse Lysander com a sobrancelha arqueada.


_ Hotel Califórnia na verdade é um hospício, essa era a resposta – disse Scorpio ao que todos olharam confusos – Basta prestar atenção na letra, muitos confundem com inferno ou mesmo purgatório, mas a verdade é que o lugar representa outra coisa... Ou seja, um hospício, pelas coisas estranhas que acontecem, é uma charada difícil de pensar, afinal traz vários enigmas, mas eu acho que estou correto pelo menos.


_ É, talvez seja é melhor do que a ideia de inferno pelo menos, as pessoas tendem a resumir muitas músicas a isso, dizendo de mensagens ocultas que elas trazem uma grande idiotice – disse Nickollaus.


_ Mas eu realmente me surpreendi com aquele enigma, quero dizer – disse Lysander – Esfinges deviam fazer enigmas fáceis, como “O que caminha com quatro pernas de manhã?”.


_ Como assim, que enigma é esse? – disse Alvo, confuso.


O enigma é bem famoso, você nunca ouviu Al?- disse Lysander surpreso – O que caminha com quatro pernas de manhã, e ao entardecer caminha sobre duas pernas, mas ao chegar da noite caminha sobre três pernas? – o gêmeo esperou pela resposta do amigo que parecia ainda confuso.


_ O enigma sobre o homem, Al – disse Rose - Quatro pernas de manhã é quando ele é um bebê, duas pernas ao entardecer é quando é um adulto, e três pernas ao anoitecer ele é um velho com uma bengala.


_ Mas essa charada é muito fácil – disse Nickollaus – Muitos já a ouviram antes, e as esfinges não são as mesmas dos tempos antigos, elas estão mais sábias e com enigmas mais complicados, como vocês devem ter notado na prova de ontem...


Logo o restante do grupo se unira a eles, Lorcan se aproximava com Chloe, ambos se sentaram próximos de Alvo e Alice e o moreno pode notar que os dois estavam incrivelmente molhados, e antes que perguntasse a loira respondera.


_ Aquele cavalo alado passou muito rente ao mar – disse Chloe e Lily rira.


_ Tem certeza? Parece mais que vocês dois foram jogados de propósito na água – disse Lily e Tiago a encarou com um sorriso maroto.


_ Ah, isso me lembra de algo – disse Tiago se levantando de seu lugar e Lily o encarou com uma expressão surpresa e um tanto temerosa 


– Maninha querida, está na hora da nossa antiga tradição.


_ Ele não vai fazer isso, vai? – disse Louis engasgando com a sua cerveja amanteigada.


_ Ah, ele vai sim – disse Roxanne sorrindo marotamente.


_ Ah, nem pensar Tiago – disse Lily se levantando e saiu correndo com Tiago que ria a seguindo a passos largos.


A ruiva corria pela praia levantando areia por conta de seus passos pesados, enquanto o seu irmão tentava alcançá-la, tarefa que se mostrou bastante difícil já que a corvina havia crescido e com isso se tornou um pouco mais ágil. Todos os que não sabiam daquela antiga tradição dos irmãos Potters ficaram encarando de modo estranho e suas faces marcavam o sinal de pontos de interrogação.


_ Que antiga tradição é essa? – disse Chloe para Alvo que ria assim como todos seus primos Weasleys.


_ É algo que surgiu desde os tempos que começamos a freqüentar o Chalé das Conchas -  disse Alvo.


_ Costumávamos ficar na praia, sabe? O Chalé é localizado na costa e fica de frente para o mar – disse Rose – Num belo dia de verão todos os mais velhos costumavam nadar no mar, apenas os menores que costumavam ficar na praia, pois meio que tinham medo da água...


_ Vulgo, medo que os mais velhos os afogassem – disse Roxanne e os outros riram.


_ Daí surgiu a idéia de que os mais velhos levassem as crianças para o mar, fosse por bem ou mal – disse Louis – Mas foi estabelecido que apenas os irmãos podiam fazer isso entre eles, desde então é feito...


_ Quer dizer que ele está querendo – disse Lysander sorrindo para a cena de dois ruivos que continuavam correr em ziguezague pela areia.

Lily havia retirado sua varinha das vestes e agora apontava para Tiago que freara bruscamente na areia, deslizando um pouco para então correr na direção oposta da irmã que disparava feitiços contra ele. Todos riram e Frank, Molly e Roxanne começaram a zoar o amigo por sua covardia frente à irmã.


_ Vocês dizem isso porque não sabem o terror que essa garota é com uma varinha – disse Tiago gritando em direção a eles, que continuavam rindo – Eu moro sobre o mesmo teto que ela, sei o que ela é capaz de fazer...


_ Ela dá medo, acreditem – disse Alvo e os outros riram mais ainda e partiram para zoar o moreno também, especialmente Scorpius.

Tiago, após se atingido por um feitiço das pernas presas, caiu contra o chão, engolindo uma grande quantidade de areia. Enquanto o ruivo cuspia e tossia ainda caído, Lily ia se aproximando dele com um sorriso triunfante no rosto.


_ Não consegue mexer as pernas não é mesmo, Potter? – disse Lily sorrindo – Desiste agora?


_ O que você acha? – disse Tiago se erguendo com o cotovelo esquerdo enquanto a mão direita pegava a varinha nas vestes e apontava para a ruiva – Experliarmus – a varinha dela voara se fincando em um pequeno monte de areia – Quem perdeu agora, hein?


_ Droga – disse Lily correndo em direção a varinha enquanto Tiago ria apontando a varinha para as pernas e removendo o feitiço que lhe atingira.


Tiago se erguera do chão rapidamente e apontara sua varinha para a irmã, que já havia recuperado a dela. O ruivo então agitara sua varinha e murmurara um feitiço em meio a um sorriso.


_ Levicorpus – disse Tiago e a ruiva se erguera pelo calcanhar no ar, ela se debatia e o irmão a levava flutuando em direção a água – Eu sempre venço irmãzinha, devia saber disso...


_ Não me chame de irmãzinha – disse Lily com raiva enquanto se debatia, nem mesmo percebendo que já se encontrava sobre o mar.

_ Como queira – disse Tiago dando de ombros – Aliás, Liberacorpus – e a ruiva caíra no mar com um grande baque que arremessara água para todos os lados.


Lily ressurgira da água, seus cabelos estavam ensopados em seu rosto e sua roupa encharcada, e sua face uma grande raiva podia ser notada. Ela pegara sua varinha e apontara para o irmão que encarara com a sobrancelha arqueada.


_ Aguamenti – disse Lily e um jato de água saira da ponta de sua varinha voando diretamente para o rosto de Tiago o molhando por inteiro – O que acha dessa, hein, irmãozinho?


Tiago encarara a irmã com uma expressão sombria, para então se voltar para Alvo que ria ao lado dos outros ainda ao redor da fogueira. Com um sorriso diabólico o ruivo correra em direção ao irmão do meio, Alvo bem que tentara fugir, mas Scorpius o segurara para o grifinório. O moreno foi arrastado em direção ao mar por Tiago e jogado com força contra a água, próximo de onde Lily estava.

Logo todos estavam no mar numa verdadeira guerra de água, mesmo aqueles que não eram Weasleys haviam entrado na brincadeira que se estendeu pelo resto da noite, até que ela foi encerrada por uma grande chuva de fogos de artifício que iluminou o céu por inteiro.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam desse capitulo?
Um pouco de brigas de Scorpius e Rose para aquecer um pouco o clima.
E do futebol com os bruxos como jogadores? Eles mandaram bem ou o lance deles é quadribol?
E esse final , foi bem legal não?
Deixem reviews para mim galera, vou ver se agora volto com tudo com a fic.



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