Novos Tempos Em Hogwarts 2 escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 24
Tempestade de Paris


Notas iniciais do capítulo

Um capitulo para vocês, em minha opinião foi um dos melhores que já escrevi. E tambem mostra-se muito importante em varios aspectos.
Espero que gostem.



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_ Alvo, como pode ter certeza de que o Tiago está em Paris? – disse Rose enquanto curava o braço de Fred – ele pode está em qualquer lugar...

_ pense bem Rose, meu irmão não conhece muito bem a França – disse Alvo – praticamente só conhece Paris, mesmo assim apenas de nome... e duvido muito que ele tentaria voltar para casa com aquela moto, é loucura.

_ ela não pode aparatar de um país para o outro, apenas dentro do que estiver – disse Fred pensativo, sabendo que Alvo deveria estar certo sobre aquilo que dizia – por isso concordo com você, vamos para a Capital – ele se levantara após Rose terminar o encantamento de cura, agora não havia nem sinal do ferimento – vamos como? Vassoura?

_ vocês estão loucos não é? – disse Lysander parecendo ainda não acreditar nos que os amigos estavam prestes a fazer – vocês vão voar, sei lá tantos quilômetros, em vassouras num tempo como esse, vocês são loucos só pode...

_ nós podemos aparatar quando estivermos fora dos limites da escola – disse Fred como se fosse a coisa mais obvia a se fazer – não sei vocês, mas eu vou atrás do meu melhor amigo antes que ele faça alguma besteira.

Um silencio rondara a sala, Alvo não sabia exatamente a que espécie de besteira Fred se referia, afinal de contas o seu irmão era famoso por muitas vezes não pensar antes de agir, mas ele não seria capaz de tomar alguma atitude premeditada, o moreno movera a cabeça como a tentar espantar os pensamentos da imagem que se formou em sua cabeça. Todos ainda permaneciam em silencio, quase mórbido quando ele fora quebrado por Fred se levantando e dirigindo-se para o lado de fora do vagão, todos se levantaram indo atrás dele, a maioria sabia que das pessoas mais preocupadas com o que poderia acontecer com Tiago estava ali, Alvo não negava que muitas vezes invejou o carinho que aqueles dois tinham um pelo o outro, quase como se fossem irmãos, fora quando alguem se pronunciou, interrompendo todos que continuavam caminhando pelo trem, esse alguém era Rose.

_ mas apenas vocês dois – disse Rose com a voz altoritaria – vocês sabem o tamanho que é aquela cidade? Como esperam encontra-lo sozinhos?

_ infelizmente tenho que concordar com a Weasley, isso não vai funcionar – disse Scorpio olhando para os dois – nos deixem ir com vocês...

_ não queremos causar problemas, e vocês são nossa esperança terão que nos dar cobertura – disse Alvo – enquanto estivermos fora, não sabemos quanto tempo pode levar.

Fora quando um barulho fora escutado, como uma porta se abrindo todos voltaram seus olhos para trás e encontraram duas garotas que aparentavam ter seus dezessete anos e tão familiar a todos ali presentes, a primeira vestia as vestes da Grifinoria, possuía a pele morena e os cabelos negros e longos caídos na altura dos ombros por meio do rabo de cavalo mal feito, uma boca carnuda e olhos negros, sua semelhança com Fred não negava o parentesco de ambos, ao lado de Roxanne estava uma ruiva dos cabelos de um vermelho violento, repicados e de pele muito branca, vestindo as vestes de frio de Beauxbatons, Rose notara que Dominique parecia muito seria, seu rosto não possuía o mesmo ar brincalhão de sempre ou entediado como as vezes fazia. O Grifinorio a encarou, mas ela pareceu desviar o olhar, era obvio que não seria tão fácil assim se aproximar de Dominique, mesmo ele ainda não entendendo o motivo de tudo aquilo, afinal de contas ela não podia estar gostando dele? Ou será que podia? Todos olharam confusos para as duas garotas que haviam acabado de entrar, quando Roxanne se pronunciou.

_ a Dominique me contou o que aconteceu – disse Roxanne – então é verdade? O Tiago fugiu?

_ sim – disse Fred – eu e Alvo vamos atrás deles.

_ mas não vão sozinhos – disse Dominique – nos vamos com vocês.

_ não mesmo – disse Fred – vocês vão ficar aqui – ela se aproximara dele perigosamente, ficando muito próximo dele, o prensando contra a parede do corredor, por um momento eles ficaram se encarando, os olhos negros como a noite dele, e os dela num furioso azul elétrico, ele chegara a imaginar que ela fosse beija-lo, mas o que veio foi algo que ele não esperava, um sonoro tapa fora ouvido e o rosto dele tomara uma coloração vermelhada – mas...

_ nos vamos está bem? Se você não sabe Weasley – disse Dominique parecendo realmente nervosa – nos também somos primas dele, amigas dele, nos preocupamos e queremos ajuda-lo – um silencio pesado ficara entre eles, todos ali presentes pareciam não querer respirar, esperando a resposta, quando finalmente Fred quebrou o clima tenso.

_ tudo bem – disse Fred com uma voz amarga – se aprontem, nos encontramos em dez minutos nos jardins – e saira sem dizer mais nada.

Tiago aparatara em Paris, pelo menos pensava que devia estar já que não conseguia identificar o lugar em que estava, parecia uma grande igreja, certamente abandonado devido seu estilo antigo algo que ele julgou ser Gótico, descera da moto e começara a encarar as paredes, um tanto cinzentas e com os castiçais que acessos davam um ar sinistro ao longo corredor que agora caminhava, havia belíssimos vitrais, muito bem trabalhados, cuja a luz da lua lá fora a inundava, e iluminava o interior daquele antigo prédio, ele continuara andando, até que fora avistado por alguém, pelas vestes quase poderia se julgar se tratar de um bruxo, mas ao estudá-lo melhor comprovou que na verdade era o responsável por aquele lugar, devia ser um padre. Ele começara a gritar com o ruivo, coisas que ele não entendeu na maioria, afinal de contas ele falava francês, mas quando percebeu pelo tom que o velho sacerdote usava, resolveu sair dali, avistou uma porta no piso inferior, logo depois de uma longa escadaria. Tiago montara na moto, recolocando o capacete, muitos julgariam o que estava prestes a fazer loucura, mas ele não se importava, dera a partida na moto, que soltou um forte ronco semelhante a um rosnado, e disparara muito rápido, escada baixo, quando estava próximo de se chocar com a porta aparatou novamente, desaparatando do lado de fora, deixando o padre trouxa que observara a cena inteira, e que até então proferia possíveis ameaças em francês, atônito, sem acreditar no que vira, fizera o sinal da cruz, antes de desmaiar em choque. Tiago agora encarava a grande Catedral que tivera o prazer de conhecer por dentro, e se surpreendeu quando descobriu que se tratava de Notre Dame. Não conhecia muito daquela cidade, a maioria das coisas que sabia eram as que haviam visto em livros ou filmes trouxas, e em parte o que sua Tia Fleur e suas primas falavam sobre o lugar. Ele olhava ao redor, estava próximo do rio Sena, decidiu seguir a margem do rio, e depois disso decidiria o que iria fazer. Enquanto corria com sua moto, pelas ruas estreitas e cobertar por paralelepípedos, sua mente trabalhava a mil no que havia visto, o bilhete da Joalheria não sairia de sua cabeça, eles iriam se casar, era isso, ela a perdera, não havia mais sentido para continuar lutando, quem sabe meses depois ele receberia um convite anunciando o casamento, Eduard Zabini, se antes ele o odiava por ter lhe roubado Narcisa, agora seu ódio era quase mortal, pois ele estava roubando a vida que ele sempre almejar, se casar com a mulher que amava logo depois de terminar Hogwarts, construir uma casa, ter filhos, os vultos dos prédios antigos de vitrines iluminadas da cidade luz passavam como um borrão por ele, enquanto se perguntava como conseguira perder tanto em pouco tempo.

Narcisa havia acordado aquela noite, seu coração disparara rapidamente, suava frio e respirava rapidamente. Tivera um terrível pesadelo naquela noite, Tiago estava em perigo nele, rodeado de água, e se afogando, ela o via pedir ajuda, para que ela o socorresse, mas era em vão por mais que tentasse puxa-lo, algo o impedia de sair da água, quando finalmente ele deixou de lutar e afundou, e seu corpo desapareceu no fundo do que parecia ser um rio subterrâneo. Ela caminhara até o banheiro, tentando se esquecer do sonho deveria ser besteira para muitos ela se preocupar com aquilo, se não fosse à primeira vez, no passado a loira sonhara com seu irmão e os amigos sendo consumidos pelas sombras, pouco a pouco em uma floresta gelada e sombria em meio a gritos de agonia, semanas depois o quarteto Sonserino havia encontrado com Dementadores e sido atacados por eles, não, era apenas uma coincidência, Tiago não poderia estar em perigo, não, ele não podia. Enquanto lavava o rosto no banheiro e enchugava o rosto em uma toalha, ela ouviu o barulho de alguém em seu quarto, olhou pela porta e viu que era Roxanne que certamente voltava de um dos encontros noturnos que tinha com o namorado, mas diferente do que a loira esperava, ela não se deitou na cama para dormir, apenas pegou a vassoura que estava pendurada sobre a parede e tornou a se retirar, achando aquilo muito estranho, resolveu segui-la. Foi quando encontrou um pequeno grupo reunido nos jardins. Dominique, Alvo e Fred também possuíam suas vassouras em punho, enquanto os outros os observavam, pareciam um pouco tensos, dava para se notar a preocupação de todos ali pelos quatro que se despediam.

_ nos deseje sorte – disse Alvo aos amigos, Rose o abraçou e o beijou no rosto o que fez o garoto ficar vermelho – não contem a Lily sobre isso, não quero saber dela preocupada – a ruiva assentiu, parecia prestes a chorar, o Sonserino se voltara para os amigos e se despedira de todos.

_ prometem que vão se cuidar – disse Rose preocupada, e todos assentiram – é serio, vocês estão fazendo algo muito arriscado.

_ não se preocupe ruiva – disse Fred a prima – nos vamos ficar bem, e trazer o Tiago inteiro, não vamos deixar que ele faça mais burrada do que já fez.

_ espero mesmo – disse Rose – estou com o espelho de dois lados do Tiago, quando chegarem em Paris e o encontrarem avisem.

_ certo senhorita – disse Fred e todos levantaram vôo rapidamente, logo desaparecendo pela noite.

Narcisa refletia sobre as palavras ditas, Tiago estava em Paris, varias perguntas passaram pela sua cabeça entre elas, o que havia levado ele a abandonar Beauxbatons para trás, sendo que no dia seguinte teriam a primeira prova do Torneio Tribruxo. Ela retornara para seu quarto se jogando na cama, fora como um lampejo veio a sua mente, o sonho que tivera de Tiago se afogando, pensara por um tempo, podia ser apenas uma lembrança que tivera dele a alguns anos no Lago Negro ao lado de Rodolfo Lestrange, ou realmente o homem que ela amava podia morrer aquela noite. Ela tornara a se levantar brutamente, correndo em direção a seu armário de onde tirou um sobre tudo e vestiu sobre a camisola de linho branco que usava. Correu em direção a lareira do salão comunal, rezando para que o que estava prestes a fazer desse certo, o lugar estava vazio, ela tirou de um dos bolsos um pequeno saquinho de couro com pó de flu, e jogara nas chamas que ficaram verdes, ao entrar dentro da lareira gritou fortemente.

_ La grande maison de l'Malfoy, Paris (A grande casa de Malfoy, Paris) – disse Narcisa em Francês e desparecera consumida pelas chamas verdes.

Tiago notara então que já havia se afastado em muito de Notre Dame, não sabia exatamente onde estava, olhou ao redor, parecia ter mudado um pouco a paisagem, fora quando vira ao longe um grande moinho vermelho a girar sobre o telhado de o que parecia ser um prédio, havia neons, letreiros piscavam fortemente, anunciando o nome do lugar, talvez fosse a fascinação, o ruivo não soube dizer exatamente o que era, mas caminhou com sua moto até as proximidades, a parando em frente, desceu e caminhou até dentro daquele lugar. Dentro do lugar se encontrava um pequeno bar, e algumas mesas, um palco aos fundos onde algumas dançarinas de cabaré com roupas tradicionais de época dançavam cancã ao som de uma musica animada, pessoas ali bebiam e fumavam, ao som do piano tocado por um homem magnificamente bem. Tiago caminhara até o bar se sentando, quando o barman veio ao seu encontro para atendê-lo.

_ Bonsoir Monsieur, allez boire? (Boa noite senhor, vai beber?) – disse o barman limpando um copo com um pano.

_ hã? – disse Tiago, ele realmente devia ter tomado algumas aulas de francês, não entendia nada do que aquele homem dissera.

_ ne parle pas français? (não fala francês?) – disse o homem com uma sonbrancelha arqueada.

_ non – disse Tiago, não se precisava falar a mesma lingua para saber o que ele havia perguntado, fora então que um homem riu ao seu lado.

_ ele tinha perguntado se você queria beber algo, apenas isso – disse o homem ao seu lado – não devia estar em Paris sozinho se não sabe a lingua desse lugar – ele tornara a rir lhe estendendo a mão para cumprimenta-lo – prazer, sou Trevor Runcorn – o ruivo aceitara o cumprimento.

_ Tiago Potter, prazer em conhece-lo – disse Tiago, encarando o homem ao seu lado, possuia os cabelos negros e lisos penteados em um jeito casual, olhos azuis gelo e pele bastante clara, quase palida, o rosto fino e nariz reto, vestido com um sobretudo negro, sobre um terno da mesma cor, ele passaria despercebido por muitos, pelo menos foi o que o ruivo pensou, já que uma figura como aquela ele certamente não notaria em uma multidão – então, o que me recomenda beber?

_ eles tem um bons vinhos se gostar – disse Trevor – como disse que era seu nome mesmo? – o ruivo repetira o nome, e o homem pareceu analisa-lo por um tempo, até voltar seus olhos novamente para os dele, e por um momento Tiago sentiu uma onda de medo e um frio enorme a lhe atingir o corpo – você é filho de Harry Potter?

_ você conhece meu pai? – disse Tiago espantando – então você é...

_ se eu sou bruxo? Sim, nunca ouviu falar de mim não é mesmo? – disse Trevor rindo levemente ao aceno negativo de Tiago – eu sou um dos mais promissores jogadores profissionais de xadrez bruxo ainda vivo.

_ é um feito e tanto – disse Tiago achando que seu padrinho ia gostar de conhecer aquele homem – veio para uma competição suponho? – o moreno acentira – legal, nunca fui muito bom em xadrez de bruxo, na verdade sou um lixo – o homem ao seu lado tornara a rir.

_ não é um jogo facil, na verdade não pode ser considerado um jogo já que mexe com muita estrategia, e você lidera suas peças como se fossem soldados para o combate – disse Trevor acendendo um cigarro – e as vezes, você tem que sacrificar algumas peças, para chegar a seu objetivo, ninguem nesse mundo vence sem uma estrategia bem formulada meu caro, ou acaba morto, pois temos uma batalha constante para lutar, se importa se eu pagar uma bebida a você?

_ claro que não, a proposito, sem querer ofender, mas que lugar é este? – disse Tiago esperando mais uma onda de risos do homem, mas o que veio foi apenas uma baforoda espeça de fumaça.

_ esse lugar se chama Moulin Rouge – disse Trevor – é um famoso cabaré de Paris, fica no bairro boêmio – Tiago pensara ter ouvido falar daquele lugar antes, só não se lembrava – então, vou lhe pagar uma bebida – ele se voltara para o barman - Seigneur, s'il vous plaît servir une boisson à mon ami (Senhor, por favor, sirva uma bebida a meu amigo) – ele se voltara para Tiago – vai querer vinho não? – o garoto assentira - une bouteille de Côte du Rhône ( uma garrafa de Cotê Du Rhône) – o homem desapareceu por alguns instantes, retornando com um dos melhores vinhos da casa – ah... maravilha – o moreno servira a ambos – um brinde, a seu pai Tiago Potter, um dos maiores bruxos que já existiu, aquele que derrotou Voldemort – o ruivo ficara sem graça, mas acabara aceitando brindar em nome de Harry.

Alvo se sentira estranho, era rara as vezes que aparatava junto de alguem , por isso tenha se sentido tão estranho se perguntava se quando iria fazer aquilo sozinho seria diferente, fora então que notara o lugar que estava, os prédios clássicos e iluminados, as grandes avenidas, os vários letreiros das lojas. Olhara ao seu lado e vira, Fred juntamente com Roxanne e Dominique, ambos os gêmeos Weasleys pareciam fascinados com o lugar, com exceção da ruiva, que parecia indiferente, com o mesmo ar de tédio que sempre usava, parecia que já tinha vindo a Paris um monte de vezes. Eles olharam ao redor, não havia muitas pessoas, na verdade eram bem poucas as que estavam ali, na maioria pensou Alvo, se tratava de turistas. Eles não estavam preparados para o tanto de frio que fazia naquele lugar, era quase tão cortante quanto o de Londres, diferente de Beauxbatons que havia apenas rajadas de ventos diários naquela época do ano.

_ muito bem, explicações ruiva, onde nos estamos? – disse Fred encarando Dominique que parecia não querer responder a ele, realmente as coisas pareciam ter piorado bastante, pensou o Grifinorio.

_ onde nos estamos Dommy? – disse Roxanne a prima, a cutucando para chamar sua atenção como se fosse necessário.

_ estamos nas grandes avenidas, na parte moderna de Paris – disse Dominique com uma voz cansada – está é a Champs Élysées – ela encarara todos – então, o que fazemos daqui?

_ acho que deviamos voar por ai em busca dele – disse Fred – em terra não teremos tanta chance de encontra-lo – ele esperara alguma resposta de Dominique mas ela permanecera calada.

_ é uma ótima idéia voar – disse Roxanne descontraída, ela já havia notado o clima tenso entre o irmão e a prima – nos iremos de duplas, Alvo você vem comigo – ela puxara o primo pela mão, não sabia exatamente o que estava acontecendo entre os outros dois, mas que se acertassem sozinhos – vamos dar uma volta próximo ao Louvre – a morena conhecia muito bem a frança, já havia passado umas férias naquele lugar no passado – depois iremos ver próximo ao arco do triunfo, e o bairro boêmio.

_ podemos sobrevoar o Sena para ver se encontramos algo nas proximidades – disse Fred para Dominique e ela riu.

_ acha que ele pode ter sido tão burro para acabar aparatando no meio de um rio? – disse Dominique – mas não é má a idéia de sobrevoar os lugares próximos.

Todos se dirigiram as proximidades de um beco, novamente aparataram no telhado de uma das lojas para desgosto de Alvo que ainda não tinha se recuperado da ultima experiência. Logo todos estavam sobrevoando o céu noturno de Paris, numa altura que certamente o ministério da magia parisiense não aprovava, mas não ligavam para o que iria acontecer se fossem pegos, eles certamente não seriam, pelo menos era nisso que confiavam. Separaram-se já no ar, Roxanne ao lado de Alvo sobrevoaram o maior museu do mundo e o Sonserino simplesmente se fascinou com a pirâmide de vidro que ficava na entrada, se lembrando de um filme trouxa que havia visto uma vez. Fred e Dominique sobrevoavam o Rio Sena, muitos poderiam achar arriscado o que faziam, afinal de contas estavam numa altura um tanto abaixo do apropriado, tudo porque a ruiva quisera provocar o moreno, enquanto voavam, ambos faziam manobras arriscadas, tentando ultrapassar a frente um do outro, com alguns momentos a campeã de Beauxbatons tocando as águas do rio com os dedos. Alvo e Roxanne então viram um monte de carros da policia francesa se dirigindo até a Catedral de Notre Dame, e resolveram seguir, ao chegarem ao lugar, viram um sacerdote assustado, tentando dizer alguma coisa aos policiais, o Sonserino não entendeu muita coisa devido ser Francês e o velho parecer muito nervoso.

_ ele disse que um motoqueiro louco e ruivo invadiu a catedral e quando o viu saiu em disparada pelas escadas abaixo – disse Roxanne – e quando estava prestes a bater feio contra a porta que estava trancada, ele desapareceu.

_ como... – disse Alvo mas se interrompeu, havia se equecido que a prima sabia
francês – precisamos dizer isso para o Fred e Dominique.

_ na verdade, acho que só deveríamos chamá-los quando encontra-lo – disse Roxanne pensativa – a um modo de rastrear a moto, talvez eu possa tentar.

_ existe um jeito de rastrear Six? – disse Alvo – como?

_ ela possui uma aura mágica, como qualquer objeto – disse Roxanne parecendo surpresa com a pergunta – se eu usar o feitiço correto, talvez consiga... não é difícil, já que sei que quem enfeitiçou a moto foi o Fred, assim como um local onde o objeto esteve anteriormente e usou uma de suas habilidades mágicas anteriormente, e isso é crucial para o feitiço.

_ ótimo, então faça – disse Alvo seriamente para então se voltar para a morena com um olhar confuso – como você e o Fred conseguiram apenas seis NOMS cada um? – ela riu.

_ não acho que as nossas habilidades estão dentro do meio acadêmico – disse Roxanne vitoriosa – e outra, foi o dobro do que papai conseguiu então estamos satisfeitos.

Tiago conversava animadamente com Trevor Runcorn, o homem parecia ser uma boa pessoa, e muito inteligente também, naquele clima do Moulin Rouge, com o ar envolto por uma densa camada de fumaça e o cheiro do tabaco inundando suas narinas, a musica, as dançarinas de cabaré que volta e meia passam perto da mesa deles, e o jogador de xadrez parecia não perdoá-las, lançando alguns galanteios em francês, o ruivo perdeu as contas de quantos copos, e em que garrafa estavam, a verdade é que já não estava muito racional, quase como se o álcool tivesse anestesiado sua mente, o que explica o fato dele acabar abrindo seu coração para um quase desconhecido. Ele acabou contando de Narcisa, do que sentia por ela, de como foi perdê-la para um inimigo, e como iriam se casar, o homem ficara ouvindo tudo calado até o fim. Tiago terminara de narrar a historia aos prantos, a verdade é que com a bebida fazia com que ele se soltasse mais, tudo aquilo que sentia, a tristeza e o sofrimento, eram amplificados, ele descobrira aquilo naquela noite, nunca antes havia ficado bêbado, a maioria das vezes que bebia o Maximo que conseguia era se sentir relaxado, tranqüilo o suficiente para pegar num sono, nunca ficara daquela forma como estava agora.

_ você vai mesmo deixa-la com ele? – disse Trevor seriamente – um homem que não merece, com sua garota?

_ o que deveria fazer? – disse Tiago com a voz esbagaçada pela bebida – ela nunca me amou, não sou o cara mais perfeito do mundo, o pai dela me odeia, a irmã mais velha dela não me suporta, somos de famílias inimigas, é ridículo pensar que um dia eu poderia ter ela, tantas coisas contra nos.

_ apenas uma coisa está contra você que impede que você tenha sua rainha – disse Trevor com um ar de jogador revelando uma estratégia a um principiante – essa peça, é perigosa, te deixou inibido de efetuar mais jogadas até então, mas se você a tirar do tabuleiro, você conquistara seu objetivo – uma coisa que o ruivo notara, era que o homem sempre falava comparando as coisas com uma disputa de xadrez – e essa peça que te impede de ter a Narcisa meu caro, é o Zabini...

_ eu sei que é ele está legal? – disse Tiago aos soluços por conta do vinho, mas isso não impedira de tomar o resto da taça – mas como eu deveria me livrar dele na sua opinião?

_ você ama demais a Narcisa rapaz? – disse Trevor e Tiago assentira – faria tudo para tê-la? – ele tonara a acenar positivamente – então é simples, mate o Eduard – o ruivo parecera espantado, havia entendido o que o outro dissera, ou estava bêbado demais para entender.

_ como é? – disse Tiago com a voz amolecida pelo vinho – matar o Eduard? Não acha que isso me mandaria para a cadeia? Cara que tipo de pessoa é você para me sugerir algo desse tipo? – o ruivo se levantara, quase caindo no chão pegando sua blusa antes jogada sobre a mesa e vestindo.

_ eu estava brincando Tiago, lógico que não estava sugerindo que matasse o seu rival – disse Trevor – fique, vamos beber mais um pouco.

_ não, obrigado – disse Tiago – eu... agradeço por ter me convidado para beber com você, mesmo de verdade, você parece ser um cara legal, mas eu realmente tenho que ir.

_ como queira – disse Trevor – espero tornar a vê-lo novamente, na verdade tenho quase certeza que isso vai acontecer.

Tiago parecera não dar ouvidos, e se retirara do lugar cambaleando por conta das pernas dopadas pelo vinho, montara na sua moto e saira pilotando, era algo perigoso sua atitude, e um tanto imprudente, as ruas por ser em plena madrugada estavam pouco movimentadas, mas mesmo com os raros veículos era necessário ter cuidado, por varias vezes ele não bateu e sofreu um acidente bem feio. Acabara por para sobre uma ponte do rio, onde ficou a encarar o Sena pensando nas palavras ditas por aquele estranho no cabaré. No Moulin Rouge, na mesa antes ocupada pelo ruivo, uma figura encapuzada se aproximara, saindo de trás do palco onde tornara a haver uma nova apresentação de dança, o vulto de capuz negro se sentara ao lado do homem que agora bebia solitário, e ao ver seu novo companheiro sorrira, das mangas longas e folgadas surgiram mãos brancas e delicadas, com unhas pintadas de um negro sombrio, e ao revelar seu rosto, pode se notar os cabelos loiros e repicados, cortados de um modo que deixava um ar rebelde a sua possuidora, pele muito branca quase pálida, e um par de olhos azuis cinzentos como tempestade.

_ Luciana – disse Trevor sorrindo para a garota – você está atrasada minha cara... Mas que bom que veio – ele pegara a mão da loira e a beijara – adoro estar em sua companhia.

_ M-Milorde, eu cheguei faz algum tempo, mas quando vi com quem o senhor estava me escondi para que não me reconhecesse – disse Luciana – o senhor se arriscou muito meu soberano, se aproximando tanto do mestiço imundo do Potter...

_ ele não sabe quem sou minha cara rainha – disse Trevor sorrindo sinistramente – eu me apresentei com o nome que estou habitualmente acostumado a usar perante a comunidade mágica, aquele nome idiota que o casal que me criou me deu, não vejo a hora de dominar toda a magia que existe e poder usar meu verdadeiro nome que meus pais de verdade escolheram para mim.

_ o que o senhor achou do Potter, Milorde – disse Luciana – ele apresenta algum risco para a missão, que estamos trabalhando, ele poderá interferir em nosso objetivo.

_ ele tem um grande potencial, consegui ver isso mesmo com o modo como ele está – disse Trevor – acabado, desiludido, mas se continuar dessa forma será fácil usa-lo em nossa missão, e o melhor de tudo, ele morrera após o termino dela – uma musica lenta começou a tocar no lugar e um sorriso animado se formou no rosto do homem – Lucie você aceita dançar comigo?

_M-Milorde, eu... – disse Luciana muito sem graça frente ao fato de seu mestre a ter chamado pelo apelido de família – não... sei se deveríamos.

_ se vai ser realmente minha rainha quando eu tiver meu império Lucie, tem que aprender que devemos ser íntimos um do outro, não falo apenas do que temos feito todas as noites desde Julho – disse Trevor e o rosto de Luciana ficou rosado – mas sermos companheiros, aliados um do outro... e mais uma vez, não precisa me chamar de Milorde, ou Soberano, deixe isso para patéticos comensais, você não é como eles, é diferente... por isso meu anjo, me chame por Alaric, Alaric Cadmus Riddle.

_ certo, Alaric – disse Luciana segura de suas palavras após respirar fundo.

Narcisa caminhava pelas ruas de paris no carro de seus pais, ela estava atrás do volante de um belo carro negro quando no pára-brisa começara a cair pequenas gotas de chuva do seu cinzento, logo uma tempestade se iniciara, aquilo não era nada bom, principalmente quando era o fator água que a assustava, Tiago iria se afogar, ela vira isso em seu sonho, acabara por se perder em Paris, em meio aquele noite extremamente chuvosa, olhou para os lados e notara a Torre Eiffel não estava muito longe de onde seu carro se localizava. Decidira que dirigir até ela seria o melhor a fazer, sempre havia algum taxi naquela região por conta dos turistas, podia conseguir alguma informação naquele lugar. Ligara o radio, e notara que tocava uma musica de uma das suas bandas favoritas, por isso aumentara.


I walk a lonely road
The only one that I have ever known
Don't know where it goes
But it's home to me and I walk alone

(Eu ando em uma estrada solitária
A única que eu sempre conheci
Não sei até onde vai
Mas é um lar para mim e eu ando só)



Tiago sentira a chuva cair fortemente sobre Paris, ele procurara se agasalhar e se proteger da água, colocando sobre sua cabeça o capuz de sua blusa, olhou mais uma vez para o Sena, o rio parecia agora muito violento, como se a tempestade tivesse atingido sua ira. O rapaz se dirigiu cambaleante até a moto, e com certa dificuldade colocara o capacete e tentara ligá-la novamente, mas não conseguira, mais uma vez e nem o barulho do motor fora escutado. Six havia percebido que o dono não estava nas melhores situações para dirigir, e se recusava em permitir que ele o fizesse na situação que estava. Fora quando um caminhão surgira vindo a uma velocidade muito grande na direção de Tiago, que não notara pois ainda procurava ligar a moto, fora quando o motorista notou que havia alguém no meio da ponte, e buzinou, ao ouvi-la o rapaz olhou assustado para os faróis que estavam já muito próximos tudo que teve tempo de fazer foi pular para o lado, quase caindo no rio, mas infelizmente sua moto foi atingida e arremessada no Sena. O motorista descera para ajudá-lo, que estava por um fio de cair, mas conseguira puxa-lo para cima. Os olhos do rapaz puderam ver alguém se aproximando no céu, mesmo em meio a forte chuva pode reconhecer Fred que liderava uma pequena frota de vassouras em sua direção. O ruivo não queria ser levado de volta para Beauxbatons, por isso aparatara, disparatando novamente em alguma rua, onde já não podia ver o Sena, no entanto, estava próximo da Torre Eiffel, e ele resolveu caminhar até ela, pela rua deserta.


I walk this empty street
On the Boulevard of broken dreams
Where the city sleeps
And I'm the only one and I walk alone

(Eu caminho por esta rua vazia
Na avenida dos sonhos destruídos
Onde a cidade dorme
E eu sou o único, e eu ando só)



Tiago caminhava solitário, imaginando os caminhos que sua vida haviam se tornado. Flashes passaram pela sua cabeça, ele conhecendo Narcisa em frente a Gemialidades Weasleys, a seleção dela após ser transferida para Hogwarts, a conversa que vira ela tendo com o pai dela que a fez chorar, a única vez que ele vira aquela garota tão forte, durona e as vezes fria, chorar, a imagem dela entrando dentro do vestiário da Grifinoria com as vestes de jogadora e Wood anunciando que ela é a nova artilheira, ela lhe dando força para falar com Alvo quando ele despertou na enfermaria, ela ao lado dele quando ele acordou após o ataque de Rodolfo Lestrange. O ruivo sorrira, esses pequenos momentos, eram importantes para ele, pois ela era importante na sua vida. Mas então o sorriso se desfez, e outras imagens vieram.


I walk alone
I walk alone
I walk alone
I walk a...

(Eu ando só
Eu ando só
Eu ando só
Eu ando...)



Fred e os outros discutiam com o motorista, para tentar descobrir o que acontecera ali. O motorista tentava explicar em francês o ocorrido, fora quando as explicações foram interrompidas pela moto que aparatara na ponte, um tanto danificada pela batida, mas inteira. Ao ver a moto, o motorista começa a gaguejar ainda mais nervoso, e Dominique tem que alterar sua memória.


My shadow's the only one that walks beside me
My shallow heart's the only thing that's beating
Sometimes I wish someone out there will find me
'til then I walk alone

(Minha sombra, é a única coisa que anda ao meu lado
Meu coração falso, é a única coisa que bate
Ás vezes eu desejo que alguém me encontre
Até lá, eu ando só)




As imagens agora inundavam a cabeça de Tiago. Narcisa com Zabini no hospital, com ela lhe contando sobre o namoro dos dois, o casal dançando junto durante a apresentação dos sonserinos no Duende Irlandês, ambos na plataforma 9 ¾ se despedindo dos Malfoys, as palavras de Luciana a ele, o casal durante o jantar de boas vindas em Beauxbatons, ele colocando o nome de ambos juntos no cálice de fogo, as alianças de casamento. Odiava admitir, mas Zabini era um bom namorado para Narcisa, ele a amava, tinha um carinho, a tratava de uma forma que o ruivo nunca faria. Não era justo tirar essa felicidade dela.

I'm walking down the line
That divides me somewhere in my mind
On the borderline of the edge
And where I walk alone

(Estou andando na linha
Que me divide em algum lugar na minha mente
No limite da margem
E onde eu ando sozinho)



Pela mente do ruivo viera então as palavras que havia dito a Fred aquela noite. E se arrependera de cada uma delas, Fred era um bom amigo, sabia que a amizade de ambos era verdadeira, mas estava com raiva naquele momento, por conta do que descobrira que Zabini iria fazer. As imagens dos dois juntos, como amigos, pregando peças, voando em suas vassouras para fazer as propagandas da Gemialidades Weasley, jogando quadribol juntos, ele dando conselhos sobre Narcisa e tentando anima-lo, vieram a sua mente, e por alguns segundos sorrira, mas o sorriso fora destruído pela imagem dele lançando o feitiço contra o primo. Ele nunca se perdoaria, a imagem de Fred sangrando no chão, de Dominique a seu lado nunca sairia de sua mente.

Read between the lines of what's
Fucked up and everything's all right
Check my vital signs to know I'm still alive
And I walk alone

(Leia entre as linhas do que
Está arruinado e o que está tudo bem
Checo meus sinais vitais, para saber se estou vivo
E eu ando só)



Dominique e Roxanne tentavam realizar um feitiço de rastreamento, para descobrir o lugar onde o primo havia aparatado, era um feitiço difícil, apenas presente em alguns livros antigos, pois havia sido proibido no passado, talvez fosse por isso que elas acharam que não podia funcionar. Após alguns segundos, eles conseguiram, a brecha apareceu e Fred puxou Alvo para dentro dela, e os dois desapareceram.

I walk alone
I walk alone
I walk alone
I walk a...

(Eu ando só
Eu ando só
Eu ando só
Eu ando...)




Tiago parara em frente a Torre Eiffel e ficara vendo a forte chuva cair sobre a grande estrutura de metal, Dominique adorava aquela coisa enorme criada pelos trouxas, fora então que a imagem da prima veio em sua mente. A ruiva os recebendo e Beauxbatons, provocando ciúmes em Fred com ele, a garota no jantar, colocando o nome no cálice, ela cavalgando ao lado deles, eles fugindo das armaduras que guardam o castelo, ela se declarando para ele, e ele a beijando. Erro, pensou, foi um erro usar Dominique daquela forma, ela não merecia ter brincando com seus sentimentos daquela forma. As palavras que Zabini lhe dissera uma vez viera sua mente, ele dissera para não brincar com os sentimentos de Dominique, não usa-la como um meio para esquecer Narcisa. A imagem do pedido de namoro viera, como havia sido idiota? Como? No lugar de lutar pela garota que amava tentava esquece-la com outra? O garoto encarou mais uma vez a Torre, quando aparatara.

Ah-Ah Ah-Ah Ah-Ah Ahhh
Ah-Ah Ah-Ah I walk alone, I walk a...

(Ah-Ah-Ah-Ah-Ah-Ah- Ahhh
Ah-Ah-Ah-Ah? Eu ando só, eu ando...)



Alvo e Fred haviam aparatado no mesmo lugar que Tiago. Ambos caminharam por algum tempo, até ver o que parecia ser o ruivo próximo a Torre Eiffel, mas quando correriam ao seu encontro o rapaz desapareceu.

_ mas onde ele... – disse Alvo mas fora interrompido por Fred que apontara para o topo da Torre e o agarrara pelo braço, fazendo o mesmo que o primo havia feito a momentos atrás.
I walk this empty street
On the Boulevard of broken dreams
When the city sleeps
And I'm the only one and I walk a…

(Eu caminho por esta rua vazia
Na avenida dos sonhos destruídos
Onde a cidade dorme
E eu sou o único, e eu ando...)

Tiago encarava a cidade de Paris do alto da Torre Eiffel, mesmo chuvosa em meio a cortina de água que caia das nuvens, as luzes ainda se mantinham acesas. Aquela realmente era a cidade do amor como diziam, pois ele pode sentir que ali os seus sentimentos por Narcisa pareciam mais fortes, ele subira com certa dificuldade a borda de segurança, ainda um pouco atordoado pela bebida, encarando o lugar abaixo de seus pés. As imagens da sua declaração a Narcisa vieram, na sala precisa que havia se tornado um pub, suas palavras, seu coração que foi aberto naquele momento. As palavras de Trevor que foram ditas aquela noite, se ele realmente amava Narcisa deveria matar Zabini, as palavras de Eduard de que se ele sentia todo esse amor por ela, devia lutar, o que ele não fez. Quem ama gosta de ver a pessoa que amamos feliz, se lembrou das palavras que seu pai havia lhe dito criança. Ele havia tomado sua decisão, a única forma de Narcisa ser feliz, era se ele não existisse mais. Fora quando ele escutara um grito.

_ TIAGO O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO – disse Fred gritando para o amigo – DESÇA DAÍ...

_ por que, quem se importa se vou viver – disse Tiago andando no parapeito – eu sou um inútil... Ela não me ama Fred... Nunca me amou...

_ você está alterado, está bêbado, não está no seu juízo perfeito – disse Alvo - desça daí e iremos conversar, mas sabe de uma coisa, você é um fraco, um fraco por pensar em fazer uma coisa dessas, ela é apenas uma mulher Tiago, apenas isso...

_ ela não é apenas uma mulher, é a minha vida – disse Tiago – e não há mais o que conversar... – ele abre os braços e se joga.
My shadow's the only one that walks beside me
My shallow heart's the only thing that's beating
Sometimes I wish someone out there will find me
'til then I walk alone!

(Minha sombra, é a única coisa que anda ao meu lado
Meu coração superficial, é a única coisa que bate
As vezes eu desejo que alguém me encontre
Até isso acontecer, eu ando só!)



Seu coração bateu acelerado, ele sentiu seu corpo livre durante a queda, o forte vento passando por seus ouvidos, e a chuva que caia mais lenta pelo menos era isso que parecia a ele. Ele via os gritos de desespero de Alvo, e Fred evitando que ele pulasse atrás do irmão. Os olhos castanhos de Tiago se fecharam, ele estava prestes a aceitar seu destino. Seu ultimo desejo era que Narcisa fosse feliz, ao lado do homem que havia escolhido. Ele sentira a velocidade da queda aumentar, logo não ouvia mais o barulho do vento, apenas as potentes batidas de seu peito. Fora quando estava próximo de bater fortemente contra o chão solido e maciço de concreto que ouviu uma voz gritar.

_ Aresto Momentum – disse uma voz que ele conhecia mas não soube dizer quem é.

Ele de repente parou, como se um freio de ermergencia tivesse sido ativado parando sua queda. Tiago Sirius Potter estava salvo, para ver o dia amanhecer mais uma vez.



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Notas finais do capítulo

Green Day - Boulevard Of Broken Dreams
http://letras.terra.com.br/green-day/101227/traducao.html
Espero Reviews...



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