Novos Tempos Em Hogwarts 2 escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 25
O plano de Fred Weasley II


Notas iniciais do capítulo

mais um cap. para vocês...
espero que gostem...



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Tiago se sentira zonzo, não sabia exatamente com havia chegado ali, sentia seu estomago embrulhar e a cabeça a rodar, o som de vozes ecoava em seus ouvidos, quase explodindo seus tímpanos com o emaranhado de conversas que vinham, suas pernas estavam moles como se elas não mais pudessem mais ficar em pé firme no solo, ossos removidos foi essa a sensação que ele teve que estava acontecendo. Fred carregava o amigo, era algo difícil de fazer já que o ruivo se mostrava quase inconsciente com o peso pendendo para o chão, com ele praticamente sendo arrastado pelo amigo. Rose ao vê-los entrar em sala, correu ao encontro deles, juntamente com Scorpio que ajudara o Grifinorio ao colocar o garoto sentado numa poltrona, todos rapidamente circulavam o ruivo para ver seu estado, que segundo o que Alvo pensara, estava pior do que o de um morto-vivo, devido a coloração de sua pele estar em um tom de branco pálido. Faltava algumas horas para iniciar a primeira prova, e todos se perguntavam o que aconteceria se o segundo campeão de Hogwarts não comparecesse, o mínimo seria que a escola poderia perder ainda mais a fama que possuía. Todos olharam para Rose como se ela tivesse as respostas para aquela pergunta.

_ O que vocês querem? – disse Rose parecendo assustada com os olhares que recebia.

_ Você por acaso não teria nenhuma idéia brilhante para nos ajudar numa situação destas não? – disse Fred encarando o primo que agora se deixava escorregar pela poltrona, como se todos seus ossos tivessem sido removidos – por que a coisa esta feia aqui...

_ acho que deveríamos tentar preparar uma poção para ressaca – disse Lysander pensativo – acho que vi essa poção em um livro da biblioteca, qual era mesmo o nome...

_ “Poções para todas as ocasiões” – disse Fred e todos o encararam – que foi? Eu nunca precisei dessa poção, eram outras naquele livro que eu queria, não essa... serio, eu nunca precisei de nada para ressaca pois nunca tive – todos permaneceram em silencio perante o dissera - então, quem prepara a poção?

_ posso tentar, com as instruções do livro e suponho que com a ajuda de Rose eu possa conseguir terminar bem antes do prazo previsto – disse Lysander sorrindo – mas duvido muito que isso vá acabar pronto antes da prova, lamento dizer, mas seu irmão Alvo...

_ N-Não, eu vou participar da prova – disse Tiago com a voz em bagaços e amarga – não vou deixar o Zabini com toda aquela gloria...

_ dá para esquecer o Zabini, nos queremos te ajudar e você fica pensando em como o Eduard ficara com a gloria – disse Rose – é revoltante sabia? Alias o que aconteceu em Paris? – ela se voltara para todos que haviam ido à viagem, mas ao que parecia ninguém queria falar do ocorrido – ótimo...

_ acho que devemos levá-lo para o quarto – disse Roxanne se voltando para o irmão que parecera não ouvir o que ela falara, pois não se mexera, fora quando a morena lhe dera um tapa na nuca – estou falando de você leva-lo para lá Fred... – ele resmungara coisas inaudíveis se levantara, tentando levantar o primo que se recusou.

_ eu não preciso de ajuda – disse Tiago tentando se levantar, andara cambaleante por um tempo, até cair pesada e sonoramente no chão do salão comunal – Ai... Cara... Acho que não estou legal... – falara na inconfundível voz de alguém que se encontra alcoolizado.

_ eu sabia... Você é um teimoso se pensa que vai participar daquele Torneio está muito enganado – disse Rose ao lado do ruivo que tentava se levantar sozinho – olhe para você mal consegue ficar em pé – ele agora se apoiava nela para se levantar, sendo auxiliado pela ruiva, no final conseguira ficar de pé, mas ainda estava um pouco zonzo e vacilante, podendo cair novamente a qualquer segundo.

_ acho que deveríamos leva-lo para o quarto – disse Alvo – talvez um... – mas ele fora interrompido por Tiago, que não dissera nada, apenas acabara se dobrando ao meio e com um urro de dor, precionara as mãos no estomago vomitando nos sapatos de Rose.

_ eca... Que nojo – disse Roxanne – o que você comeu? – ela encarara os tênis de Rose, antes brancos agora haviam tomado uma cor amarelo esverdeado, e uma densidade que lembrava um molho bem grosso.

_ você me deve um par de novos tênis – disse Rose encarando o primo, muito furiosa – mas que droga Tiago.

_ aposto como o cheiro não vai sair – disse Scorpio rindo arrogantemente frente ao olhar de fúria da ruiva.


_ vem Tiago, vamos para o quarto – disse Fred, e com a ajuda de Alvo pegaram o rapaz que já estava prestes a cair novamente – por que estamos fazendo isso? Tem um jeito mais fácil...

_ como, por exemplo? – disse Alvo e Fred levara a varinha às mãos, e apontara para o ruivo semi-consciente – você vai fazer o que?

_ observe – disse Fred apontando a varinha para Tiago – Estupefaça – o rapaz voara alguns centímetros, em meio aos gritos de muitas pessoas que haviam se surpreendido com caindo novamente no chão se não fosse à intervenção de Alvo – Wingardium Leviosa – o outro Grifinorio desacordado agora flutuava a uma pequena altura do chão – viram?

_ deveria ter avisado – disse Alvo seriamente, acompanhando o primo e irmão que flutuava em direção aos corredores.

Eles acharam melhor não levar Tiago para o quarto dele e de Fred, por conta dos outros dois colegas de dormitório que possuíam. Ao chegarem o moreno da Grifinoria levara o ruivo ainda sobre o feitiço de levitação até a cama mais próxima da porta, que se tratava da de Alvo. Ambos ficaram a encarar o corpo inerte de feições abatidas do ruivo, ainda não conseguiam acreditar no que ele pensara em fazer, tirar a própria vida era algo que não combinava com aquele rapaz sempre alegre e brincalhão, mas esta imagem havia se perdido a muito tempo, dando o lugar a de alguém triste e sem esperanças. O Sonserino se sentara ao lado do irmão, lhe acariciando os vastos cabelos ruivos enquanto dormia, ficara próximo de perdê-lo, e a ultima coisa que dissera a ele antes dele pular fora que ele era um fraco, ele não se perdoaria se o irmão estivesse morto e ele não pudesse se desculpar com ele sobre isso.

_ acha que devemos contar a ele? – disse Fred a Alvo que o encarara – você sabe, sobre quem o salvou da morte?

_ e dar falsas esperanças a ele? – disse Alvo serio – não, acho que não seria justo.

_ ela o salvou Alvo, não acha que seu irmão deveria saber que a mulher que ele ama se importa com ele? – disse Fred, mas o garoto ficara em silencio para então responder.

_ ela pediu para que eu não contasse – disse Alvo – para que mantivesse segredo sobre isso, não seria justo com Narcisa se nos revelássemos, assim como não seria justo com Tiago, você me contou que viu um par de alianças endereçadas a Zabini não? Quando foi buscar sua vassoura? – o Grifinorio assentira – penso que pode ter sido isso que levou meu irmão a fugir, e outra, não quero que meu irmão se magoe ainda mais, não sei exatamente o que essa garota sente por ele, ou pelo Eduard, ela pode acabar se casando com o outro, e ai como fica meu irmão? – Fred ficara por um tempo em silencio, pensando nas palavras que o primo dissera, acabou por achar que o Sonserino estava certo, era o melhor a se fazer mas ainda havia algo a se resolver.

_ e a prova? – disse Fred – você acha mesmo que deveríamos deixar o Tiago fora dessa? Ele é um campeão afinal...

_ não sei – disse Alvo seriamente – mas também não queria que ele ficasse mal, afinal é obrigação dos campeões pelo menos participarem da prova... – eles ficaram alguns segundos em silencio, o Sonserino encarava o primo que parecia pensar, fora então que o mais velho falara.

_ eu tive uma idéia – disse Fred sorrindo maroto – me espera aqui, já volto – e saiu, deixando o garoto sozinho no quarto com o irmão que acordara novamente e correra em direção ao banheiro, onde sons horríveis dava para saber que o rapaz estava vomitando, Alvo andara até a porta e vira o irmão com a cabeça no vaso sanitário.

_ é parece que as coisas não vão muito bem – disse uma voz atrás do Sonserino quando se voltara, encontrara os gêmeos, Lysander parecia procurar com a ajuda de Lorcan os ingredientes que seriam necessários para a poção de ressaca.

_ quanto tempo leva realmente para essa poção ficar pronta? – disse Alvo meio inseguro.

_ de acordo com o livro, cerca de três ou quatro horas – disse Lysander e Alvo parecera um pouco chocado – qual é, não esperava realmente que fosse menos tempo não é mesmo?

_ mas é daqui uma hora a prova do Torneio – disse Alvo nervoso – e se ele não parecer...

_ na verdade, é daqui meia hora – disse Lorcan corrigindo Alvo – recebemos um comunicado que começaria mais cedo, devido compromissos que o Ministro vai ter, por isso adiantaram o horário.

_ maravilha – disse Alvo com um tom irônico – quer dizer então que por conta do idiota do Ministro Francês, o horário foi mudado? E agora meu irmão, vai ter que enfrentar seja lá o que for no estado que se encontra.

_ do jeito que ele está, acho que ele não enfrentaria nada – disse Lysander encarando o ruivo que ainda se encontrava ajoelhado no chão do banheiro.

Fred retornara ao quarto, estava cansado, com a respiração pesada quase que colocando os pulmões para fora, mas o sorriso em seu rosto demonstrava que ele havia conseguido o que tinha ido buscar, e que aquilo poderia ajudar Tiago. Alvo olhou confuso para o primo por alguns segundos, o mesmo fizera os gêmeos, foi quando o Grifinorio tirou de dentro do bolso um frasco pequeno, cheio de comprimidos que pareciam ter o seu interior algo semelhante a terra molhada, em seu rosto orgulhoso como se ele estivesse mostrando algo valioso e inestimável, e mais uma vez as expressões dos sonserinos foram de ponto de interrogação.

_ a solução para nossos problemas – disse Fred sorrindo orgulhoso – venho trabalhando nisso há semanas.

_ me perdoe, mas o que seria isso exatamente? – disse Alvo parecendo confuso – parece aqueles remédios trouxas, mas não sei no que isso pode ajudar o Tiago agora.

_ isso meu caro, são uma das minhas invenções mais valorosas e que no futuro, talvez me concedam o premio por renovar o mundo mágico – disse Fred sorrindo convencidamente.

_ é esperar muito de medicação trouxa não? – disse Lorcan ainda confuso.

_ não é medicação trouxa meu caro gêmeo legal – disse Fred – é mais do que isso, vou explicar de onde veio minha idéia, digamos que vocês queiram viajar, ou simplesmente estocar suas poções em um lugar, mas como evitar que vazem, ou que os vidros quebrem de forma a destruí-la por completo? Pensando nisso, eu Frederick Gideão Weasley II, criei a maior invenção que um bruxo já concebeu, eu criei as capsulas de poções desidratas.

_ vai me dizer que essas coisas são poções? – disse Lysander rindo – e como você fez isso?

_ foi algo difícil, encontrar um feitiço que retirasse toda a água da poção, mas mantivesse as características dela – disse Fred – vamos dizer, em pó, e colocar nas capsulas, mas eu consegui e é isso que importa.

_ não seria mais fácil lançar um feitiço anti-quebra no vidro, e anti-vazamento no lugar de fazer isso? – disse Lysander com um tom questionador – já que o que você quer é facilitar a conservação e evitar a destruição de poções...

_ quer parar de criticar minha criatividade e inovação? – disse Fred parecendo levemente incomodado – você tem razão sobre os feitiços, mas isso meu caro – ele apontara para o vidro – são cerca de vinte frascos da poção comum, ou se preferir, um caldeirão meio inteiro, e eu posso carregá-lo dentro do meu bolso sem nenhuma dificuldade...

_ certo, se isso realmente funcionar – disse Alvo – como pode ajudar o Tiago?

_ observe – disse Fred pegando o que parecia outro frasco do bolso e jogando uma das pílulas dentro logo o tampa com uma grande rolha – levara alguns segundos – a capsula já não mais existia, e em seu lugar a água se tornara espessa e com um aspecto de lama – o que acham? Ainda duvidam que minha invenção seja fajuta?

_ isso é, fantástico – disse Lorcan com os olhos brilhando de excitação com o novo – você pode ganhar o uma Ordem de Merlin por isso – e Fred sorrira com o elogio agradecendo com uma pequena reverencia – mas, o que essa poção faz... – o lorinho se aproximara e encarara o frasco como se fosse a coisa mais incrível do mundo, mas seu sorriso desapareceu e uma expressão confusa tomou conta – isso me é familiar...

_ isso é o que penso que é? – disse Lysander atônito, encarando assim como o irmão a poção acabara de descobrir do que se tratava.

_ se você pensa que é a poção Polissuco, é acertou – disse Fred arremessando o frasco com a poção para Alvo – manda a ver primo, é sua chance de salvar o dia – eles ficaram em silencio, enquanto o Sonserino ainda tinha seus olhos verdes no vidro.

_ e o que exatamente e deveria fazer? – disse Alvo encarando a poção e retirara a rolha, e sentira o cheiro que não era dos melhores – isso é horrível... tem certeza que vai funcionar?

_ você não esta pensando em realmente fazer isso está? – disse Lysander surpreso, mas Alvo não lhe dera resposta e ele achara que isso fosse um sim – isso é perigoso, você está em seu Terceiro Ano, por Merlin, as provas são feitas para bruxos maiores de idade, com dezessete anos, não para você... e se for pego? Quer ser expulso como seu irmão? – fora então que Fred erguera a varinha e apontara para o gêmeo sem que esse notasse – alias, você quer manchar ainda mais a imagem de Hogwarts, já pensam que nossa escola trapaceou imagina se... – mas a frase completa nunca seria escutada.

_ Silencio – disse Fred e a voz de Lysander se extinguiu, agora nenhum som era produzido de sua boca – melhor assim, ele parece até o Frank com esses sermões e discursos, e esse papo todo de regras, expulsão, detenções... Sermos mandados para Azkaban... – o gêmeo um tanto revoltado, pegara um pedaço de pergaminho e tinta e escrevera algo apressadamente ali e entregara ao irmão – o que é isso?

_ algumas palavras que ele me mandou ler para você – disse Lorcan que então se voltara para o gêmeo com uma expressão de surpresa – eu não vou dizer isso Andy – Lysander transparecera uma cara de ponto de interrogação que fora notada pelo irmão – não vou chamar o Fred pelo que você escreveu aqui, são insultos muito feios, e mamãe não gostaria de nos ver usar essa linguagem – o outro loiro respirara fundo tomando a folha de pergaminho do outro e virando-a no verso escrevera uma única frase e entregara novamente – está escrito: “Por que tem que ser o Alvo? Por que não pode ser você?”

_ simplesmente, respondendo sua questão meu caro gêmeo Nerd – disse Fred – eu me feri durante as buscas, tive um pequeno acidente quando usamos o feitiço para rastrear onde o Tiago havia aparatado, que resultou num pequeno machucado, que me esta fazendo mancar – ninguém até então notara o ferimento do Grifinorio, talvez por não ser muito visível, mas estava claro que ele mancava – por isso, entrego essa gloria a você Alvitcho.

_ que gloria – disse Alvo ainda encarando a poção – precisamos de fios de cabelo do Tiago não?

_ é, eu ia agora mesmo consegui-los – disse Fred andando até o banheiro dos sonserinos onde certo ruivo bêbado ainda vomitava, ele trancou a porta, e o único som que se ouviu lá de dentro foi um urro de dor, os sonserinos tiveram certeza que ele não pedira os fios de cabelo com gentileza.

Narcisa retornara a seu dormitório, fora uma noite cheia, e a imagem de Tiago caindo da Torre Eiffel ainda estava muito viva e recente na sua memória, quase como se nunca pudesse ser apagada. Ela se sentara em frente a lareira onde os últimos indícios de fogo crepitavam, em mãos um pouco de chá ao qual ia bebendo aos poucos. O que levara Tiago tentar tirar a própria vida? Isso não fazia sentido, não combinava com ele, eram os pensamentos que vinham a sua mente. Fora quando escutara a porta de seu dormitório ranger atrás de si e ao olhar por sobre suas costas, encontrou alguém que não esperava. A garota de cabelos ruivos repicados se sentara a sua frente, sua capa do azul celeste de Beauxbatons se iluminara com as chamas, assim como seu rosto branco e os olhos azuis elétricos que tomaram um ar sinistro. Ambas as garotas se conheciam a cerca de sete anos, tendo sido apresentadas ainda na carruagem antes de chegarem a Beauxbatons, por serem as únicas que falavam inglês, e eram de família estrangeira acabaram por se tornando o que se podia considerar amigas, mas quando Narcisa pedira transferência para Hogwarts em seu quinto ano, perdendo assim o contato uma com a outra, e desde que a loira retornara Dominique não viera dar as boas vindas, ou saldá-la, na cabeça da Grifinoria isso deveria estar ligado ao fato de da ultima vez que se viram ela não ter explicado os reais motivos por deixar a França. Ambas ficaram se encarando por um tempo, até que a loira pensou em dizer algo, infelizmente tudo que saiu de sua boca foi.

_ Oi – disse Narcisa que passou alguns segundos em silencio para então completar a frase – o que faz aqui?

_ vim te ver – disse Dominique um pouco seria – desculpe não ter vindo falar com você assim que chegou, eu quase não te reconheci, mudou bastante desde que foi para Hogwarts – ela também permanecera um tempo em silencio – soube que ficou amiga dos meus primos, não foi? – a loira confirmara com um leve e lento aceno de cabeça, queria ver aonde ia aquela conversa – alias, soube que Tiago quer muito mais que sua amizade não é mesmo?

_ olha, Dominique eu sei que ele é um dos seus melhores amigos, e que vocês atualmente estão namorando – disse Narcisa – talvez seja por isso que ache que não é muito bom temos essa conversa...

_ ele tentou se matar hoje, se lançando do topo da Torre Eiffel – disse Dominique – eu sei que não fosse por você, ele poderia não estar vivo, teria virado uma bela poça de sangue e ossos quebrados...

_ Dominique – disse Narcisa com a voz cansada, certamente aquela hora não estava para piadas – por favor...

_ o que quero dizer é que, você é importante para o Tiago – disse Dominique – serio, desde que te conheceu, nas poucas vezes que vi parece que amadureceu muito, não é mais aquele garoto idiota que costumava ser, e com quem eu costumava aprontar todas na minha infância, ele te ama, deve já ter te dito isso antes.

_ sim, ele me falou – disse Narcisa se lembrando das palavras do rapaz na sala precisa antes mesmo de virem a França – ele disse o que sentia....

_ e você, o que sente em relação a ele? – disse Dominique – não me vai dizer que é apenas amizade, me poupe ok? Do contrario acho que serei obrigada a te lançar um azaração, e sabe que sou boa nelas.

_ o que exatamente quer ouvir? Que eu amo seu namorado? – disse Narcisa – Dominique, eu estou namorando o Eduard, acho que sabe disso não? Afinal o Tiago deve ter te contado dele.

_ sim, eu sei, mas namorar um cara não quer dizer que esteja realmente apaixonada por ele – disse Dominique – você pode estar com o Zabini por diversas razões, mas eu sei que não é amor, mesmo que você continue a dizer que é.

_ eu sinto alguma coisa pelo seu primo sim, mas não sei exatamente o que é – disse Narcisa – eu me importo, me preocupo com ele, mesmo as vezes considerando que ele poderia ser diferente, um cara mais centrado, mas do que adiantaria eu amá-lo? Minha família nunca aceitaria minha união com um Potter... e o Ed, os meus pais o adoram, principalmente meu pai, ele... ele me ama, e sempre demonstrou isso...

_ e você ama o Zabini? – disse Dominique – qual é o real sentimento que você tem por ele, para estarem juntos?

_ eu e o Ed somos muito amigos, mas não sei se o amo, pelo menos não mais – disse Narcisa com uma feição confusa – sabe, as lembranças mais antigas que tenho dele comigo, me faz pensar que realmente estive apaixonada por ele no passado, mas as memórias são vagas e embaçadas, e o sentimento não parece de todo o verdadeiro.
_ e por que ainda está com o Zabini? – disse Dominique parecendo começar a ficar irritada – por que esta com ele? Por que não deu uma chance ao Tiago de provar o que sente por você? Você o machucou muito Narcisa, e eu tento curar essas feridas, mas parecem que não querem cicatrizar, talvez não seja de mim que ele precise, e sim de você.

_ não queria vê-lo sofrer tanto assim... – disse Narcisa tristemente.

_ então não o faça mais sofrer – disse Dominique – se você quiser ele, saiba que o caminho estará aberto.

_ o que quer dizer? – disse Narcisa surpresa – vai terminar com ele?

_ sim, eu vou – disse Dominique – esperarei até essa poeira abaixar, e passar um tempo da tentativa de suicídio para dar a noticia – ela se deixara deitar na poltrona que ocupava e tirara uma goma de mascar do bolso, levanto a boca após livrá-la da embalagem – e você? Vai se enganar até quando com o Zabini? - ela ficara em silencio – pense sobre isso...

_ Dommy? – disse Narcisa e a garota virou em sua direção a encarando – você sempre foi apaixonada pelo Tiago – ela ia falar algo mas a loira não permitiu – sempre falava dele, das coisas que faziam nas férias.... o que levou você a esquece-lo?

_ vamos dizer que percebi que nunca daria certo, e que não combinamos juntos – disse Dominique sorrindo – e foi até bom, sabe o ditado, pessoas tão parecidas assim nunca que se dariam bem.

_ você e o Fred são parecidos – disse Narcisa que notara que o Grifinorio havia se afastado do ruivo depois deste ter iniciado o namoro, a sua suspeita se confirmou quando o sorriso de Dominique desapareceu.

_ Eu não ficaria com o Fred nem que me pagassem todos os galeões do mundo – disse Dominique saindo do quarto.

_ é, ela o ama – disse Narcisa para si mesma.

Fred abrira a porta do banheiro com um chute, em seu rosto ele possuía um sorriso maroto e em mão um punhado de fios rubros de Tiago, o ruivo vinha logo atrás resmungando, com seu rosto esverdeado e a feição cansada. Alvo se perguntava se ficaria com a mesma expressão que o irmão se encontrava, pois se acabasse assim era certo de ser mandado para a enfermaria para tentarem descobrir o que aconteceu. Tiago se jogara numa poltrona, gemendo de dor enquanto levava as mãos ao estomago, realmente estava muito mal.

_ abra o frasco, por gentileza – disse Fred sorrindo ainda e Tiago levantou levemente o pescoço para encará-lo com um olhar serio, Alvo abrira o frasco e os fios de cabelos de seu irmão caíram dentro, a poção mudou a tonalidade para um aspecto aguado e rubro, parecia sangue e o Sonserino fez uma careta por ter que beber aquilo.

_ para ele você pede por gentileza – disse Tiago com a voz cansada, certamente de tanto colocar para fora tudo que comeu no dia anterior – você podia ter pedido que eu dava, não precisava arrancar meus preciosos cabelos.

_ considere a vingança pelo feitiço, e olha que sai perdendo, pois você sabe que aquele feitiço doeu mais que um puxão de cabelos – disse Fred rindo e o ruivo bufou virando de costas e logo fechando os olhos vencidos pelo cansaço – beba Alvo, você tem que estar na arena daqui a dez minutos.

Alvo suspirou, e pegou a poção deu uma ultima olhada no seu aspecto sangüíneo e o bebeu, seu gosto era acido e um tanto azedo, descera queimando sua garganta e quando terminara com um só gole o frasco sentira imediatamente seu corpo mudar. As vestes rapidamente pareceram apertar, frente aos ombros que alargavam, assim como o peitoral e os braços, sentira seus dedos espicharem um pouco e observara na frente do espelho do armário seus olhos tornarem-se castanhos escuros e os cabelos crescerem um pouco e tornarem-se ruivos, sentira seu rosto esticar um pouco e tomar feições maduras. Logo não era mais o mesmo, o seu reflexo agora mostrava Tiago Sirius Potter em vestes da Sonserina extremamente justas.

_ como estou? – disse Alvo se voltando para os gêmeos com caras de espanto.

_ horrível – disse Tiago e todos se voltaram para ele, que tornara a acordar, e agora encarava sua copia que se encontrava em pé a alguns metros a sua frente – podia pelo menos ter tirado essas vestes horríveis, o verde não combina com o meu cabelo... Faz-me perder toda a minha beleza natural – seu tom de voz apesar de fraco era brincalhão, assim como o sorriso em seu rosto.

_ vou buscar as roupas que o Tiago usaria no Torneio de hoje – disse Fred saindo do quarto dos sonserinos, Lysander que ainda estava mudo pegou um pedaço de papel fez uma anotação rápida e entregou para que o irmão lesse.

_ Andy diz: “Tenho que ir também, Rose deve estar esperando os materiais para iniciarmos o preparo da poção” – disse Lorcan – “ Ele diz que o que você está fazendo é errado, mas que não vai mais discutir sobre isso, e que deseja boa sorte, já que não estará lá para assistir a prova do Torneio”.

_ obrigado – disse Alvo gentil e Lysander sorrira, pegando o irmão pelo braço e o arrastando para fora dali.

Alvo e Tiago ficaram se encarando, era estranho para o ruivo ver alguém idêntico a ele a sua frente, já vira uma demonstração dos efeitos da poção polissuco em seu quinto ano, quando o professor Slughorn mostrou para a sala, na época, ele se lembra de Fred ter se tornado Roxanne, e ele se lembra do primo ter ficado realmente fascinado com os efeitos daquela poção anos atrás. Ele tentara sorrir para Alvo quando notou o olhar do irmão sobre si, pensara não ter dado certo, afinal o rosto do irmão não se alterara, logo veio a sua mente o que lhe causava tanta preocupação, era o que acontecera na noite anterior, onde Tiago Potter tentara suicídio ao se jogar da Torre Eiffel. O Sonserino se sentara na cama, o que fez suas vestes parecerem ainda mais apertadas e encarou o irmão por mais um tempo, Tiago pensou que ele estivesse esperando algo da parte dele, alguma explicação para aquela atitude estúpida que tivera de fugir para Paris e o que havia acontecido lá.

_ você está bem Alvo? – disse Tiago, ele sabia que essa resposta ia voltar para ele, mas a verdade é que o irmão não entendia o que estava acontecendo com o ruivo, ninguém conseguiria entender.

_ poderia perguntar o mesmo não acha? – disse Alvo, o ruivo ainda achava estranho olhar para ele mesmo como se estivesse em frente a um espelho e da sua boca sair a voz do irmão mais novo – você fez uma baita besteira ontem, e sei que não quer falar sobre isso.

_ até por que você sabe não? Lembro-me das suas palavras antes de eu saltar – disse Tiago sorrindo fracamente – “ela é apenas uma mulher...” – ele tentara imitar a voz do irmão, mas tossiu não conseguindo completar a frase – você não entende o que está acontecendo comigo...

_ é tem razão, não entendo – disse Alvo se levantando da cama – como uma das pessoas mais fortes que conheci pode destruir dessa forma – o ruivo se sentiu envergonhado frente aquelas palavras, talvez seja por isso que permaneceu em silencio, e assim ficaram até a chegada de Fred que trazia as vestes que Tiago usaria na primeira prova.

_ aqui está – disse Fred entregando algumas vestes um tanto amarrotadas que Alvo pegou para vestir, com muita dificuldade começou a se despir do uniforme da sonserina que parecia quase colado em sua pele, o Grifinorio andou até uma parede ao lado oposto a sala e se encostou, perto de onde Tiago estava observando quietamente a cena que era seu outro eu se trocando – como está primo?

_ bem, não estou tão bom assim, minha barriga ainda esta embrulhada, e creio que a sessão de vômitos ainda não acabou – disse Tiago com a voz cansada, evitando olhar para o melhor amigo, pois o que acontecera na noite anterior ainda estava gravado, e uma das coisas foi ele azarando o primo, o ferindo muito – Fred, eu queria me desculpar com você...

_ pelo que? – disse Fred sorrindo, ele sabia muito bem do que se tratava, mas não ligava de receber desculpas, entendia que o primo não estava na melhor situação, e outra ele não levara a serio as palavras, apesar de saber que elas haviam machucado um pouco, mais até que o feitiço que o ruivo lhe lançara.

_ pelas coisas que fiz com você ontem, todas aquelas palavras – disse Tiago um tanto envergonhado – você sabe que nunca que eu diria aquelas coisas de verdade, você é meu melhor amigo Fred, desculpe se te machuquei de alguma forma com as minhas palavras, e me desculpa por aquele feitiço – o moreno sorrira para o primo.

_ você não precisa se desculpar – disse Fred sorrindo – eu entendo a situação em que você se encontrava, não era das melhores, e também não sou e nunca fui de dar importância para o que pessoas bêbadas dizem, pelo simples fato que não tem muita veracidade na maioria das vezes – os dois riram, para então se voltar para Alvo, que já estava devidamente vestido – quem viria pensaria realmente que é o Tiago...

_ não me ofenda Fred – disse Tiago rindo fracamente e com a voz cansada – eu sou mais bonito.

Alvo agora encarava as vestes que vestia, se tratava de uma camisa preta simples sobre uma jaqueta de malha fria de um vermelho muito intenso da mesma cor e modelo das calças que usava, com alguns detalhes em dourado, em seu peito do lado esquerdo havia a em suas costas seu sobrenome devidamente bordado em letras douradas, e o leão da Grifinoria na mesma cor, não era muito diferente das vestes que Tiago usava normalmente. Fred sorrira, ele estava na expectativa que tudo daria certo, mas tinha um pequeno problema, diferente de Tiago, Alvo não fazia a mínima de como derrotar as criaturas da primeira prova, é seria um grande progresso se conseguisse sair vivo daquele Torneio Tribruxo. Aqueles mesmos pensamentos passaram pela cabeça de Tiago, e um temor veio a lhe atingir, não podia deixá-lo fazer algo daquele tipo, quando se pós com muita dificuldade de pé pronto para dizer que não aceitava que o Sonserino fizesse aquilo, ele sentiu seu estomago embrulhar novamente, e uma acidez em sua boca dizendo que iria tornar a vomitar e correra para o banheiro novamente, tinha razão, a sessão de vômitos estava longe de acabar.

_ acho melhor irmos – disse Alvo consultando o relógio – tenho menos de cinco minutos para chegar a Arena – ele dera uma ultima olhada para a porta trancada do banheiro, e murmurara uma despedida ao irmão que não respondera, voltou as costas e saiu, acompanhado de Fred, e ambos sairam caminhando pelos jardins, até pararem de frente a uma grande tenda.

Alvo estava nervoso, acabara de ser levado por Fred até uma tenda próximo de onde ficava a Arena, ele podia ver multidões de alunos das três escolas entrarem lentamente no estádio e tomarem seus lugares nas arquibancadas, dentro da lona onde havia alguns poucos moveis, como uma mesa onde tinha algumas cestas com o que parecia um café da manhã para os campeões, a mesa era redonda porem espaçosa, encontrara os outros três ali sentados devidamente cada um no lugar marcado. Dominique estava sentada em uma das mesas, vestia vestes parecidas com as que o garoto usava, no entanto as cores eram de um azul celeste, ela sorria ao vê-lo, e correu ao se sentar ao seu lado, de frente para o garoto estavam os outros escolhidos, Eduard Zabini vestia vestes verde água com detalhes em preto, assim como o brasão de Hogwarts no peito, e sua camisa por baixo tinha a serpente da Sonserina estampada, Alvo daria de tudo para estar vestindo aquelas cores, mesmo tendo varias semelhanças com o conjunto que usava, ele ainda sentia-se estranho por estar vestindo algo que não trazia o símbolo de sua casa. Os olhos dele se encontraram com os de Nickollaus que vestia um suéter de gola alta negro com a águia de duas cabeças bordado em um canto discretamente, as calças jeans escuras de sempre, e os coturnos negros, ao perceber que era observado, sorriu, ao que Alvo retribuiu com uma careta, não conseguia entender como o irmão podia ter feito amizade com aquele búlgaro que lhe causava um sentimento tão repulsivo. Da porta surgiu Gabrielle Delacour, acompanhada de um homem de cabelos loiros lisos penteados em um topete, era alto e magro, com um porte elegante e um queixo proeminente e vestindo um belo terno Armani, se assemelhava em muito com um trouxa rico, assim que viu o homem, Dominique levantou e assim os outros fizeram .

_ atenção senhores, vim aqui para lhes apresentar um de nossos juízes, que ira julgá-los assim como seus próprios diretores – disse Gabrielle – senhores, esse é Pierre Le Pearce, o Ministro da Magia Francês.

_ Bonjour, messieurs et une dame, comme vous le savez en quelques minutes vous avez participé à la première épreuve du Tournoi des Trois Sorciers (Bom dia senhores e senhorita, como sabem daqui a poucos minutos vocês participaram da primeira prova do Torneio Tribruxo) – disse Pierre sendo traduzido por Gabrielle – Je suis venu leur souhaiter bonne chance, et à vaincre le monstre qu'il est choisi (vim lhes desejar sorte, e que derrotem o monstro que lhe for escolhido) – todos estremeceram ao ouvir a palavra monstro - Le premier test consiste à prendre l'amulette gardé par des créatures. Peu importe les moyens qui seront ce faire, peut utiliser n'importe quel sort que vous pensez pouvoir être utile (A primeira prova consiste em pegar o amuleto guardado pelas criaturas. Não importa os meios que vão fazer isso, podem usar qualquer feitiço que pensarem que pode vir a ser útil) – não era muito diferente da primeira prova que seu pai enfrentara, pensou Alvo atento a cada palavra - Mais d'abord, nous offrons à nos gagnants un petit déjeuner, profiter. Plus tard, je crois que Madame Delacour fera le tirage au sort des ordres que chacun de vous rencontrés créatures, et qui devra faire face (Mas antes, nos oferecemos aos nossos campeões um pequeno café da manhã, aproveitem. Mais tarde, creio que madame Delacour ira fazer o sorteio das ordens que cada um de vocês enfrentara as criaturas, assim como quais irão enfrentar) – e se retirara, enquanto todos voltavam a sentar, nenhum dos que ali estavam, com exceção de Gabrielle que se unira aos quatro estudantes a mesa, comeram.

Alvo olhara novamente, ao redor, vira Eduard entediado, olhando para uma pequena caixa de veludo azul nas mãos, ele parecia realmente tenso, e o que quer estivesse guardado ali parecia importante para ele, pois quando notara que o observavam tornara a guardá-la no bolso. Nickollaus parecia tenso, estava mexendo em algumas fotos que retirara do casaco, seus olhos estavam atentos aquilo, como se o que estivesse ali fosse salva-lo de algo. Dominique retirara um de seus famosos chicletes e começara a mascá-lo, fazendo algumas vezes pequenas bolas com ele, fora quando a professora de poções lhe olhou severa e ao estender a mão, pedindo o que antes estivera na boca da ruiva. E ele, Alvo, que atuava agora como seu irmão Tiago, se encarava no reflexo de um bule de chá feito de prata, as sardas em seu rosto, e o cabelo ruivo caindo sobre os olhos, é as capsulas de poções de Fred haviam funcionado, a poção parecia realmente ser tão boa quanto as tradicionais, só temia que o efeito acabasse antes da sua prova terminar. Fora quando a ruiva que estava a seu lado o chamou, puxando levemente suas vestes.

_ você parece muito melhor do que a ultima vez que te vi – disse Dominique num sussurro – você sabe, estava bêbado e parecia um saco transbordando de vomito... agora parece tão sóbrio quanto qualquer um de nós aqui, o que você fez para melhorar tão de repente?

_ eu... – disse Alvo pensando no que dizer, ao que parecia Fred não havia contado a Dominique seu plano - bebi uma poção anti-ressaca – ele fizera sua melhor imitação da voz do irmão e falara a primeira coisa que viera a sua mente – sabe, elas são realmente muito eficientes.

_ entendo – disse Dominique pensativa, encarando o rapaz a sua frente com muita atenção, parecia analisá-lo com cuidado, o que de certa forma deixou Alvo nervoso, afinal ela era a namorada atual do irmão, alem de ser a prima de ambos, com certeza conseguia diferenciá-los, e saber quem é quem apenas pelo jeito de ser – está legal, sabe o que estranhei? – certo, nesse momento o coração do Sonserino disparou quase saltando do peito vestido das vestes da Grifinoria – você não me beijou quando chegou... – os olhos de Alvo saltaram, realmente não esperava por essa, teria que beijar a prima para manter as aparências de que era realmente Tiago? Antes que ele dissesse algo Gabrielle Delacour se pronunciou.

_ não faça isso rapaz, deixem as intimidades para quando estiverem fora de uma das provas do Torneio – disse Gabrielle – agora, beba seu suco de abobora – ela empurrara uma pequena taça a ruiva que de mal gosto pegara e bebera um pouco, para então tomar o resto em apenas um gole.

_ eu vou dar uma volta posso? – disse Alvo e todos o encararam – não vou longe, apenas quero sair um pouco dessa tenda, será que poderia? – Gabrielle o olhara tensamente, e ele sentira algo estranho novamente, como se qualquer hora pudesse ser descoberto – eu posso ir professora?

_ pode, claro que pode – disse Gabrielle – mas não vá longe, iremos começar o sorteio em breve.

_ claro – disse Alvo se levantando e saindo da tenda deixando para trás os outros campeões e a professora.

Ao sair da tenta, Alvo sentira que pudesse respirar novamente, não gostava de se passar por Tiago, era como se qualquer momento pudesse dar uma falha indicando que não se tratava de quem realmente aparentava ser. Ele respirara fundo, enquanto sentava na grama, fora quando uma sombra o cobriu, ele havia sentido alguém se colocar a sua frente, e ao encará-lo viu que se tratava de Fred. O Grifinorio sentara a seu lado e o encarara, certamente já estava muito familiarizado com o rosto de preocupação de Tiago, e como Alvo era ele naquele momento, não devia ser muito diferente.

_ eu não sei se vou conseguir fazer isso – disse Alvo – estou com medo do que pode acontecer se eu for pego, ou pior o que pode acontecer comigo quando eu estiver lá dentro.

_ entendo, também ficaria com medo se estivesse em seu lugar – disse Fred respirando fundo – mas me conta, como vai ser a prova?

_ haverá um sorteio que nos revelara a ordem que cada um de nós enfrentara – disse Alvo suspirando tristemente – e em que nos iremos enfrentar, haverá um medalhão que teremos que conseguir pegar.

_ aposto como o feitiço accio não funciona nesses medalhões – disse Fred pensativo – o que quer dizer que ou você terá que se aproximar o bastante do monstro e pega-lo diretamente correndo o risco de perder alguns membros, ficar hospitalizado ou seja lá o dano que aconteça com você...

_ isso é muito animador – disse Alvo e Fred rira – do que está rindo?

_ você não me deixara terminar, ou você pode pega-lo indiretamente – disse Fred com um sorriso maroto nos lábios, e antes que Alvo dissesse algo completou – com isso – ele tirara um anel do bolso, era dourado e com uma pequena pedra negra esverdeada no centro – se lembra dele? – o Sonserino demorara a se lembrar, quando finalmente uma luz se acendeu em sua cabeça.

_ é o toque do ladrão – disse Alvo fascinado – o imã mágico que você criou, capaz de atrair qualquer objeto com apenas um comandando de pensamento.

_ exato, mas prefiro chamá-lo de Anel Dedos Leves – disse Fred – apesar de o outro ser impactante e legal, acho que esse dá uma suavizada e agora, você ira usá-lo – o Grifinorio pegara o dedo do primo e colocara o objeto mágico, Alvo achou estranho aquela cena, talvez por pensar que quem visse poderia pensar que um estava pedindo o outro em casamento – é capaz de atrair, qualquer coisa, mesmo esta coisa estando sobre feitiços anti-convocatórios – fora quando ouviram alguém chamando por Tiago, e o moreno se levantara ao lado do primo rapidamente – se lembra do que te disse.

_ Tiago – disse Dominique que ficara olhando por alguns segundos para Fred – Tia Gabi quer fazer o sorteio, ela espera que todos os campeões estejam reunidos para começar.

_ claro, eu já estou indo – disse Alvo imitando a voz de Tiago – pode ir, vou logo em seguida.

_ ok – disse Dominique sorrindo – agora que estamos aqui fora, acho que posso te dar o meu desejo de boa sorte – e se inclinara para beijar o primo que era mais alto que ela, envolvendo o pescoço do rapaz com os braços e o puxando para perto, Alvo ficara sem reação a ser beijado daquela forma, pois a ruiva era intensa a medida que os seus lábios estavam juntos, ele sentira o momento em que ela aprofundou o beijo e ambos ficaram ligados um ao outro por um tempo, o Sonserino encarava pelo canto do olho Fred para ver sua reação frente aquilo, esperava que o primo estivesse rindo, ou coisa parecida, mas ele estava serio e encarava o chão, evitando olhar o casal – uau... Você se superou nesse beijo em querido? – ela falara após se separarem, estava ofegante assim como ele, o rapaz pensou que talvez aquilo fosse brincadeira, afinal de contas, ele nem retribuira como devia – te espero dentro da tenda então, até mais, boa sorte.

_ o-ob-brigado – disse Alvo com os olhos ainda estalados, tocando a boca, havia sido a primeira garota que ele beijara, e realmente estava surpreso com quem havia sido, não esperava que fosse ser ela – v-você viu isso? – ele se voltara para Fred que o encarava incrivelmente serio, quase que ameaçador – você está bem?

_ sim, claro que estou – disse Fred sombriamente – olhe pelo lado bom, agora sabemos que você realmente está convincente em seu papel – ele virara as costas seguindo em direção a Arena – boa sorte na primeira tarefa – e desaparecera de vista antes mesmo que o garoto pudesse agradecer.

Alvo voltara as costas, caminhando até a lona branca que tremulava com o vento, ele notara que de uma hora para a outra, o que era para ser um dia ensolarado se tornara cinzento e com rajadas de ventos muito fortes. Ao passar pela entrada, encontrara os quatro ocupantes da tenda ao redor de uma pequena urna, a qual Gabrielle Delacour segurava, a loira parecera acompanhar cada um de seus passos até que ele tomasse seu devido lugar. Ele se postou ao lado de Eduard e Dominique ambos o encararam, antes de se voltarem para a loira que falava.

_ como ia dizendo, todos vocês terão que tirar daqui de dentro um envelope – disse Gabrielle – nele, estará o numero em que irão se apresentar assim como o nome da criatura que terão de enfrentar – ela estendera a caixa para Dominique que tirara um envelope – que numero tirou querida?

_ eu tirei o numero 2 – disse Dominique simplesmente e abrira o envelope – irei enfrentar Acromantulas... – todos os outros campeões a encararam como se acabasse de anunciar algo realmente horrível – são apenas arranhas, nada que fogo não resolva...

_ é esse o espírito – disse Gabrielle sorrindo e estendendo a caixa para Nickollaus que retirou um envelope – e o seu rapaz?

_ sou o primeiro – disse Nickollaus com a voz não mostrando animo algum – e irei enfrentar Veelas... – ele não poderá esconder a sua surpresa com a criatura que iria enfrentar, Alvo desejara que as Veelas o estraçalhassem quando tomassem sua verdadeira forma, mas das criaturas que vira naquela noite, a que o Búlgaro tirara parecia ser de longe a mais franca e que não causaria tanto dano, pelo menos era o que parecia, Eduard retirava seu envelope.

_ serei o terceiro – disse Eduard – e terei que enfrentar um Trasgo Montanhês... Isso vai ser interessante.

_ sua vez Potter – disse Gabrielle e Alvo retirara o ultimo envelope da caixa que continua um numero quatro estampado em prata no envelope azul ao abri-lo encontrou o nome da criatura que enfrentaria, e apesar se saber qual seria não pode deixar de sentir um calafrio quando lera em voz alta.

_ irei enfrentar um Grifo Imperial – disse Alvo e nenhum deles pareceu abalado, o que fez o pensamento do garoto ser que todos já sabiam que criaturas haveria na primeira prova.

_ muito bem – disse Gabrielle parecendo animada – irei deixá-los, enquanto vou avisar aos juízes que estão prontos, quando escutarem o sinal o primeiro de vocês pode se dirigir para a Arena – e se retirou, deixando todos ainda a encarar o vazio, todos ficaram em silencio.

Nickollaus que era o primeiro, ficara nas imediações da tenda, para que quando fosse chamado pudesse ir de uma vez, ele parecia tentar esconder o nervosismo, mas era evidente quando trazia em mãos a varinha e a batucava como se fosse uma baqueta. Dominique tirara um novo chiclete e agora mascava, enquanto brincava com sua varinha fazendo algumas faíscas saírem dela, estaria se aquecendo para que quando fosse a hora de queimar as Acromantulas. Eduard sentara sobre mesa que antes estava ocupada pelo café da manhã, agora vazia, ele encarava o chão, enquanto segurava o antebraço esquerdo. Alvo respirara fundo, e resolvera permanecer no mesmo lugar, fora quando a trombeta se ouviu vindo da Arena, e Nickollaus se retirou da tenda para enfrentar as Veelas. Podia se ouvir gritos e ovações, e parecia que havia sons de Tambores, certamente de seus colegas de Durmstrang, fora então que após cerca de vinte minutos houve a salva de palmas, ele conseguira e a Trombeta fora novamente escutada, e Dominique saira. Diferente dos sons vindos durante a apresentação do Búlgaro, a prova da ruiva não possuiu qualquer manifestação do publico, pelo menos nenhum barulho pode ser ouvido vindo das arquibancadas, fora então que após incontáveis minutos, pode se ouvir as calorosas exclamações do publico e o som da terceira trombeta. Eduard respirara fundo, e se dirigira ao estádio, mas não sem antes encarar Alvo por alguns segundos, ele pode comprovar que o batetor da Sonserina entrara em campo, no exato momento em que gritos histéricos de garotas puderam ser ouvidos, e novamente o som da platéia se fez presente como em um jogo de Quadribol. Ele ficara sozinho, quando notara a sua pele a tremular, sua mão estava retornando ao normal, fora quando antes que voltasse a aparecia original, retirara um pequeno frasco que possuía uma nova poção polissuco, ele a bebera, e manteve a aparência do irmão, logo a trombeta tocou, era sua vez.


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Notas finais do capítulo

Então,o plano do Fred vai dar certo?
E do Tiago sofrendo de ressaca?
E da conversa da Narcisa com a Dominique?
E do primeiro beijo do Alvo?
Como será a proxima prova?
Só no proximo capitulo.
Espero Reviews...



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