Novos Tempos Em Hogwarts 2 escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 23
Animagos?! Finalmente...


Notas iniciais do capítulo

Novo capitulo para vocês...
espero que gostem...



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Rony estava enfrente a um campo de Quadribol, onde uma solitária jogadora treinava euforicamente, ele logo a reconheceu por sua aparência muito semelhante da mãe, os cabelos longos e loiros, aquela se tratava de uma verdadeira batedora, tão boa quanto Roxanne era, tamanha a precisão com que acertava os balaços. Madame Máxime murmurara algo, sobre deixá-los a sós, para então se retirar, ele respirou fundo, andando até o campo, colocando as mãos dentro do bolso, estava tenso, afinal de contas, nunca dera uma noticia como aquela a alguém, não sabia exatamente como fazê-la, apesar de ter treinado varias vezes solitário o que falar quando chegasse a hora, ainda achava que não prestava, mas não tinha mais tempo para ensaios, tinha que colocar em pratica. Ele ficou ali a vendo treinar, os balaços estavam sobre um feitiço, que mesmo sendo rebatidos para longe, retornavam para ela, isso ajudava em muito nos treinos, não havia necessidade de o batedor voar belo campo a procura das pesadas bolas de ferro. Quando terminara o treino, Raven Skeeter estava suada, e com as vestes de batedora da Sonserina sujas devido as varias quedas que tivera, por conta de balaços que não pudera rebater, ela se surpreendeu ao ver que não estava sozinha ali, aquele homem ruivo de meia idade caminhava em sua direção, era magro e alto, com algumas sardas a lhe cobrir o rosto, ele lhe era familiar, mas a garota não sabia exatamente de onde haviam se visto.

_ olá Raven – disse Rony tentando sorrir, algo nem um pouco fácil naquela situação.
_ eu conheço você? – disse Raven parecendo confusa, ainda tentando reconhecer aquele homem – você... É parente do Tiago Potter? – o ruivo sorrira timidamente e assentira, a verdade é que muitas vezes diziam que o seu afilhado era muito parecido com ele, de modo que as vezes o confundiam como pai do garoto, algo que não agradava nem de longe Harry – mas espera, nunca te vi com ele antes, pelo que me lembre... espera, você é Ronald Weasley não?

_ sim sou – disse Rony, se surpreendendo com o fato da garota reconhecê-lo.
_ reconheci seu rosto assim que te vi, é o cartão de sapo de chocolate que mais tenho repetido, juntamente com Sirius Black, Remus Lupin e Olho-Tonto Moody – disse Raven parecendo animada com a situação – então, o senhor faz o que em Beauxbatons? – o homem tornara a sua expressão seria.

_ vim aqui para vê-la Raven – disse Rony voltando ao mesmo tom tenso de sua voz – é sobre seus pais, como sabe eles desapareceram a cerca de três semanas, e nos ficamos a cargo de investigar seu desaparecimento.

_ ah... é, eu sei, li o Profeta Diário – disse Raven agora caminhando até as arquibancadas e se sentando, enquanto amarrava sua bota que usava, ela mudara o tom descontraído de sua voz, para um triste a mensão dos pais – espero que não esteja aqui para dizer o que penso que é... – o homem ficou em silencio se sentando ao lado dela e encarando-a por um tempo – é você veio me dá a noticia...

_ sim – disse Rony com a voz em farfalhante – nos os encontramos... e... eles não estão nada bem – ele ficara alguns segundos em silencio que fora quebrado pela garota.
_ eles morreram? – disse Raven e Rony pode ver alem da voz esbagaçada da garota, os olhos levemente marejados – não foi?

_ não, eles estão vivos – disse Rony – mas... Entenda que fizemos o melhor que pudemos, mas a investigação se mostrou difícil, não tínhamos muito com o que trabalhar, não tínhamos quase nenhuma informação... e nem ao menos sabíamos se ainda estavam no país, fizemos nosso melhor, mesmo que muitos já tivessem dito que deveríamos desistir das buscas, pois havia se passado muito tempo.

_ o que aconteceu com eles? – disse Raven séria agora enxugando algumas lagrimas que caiam pelo seu rosto – você disse que eles não estavam mortos, mas do jeito que você fala...

_ quando encontramos seus pais, alem dos evidentes ferimentos que possuíam... – disse Rony, ele evitara pronunciar o complemento daquela frase que seria algo como causados por torturas – eles também pareciam não possuir mais, os movimentos e habilidade de se comunicar... Eles... E-eles estavam em um estado vegetativo que permanecem até hoje... – ele fizera uma pequena pausa, pensando que talvez a garota fosse dizer algo, ou expressar alguma coisa, mas ela nada fizera, apenas apertara fortemente a vassoura entre as mãos, e pôs a olhar para o chão como se houvesse algo bem interessante ali, como se tivesse acabado de perder uma partida de Quadribol, a verdade é que ela tentava não chorar na frente do Auror – quando eles chegaram no St. Mungus foi comprovado o que havia acontecido com eles...

_ e o que foi? – disse Raven, com uma voz soluçante, que denunciou o estado emocional em que se encontrava.

_ disseram que seus pais foram vitimas de... Dementadores – disse Rony desviando o olhar da garota, não suportaria vê-la chorar ainda mais, pelo canto dos olhos pode ver uma expressão surpresa da loira.

_ i-is-so n-não p-po-pode ser – disse Raven gaguejando e com a voz soluçando ainda mais – eles... receberam o beijo do dementador como os antigos prisioneiros de Azkaban é isso que quer dizer? – o ruivo acentira – isso não está acontecendo, não pode... mas por que foi voc~e que veio me dá essa noticia?

_ seus pais eram membros da Ordem da Fenix, uma organização especial de combate as trevas – disse Rony se questionando se os pais da garota haviam contado isso a ela, pela expressão de surpresa e confusão dela, concluiu que não haviam feito – eu os apresentei a Kingsley que os aceitou como parte dela... e também tem o fato de ser o líder da operação de busca deles, me sinto um pouco culpado pelo que aconteceu, devia ter-los achado antes...

_ você não tem culpa – disse Raven um pouco mais calma, mas ainda chorava – não poderia saber que iria acontecer algo desse tipo... Aposto que quem ficara com nossa guarda é a minha tia não é? – o ruivo assentira – eu sabia... Mas não será por muito tempo, dentro de 1 ano atinjo a maioridade... daí tentarei a guarda da minha irmã... – ela lembrara de repente de Chloe – ela sabe? Minha irmã sabe dos nossos pais? – o Auror fizera um movimento negativo – compreendo... acho melhor que seja eu a dar essa noticia a ela...

_ quer que vá com você? – disse Rony – dê um pouco de apoio? – ela se levantara do banco, caminhando alguns passos para então se voltar para o ruivo.

_ não, o senhor já fez muito – disse Raven tristemente, sorrindo mas sem animo e um sorriso deprimente – obrigado, por vir até aqui me dar essa noticia – e tornara a andar, pelo campo até desaparecer, deixando para trás o ruivo.

O sol se punha numa coloração alaranjada no horizonte, anunciando o final de mais um dia, e com ele aqueles que um dia salvaram o mundo mágico deixaram Beauxbatons para trás, em meio a despedidas dos filhos, Harry parecia ainda está preocupado com Tiago, mas tentava não demonstrar isso a todos, Gina ficara animada ao ver novamente toda sua família reunida, Hermione conversara com Rose e soubera pela filha que ela estava namorando Louis, algo que surpreendeu a morena, que preferiu não contar para o marido temendo pela saúde do sobrinho e Rony ficara imaginando e refletindo sobre o que acontecera com o casal Skeeter e como a filha caçula do casal receberia a noticia.

Dois dias haviam se passado desde o encontro dos filhos com os pais, Rose e Tiago trabalhavam sozinhos nos últimos preparativos para o Torneio, no vagão que servia como uma biblioteca para os alunos de Hogwarts enquanto estivessem tendo como moradia aquele Trem, o lugar era espaçoso com algumas mesas e cadeiras de mogno negro, com detalhes talhados, algumas estantes cobrindo as paredes, e nas varias estantes, muitos livros, não fora difícil encontrar alguns exemplares que falavam sobre criaturas mágicas, o ruivo estava com as pálpebras caindo de cansaço, enquanto a prima lia sobre Acromantulas, e como derrotá-las, quando um pouco da baba do Grifinorio escorreu para as paginas de “O manual do caçador de Grifos” e sua cabeça caiu com uma sonora pancada na mesa, derrubando uma pilha de livros, no chão por conta do baque, foi que a garota interrompeu a leitura e encarou com um olhar furioso o primo.

_ o que foi? – disse Tiago se fazendo de desentendido – por que parou?

_ seus roncos interromperam minha leitura, talvez seja por isso não? – disse Rose ironicamente – você parece que não se importa com o que vai enfrentar...

_ eu me importo está legal? Mas estes últimos dias tem sido difíceis – disse Tiago recolhendo os livros que haviam caído no chão – todo meu tempo livre foi reduzido a passar na biblioteca, pode não ter reparado Rose mas eu não gosto desse lugar como você... Para mim um dia de diversão é jogar Quadribol, não passar o dia lendo... – ele pegou o livro que acabara de recolher do chão e riu quando leu o titulo - “ Diários de uma Veela” fala serio... Quem escreve algo como isso?

_ pelo menos, foi suficiente bom para conseguirmos alguma informação sobre elas – disse Rose tirando o livro da mão dele e jogando em uma pilha – você age com tanta calma que irrita, amanhã você pode enfrentar uma de quatro criaturas diferentes, cada uma pior que a outra...

_ sim, eu sei disso – disse Tiago colocando “Viagens com Trasgos” na pilha que Rose acabara de colocar outro livro – e estou nervoso, tenso alias... Por isso mesmo, se não se importa gostaria de tentar voltar para meu dormitorio, e dormir o sono dos justos, se não, vou cair de sono na frente de algum desses monstros na primeira prova, e ele terá mais chance de me devorar – a ruiva parecia refletir sobre o que o garoto dissera e acabou por concordar com um aceno positivo de cabeça – vou indo então...

_ espere – disse Rose – me diga o que aprendeu sobre cada uma das criaturas.

_ quer mesmo que eu diga? – disse Tiago arqueando a sobrancelha mas como não veio a resposta encarou como um sim – bem, sei que veelas são vaidosas e muito narcisistas, alem de gananciosas, adoram ouro... – ele encarara a prima que não fez objeção alguma e ele continuou – Trasgos são burros, e idiotas mas possuem muita força, muito semelhante aquele garoto da Sonserina, o tal de Goyle, sua cabeça em geral é seu ponto fraco, uma pancada bem forte pode desmaiá-lo, Acromantulas são aranhas gigantes – a garota sentira um arrepio, e o ruivo pode notar ela se encolher como se a simples menção do monstro fosse fazê-lo aparecer na sua frente - que tem uma inteligência muito grande, o suficiente para falar a língua humana, elas temem o fogo... e por ultimo os Grifos, meio leões, meio águias, capazes de voar, partir uma pessoa ao meio com o bico, e cortar com suas garras, são difíceis de se matar... adoram carne crua, em especial a que eles mesmo abatem – a garota parecia impressionada com o rapaz – posso ir?

_ claro, pode sim – disse Rose e Tiago beijou sua bochecha caminhando até a saída do vagão – boa sorte amanhã – ela escutou ele gritar um “obrigado, vou precisar”, logo após a saída do primo ela se lembrou que aquele era o dia veria as transformações Animagas dos Sonserinos e juntou suas coisas saindo dali.

Rose saira da biblioteca, e caminhara por alguns minutos para chegar em seu quarto, quando passara pelo vagão de musica, ouvira alguem tocando algumas notas no piano, a melodia instrumental não era precisa, não parecia com a de ninguém que antes ela ouvira, pelo menos nenhuma pessoa de fama. Quando sem entrara constatara quem era, Lily estava ali em frente ao piano, eram raras as ocasiões que se via a garota tocando, na maioria das vezes era quando ela estava triste.

_ Lily? – disse Rose chamando pela amiga – aconteceu alguma coisa? – ela parara e encarara a ruiva a sua frente.

_ recebi uma noticia horrível sobre os pais da Chloe – disse Lily tornando a tocar piano, dessa vez a musica era conhecida de Rose, “ As Quatro Estações de Vivaldi” – ela esta muito mal e não quer me deixar entrar no nosso dormitório, tentei conversar com ela, mas não deu, ela não me deixa entrar, tentei arrombar a porta com um feitiço mas não deu, minha teoria é que ela tenha usado mágica para selar qualquer meio de entrar no quarto, posso dormir com vocês hoje? Duvido que ela desfaça esse feitiço até amanhã de manhã...

_ sim, você pode – disse Rose – o que aconteceu com os pais dela... eles não...

_ não, pelo que parece é algo pior que a morte – disse Lily deixando as lagrimas correrem – estou muito mal por vê-la nessa situação Rose... – ela de repente dera uma forte pancada nas teclas do piano, e um som agudamente alto foi ouvido – eu me sinto uma imprestável por não poder fazer nada por ajudá-la...

_ entendo, você não é a única – disse Rose tristemente – se souber de mais noticias me diga ok?

_ sim, direi sim – disse Lily limpando as lagrimas e voltando a tocar, era assim que era a maioria das vezes que tocava piano, quando estava triste ou se sentindo realmente mal – não irei com você hoje de noite... se você não se importa...

_ claro que não, para mim tudo bem – disse Rose sorrindo, ela dissera na noite anterior o que havia feito, até então as garotas não sabiam das atividades dos rapazes, o que causara uma mistura de reações, entre surpresa por parte de Chloe, descrença por parte de Alice, e inveja por parte de Lily que queria depois o livro emprestado para tentar se tornar uma também – eu vou com a Alice então, você a viu hoje?

_ não, desde o jantar não a vejo – disse Lily com os olhos na partitura da musica que tocava – ela saiu com aquele cara da Durmstrang, desde então não a vi mais...

_ entendo, mas se quiser eu não vou mais – disse Rose – eu fico aqui com você, e tentamos falar com Chloe.

_ não, tudo bem para mim pode ir – disse Lily sorrindo fracamente – você que queria vê-los se tornar Animagos, mais que todas nos, e também não ia adiantar muito tentar falar com aquela loirinha, eu já tentei e não adiantou muito.

_ certo, eu vou – disse Rose respirando fundo – obrigada Lily – e saira da sala de musica, onde agora a ruiva tocava a “Quinta sinfonia de Beethoven”.

Alice caminhava ao lado de Nickollaus, ambos haviam passado o dia juntos, ele apresentara a garota a seus amigos, passearam pelos jardins da escola francesa, ela se incomodou um pouco com os olhares de algumas garotas, que pareciam furiosas e a odia-la por estar andando lado a lado com um dos garotos mais belos e o campeão de Durmstrang do Torneio Tribruxo, mas o rapaz não parecia se importar com as outras e com o que falavam deles quando passavam, ele aproveitava aquele momento ao máximo do lado da Lufa-lufa, quando se aproximaram do navio búlgaro ancorado na encosta do pequeno rio que cruza as terras de Beauxbatons, o rapaz a puxou para mão lhe levando a bordo dele. Nickollaus mostrou a ela navio, era um pouco rústico na opinião de Alice, possuía velas insadas onde a ave de duas cabeças símbolo de Durmstrang tremulava a favor do vento, possuía um chão de madeira muito limpo e envernizada, detalhes talhados nas bordas, assim como uma grande serpente de madeira esculpida na ponta da embarcação. Ela admirava ao longe o Trem negro de sua escola, quase ocultos pela vegetação, quando notara o rapaz ao seu lado, a observando.

_ tome – disse Nickollaus lhe estendendo seu casaco, e cobrindo os ombros da garota com ele – está muito frio aqui fora...

_ obrigado – disse Alice aceitando o casaco quando algumas fotos caíram do bolso e ela se agachou para pegar – o que é isso? – ela começara ver as fotos, eram de crituras mágicas, como aranhas gigantes e trasgos – por que anda com fotos de monstros com você? – ele parecera nervoso com a pergunta.

_ minha mãe as entregou para mim – disse ele recolhendo as fotos das mãos de Alice e as guardando no bolso do Jeans – na verdade, esqueceu comigo é para uma matéria sobre Trato de criaturas mágicas, sabe a seção que fala delas no Profeta?

_ sei, é uma das poucas seções fora a de Quadribol que prestam no jornal – disse Alice, ela parecia não ter acreditado no que o garoto falara.

_ gostou do meu navio? – disse Nickollaus e a garota sorriu – vou entender isso como um sim, viu como um dia a meu lado não é tal horrível quanto pensava?

_ é, realmente foi um dia bem agradável – disse Alice rindo, ambos haviam acabado se tornando amigos, pelo menos da parte dela, que começara a vê-lo como realmente era, um cara engraçado, legal e talentoso – a companhia foi ótima também.

_ digo o mesmo – disse Nickollaus para então deixar seu sorriso morrer – queria falar com você sobre... uma coisa – ela o olhara surpresa, imaginando o que estava por vir– não é sobre minha proposta, não vou te pedir em namoro, não ainda, acho muito cedo para isso.

_ que susto você me deu, pensei que fosse fazer isso – disse Alice rindo – mas então, o que você quer me dizer?

_ eu queria te perguntar qual é sua real relação com Alvo Severo Potter – disse Nickollaus – eu vi vocês conversando outro dia, e ele te fez chorar... sobre o que conversavam?

_ não importa – disse Alice – eu não quero falar sobre isso está bem?

_ certo – disse Nickollaus – só quero que saiba, que me importo com você, e que não te quero ver chorar novamente... – ela sorriu o abraçando – você é uma garota incrível para sofrer dessa forma, muito mais por conta dele que não vê você e nem valoriza você como se deve...

_ por favor Nick, pare de falar dele – disse Alice com a voz triste – não gosto que falem dele dessa forma.

_ por que? Por que se importa tanto do modo como falo dele? – disse Nickollaus – ele merece que você se importe, você é boa demais para ele... só na menção do nome dele você já está chorando...

_ eu não estou chorando – disse Alice limpando algumas lagrimas que escorriam – não estou... – fora de repente que aconteceu, ela nunca terminaria aquela frase, Nickollaus inclinara até ela e lhe encostara os lábios nos dela, fora devagar, até começar a ficar um pouco mais intenso com o rapaz lhe envolvendo pela cintura com as mãos, ela não retribuira o beijo de inicio, estava surpresa e assustada com aquela atitude, acabou que retribuira o beijo por poucos segundos, não mais que isso, mas que pareceram bem mais, fora quando o empurrara, se livrando deles – Nick, você não devia ter feito isso... por favor, não entenda mal, você é muito legal e tudo, mas não sei se estou preparada para... – ela disparara a falar depressa, quase que o rapaz não entendia.

_ se acalme Alice, foi apenas um beijo – disse Nickollaus tentando acalmá-la – se não quiser namorar comigo ainda, eu entendo, mas peço que não se afaste de mim só por conta disso ok?

_ tudo bem – disse Alice respirando fundo – não conte para ninguém o que aconteceu, por favor...

_ o que? – disse Nickollaus – não quer que as pessoas saibam que nos beijamos? – ele parecera triste com aquilo – o que foi? Tem vergonha de mim?

_ não, é que você é um campeão e nos beijamos aqui no seu navio, podem pensar coisas horríveis de mim se souberem disso – disse Alice – o que me lembra que não devia estar aqui, é contra as regras, já vou antes que algum dos seus amigos volte... Tudo bem para você? – ele não respondera, apenas balançara a cabeça positivamente – já estou indo, até amanhã, e boa sorte no Torneio.

Tiago se deitava sobre sua cama, estava exausto já, afinal de contas Rose estava exigindo muito dele naqueles últimos dias, mas ele entendia a preocupação da ruiva, se algo saísse errado ele poderia acabar se dando muito mal naquela primeira prova, que já começaria bem difícil, se perguntava se fora fácil para seu pai derrotar o Rabo Córneo Húngaro, nas historias que ele contava sempre parecia ser tão fácil, mas agora que se encontrava na mesma situação que ele, sua Tia Hermione fazendo o papel da filha naquela situação, era incrível como as vezes a historia se repetia. Fora quando olhara para o quarto, Fred não estava ali, deveria estar em outro lugar mais interessante, pensou, o moreno continuava a evita-lo, ou já se encontrava dormindo quando o primo chegava no dormitório, ou só retornaria depois dele estar dormindo, o ruivo suspirou triste com aquela situação. Fora quando se lembrou da idéia que passara por sua cabeça algumas noites atrás, sobre como tudo aquilo se iniciou desde que Fred o vira beijar Dominique, ainda achava loucura aquela idéia, mas acabou por achar que de qualquer forma, seria melhor terminar com a ruiva, odiava admitir, mas Eduard tinha razão, ele não podia continuar a usá-la. Levantou-se de sua cama e acendeu a ponta da varinha, iluminando o lugar, eram apenas duas pessoas no quarto, ele e Peter, o colega sonserino de Eduard, o outro campeão de Hogwarts não havia retornado até então ao dormitório, algo estranho pensou Tiago, mas o ruivo resolveu colocar sua idéia em pratica, tirou um pedaço de pergaminho, uma pena e tinta de uma das gavetas e começou a rascunhar um pequeno bilhete.

“Querida Dominique,
Preciso conversar com você sobre um assunto serio, se puder vir ao meu encontro, te espero nos jardins próximo ao campo de Quadribol.
Beijos
Tiago S. Potter”



O rapaz achou que havia sido um bilhete bem simples, nada de mais, mas temia qual poderia ser a reação de Dominique, ela se revelara apaixonada, praticamente se declarara aquela noite no armário de vassouras, não queria magoá-la, sabia muito bem como era sofrer por amor, afinal de contas ele mesmo estava experimentando isso com Narcisa. Ele buscara então algo debaixo de sua cama, e encontrou uma garrafa de Hidromel pela metade, era sua ultima todo o estoque que ele havia contrabandeado para possíveis festas a noite que ocorreria aquele trimestre, havia acabado em menos de um mês, se espantou com sigo mesmo, mas não esquentara muito a cabeça, possivelmente eles não iriam ter alguma comemoração particular tão breve assim, e depois seria fácil conseguir novas bebidas na cozinha do castelo. Enquanto bebia direto do gargalo, notara algo caído próximo a cama de Zabini, e uma coruja saindo voando dali após deixar sua entrega. Ele caminhara até o pequeno embrulho, e constara que se tratava de uma pequena caixa, e uma carta amarrada nela, ele tirou a carta, e mesmo sabendo que o que fazia era algo errado, a abriu e leu o conteúdo.

“Prezado Sr. Eduard A. Zabini
Temos o prazer de mandar, a sua encomenda que se trata de duas alianças de noivado de prata, feitas por duendes e sobre medida, cujo preço pedimos que nos mande por meio de transferência para o cofre Grigontes. Nós da McDoyler  Joalherias agradecemos por nos escolher para fazermos algo tão importante, capaz de mudar a vida de um casal.
Ass: J. McDoyler, proprietário.”



Tiago não conseguia entender aquilo, lera novamente o que estava escrito, não podia ser verdade, era um engano. Ele então voltara seu olhar para a caixa, era pequena, e de veludo azul marinho, ao abrira encontrara o que segundo a carta deveria estar ali, que eram as duas alianças em prata. Aquilo não podia ser serio, ele iria pedir Narcisa em casamento, e a imagem de uma noiva entrando em uma igreja veio a sua mente, era o amor de sua vida o deixando para se juntar a outro, não ele não agüentaria saber que a perdera para sempre, tinha que sair daquele lugar, não queria mais ficar perto deles, só de imaginar nele pedindo-a em casamento, por Merlin, ele a perdera de vez, agora não tinha volta, ela era de Eduard Zabini e ele tornaria oficial isso. Ele olhou para fora, para o céu, tomara sua decisão, voltara as costas se retirando de dentro do quarto.

Scorpio estava extremamente tenso aquela noite, ele se encontrava junto aos outros sonserinos no vagão que se assemelhava em muito a um salão principal, enquanto Lysander usava alguns feitiços para selar a sala, e a protegê-la, impedindo que qualquer um ouvisse, visse, ou pudessem entrar ali, todas as janelas estavam enfeitiçadas assim como as paredes, apenas a porta ainda permanecia desprotegida, pois seria por ela que Rose e as garotas entrariam. Ao pensar na ruiva não pode deixar de virar os olhos e emburrar a face em uma careta, como ela conseguia ser tão irritante e fazê-lo admitir coisas como aquela? Perguntava-se o loiro, tinha algo nela que fazia com que ele sempre aceitasse o que ela propunha, mesmo que todas às vezes fosse obrigado a isso pela situação, mas mesmo assim as vezes se sentia irritado e com raiva de si mesmo por aquilo. Alvo dava uma ultima lida no livro sobre Animagia, enquanto Lorcan deitado no maior sofá da sala, ele brincava com Andy Jr. o jogando para cima e baixo, e às vezes fazendo como se ele fosse um avião e estivesse voando, Scorpio não sabia muito sobre sapos, mas parecia que ele estava gostando da brincadeira, mesmo que isso fosse difícil de saber por sua expressão facial, Lysander se sentara exausto ao lado de Alvo, após trancar a porta a chave. Ouviram discretas batidas na porta, e fora Alvo que se levantara para atendê-la, deixando o livro sobre o sofá, quando girara o chave e a abrira uma garota com as vestes da Grifinoria, cabelos ruivos rebeldes e volumosos, e algumas sardas sobre seu rosto, Scorpio fuzilara Rose com o olhar assim que ela entrara, e Alvo abraçara a prima.

_ que bom que veio, estávamos esperando por vocês – disse Alvo para então notar que não havia mais nenhuma pessoa do lado de fora – onde elas estão?

_ não puderam vir – disse Rose – mas não se preocupem, não aconteceu nada demais com elas – mentira, a verdade é que Chloe e Lily estavam realmente mal, ambas tristes, Alice ainda não havia voltado do passeio que fora dar com Nickollaus, e mesmo achando sua atitude um pouco egoísta, afinal duas de suas melhores amigas estavam péssimas, e ela estava ali – então vim sem elas – não dissera mais nada depois disso, ela viu Lysander e Lorcan trocarem olhares preocupados, e Alvo parecer um pouco decepcionado com a ausência da Lufa-lufa. Certamente pensando que ela não veio por conta dele, pensou a ruiva.

_ deixe-me lançar os feitiços protetores sobre a porta, daí podemos começar com... – disse Lysander que então parara, ele não conseguira falar Animagia, com medo que alguém visse através da porta ainda desprotegida - vocês sabem... Aquilo...

_ claro – disse Rose – quer que eu ajude?

_ vai me dizer que também sabe esses feitiços Weasley? – disse Scorpio arrogantemente – pensei que não se interessasse por coisas acima da nossa grade escolar, afinal isso ainda nem nos foi ensinado.

_ eu diferente de você Malfoy me interesso por coisas alem de Quadribol, Musica e Animagia – disse Rose e Lysander olhou assustado com a ultima palavra, se certificando de que ninguém ouvira isso do lado de fora – eu aprendi muitas coisas, lendo livros acima da grade escolar, quero estar preparada quando for os aprender no futuro...

_ você e o Lysander são doidos, esses feitiços estão no currículo de alunos do sexto ano – disse Scorpio com uma voz arrastada – isso que acontece quando não se tem uma vida social...

_ vamos parar com discussões – disse Alvo se dirigindo até o sofá onde antes estava sentado e puxando Rose para se sentar a seu lado, mesmo que não dissessem nada ruiva e loiro trocaravam olhares mortíferos.

_ quer ajuda Andy? – disse Lorcan andando até o irmão que rolara os olhos – estive lendo o livro em que você aprendeu isso talvez...

_ não Lorcan, eu não quero... – disse Lysander para então tornar a murmurrar os feitiços – pronto... – falara após alguns segundos – estamos seguros, podemos começar com isso de uma vez.

_ está animado para se tornar um animago ou é impressão? – disse Scorpio rindo ao que Lysander fechou a cara.

_ não, apenas quero terminar logo com isso – disse Lysander se sentando ao lado do irmão, tendo antes que tirar os pés desse do lugar que ocupava, obrigando Lorcan a se sentar como se deve – vamos em frente então... não sei vocês, mas acho que deviamos ir um por vez...

_ para evitar o que aconteceu da ultima vez – disse Scorpio e Rose sentiu o pesar de suas palavras, sabia que era dela que ele falava.

_ exatamente isso – disse Lysander se imaginando novamente como um hibrido de animal e humano, para então tentar esquecer aquela imagem – o que me dizem?

_ quem vai ser o primeiro? – disse Lorcan e todos os quatro Sonserinos se encararam tensos – galera?

_ que foi? – disse Rose rindo das caras assustadas de Ninguém vai se voluntariar? Logo é verdade o que dizem sobre os sonserinos não terem coragem dos Grifinorios.

_ vai à merda Weasley – disse Scorpio se levantando – já que é assim, sabia você senhorita sabe tudo irritante que eu me ofereço para ser o primeiro.

_ duvido que fosse se oferecer se eu não dissesse nada sobre a covardia de certos membros da sua casa – disse Rose rindo ao que o loiro revirou os olhos – então, vai quero ver... Aposto que vai ser uma doninha albina sua forma Animaga.

Scorpio sentiu o sangue ferver, se segurando para não fazer um gesto obsceno naquele momento, se dirigiu ao centro do vagão de costas para a lareira, podia ver todos ali presentes de onde estava, seus olhos correram por cada rosto, antes de fechar os olhos. Foi uma sensação estranha, não demorara muito para limpar a mente, depois de muito tempo praticando sozinho havia conseguido adquirir aquela habilidade, talvez depois aprendesse Oclumencia, aprenderia aquele ano se não tivessem viajado para a França com a escola, seu corpo começou a mudar, dentro de sua mente vira a visão do lago na floresta novamente, como da ultima vez, mas no entanto se aproximara até as margens e observara sua forma animal, mesmo com dificuldade, devido as sombras das arvores e a pouca luz noturna. Sentira seus ossos se mexerem sobre a pele, e pelos crescendo sobre o rosto, quando sentira suas mãos, ou melhor, dizendo patas tocarem o chão, ele abrira os olhos, encarando a todos ali presentes.

_ Sinistro – disse Lorcan com um sorriso infantilmente fascinado no rosto.

_ incrível – disse Lysander com uma expressão realmente surpresa, e parecendo ainda não acreditar no que via.

Alvo nada dissera, apenas fizera um sinal de positivo com a mão, já Rose parecia ainda bastante surpresa, tanto a ponto de não lançar nenhum comentário maldoso sobre a forma animaga de Scorpio, inclusive, o garoto ainda não sabia no que havia se tornado, fora quando olhara seu reflexo em uma das armaduras da sala e viu, sua pelagem cinza com algumas partes brancas, os olhos ainda os mesmos azuis acinzentados, o focinho longo a cauda, e a enorme língua que balançava para fora da boca enquanto respirava, não era mais um homem, e sim um lobo. Ele tornara a fechar os olhos, e sentira seu corpo mudar novamente, quando os abrira novamente, era ele de novo com os mesmo cabelos loiros platinados, e estava com suas roupas normais, como se nada tivesse acontecido.

_ quem é o próximo? – disse Scorpio encarando a todos, os Lysander e Alvo se encararam, o moreno sabia muito bem que o gêmeo ainda estava inseguro sobre aquilo, já ia se voluntariar, mas alguém fez antes.

_ eu vou – disse Lorcan muito animado como uma criança que acabara de chegar a um parque de diversões – eu quero ir agora.

_ não tem problema algum por mim – disse Lysander respirando fundo e agradecendo ao irmão por ir primeiro e ao mesmo tempo se sentindo preocupado com o que estava por vir.

Fred caminhava pela noite fria, ele puxara com mais força o casaco que usava, como para se proteger do frio. Não sabia exatamente o que fazia até tarde ali nos jardins, a verdade é que não sabia ao certo o que fazer, Tiago parecia querer falar com ele sobre algo, ontem a noite ele tentara, mas o moreno fizera de conta que dormia, como ele podia ainda aceitar aquele joguinho infantil? Mesmo depois da conversa que tivera com Dominique, ela não o amava, pelo menos não daquela forma, era algo como um amor de irmãos, estava com ele pois queria ajudá-lo a superar a dor que sentia por conta de Narcisa, e isso de certa forma só o fizera gostar ainda mais daquela ruiva. Quando passava próximo das arquibancadas do campo de Quadribol, ouvira algo, parecia o som de alguém chorando, o que para o Grifinorio pareceu algo estranho, levando em consideração que deveria estar beirando a meia noite. Fora se aproximando do ruído, até encontrar com uma garota loira, que vestia as vestes da Sonserina, ele reconheceu-a assim que a viu, era Raven Skeeter, a batedora dos Serpentes de Hogwarts, como a casa de Salazar era chamada pelos sonserinos. Seria um pouco estranho se a dois anos dissessem que ele iria se atrever a tentar consolar uma sonserina, ainda mais se tratando de uma que uma vez quebrara seu nariz com um balaço, o deixando alguns dias em coma na enfermaria, mas como todos achou melhor esquecer o passado e crescer, afinal de contas parara de odiar a muito tempo a Sonserina, devido a entrada de um de seus primos naquela casa, se possuía implicância ainda com o namorado da irmã, isso se devia a sua preocupação fraternal, não com o fato do rapaz ter sido no passado um membro da casa verde e prata. Ele estava já muito próximo da bela loira que chorava, quando a garota ergueu o rosto inchado pelo choro e o encarou, Raven não pode deixar de esconder sua surpresa em vê-lo ali.

_ olá, aconteceu alguma coisa? – disse Fred cauteloso se aproximando, imaginando se a garota não iria lhe estourar a cabeça com o bastão de Quadribol se ousasse se aproximar ainda mais dela.

_ não, estou bem – disse Raven esfregando os olhos para limpar as lagrimas, odiava que a vissem tão frágil assim – vá embora...

_ você está chorando, ninguém chora por nada – disse Fred se sentando ao lado dela nas arquibancadas – sei que não sou a melhor pessoa para conversar, nem somos amigos, nem nada, mas se aprendi algo de bom com meu pai é que você não pode ver uma pessoa na sua situação e sem fazer nada para ajudar...

_ você tem razão, não somos amigos – disse Raven – não precisa fazer de conta que se importa comigo.

_ eu me importo, você é legal Raven mesmo sendo da Sonserina – disse Fred – te admiro desde que derrubou o McLarren da vassoura com aquele balaço, nunca vi tantos ossos quebrados com só uma rebatida – ela riu – isso, eu gosto de vê as pessoas rindo, me faz sentir que sou útil em alguma coisa.

_ você sempre foi alguem engraçado Weasley, e creio que não seja um inútil como pensa – disse Raven sorrindo fracamente – quer saber por que estou assim? – ele assentira – pois bem, eu te conto desde que mantenha em segredo.

_ pode confiar em mim – disse Fred - não contarei para ninguém.

Raven fizera algo que muitos sonserinos consideravam loucura, ela confiara em um Grifinorio e lhe contara tudo que lhe afligia naquele momento, com poucas palavras Fred havia lhe conquistado a confiança, e ela se sentira a vontade para lhe contar sobre seus pais, o que acontecera com eles, e o garoto parecera bastante solidário sobre isso, ela contara sobre como a irmã tinha reagido quando soube da noticia, como ela gritara e havia discutido com a Sonserina de modo a pensar que ela tinha culpa de algo, quando na verdade precisava apenas colocar todo aquele ódio para fora, a raiva que sentia e o sofrimento. Quando terminara de contar ambos ficaram se encarando por um tempo, como que se nada mais precisasse ser dito, ele de repente segurara sua mão, um pequeno gesto que significava muito, já que não haviam palavras para se dizer naquele momento.

_ você vai ficar bem? – disse Fred com uma voz sincera – sabe que se precisar de alguma coisa, pode contar comigo – ela sorrira, nunca imaginara que um dos maiores transgressores de regras em Hogwarts poderia ser assim tão gentil, não soube ao certo o que a levou a fazer o que aconteceu a seguir, mas ela se curvou e o beijou, o moreno se surpreendeu com aquilo, não estava preparado, mas se deixou beijar, e em seguida retribuiu, ele pode sentir os cabelos loiros dela a lhe atingir o rosto por conta do vento ali, assim como a sua face gelada pelas lagrimas, a tempos não beijava alguém, mas sabia reconhecer um beijo bom, eles se separaram – uau... isso foi... – fora quando ouviram um barulho, e ao se virar olhou para o campo, onde uma garota ruiva com as vestes de Beauxbatons observava o casal – Dominique?

_ desculpe, eu não queria atrapalhar – disse Dominique saindo do campo correndo, Fred se amaldioçou pelo que havia acontecido.

_ desculpe – disse Raven – não sabia que vocês dois... – ela não chegara a terminar a frase, pois o garoto se levantou correndo atrás da ruiva para tentar alcançá-la.

Lorcan fora para o mesmo lugar onde antes Scorpio estava, e fechou os olhos, tentara limpar sua mente o que levou alguns segundos, afinal estava muito animado com aquela situação quando finalmente conseguiu esvazia-la, as imagens do lago vieram, ele via brilhantes olhos reluzindo no lago, e a silhueta de um pequeno animal a encarar o seu reflexo no lago, era ele o animal e quando ele abaixara o pescoço de encontro a água para bebê-la, a transformação começou, sentira assim como o amigo o corpo mudar, diminuir, sentira a cauda nascendo e ele tomando a forma nova, quando tornara a abrir os olhos já não era mais o mesmo.

_ que fofo – ele ouvira Rose dizer, e desviou os olhos para ela, e depois para Scorpio que parecia não ter ficado feliz com o comentário – você está lindo Lorcan...

Ele caminhara até ela, a pequenos passos, experimentando suas quatro patas pela primeira vez, e a encarara nos olhos, onde pode ver seu reflexo, e descobrir o animal que era, ele era uma raposa. Ele deixara Rose lhe fazer algum carinho por trás de suas orelhas, e achou aquilo muito bom, os olhos de Scorpio se desviaram da cena, e mesmo estando mais baixo na altura dos joelhos do loiro pode notar uma veia pulsar fortemente em sua testa. O gêmeo retornara para seu lugar, e após alguns segundos retornara ao normal, se jogando ao lugar vago ao lado do irmão.

_ mandou bem Lorcan – disse Lysander sorrindo para o irmão.

_ obrigado, quem vai agora você ou o Alvo? – disse Lorcan e Lysander desmanchou o sorriso, encarando Alvo, para então se levantar.

_ você vai agora? – disse Alvo surpreso com aquilo.

_ sim, eu vou – disse Lysander determinado – já que cheguei até aqui, vou terminar de uma vez com tudo isso.

Andara até a posição antes ocupada pelo irmão e respirou fundo para então fechar os olhos, e realizar o mesmo procedimento que os outros dois, tirando qualquer pensamento da cabeça, o que fora mais difícil que para os amigos, estava nervoso com medo de algo dar errado, mas com muito esforço conseguira. Estava voando, mas diferente do que imaginava, não tinha medo, sentia uma sensação incrível de liberdade, como se voar fizesse parte de sua natureza, fora quando dera um rasante sobre um lago, e vira rapidamente seu reflexo. Sentiu sua aparência mudar, começara a sentir seu corpo encolher, e um formigamento em seu rosto e mãos, eram seu bico e garras tomando o devido lugar, as penas nascendo por todo seu corpo, quando deixara de sentir qualquer coisa estranha, abrira os olhos, e comprovara que realmente estava diferente. Olhara para todos, eles sorriam para ele, e Lorcan se aproximara cuidadoso e o pegara nos braços, fora algo realmente estranho e desconfortável ficar em tamanha proximidade com o irmão, talvez tenha sido por isso, que escapou assim que fora colocado no ombro pelo loirinho e dera um pequeno e baixo vôo até uma poltrona, onde ao pousar já retornara novamente a sua forma normal.

_ o que houve Andy? – disse Lorcan parecendo decepcionado.

_ nunca mais, tente me tratar como seus bichos Lorcan – disse Lysander parecendo aborrecido, e notou que seu rosto corara um pouco de vergonha – certo, não ´pude ver o animal que me tornei, alguém me diz ai...

_ você não viu? – disse Rose e ele acenou negativamente – você é uma... – ela fora interrompida por Alvo.

_ você não reparou não foi Lysander? – disse Alvo impressionado – você voou, voou de verdade... Por acaso não sentiu medo né?

_ não, eu não estava com medo – disse Lysander impressionado com ele próprio – era como se ele não existisse, como se eu voasse desde que nasci, algo natural sabe? Quase como se eu estivesse andando... era uma sensação de liberdade imensa.

_ te disse que ia agradecer a mim quando se tornasse um animago – disse Scorpio rindo – agora terá que agradecer em dobro, pois ajudei você a superar seu medo...

_ não sei se superei está bem? Pelo menos não em completo, eu sei que quando estou na forma animaga não tenho, mas não posso dizer se mudou alguma coisa na forma humana – disse Lysander seriamente e todos riram com exceção de Scorpio – vão me dizer qual animal eu sou?

_ não – disse Scorpio secamente – você não me disse obrigado ainda.

_ diz logo Malfoy – disse Rose irritada com o cinismo do Sonserino.

_ certo, digamos que agora sabemos quem pode entregar nossa correspondência quando precisarmos – disse Scorpio começando a gargalhar juntamente com Lorcan e Alvo, e Lysander sorrira com a descoberta de sua forma animaga – entendeu o que quis dizer?

_ sim, eu sou uma coruja então? – disse Lysander orgulhoso, afinal de contas a coruja era o símbolo da inteligência – legal...

_ você é uma coruja das torres, como a maioria das que tem em Hogwarts – disse Lorcan e Lysander sorriu, era seu tipo favorito daquela ave noturna – agora é a vez do Alvo... – o garoto se levantara se dirigindo até o centro do salão comunal.

Fred corria atrás de Dominique, a garota era muito mais rápida e o moreno se perguntava se aquilo poderia ser alguma habilidade veela, ou o simples fato de esta mais simpatizada com o terreno do que ele. O Grifinorio procurava não perder a cabeleira ruiva de vista, enquanto se apressava para alcança-la perguntas se passavam por sua mente, como o que havia acontecido para ela sair daquela forma, ou porque ele parecia tão feliz por ter visto o modo como ela reagira ao vê-lo beijar outra garota, talvez ela gostasse dele, sentisse o mesmo que o garoto sentia por ela, e agora como seria? Ela namorava seu melhor amigo, ele não podia fazer Tiago sofrer ainda mais, e o pior a garota talvez tivesse perdido qualquer confiança ou afinidade com ele por conta daquele beijo, pois aquilo havia complicado ainda mais as coisas. Quando estava próximo ao lago, vira a garota ela parecia observar alguem ao longe, ele notara o rapaz de cabelos ruivos vestindo com uma blusa de frio vermelha com o símbolo da Grifinoria, imediatamente reconheceu como Tiago. O rapaz empurrava a moto voadora que ganhara do pai a alguns meses, sabia exatamente o que ia fazer, iria deixar aquela escola para trás, quando o moreno entendeu a atitude que o primo estava prestes a tomar, correu em sua direção.

_ o que está fazendo Tiago? – disse Fred correndo para alcançar o primo que o ignorou – você vai fugir? Vai deixar a escola?

_ sim, eu vou fazer isso – disse Tiago serio – e por que está fazendo de conta que se importa? A semanas que não fala comigo – aquilo era verdade, mas não importava, Fred podia ser orgulhoso, mas antes de tudo vinha sua amizade com o ruivo – agora, sai da minha frente, eu vou embora desse lixo de escola, vivem dizendo que não sou o verdadeiro campeão, ótimo, que se divirtam com o Zabini, e tomara que ele seja devorado por uma dessas criaturas da primeira prova.

_ você andou bebendo não é? – disse Fred notando o quão zonzo o amigo estava, e sua voz esbagaçada como de alguém que havia bebido muito – você precisa de ajuda Tiago, serio isso esta fora de si, a tempos venho notando isso, o modo como você bebe não é normal, você é alcoólatra, e isso é uma doença seria... – o ruivo riu.

_ cala essa sua maldita boca, você não sabe o que eu tenho passado, a bebida é minha única companheira nesses últimos tempos – disse Tiago virando um gole de uma garrafa de hidromel na boca – melhor do que você sempre foi, você sempre foi um idiota Fred, nunca se importou com ninguém que fosse você... a verdade é que nossa amizade sempre foi uma merda, o que fazíamos de importante afinal de contas? Umas peças e traquinagens e isso fazia de nos melhores amigos? Para que? No final você me apunhalou pelas costas.

_ eu te apunhalei pelas costas? Eu nunca traria sua confiança de qualquer forma Tiago – disse Fred – e mesmo que você pense que nossa amizade não foi verdadeira, saiba que foi, sempre estive a seu lado, não apenas nas traquinagens e peças, se lembre dos outros momentos – ele tentara segurar o ruivo mas ele desviara – você sempre foi como um irmão que eu nunca tive, por Merlin, como pode pensar que eu te trai? Como esquece todas as coisas que passamos juntos? – o apanhador da Grifinoria riu empurrando o outro para que saísse do caminho.

_ você e eu nunca fomos irmãos – disse Tiago duramente – me arrempendo de ter algum dia tido amizade com alguém como você... Um traidor, acha que não sei que gosta dela Fred? Você é igual ao Zabini nestas partes, você é um idiota como ele – o moreno arregalou os olhos, ele sabia, sabia da paixão que o batedor tinha por Dominique – agora que vou, você e ele podem ter as garotas, nada mais importa para mim agora.

_ não vou te deixar ir – disse Fred seriamente se colocando a frente dele erguendo a varinha – por favor, fique eu sei que posso te ajudar.

_ sai da frente – disse Tiago erguendo a varinha – ou irei te machucar – ele não se movera nem um pouco, fora então que acontecera, o feitiço não verbal atingiu o braço de Fred que caiu no chão, sangrando, Dominique gritara correndo em sua direção para ajudá-lo a se levantar – eu avisei – e virara mais uma vez para sua moto montando nela, e pouco depois de dar a partida subira aos ares desaparecendo aos céus.

Alvo se dirigiu de costas para a lareira, olhara para o chão e vira sua sombra, para então fechar os olhos ele pode vê-lo caminhar lentamente em direção ao lago, a sua borda, estava escuro demais para ter uma visão precisa do que realmente era, mas conseguia ver seu corpo, suas patas longas e finas, e sua silhueta esguia, mas ao mesmo tempo forte e imponente, ele vira os contornos de galhos retorcidos sobre sua cabeça, ele sorrira mesmo sem ver com clareza já sabia que animal ele era. O moreno sentira sua aparência se alterar, sentiu seus membros se alongarem, e tocarem o chão, o pelo a crescer, e seus dedos a se encurtarem até desaparecerem, e um formigamento na testa, quando tornara a abrir os olhos teve certeza de que não era mais o mesmo. Seus amigos os encaravam com rostos surpresos, com exceção de Rose que sorria vitoriosa, como se já soubesse qual era a forma animaga do primo. Ele deu alguns passos pela sala, e quando se encarara no vidro escuro de uma das janelas vira, ele era um cervo, assim como seu avô Tiago Potter fora, mas no entanto podia se notar algumas semelhanças do animal para a forma humana do Sonserino, entre elas estavam os olhos verdes esmeraldas, herança de sua avó paterna. Após se admirar por um tempo, voltara a sua forma original, sorrindo para todos ali presentes.

_ então? – disse Alvo – o que acharam? – um silencio rondou a sala até que Scorpio se pronunciou.

_ você está sorrindo por causa de sua forma animaga ser um Veado? – disse Scorpio e os gêmeos riram – meu Merlin, ainda bem que a Alice não está aqui para ver isso, sempre dizem que os animais que um animago se torna reflete sua personalidade... – ele se unira aos outros dois loiros aos risos por alguns instantes, ignorando o olhar serio que Rose lançava a eles – há algo que você queira nos contar Al? – o moreno permanecera serio – ah... Não liga cara, estou zoando – ele levantara andando até o amigo.

_ olhe pelo lado bom – disse Lysander e Alvo o encarou.

_ lado bom? – disse Alvo parecendo intrigado.

_ é, você pelo menos não é um bode como o Lorcan falou daquela vez – disse Lysander rindo assim como os outros, incluindo Rose e Alvo.

_ era um pouco obvio que você ia ser um Cervo, é a forma animaga de seu avô – disse Rose – o que me leva a pensar se, as formas animagas são hereditárias, tipo, se caso um animago tem um filho, ele passa a probabilidade de que nas futuras gereções surja um outro animago, com as mesmas características – Scorpio olhava para ela como se cada palavra que dissera fosse insana, mas antes que ele dissesse algo se pronunciou – eu sei que não se passa pelo sangue essa habilidade, não é como metamorfomagia ou a oflidioglossia, ou mesmo o sangue de veela, eu sei que não se pode nascer com essa habilidade que você possuem...

_ é uma teoria interessante Rose – disse Lysander dando apoio a ruiva que sorrira em agradecimento – mas se for realmente genético, por que eu e Lorcan não somos animais nem um pouco parecidos? – ela deu de ombros – bem, em minha opinião isso não tem nada haver com genética, ou herança sanguínea, eu creio que tenha haver com o psicológico da pessoa e sua personalidade, já que nos dois – ele se apontara e em seguida indicara o gêmeo – não somos nem um pouco parecidos, você sabe, no nosso jeito de ser – Alvo parecia refletir sobre o que era dito.

_ pelo que ouço falar de meu Avô, acho que não tínhamos muita coisa em comum – disse Alvo com uma voz pensativa – ele tinha mais coisas semelhantes ao Tiago, não a mim, pelo menos o psicológico, já que ele assim como meu irmão adorava pregar peças, fazer brincadeiras, traquinagens.

_ o que importa a origem das nossas formas animagas? – disse Scorpio – se formos perder mais tempo aqui, não iremos há lugar algum.

_ o que você quer dizer com isso? – disse Lorcan intrigado.

- o que quero dizer? – disse Scorpio parecendo espantado – o que nos acabamos de fazer aqui? Você tem idéia? Nós estamos no nosso terceiro ano, e somos animagos – ele parecia estremamente feliz, algo que nunca antes Rose vira, mas não pode deixar de sorrir, ele ficava tão bem assim quando não ficava bancando o serio e arrogante do grupo.

_ na verdade, não somos apenas Animagos – disse Lysander entrando na brincadeira, algo raro, mas naquela circunstancia valia a pena – acho que somos os mais novos da historia da magia a dominar essa arte.

_ serio que que somos tão importantes assim? – disse Lorcan surpreso e o irmão confirmara com a cabeça. – cara, isso é muito legal.

_ apenas legal? – disse Alvo animado – nos somos demais – ele erguera a mão e Scorpio batera a sua contra a dele, produzindo um forte estalo no cumprimento.

_ é isso ai nos tornamos Animagos – disse Scorpio comemorando – nem acredito, estou tão emocionado, depois de tanto tempo praticando. .

_ só não vai chorar, está legal? – disse Alvo e os gêmeos riram.

Fora quando a porta do vagão batera, todos os risos se cessaram naquele momento, os rapazes encararam Rose, como se ela pudesse saber quem estava do outro lado, a maçaneta girou, alguém do lado de fora queria entrar ali. Poderia ser uma das meninas, foi algo que passou pela cabeça de todos os presentes, mas e se não fosse, rapidamente Alvo pegou o livro, e escondeu num dos bolsos do casaco que usava, enquanto Rose se apressava até a porta, para atendê-la. Institivamente Scorpio segurara sua varinha por sobre as vestes, pronto para se defender de qualquer espécie de ameaça.

_ sou eu, Fred Weasley – disse a voz do outro lado, todos ali a reconheceram como sendo do Grifinorio – abram, preciso ir até o dormitório do meu primo, e esse vagão é o caminho livre para lá, e vocês o trancaram – ela abrira a porta com a chave, e rapidamente o feitiço que cobria aquele objeto se desfez – Rose? – ele se surpreendera ao ver a prima, ele olhou para os outros, e viu que todos os membros do quarteto sonserino estavam presentes – o que fazem aqui trancados?

_ nada demais – disse Rose – apenas que os garotos me pediram ajuda para fazer um trabalho de Transfiguração, apesar de mandarem bem nessa matéria, sabe como eles são um lixo quando se trata de pesquisas – Lysander pareceu ofendido com aquilo, mas nada demonstrou – daí quando Teddy deu um trabalho sobre animagos – Alvo teve que segurar o riso quando ela disse aquilo – eles me pediram para ajudar... – Scorpio se surpreendeu, ela acabara de contar uma mentira das boas, mas como se quando tentara mentir para ele falhara? Não podia ter aprendido tão rápido, ou seria apenas com ele que ela não conseguia fazer isso? Fred não parecia ter dado ouvidos a nada que ela dissera.

_ eu vim falar com o Alvo, preciso da ajuda dele – disse Fred e o moreno se aproximou da porta próximo aos dois primos – é sobre o Tiago, ele fugiu de Beauxbatons.

_ é o que? – disse Alvo surpreso e ao mesmo tempo zangado – como assim fugiu? Ele sabe que tem aquela droga de prova do Torneio Tribruxo amanhã...

_ ele poderia ter fugido não? – disse Scorpio – é muita pressão ser um campeão de Hogwarts, talvez tenha achado que não conseguiria.

_ não seja idiota Malfoy – disse Rose – eu e Tiago temos estudado muito sobre as criaturas dessa primeira prova, e feitiços que podem ajudá-lo, ele não colocaria todo o meu... O nosso esforço a perder.

_ seja como for, precisamos encontra-lo – disse Fred enquanto segurava seu braço, pela primeira vez os terceiristas repararam que ele estava ferido – o que vocês... – ele notara que olhavam seu ferimento – ah... isso, bem... vamos dizer que o Tiago não estava no seu juízo perfeito.

_ ele te atacou? – disse Lorcan surpreso.

_ sim – disse Fred desanimado – tentei impedi-lo, a verdade é que... eu e ele discutimos, e por fim ele me lançou uma azaração... Nada grave, vou ficar bem... já sofri lesões piores – a ruiva quisera dar uma olhada no machucado e ao toca-lo com a varinha o Grifinorio soltara um gemido de dor – dá para parar de fazer isso.

_ sei, já sofri azarações piores – disse Rose sarcástica imitando a voz do primo – vem cá, vou cuidar de você – ela puxara o primo para se sentar – enquanto isso, explica essa historia direito...

Ele explicou tudo que aconteceu, entre eles sua briga com Tiago, onde ele disse coisas horríveis e o insultou de forma que o surpreendeu e um pequeno e rápido duelo entre ambos. Alvo ouvira tudo sem acreditar, os dois haviam brigado, o irmão havia ferido seriamente Fred com um feitiço, o primo não revidara, de acordo com o moreno, o rapaz parecia estar fora de si, quando montou em sua moto e saiu voando rumo aos céus. Todos se perguntavam para onde ele havia ido, Rose dissera que talvez tivesse voltado para Hogwarts, Lysander achava que ele tinha retornado para casa, outras perguntas surgiam como o porquê dele estar fazendo aquilo, e ninguém descartou a idéia de ser a tensão pela primeira prova que se aproximava. Fora quando Alvo se levantara, estava serio, ele sabia que algo tinha que ser feito a respeito, talvez por isso tenha tomado a dianteira.

_ acho que deveríamos ir atrás dele – disse Alvo – traze-lo de volta, se ele está tão mal assim pode tentar fazer alguma coisa extremamente idiota.

_ certo, mas em que lugar vamos começar a procurar? – disse Fred – se não notou, ele não deixou nenhum billhete dizendo aonde ia.

_ eu tenho uma idéia – disse Alvo seriamente – Fred, você vem comigo, os outros ficam aqui e tentam limpar a nossa barra, não sabemos quanto tempo podemos ficar fora – todos pareceram confusos e antes que alguém perguntasse aonde iam o moreno respondeu – vamos para Paris.


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Notas finais do capítulo

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