POV DRACO MALFOY

Potter e Granger estavam saindo do Salão Principal de mãos dadas logo após o episódio em que a garota Weasley revelou "inocentemente" para todos que estavam tomando café da manhã que eles estavam juntos.

Não pude resistir á tentação de provocar Potter

– Ei, Potter, vejo que conseguiu a sangue-ruim para você. Me encanta saber que traiu o seu melhor amigo para isso - disse sarcástico

– Malfoy! - Potter sacou a varinha. Ele achava mesmo que era páreo para mim?

– Não, Harry, ele não vale a pena - Granger disse arrastando-o para fora

– Nunca mais ouse chamar a minha namorada de sangue-ruim seu cara de fuinha - Respondeu Potter com raiva.

"minha namorada" aquelas palavras me atingiram mais do que deveriam, afinal, eu nunca fui e nem sou apaixonado por Hermione Granger.

Eu admito que sempre a desejei como nunca desejei nenhuma outra garota. Mas tudo não passava de atração, uma atração avassaladora por uma sangue-ruim. Eu não deveria ter esse tipo de sentimentos por essa garota, mas não consigo evitar!

Perturbado com o que havia acabado de ouvir, saí do Salão Principal e fui para a Sala Comunal da Sonserina que ficava perto das cozinhas.

Disse a senha e adentrei a sala que, em minha opinião era a mais luxuosa de Hogwarts. Toda a sala era decorada em tons de verde e prata. Fui até uma confortável poltrona verde-musgo em um canto escuro e deixei-me cair pesadamente sobre ela.

Como não havia ninguém naquele cômodo devido a todos estarem tomando o café da manhã no Salão Principal, recostei minha cabeça no espaldar da poltrona. Fechei meus olhos e deixei que meus pensamentos corressem soltos.

Ela tem um namorado? Ótimo, não é da minha conta!

Era humilhante para mim, um Malfoy, um sangue-puro, sentir mesmo que for a mínima atração por aquela sujeitinha sangue-ruim.

Quando foi que eu comecei a ter ciúmes da Granger?

Ninguém sabe, mas o verdadeiro motivo de Hermione ter me dado um tapa na cara (bem merecido, eu admito) em nosso terceiro ano em Hogwarts, não foi por eu ter ofendido seus amiguinhos. Não, o verdadeiro motivo por trás daquele tapa é que nós dois estávamos "ficando" na época, e naquela tarde, ela havia acabado de me pegar traindo-a com Pansy Parkinson.

Ela pode ser tudo, mas, uma coisa eu diga a seu respeito: aquela garota é firme, quando decide alguma coisa, raramente volta atrás.

Como eu sei disso?

Bem, depois de ela ter ajudado o Potter a salvar o "querido Sirius", eu a procurei e pedi que me aceitasse de volta e ela não me aceitou, aliás, não aceita até hoje. É claro que eu não gostava dela (e nem gosto), mas não queria levar um pé na bunda de uma garota como ela, eu apenas queria volta para logo em seguida ter o gostinho de terminar de novo com ela.

Fico pensando no que aconteceria se eu a tivesse aqui ao meu lado. Beijos, muitos beijos. E... Bem, naquela época eu não teria coragem para fazer certas coisas, mas, agora com quase 17 anos?

Eu estava tão concentrado em meus pensamentos impróprios para com a namorada do Potter que não escutei de primeira quando chamaram o meu nome.

– Draco? - perguntou uma voz conhecida tirando-me do meu delicioso devaneio

– Ah, oi Pansy - disse de mau humor

– Está tudo bem com você? - perguntou

– Sim, porque não estaria? - respondi

– Bem, é só que... Você parecia estranho quando saiu do Salão Principal agora há pouco - disse, e sem perder mais tempo, jogou-se em meu colo - e eu estava pensando se... bem, se você estaria precisando de alguma coisa - completou a frase com uma expressão maliciosa no rosto e uma voz que eu tinha certeza que ela julgava ser sexy e sedutora (como estava enganada).

Nem tentando parecer atraente, a garota com cara de buldogue velho que eu costumo usar como brinquedinho quando estou entediado, conseguia chegar aos pés de Hermione Granger.

– Eu não estou muito a fim hoje, sabe? - disse em uma falsa voz de lamento

– Tudo bem então, se mudar de ideia estarei no meu quarto - devolveu de mau humor e me deu um beijo bem, digamos, apelativo. Ela estava tentando, sem sucesso, me fazer mudar de ideia.

– Vou manter isso em mente - disse enquanto ela ia em direção ao seu quarto.

Droga! Eu preciso de outra garota, essa já está ficando meio "velha".

Eu sabia de quem eu precisava, e sabia quem me ajudaria a conseguir. Fala sério, eu sou um Malfoy, e quando um Malfoy quer algo, geralmente ele consegue.

POV GINA WEASLEY

Harry não pode ficar com aquela vadia!

Ela não é mulher para ele, eu sim sou algo que ele mereça. Eu já estava fazendo planos para nós dois juntos quando o banana do meu irmão estragou o meu plano de separar Harry daquelazinha. Porque é que o idiota do Ronald tinha que deixar passar o fato de que Harry roubara a sua garota?

Ele devia brigar com o melhor amigo, resultando assim no rompimento do namoro de Harry com Hermione. Mas não, ele tinha que bancar o bonzinho e desistir dela!

Eu precisava de outro plano de ataque e rápido.

– No que você está pensando Gina? - perguntou Dino passando os braços pela minha cintura. Argh! Eu tinha mesmo que suportá-lo?

– Ah, nada, só estava pensando que o Natal é daqui uma semana - menti

– Sim, eu estou tão animado para passar o Natal coladinho com você!

– Sim, claro, eu mal posso esperar por isso - disse forçando um sorriso sofrido

– Nossa, olha as horas! Eu tenho que ir, o Simas me fez prometer que jogaria Snap explosivo com ele antes do almoço - disse levantando-se do banco em que estávamos sentados nos jardins da escola.

– Ah, tudo bem, vai lá - respondi com uma animação exagerada por me ver livre dele nem que fosse só por alguns minutos

– Te vejo no almoço? - disse inclinando-se para selar nossos lábios

– Sim, te vejo no almoço - respondi enquanto ele se virava e ia em direção ao castelo.

Eu estava observando o céu, que dava sinais de que uma nova tempestade de neve estava por vir quando uma coruja de igreja grande e gorda deixou cair um pergaminho em meu colo.

Abri a carta, que na verdade, não passava de um simples bilhete.

“Encontre-me na Torre de Astronomia, ás 11h30min. Vá sozinha."

O bilhete não tinha remetente, mas eu conhecia bem aquela caligrafia que dava a impressão de que quem escreveu naquele pergaminho, era alguém muito arrogante.

Eu sabia bem o que ele queria comigo, mas ele era a minha única chance de conseguir o que eu queria.