Aku No Futago escrita por Ao Kiri Day


Capítulo 4
Midori no Hiime-chi (A Princesa do Verde)




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“Akuno hana karen ni saku  (Uma flor do mal atraentemente floresce)

Kuruoshii iro-dori de  (Em loucas colorações)

Totemo utsukushii hana nanoni  (Apesar de ser muito bela)

Ah toge ga oo-sugite saware nai ( Ah, ela possui espinhos demais para ser tocada)

E naquele país de verde, ficaria pra sempre marcada a história da Midori no Hiime-chi…

A garota que sonhava com seu príncipe…a bela e doce princesa que cantava em seus bosques e em todos os seus domínios. Sua bela voz trazia paz…mas infelizmente seu amor era invejado pela rainha do Amarelo…sua felicidade acabou se tornando no motivo que destruiu todo o País de Verde.

Aquele país…não era mais um simples país. Aquele fora um dia um lugar de paz e bons sonhos, um reino mágico. Mas o mal nunca dorme, e ele logo veio, sendo carregado por um cavaleiro de alma sofrida…

Ele não era mais aquela pessoa adorável…ele era o próprio mal, e ceifou a vida da jovem Dama de Verde com sua espada, uma que carregaria toda a dor daquele momento em sua memória…

_“Doshite namida ga tomaranai?” (“Por que as lágrimas não param da cair?”)

Os olhos verdes, tão felizes, não demonstravam mais nada para o loiro…eram só um par de olhos, que iam se fechando, mas os lábios dela…os lábios dela, entreabertos…eles sorriram, eles se fecharam em uma fina linha…ela morria feliz também?

_Eu fico feliz por você cavaleiro…você é fiel…e ama realmente a todos…e eu sei que você me ama, e que não queria ter feito isso. Mas se a Princesa de Amarelo quer que você seja essa pessoa de hoje, eu não o culpo…se fosse pela minha paixão…eu talvez…eu talvez… -dizia enquanto fechava os olhos, com as gotículas lavando seus rostos.

Len os colava, seus cabelos se misturavam e seus choros foram selados no bosque verde…ele pediu perdão, e rezou…rezou como nunca antes, para que sua irmã…que tudo aquilo, que todo aquele sofrimento acabasse logo…

O corpo, sangrava timidamente. Até o sangue da moça era suave e calmo…ele a depositou no chão, fez um adorno de rosas e colocou em suas mãos, junto ao peito, onde antes batia um coração apaixonado…ela parecia que dormia. Mas aquele sono não seria como o de Aurora, num conto de fadas qualquer…seria para eternidade.

Ele ficou muito tempo vendo o corpo da mesma perder a cor…estava muito pálida. Len ouviu alguém se aproximar e rapidamente se escondeu.

A pessoa era nada mais nada menos que o Cavalheiro de Azul…ele tinha voltado ao saber do plano da Princesa de Amarelo.

_M-Miku… -disse se ajoellhando ao lado do corpo.

O sorriso permanecia…e uma flor azul pousava no meio do adorno verde. Len se certificou de por aquela rosa, que estava no cabelo dela, junto às outras. Ela merecia todo o amor do mundo…e de certa forma, o tinha.

_Meu amor… -Kaito beijando-lhe os lábios suavemente.

Len não sentia mais aquela dor de rejeição…ele sentia felicidade. Era estranho, tão estranho saber que um amor desses podia existir…ele se esqueceu do amor que tinha pela de verde. E por quê?

Rin…

Sempre fazia tudo por ela…

Ela sempre com aqueles sorrisos…

Rin…Len…Kagamines…Gêmeos…Espelhos…

Os gêmeos são um só. E sem o outro perdem uma parte dentro de si…eles mudam…

_Rin deve estar esperando. –disse em sussuro enquanto voltava para sua princesa.

E como um espelho, se eles se quebram…não há mais conserto…serão cacos e suas imagens ficarão distorcidas pela eternidade, eles não se reconhecem, mas continuam sendo um…e como se repõe um espelho?

Não se repõem espelhos nesse mundo…só se constroem outros…e foi o que aconteceu no momento em que os Kagamine foram separados. Eles começaram de novo…mas como não é o mesmo espelho…não vai haver o mesmo sentimento…

_Você não é meu irmão… -Rin olhando pela janela.

Ele a olhava diferente nessa noite. Rin caminhou até ele…

_No fim…só nós dois…você e eu. Fomos decepcionados pelo mundo e agora veja o que sobrou de nós… -Len.

_Não somos mais irmãos…não como antes… -Rin.

_Eu serei mau por você, Rin… -Len.

_No fim…você é o único que me ama… -Rin.

_O País é apenas um lugar sangrento…e logo, vão vir atrás de nós. Saiba, meu amor, eu te protegerei, mesmo que o mundo todo se volte contra nós…Se você é chamada de maligna, então esse mesmo sangue mau corre nestas veias… -Len.

_Len… -chorava a Rainha.

A menina se rendeu aquele rapaz sedento…seus lábios se encontraram com ardor…

“Eles sempre se viam assim, sempre…”. “Então porque eu estava envergonhado agora?”. Nada os impediria…Ele a colocou na cama.

“Seu rosto está corado, meu amor.”

“Você é linda…”

O longo vestido estava estendido no chão. Seus corpos, pequenos e doloridos pelas marcas das lembranças tristes , abandonavam a culpa e admitiam sua posição…eram sujos. Ela o recebia com o todo o amor que tinha antes pelo Cavalheiro de Azul, e ele a tomava com todo o fervor que sentia antes pela Dama de Verde.

_ “Será que era assim o amor deles?” –pensavam em unissono.

Eram bons gêmeos…perfeitos amantes…e jovens certamente malignos…

O fim se aproximava, mas apenas para essa pequena história. Para os gêmeos…a história correria por muitos anos…

_Eu te amo. –Len dizia, suado, e movimentando-se rapidamente.

Queriam aproveitar aquela noite, pois ela era a mais perfeita de todas.

O céu estava coberto por uma tonalidade vermelha, assim como o brilho sanguinário da Princesa e seus olhos luxuriosos durante aquela cena proibida…e o mar estava agitado e deliciado com a temperatura quente que pairava,  assim como o loiro.

Aquele ato…ele não parou uma vez sequer. Rin gritou…os criados ficaram com medo…os gêmeos choravam…

Doía…Sentiam os erros na pele…os espinhos entravam em suas carnes bem no fundo. O sangue iria correr… uma rosa dourada e ferida… as pétalas desferiam golpes no chão.

 Eram um só a partir da noite sangrenta…mas a sensação e o pesar nas mentes…realmente doíam.

_Eu te amo… -Rin.

As lágrimas deles se enxugavam nos rostos um do outro…os soluços dos dois eram altos e profundos.

_O-Obrigada por me amar…

“Mou sugu kono kuni wa owaru dasou  (Logo a ira surgirá nas pessoas)

Ikakerou kokumin-tachi no te de  (E irão vir nos derrubar)

Kore ga mukui da to iu no naraba  (Mesmo que nós mereçamos isso)

Boku wa aete sore ni sakaraou  (Eu ainda irei desafiá-los)”

“Por isso…vamos ficar juntos essa noite…assim como quando éramos crianças…”

Continua


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