Aku No Futago escrita por Ao Kiri Day


Capítulo 3
Aku no Hana (A Flor do Mal)




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“Mukashi mukashi aru tokoro ni ( muito tempo atrás)

Aku-gyaku hidou nou oukoku mo (Existia um ultrajante reino de infelicidades)

Chouten ni kun-rin suru wa (Onde, do topo, reinava)

Yowai juuyon no oujo-sama (Uma princesa de catorze anos)”


Desde aquele dia, Len, o servo da rainha, foi fiel a ela…o servo parecido com a rainha perversa. Todos naquele país sofriam com as decisões da garota…o dinheiro era cobrado nos impostos altíssimos, as cadeias estava cheias e centenas de execuções públicas haviam sido feitas.

O servo assistia tudo de perto, horrorizado…mas não tinha coragem de se impor à princesa, ele não queria ver suas lágrimas.

_Sei que é egoísta…mas não posso fazer nada. Desde que minha princesa esteja feliz, eu não me importo. –Len.

Os dias correram, ela cometeu atos em que ás vezes o humilhava. Len e Rin tratavam-se exatamente como a sociedade mandava…e quando se encontravam sozinhos, seus dias de infância era relembrados.

_Ah, é hora do lanche. –Rin olhando para o relógio.

_Hoje o chá será servido com brioche. –Len.

Rin apresentou ao irmão o seu sorriso mais infantil…como uma flor tão linda podia ser tão perigosa?

Ela todos os dias infernizava a vida dos cidadãos, sempre mandava todos se curvarem perante a soberana do País de Verde.

_“ Saa, hizamazuki nasai!” (“Agora ajoelhe-se!”).

Ela cavalgava em sua imponente Joshephine…o cavalo preferido dela. Mas parecia que até Joshephine odiava a rainha…

_Oujo-sama… -Len tentando acalmá-la após um plebeu lhe implorar para abaixar os impostos.

_SILÊNCIO SERVO! EU NÃO PRECISO AGUENTAR ESSAS RECLAMAÇÕES INJUSTAS! GUARDAS! MANDEM ESSE HOMEM PARA A MASMORRA E REBAIXEM SUA MULHER E SEUS FILHOS EM ESCRAVOS DE LAVOURAS! –Rin gritava enquanto se afastava de volta ao castelo.

Len não sabia o que fazer perante tudo aquilo…Alguns dias depois, a rainha mandou Len visitar o País de Verde…um lugar em que as rosas, diferente de seu país, possuíam uma coloração verde e alegre.

Ao passar por alguns lugares e conhecer a princesa do país, Len sentiu seu coração bater mais forte…a princesa era a mulher mais linda que já havia visto, ela era o símbolo da felicidade naquele mundo de fantasia…seu sorriso era tão vívido, seu jeito gentil e calmo o enlaçou no primeiro momento…

_Eu sou a Dama de Verde, Miku… -dizia a jovem em sua voz fina e suave.

_Senhorita, eu sou Kagamine Len…do País de Amarelo. –disse com toque apaixonado.

A mocinha riu pra ele, mas seu sorriso se dissipou ao lembrar de algo…

_Soube que seu país passa por grande dificuldade…claro que é um assunto só entre os cavaleiros daqui, mas…dizem que é por causa da rainha. –dizia com medo de ofender o menino.

_Hiime-sama…Rin-sama…ela não é má, só é muito nervosa. –dizia Len.

A de verde se aproximou acariciando o rosto do de amarelo.

_Sinto muito, mas uma pessoa assim…ela precisa ser boa com seu povo. Se não, como ela vai ser amada? –dizia lhe dando as costas em um último gesto.

Len suspirou…ela tinha razão. Ao amanhecer partiria, mas antes, queria ver sua paixão outra vez…

O amarelo perdeu seu coração naquele dia. A Dama de Verde, se encontrava com um moço de azul…era mais velho, elegante, era um homem.

Len percebeu que seu amor não era correspondido. Aquela noite ele se esqueceu das palavras ditas pela moça.

_Se é para ser mau, eu serei…minha princesa é a única que se importa com minha existência. –dizia no caminho para casa.

O loiro tinha ainda uma rosa verde em seus pertences…

_Onii-chan, você voltou! –dizia agarrada ao pescoço dele.

_Como foi por aqui, Rin? –dizia em um meio-sorriso, triste.

A loira sabia de sua tristeza…ela era sua gêmea, ela sentia a dor dele. Naquela noite, todos os criados tiveram certeza que Len e Rin escondiam algo muito importante deles.

_Eu sei que Len é o único que consegue acalmar Rin-sama. Ele conseguiu evitar muitas mortes desnecessárias aqui… -Teto.

_Verdade. Será que são amantes? –dizia uma de cabelo verde, Gumi.

_Parem com as besteiras. Se um lacaio bajulador pega vocês, estarão com as cabeças penduradas logo, logo. –Kiyoteru.

Os jovens conversavam no luxuoso quarto da princesa. Len sentia-se muito feliz ao lado da irmã.

_Você é tudo que preciso, Rin-chan. –disse a abraçando.

_Eu sei. Agora você podia fazer um bolo de laranja pra mim? –Rin.

_Tudo o que minha princesa quiser. –disse indo para a cozinha do palácio.

_Não gosto de que me chame assim. –Rin se encolhendo nos travesseiros.

No dia seguinte…

_R-Rin, você não pode fazer isso… -Len.

_Cale a boca, Len! Não está vendo que vai faltar comida aqui dentro?! Então vou, sim, aumentar os impostos desse povo inútil! –Rin ralhando com Len no quarto.

Ele engoliu em seco…as pessoas ficariam bravas. Rin queria ainda mais dinheiro para satisfazer a si própria.

_E quando dizem que o dinheiro sobe a cabeça, não estavam mentindo. –dizia sentado em uma cadeira.

_Pelo amor, né Len?! Não entende que não podemos fazer mais nada? –Rin.

_Basta que você esqueça esses mimos por algum tempo e trate seu povo com mais suavidade. –Len sussurrou.

A menina se aproximou dele e desferiu-lhe um tapa, derrubando-o da cadeira.

_RIN! –disse alterado.

A menina fazia idéia, claro, de que ele poderia se impôr naquele momento, então assumiu a posição de poderosa.

_Calado! E nem chegue perto de mim! E toda aquela história de “vou te proteger” ?! Seu mentiroso! –disse chorando.

Len suspirou, a garota era mesmo mandona…chegou perto dela e se ajoelhou olhando para o chão.

_Me perdoe. –Len.

Rin sorriu à vitória. Mas sentia algo em seu coração, que seu irmão era a única pessoa que a entendia mesmo, e que a amava.

_Não se preocupe. Eu vou cortar pela metade os impostos que ia cobrar antes. –disse e mandou-o se retirar.

Ele saiu. Eram poucas as vezes em que ela o batia…chegou ao ministro e lhe informou sobre o aumento de impostos.

_M-MAS! L-Len-san, o povo…vai querer causar uma revolta…aumentar nessa quantia é loucura! –dizia Kiyoteru desesperado.

Len tinha a expressão indiferente.

_Ordens diretas da rainha. E…saiba que era pra ser o dobro disso…agradeça por ter amenizado a situação. –disse Len passando pelo homem.

_ “Por isso essa mancha vermelha no rosto? Como é possível que ainda esteje vivo?” –pensava o homem assustado.

_Arigatou, Len-san! –Kiyoteru.

O loiro só acenou para o outro. No mesmo dia, a rainha recebeu uma visita vinda do outro lado do oceano.

Era um Cavalheiro de Azul…Shion Kaito. Dessa vez, o coração maligno da princesa se transformou em belas rosas inofensivas…

_Vim visitar seu país, pois soube de um dos atrativos daqui, mas notei uma miséria…que fez meu coração ceder um pouco e vir-lhe conversar um pouco, Vossa Alteza. –disse o homem numa reverência.

A loira dispensou todos,e até Len, que observava tudo curiosamente. Rin levou o moço até as roseiras amarelas, em que só ela e Len brincavam, o que deixou o loiro com ciúmes.

_Lindas estas rosas. –dizia.

_Obrigada. Mas a miséria que acomete esse lugar, talvez seja um pouco de falta de opções…eu devia ter um marido para me ajudar a controlar esse mundo. –disse indiretamente.

O azul observava uma rosa verde plantada e que florescia ali perto, algo que Rin notou, mas não fazia idéia de onde poderia, ela, ter surgido.

_Esta rosa…é do País de Verde, oujo-sama. –falou o de azul.

_E-Eu sei…mas não sei o que está fazendo aqui. –disse.

Len se esqueceu de pô-la em um lugar mais escondido…se culpou em sua mente.

_Essa flor…ela possui um cheiro maravilhoso…-disse a cheirando.

Rin sentiu-se insultada, pois aquele lindo homem não havia elogiado suas rosas dessa maneira.

_A Princesa Miku…conheci ela há alguns dias. Ela é maravilhosa… -dizia apaixonado.

_E o cavalheiro ama ela? –dizia inocentemente.

_Acredito que sim, Princesa Rin. –dizia.

Rin foi tomada pela inveja. Garantiu a saída segura do moço de azul até o porto, e logo que ele embarcou…Rin se dirigiu ao seu irmão, sombria e vingativa, no mesmo jardim.

A de amarelo arrancou a flor do chão e a despedaçou em sua mão, mas o estranho,era que os espinhos da rosa verde eram tão frágeis, que nem chegaram a arranhar sua mão.

O ódio a transpassou quando fez o mesmo com uma rosa amarela e cortou toda a mão.

_LEN! –Rin.

_Fale, Rin… -Len.

_Você vai fazer algo pra mim…e não pense em recusar! –Rin estava às lágrimas de raiva, um brilho sanguinário invadia seus olhos azul-céu.

Sim, os olhos-céu eram tão transparentes que deixavam passar todas as emoções sem percebê-las, só via o que queria…

E os olhos-mar eram tão reflexivos que podiam espelhar toda a maldade da Princesa Perversa.

_Ordeno que elimine a Princesa do Verde! –Rin.


“Akuno hana karen ni saku (Uma flor do mal atraentemente floresce)

Azayaka na irodori de (Em vívidas colorações)

Mawari no aware na zassou wa (Quanto as pobres ervas daninhas ao seu redor)

Ah youbun to nari kuchite yuku (Ah, elas viravam comida enquanto murchavam)”

Continua


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