Demi POV

- Mais uma John. – pedi estendendo o copo.

- Você não acha que já bebeu demais hoje? – disse enchendo meu copo. – Você ta bebendo desde as cinco da tarde e agora é uma da manhã. – completou.

- Obrigado mamãe, mas já sou bem grandinha. – virei o copo.

E assim as horas se seguiam, um copo atrás do outro.

- Já chega Demi, você passou da conta hoje. – John parecia bravo.

- Vai a merda John. – deixei o dinheiro no balcão e sai cambaleando. Quase cai no pequeno degrau da porta de entrada se não fosse a parede pra me segurar ia ficar feio. Fui encostando na parede até chegar no carro, não sei como cheguei até ele mais aqui estou.

- Por favor Will, me deixa subir pra falar com ela. – insistia.

- Não Demi, você ta bêbada. Como conseguiu chegar até aqui sem se meter em encrenca.

- Isso não vem ao caso agora. Eu só preciso falar com ela, uma chance é o que eu peço. – implorei.

- Não, no dia que você estiver sã você vem aqui que eu libero sua entrada, mas hoje não. – falou decidido.

- Tudo bem, mas antes de tudo eu tentei. SELENA! DESÇA AQUI, PRECISO FALAR COM VOCÊ E NÃO VOU SAI... – senti uma mão na minha boca me calando.

- Qual o seu problema? Vai acorda o prédio todo.

- Eu te avisei, me deixa subir. – o interfone tocou.

- Espere aqui e não faça nenhuma loucura. – assenti enquanto ele entrava na pequena salinha.

- Desculpe Will mais eu preciso. – adentrei o prédio ouvindo ele chamar meu nome. Elevador seria perda de tempo naquele momento e meus segundos eram preciosos. Subi pela escada até chegar no nono andar, corri pelo corredor parando em frente a porta do seu apartamento.

Eu precisava fazer isso. Já sentia as lágrimas cortarem meu rosto. Toquei a campanhinha e esperei.

Depois de um tempo ouvi o barulho da porta ser destrancada e logo depois aberta.

Selena POV

Acordei assustada com o barulho da campanhinha sendo tocada repetitivamente. Olhei no relógio na mesinha de cabeceira e nele marcava quase quatro da manhã. Levantei pegando meu roupão enquanto ia em direção a porta de entrada. Quando finalmente abri meu corpo inteiro gelou com a figura do lado de fora que se jogou de joelho aos prantos.

- Por favor, me perdoa eu nunca te trai a Taylor me beijou eu não beijei ela, eu te amo tanto e você me faz tanta falta, depois que você saiu da minha vida eu não sei mais o que é viver, tentei te esquecer de todas as maneiras, mas sempre falho. Me dá uma chance, é a única coisa que eu te peço, se eu não puder te ter na minha vida de novo queria pelo menos me explicar. – ela chorava igual uma criança. Meu coração se despedaçou ao vê – lá naquele estado e ainda por minha culpa. Sem pensar me ajoelhei na sua frente envolvendo meus braços no seu pescoço, senti seus braços me apertarem forte na cintura e seu choro abafar no meu pescoço.

- Shii, calma a culpa não é sua. – ela começou se acalmar. Levantou o rosto e nossos olhares se encontraram, podia ver a culpa que ela sentia achando que me magoará.

- Me perdoa por ter te feito sofrer, juro que eu não queria. – segurei seu rosto entre as mãos.

- Shii, não fala nada por favor. – fechei os olhos e ela logo entendeu. Sem hesitar juntou nossas bocas pedindo passagem para sua língua que sem demora cedi, sentir seu gosto novamente e a língua quente na minha fez com que uma corrente elétrica passasse por todo meu corpo fazendo um arrepio dominar minha pele. Nossas línguas dançavam um ritmo senxual em busca do maior contato possível. O clima ficou intenso quando senti meu corpo ser levantado do chão e um aperto forte na cintura. O desejo tomou conta do meu corpo sentindo a pele gelada pelo frio, envolvi minhas pernas em sua cintura e o gesto a fez sorrir parando o beijo pra me encarar. Palavras não eram necessárias, ela podia ver meu desejo e saudade explícito em meus olhos, eu via a mesma expressão.

- Vamos pro quarto. – falei capturando seus lábios ferozmente sentindo seu corpo se movimentar.

Sorri quando minha costa encontrou o macio colchão da minha cama e vendo a figura sorridente apoiada na cama me olhando. Puxei seu corpo pro meu lado na cama invertendo as posições me sentando na sua barriga iniciando outro de muitos beijos que ainda rolariam naquele resto da madrugada. Na minha cabeça era tão certo e tão errado ao mesmo tempo, mas a única coisa que me importava agora eram as sensações incríveis que sua língua quente e ágil me proporcionavam.