Templários. escrita por Lelouch Lamperouge


Capítulo 16
Capítulo 16 - Vamos começar!


Notas iniciais do capítulo

- Hump, chegaram. Muito bom, me drogaram para que eu não pudesse usar de transformação. Prudente. Fala um homem completamente acorrentado sentado num canto deste quarto em cima de uma poltrona velha. Imagino que agora vão me torturar e tentar arrancar informações não é mesmo? Fala com certo tom de ironia.



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Jhonata começou a descer as empoeiradas escadas do porão daquela velha estalagem, apertando um pouco os olhos para poder enxergar naquela profunda e vazia escuridão. A poeira dificultando a respiração junto às teias de aranha e o ranger das escadas fizeram que Ricardo -que já sentia certo frio na nuca em pensar em ter que reencontrar com o Lobisomem- engolisse em seco ao descer o primeiro degrau.

O ambiente não estava nada agradável, o ar era quase tão gélido quanto os montes de Kalahn, no extremo norte da Europa, e um cheiro de algo podre era tão forte que era até possível sentir o gosto de alguma coisa estragada se respirasse fundo.

- Ricardo, você tem certeza que ele esta desacordado não é? – Precaveu-se Jhonata sem olhar para o amigo que vinha atrás carregando sua Sacola nos braços, tentando não fazer barulho.

- Bom... Sim... Talvez... – Hesitou Ricardo. – Que... quero dizer, deve est... Estar. – Gaguejou Ricardo com a voz tremula que demonstrava nervosismo e medo.

- Talvez? – Retrucou Jhonata aparentemente assustado. – Como assim talvez...?

- Bom o veneno que eu dei para ele deixa qualquer pessoa normal inconsciente, mas, ele não é uma pessoa normal! – Respondeu o Gatuno. – Ele é um Lobisomem, nunca testei o efeito em um bicho assim, no mínimo ele não poderá se transformar, isso posso garantir.

De Repente um estampido foi ouvido nas escadas, um baque surdo se ouviu diante de Jhonata e Ricardo, que arregalaram os olhos para verem o que era, em vão, nada era visto em meio aquela escuridão. Jhonata segurava a arma com a mão tremula enquanto que Ricardo batia violentamente os dentes. Desceram mais um degrau. Agora um barulho agudo e continuo era ouvido, com intervalos entre si, lembrava uma goteira caindo num balde de ferro vazio. Desceram mais um degrau, e, em meio ao cheiro horrível que inalavam e os sons emitidos pela goteira e os dentes de Ricardo se batendo ouviram um forte estampido vindo do teto da escada e no instante seguinte Jhonata viu um vulto passar bem diante de seus olhos e no degrau abaixo dele um forte baque surdo foi ouvido.

Antes de Jhonata sequer olhar para baixo, Ricardo que estava logo atrás caiu nas escadas e soltou um grito de pavor que foi engolido pelo forte som de uma das pistolas de Jhonata disparando seis tiros seguidos. Jhonata que havia se assustado mais com o grito que Ricardo deu do que com o possível ataque acabou fechando os olhos e atirando sem sequer saber em que atirava. Seu dedo se moveu por instinto, pensou ele, e no instante seguinte a única coisa que se podia ouvir era a voz de Ricardo que continuava a gritar de pavor jogado no chão com os olhos fechados.

- Para com isso Ricardo! – Fala Jhonata subindo dois degraus e tampando a boca de Ricardo com a mão esquerda.

Ricardo estava com uma expressão de pânico, a testa franzida, os olhos arregalados e até lagrimas já corriam por seu rosto que estava impressionantemente mais branco que o comum. Jhonata tirou vagarosamente a mão da boca do amigo que a mantivera aberta como se fosse um boneco de cera mirando três degraus a sua frente, como quem esperasse um morto levantar de sua cova, até que seu ataque de temor fosse terminado com a voz de Jhonata que falava agora...

- Esta tudo bem, não era nada, esta tudo bem... – Afirmou tentando convencer seu amigo.

Jhonata se levantou e ofereceu a mão a Ricardo para ajudar o garoto que continuava com a mesma cara de pavor a se levantar, Ricardo, porém nada fez, sequer desviou o olhar, continuava imóvel, com a boca aberta e os olhos esbugalhados fitando o terceiro degrau a sua frente. Jhonata então observando que o amigo ainda estava em estado de choque desceu três degraus e abaixou-se, agarrando alguma coisa em mãos e voltando até onde Ricardo encontrava-se jogado no chão com a boca aberta.

- Era isso! – Jhonata colocou diante dos olhos de Ricardo um rato particularmente grande e gordo. – Deve ter caído daquele buraco ali em cima. – Afirma Jhonata mostrando a Ricardo que olhava agora para um buraco feito no teto de cimento acima da escada sem notar que continuava com a boca aberta.

- Levanta daí! – Fala Jhonata estendendo a mão para o amigo que estava caído no chão. Ricardo pega a mão do Amigo e se levanta apoiando-se no corrimão e fechando a boca nesse momento.

Eles descem mais alguns degraus e finalmente chegam ao fim da grande escadaria. – Ou pelo menos foi o que pareceu para Ricardo, afinal, a escada tinha no Maximo 20 degraus. – Jhonata encontrou um pequeno interruptor na parede ao lado da escada velha de madeira e o tocou, assim, num clique uma pequena e empoeirada lâmpada pendurada no centro de um pequeno e claustrofóbico quarto se acendeu iluminando tudo num tom amarelo-dourado.

- Hump, chegaram. Muito bom, me drogaram para que eu não pudesse usar de transformação. Prudente. – Fala um homem completamente acorrentado sentado num canto deste quarto em cima de uma poltrona velha. – Imagino que agora vão me torturar e tentar arrancar informações não é mesmo? – Fala com certo tom de ironia.

Ricardo larga sua sacola de ‘ferramentas’ no chão fazendo um barulho de metais se chocando e faz um movimento, esticando os braços para o alto se alongando. Logo se põe a abaixar e começa a mexer na sacola enquanto Jhonata se aproxima de Diego que estava sem nenhuma expressão em sua face, exceto talvez, a aparência sádica que ostentava naturalmente.

- Que tal começarmos assim?  - Começa Jhonata falando vagarosamente. – Vamos começar com as apresentações! Eu Sou Jhonata, aquele ali é o Ricardo e já sei que você se chama Diego não é mesmo? – Questiona com certa ironia. – Mas, o que quero saber, é! – Pausa. – Quem é o seu chefe e quais são os planos dele? – Continua Jhonata olhando nos olhos de Diego agora.

- Vai se ferrar! – Responde com rispidez Diego enquanto Ricardo se aproximava com alguma coisa nas mãos que Diego não conseguia ver, pois Jhonata estava na frente.

- Hum, quer bancar o durão não é? – Questiona com ironia Ricardo. – Não esta em condições melhores que ninguém aqui, lembre-se que esta sozinho e indefeso.

- Pelo menos eu não comecei a gritar e nem fiquei histérico com os ratinhos daqui. – Começou Diego provocando Ricardo. – Afinal, eu não sou um qualquer que se acha demais, mas não passa de um covar... – Diego parou o que falava e deu um forte grito de dor quando percebeu uma pequena adaga em forma de cruz atravessou seu ombro e o fez encostar as costas no repouso da poltrona velha.

- Me deixa explicar direito para você... – Começou Ricardo com um sorriso Sádico. – Você, esta ferrado! E vai nos dizer tudo o que queremos ou vai sofrer muito na nossa mão. – Afirmou enquanto o sangue do lobisomem escorria por seu ombro ferido.


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Notas finais do capítulo

Estou melhorando e vou melhorar cada vez mais...
Conto com Comentarios e criticas de vocês meus leitores para melhorar mais ainda...
Obrigado por lerem!



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