Nas Mãos Da Semideusa escrita por Naty Almeida


Capítulo 16
Capítulo 16 - Ops, isso não é nada bom!


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora pra postar, ando atolada com compromissos! :(



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Acordei abraçada com Reyden e assim que notei aquilo larguei-o bruscamente, quase caindo do sofá-cama. Ele riu e disse:

-É tão ruim assim dormir comigo, Silena?

-Eu não dormi com você! -Balbuciei- Eu... Eu só dormi na mesma cama que você! -Senti que estava ficando vermelha. 

-Ok, boneca, estou só brincando. -Ele pulou da cama, ágil como sempre. Ficava tão incrível com o cabelo bagunçado daquele jeito, os olhos pesados de sono ganhavam um charme todo especial... E notei que era ligeiramente musculoso. Não tanto quanto Charlie, mas o suficiente para ficar bem bonito.

Sugeri:

-Temos que partir o mais rápido possível. Vou tomar um banho, acorde os meninos. 

-Sim senhora! -Falou, de um jeito provocador. 

-Idiota! -Revirei os olhos e sorri. 

Quando voltei, maquiada e arrumada, Kyma veio falar comigo:

-Silena, sua mãe me deixou em sonhos um recado para lhe dar... 

-Diga. -Estremeci. 

-Ela pediu que lhe avisasse... Bem... Você não deve se envolver com essa pessoa, não se deixe seduzir ou vai acabar mal. Esse romance machucará seu coração, muito. 

Eu nem estava mais me envolvendo com Charles... Tanto assim... Senti um aperto no coração, mas apenas fiz que sim com a cabeça... Que romance? Eu não estava com ninguém... 

Enquanto Max cuidava dos pégasus lá fora e Charles estava no banho, eu e Reyden arrumávamos as mochilas e conversávamos um pouco. As brincadeiras eram muitas e aquilo estava nos aproximando cada vez mais. Ri do modo como imitava Max e Charlie, perfeitamente, e da imitação exagerada de mim:

"Sou Silena Beauregard, filha de Afrodite, eu falo francês fluente e sou gata, olhem pra mim! Olhem pra mim! Só eu tenho uma cela especial de pégasus! Todos me amam!" 

Dei um murro no ombro dele e disse que era uma criança, mas dei risada pelos trejeitos idênticos aos meus que fazia. 

Acabei de ajeitar as coisas e olhei a fita rosa em meu cabelo:

-Não entendo porque mamãe me deu essa fita para a missão... É meio desnecessária, não é?

Ele pegou para analisar:

-Na verdade... -Cheirou a fita. -Entendo bem porque lhe deu isso, é de Moli tingida! 

-O que é isso?

-Uma planta muito boa para resistir à bruxarias e feitiços! Por isso Nésloga não surtiu efeitos em você. E provavelmente conseguiu enganá-la facilmente porque a fita deve ter uma espécie de "Ampliador de charme", para que você seja mais convincente! 

Fazia bastante sentido:

-Você é um gênio, rei dos ladrões! 

Ele riu:

-Que engraçado isso, não é?

-O quê?

-Eu te chamo de boneca e de princesa, e você me chama de rei dos ladrões. -Parecia esconder certa tristeza naquele sorriso, então eu disse...

-Quer que eu te chame do quê? De boneco? Soa meio ridículo, não acha? 

Ele soltou uma gargalhada misteriosa, como se eu não soubesse o que falava e disse:

-Existem outros modos de me chamar, Silena. 

-Como quer que eu te chame então?

Ele aproximou seu rosto do meu e murmurou, baixinho, aquele hálito fresco de quem acabara de escovar os dentes soprando meu rosto:

-Que tal de... "Meu"

Reyden aproximou seu rosto ainda mais e me beijou. Não um beijo qualquer, um daqueles beijos de cinema, de perder o fôlego. Retribui, tonta, esquecendo completamente o aviso de minha mãe. Parecia certo, parecia tentador... Aqueles lábios eram macios e eu estava realmente afim dele... Com aquele beijo eu tinha começado à questionar se não estava apaixonada por ele sem saber... 

Ouvi Charles arquejar... Me virei, corando e me afastando bruscamente de Rey:

-Muito bom! Muito bom mesmo! -Reclamou ele. 

-Charlie... Eu não...

-NÃO DIGA NADA! NÃO DIGA QUE NÃO QUERIA! -E baixou do nada o tom de voz. -Só vai piorar tudo...

Me calei. Reyden abraçou-me pelos ombros delicadamente e beijou meu rosto.

Entre uma das nossas conversas, tinha descoberto mais sobre ele:

Seu nome completo era Reyden Warrior, e sua mãe cuidara dele até morrer, quando ele estava com mais ou menos 9 anos. Agora, já tinha quase 16. Os cabelos eram naturalmente cor de areia, mas como lembrava os de seu pai, Hermes, e sua mãe tinha cabelos bem escuros, decidiu tingí-los dessa cor, assim como a sombrancelha para não distoarem. Ele não gostava muito do pai, apesar de não ser revoltado como Luke à ponto de fugir do único lugar seguro que encontrara. Já tinha participado de uma missão antes daquela. 

Mas, voltando à cena nada agradável...

Charles estava perplexo, talvez por achar que eu não queria nada com ninguém, e agora pensar que o problema era ele. Não falou mais nada comigo, dava todas as ordens dirigindo-se apenas para Max:

-Max... Vamos todos agora começar a viagem, devemos chegar lá umas quatro da tarde. 

Seguimos viagem. Era desconfortável aquele clima. Aquele silêncio não era bom nem calmante, nunca antes o silêncio gritara tão alto. Me sentia mal, provavemtne Charlie achava que eu o tinha traído, mas a verdade é que nem estávamos juntos. Eu não podia me sentir culpada... Porém me sentia... 

Cansada daquilo, olhei para Rey, que me devolveu o olhar como se dissesse: "Calma, logo passa!". 

Depois de mais ou menos uma hora de tédio, cochilei.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo promete... No que isso ai vai dar einh? Hm...