The New Spirited Away escrita por Miya


Capítulo 6
Novos acontecimentos - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Boa noite gente!!! Estou continuando a fic com o máximo esforço possível e queimando meus miolos. Acompanhem, comentem, e recomendem!



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Fui até a porta lentamente, percebi que estava vestindo meu pijama.

–Virou sonambula agora Chihiro?! - perguntei ironicamente a mim mesma. - Divertido isso...

Assim que abri a porta me deparei com os gêmeos e as gêmeas. Seiji, Aeiji, Koori, e Takara.

–Bom Diaaa!!! - Disseram os quatro em coro com aquelas caras de idiotas no rosto.

–O que foi? - perguntei com uma cara de brava épica - o que é tão importante a ponto de vocês me acordarem?

–Você faltou e nós viemos te ver - Disse Seiji com aquela cara de bobo.

–E te convidar pra almoçar - completou Aeiji.

–Não, obrigada, prefiro gastar meu dinheiro com coisas importantes ao invés de almoçar.

–Ah! Vem com a gente! A Sayu e o tori vão depois da reunião do grupo de estudos. - Disse Takara felizinha.

–Nem em sonho que eu vou ficar segurando duas velas e ficar com outra na cabeça! - Eu disse em tom nervoso.

–Três? - Perguntou Koori.

–Pra você e o Seiji, pra Takara e pro Aeiji, e pra Sayu e o Tori. - respondi recebendo olhares estranhos - Não vou. Bom dia pra vocês! - Disse fechando a porta na cara dos quatro.

Não adiantou nada. Eles ficaram gritando meu nome até o momento em que alguém tocou a campainha e eu fui lá espantar.

–Oi Chihiro! - Era Sayu - Porque faltou? Ficou tocando piano até tarde de novo?

–Não - Respondi - Tive um... Sonho do qual não consegui acordar...

–Quer falar sobre isso?

–Você não devia estar na reunião do grupo de estudos? - Perguntei mudando de assunto.

–A reunião acabou mais cedo hoje... e você não tava lá, né vice? - ela me lembrou que eu havia sido nomeada com esse título por ela mês passado - Mês que vem você tem que ir a não ser que queira perder esse posto pro nerdinho das espinhas! - Disse ela me fazendo rir, e rindo junto.

Tori veio para perto e passou o braço pelo ombro da namorada, puxou-a para perto de si, e beijou seu rosto.

–Pronto! Espantei-os! - Disse Tori rindo sozinho - Porque você não vai?

–Não vou segurar vela, desculpe.

–Ok - Disse Sayu passando a mão na cintura do namorado - Então fica aí com seu piano e divirta-se!

–Divirtam-se também - Disse fechando a porta e andando até o piano.

Novamente eu tocava a mesma música de sempre, sem errar nenhuma tecla. Anos de prática tiveram resultado. Me lembrei que minha mãe dissera-me para almoçar e jantar direito todos os dias, mas, não.

De repente começei a me lembrar do sonho que tivera noite passada, e de todos os outros.aquilo me deixou uma tanto quanto assustada. Pela primeira vez em seis anos eu errara um acorde dessa música.

–Calma - Disse à mim mesma - É só tentar novamente. Foi só um erro bobo.

Continuei a tocar. Não errei novamente até que me lembrei da queda. Aquilo me abalou, começei achorar e me ajoelhei ao lado do piano. Me sentia cada vez pior. Não conseguia tocar One summers Day, música que eu passsava horas todos os dias treinando desde sete anos atrás.

Estava tão assustada quanto uma criança. Me perguntava se era algum tipo de doença, mas logo descartei essa hipótese. Devia ser apenas cansaço.

Subi e fui tomar um banho. Coloquei uma bermuda laranja, igual a uma que usava sete anos atrás, a unica lembrança daquele grande branco em minha mente, e uma sobreposição de camisetas, com uma regata verde clara, e por cima,uma branca larga caída em um ombro.

Deitei-me em minha cama e tentei não pensar no que acontecera mais cedo. Depois daquilo era melhor eu esquecer a possibilidade de entrar para um show de talentos. De tanto queimar meus neurônios com isso, acabei dormindo por cima das cobertas e com a janela aberta mesmo.

–Chihiro! Chihiro!Venha!

Eu estava na entrada do túnel.

–Não dessa vez! - Eu disse - Eu não vou até você hoje! Se quiser, venha até aqui!

–Está bem - disse ele – eu irei até você, apenas se fechar seus olhos.

Fechei meus olhos esperando por ele.

Ouvi seus passos suaves pelo quarto, vindo até mim.

–É você? - perguntei - Porque fechar os olhos?

–Shhh... Eu estou aqui, isso é só o que importa.

Ele tinha razão. Era só o que importava. Ele começou a fazer carinho no meu rosto como da última vez. Dessa vez o beijo foi depositado em minha testa. Por mim tanto fazia, desde que que ele estivesse aqui.

–Porque você nunca se mostra? - Perguntei. Não tive resposta. quando abri meus olhos, tudo o que podia ver era a janela balançando. Começei a chorar descontroladamente em meu travesseiro. A noite, que sempre me confortava, agora me aterrorizava com uma pressão tão esmagadora quanto a do fundo do mar.

Eu estava sufocando. Não conseguia nem soluçar, nem falar, ou me mover. Simplesmente esperei até que aquilo acabasse. Eu Rezava para que o tempo passasse logo, mas ele teimava em ser lento como uma lesma, e em aumentar meu desespero.

Eu me lembro que a ultima vez que me senti assim foi há mais ou menos dez anos atrás quando caí num rio. Não me lembro porque, nem como, mas caí. Também não me lembro como consegui sair de lá, mas obviamente, saí. Esse pensamento me tirou daquele sufoco por pouco tempo.

Quando finalmente consegui me mover, o telefone tocou.


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