A Lenda Continua escrita por SamHylia


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Meu destino também é salvar você Zukko. É o que importa agora...



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– Saria o que foi? O que encontrou? – perguntam Kyon e Naori.

– Vocês não vão acreditar.



Naori e Kyon correm até o quadro, junto de Saria.

Todos ficam paralisados.

Saria pede para Kyon ajuda-la a empurrar o quadro, para derrubá-lo da parede.

E com um empurrão a mais, de Naori o quadro cai da parede. Saria pula para o outro lado. Atrás do quadro havia um pequenino jardim. E no seu centro, uma grande pedra transparente.

Dentro havia uma roupa. Uma túnica verde, botas e um gorro. Acompanhados de um escudo com o símbolo da família real.

Saria fica parada por uns instantes. Para processar sobre o que estava vendo. Seu nervosismo aumenta, quando tem a sensação de conhecer aquelas roupas.

Kyon se aproxima da pedra transparente e a toca. Era pedra mesmo. Pensava que era vidro, mas se enganou. Jamais havia visto uma pedra transparente. Pode parecer estranho, mas de certa forma, aquela pedra reluzia. Principalmente do lado onde estava Saria.

Naori coloca as mãos nos ombros de Saria, para acordá-la do transe. Ela se vira para Naori, e percebe-se que uma lágrima cai de seu rosto. Mas ela sorria. Ela se segura em Naori e Kyon a segura também. Ela olha para os dois.



– Eu já volto ok? – e desmaia.

– Que?! Saria, mas o que?

– Acho que sei o que ela foi fazer Kyon – diz Naori segurando-a – Me ajuda a coloca-la no sofá.



Eles a levam para o sofá e se sentam perto dela. A luz daquela pedra começara a emitir um brilho mais forte. O que era bom, porque estava meio escuro por causa daquela chuva. Qualquer luz servia. Estranho como não chove naquele jardim...



– Olá?

...

– Olá? Tem alguém aí?

– Quem é você?

– Huh? Eu pergunto o mesmo! Onde está a Saria?

– Ah, você diz sua antepassada. Ela está repousando.

– Espíritos também repousam?

– Claro – risos.

– Bem... Talvez, você possa me ajudar?

– Bem, farei o que puder, na ausência de Saria.

– Ok, huh, posso saber seu nome? E agradeceria que acendesse alguma luz – risos.

– Oh sim! Me chamo Navi – uma luz azul surge.

– QUE? Como assim?... Mas, onde está você? Porque só tem esta bolinha de luz azul em minha frente?

– O que está dizendo? Eu estou na sua frente. Tente enxergar melhor – risos.

“se aproxima” – Oh puxa vida! É uma fadinha!

“risadinha” – Prazer!

– Mas, como... Chama-se Navi, eu não entendo. Minha tia se chama assim!

– Huh, entendo. Ela tem cabelos e olhos azuis, certo?

– Hah? Tem!

– E ela supostamente vem da família do descendente do herói do tempo anterior á você, certo?

– Puxa! Você é a antepassada dela! Nunca pensei que um dia, existiram fadas no mundo – sorri.

– Talvez não no mesmo mundo em que se encontra agora, mas sim, já existiram muitas iguais a mim – sorri.

– Nossa isso é incrível. É uma honra conhecer uma fada – sorri alegremente.

– Ora! – fica vermelha – Muitíssimo obrigada! Fico tão feliz! – faz piruetas.

“risos” – O que você fez no passado Navi?

– Acompanhei o herói do tempo em suas aventuras. Ele foi meu grande e melhor amigo de todos... Mas chegou um momento em que tive que partir, afinal, hylians não podem ter fadas. Arrependo-me muito de não ter retornado ao meu grande amigo. Mas, pudemos nos encontrar nesse mundo além de nossas vidas passadas – sorri.

“sorri alegremente” – Ah minha nossa, isso é demais!

“risadinha” – Bem, precisa de alguma coisa não é?

– Ah sim! Bem, eu e meus amigos estamos á procura da Espada Mestra. Pois como já deve saber, sou a próxima “herói do tempo”, digamos assim.

– Sim. Está em uma busca incessável para deter Ganondorf.

– Exato. E uma chuva estrondosa começou de repente, então corremos para um castelo abandonado na floresta. Estava com algumas salas conservadas, então encontramos onde ficar até a tempestade passar.

– Um castelo em ruínas?

– É. Mas, quando entramos, no que seria uma sala de jantar, vi uma luz meio estranha atrás de um quadro pendurado acima de uma escrivaninha. Quando me aproximei e movi o quadro um pouco para o lado, vi uma coisa, que em minha mente, causou choques e memórias embaraçadas.

– O que você viu?

– Uma pedra. Enorme. Transparente. E dentro dela, havia roupas! Uma túnica e um gorro verde, botas e um escudo com o símbolo de minha família! E por essa estranha sensação que me deixa nervosa, sinto que aquelas roupas são muito familiares para mim... Mas eu jamais as vi em toda minha vida!

– Túnica... Botas... Escudo... Gorro! Ah minha nossa! Não acredito que você encontrou! – dava piruetas.

– O que? Eu encontrei o que?!

– Você vai descobrir! – sorri.

– Me conte! Por favor!

– Não posso, pois o destino é só sobre você. Se me eu me intrometer, as coisas podem se confundir. Mas você descobrirá! Boa sorte – sorri.


***


– Que droga – esfrega a cabeça.

– Saria! Tudo bem? – pergunta Kyon saltando do sofá.

– Huh? Ah, sim tudo.

– Falou com ela? – pergunta Naori.

– Ela estava repousando.

– Que? Espíritos repousam?

– Parece que sim – risos.

– Hey? Que conversa é essa, moças? – Kyon se para em meio á elas.



Risos.



– Calma Kyon – coloca a mão no ombro dele – Eu tenho que adormecer para conversar com minha antepassada. Consigo valiosas informações. Mas hoje ela não estava, mas conheci outra pessoa – sorri.

– Quem? – pergunta Naori.

– A descendente da minha tia. Navi – sorri.

– Ah que legal! Ela era bonita?

– Era perfeitamente linda. E tem mais! Ela era uma fadinha! Azul! – risos.

– Uma fadinha! Que incrível! Bem, você perguntou sobre aquilo?

– Sim. Ela não pode me responder. E creio que a outra Saria também não.

– Por quê? – pergunta Kyon.

– Ela disse que pode atrapalhar o destino que só eu posso seguir.

– Então, o que vai fazer? – pergunta Naori.



Saria entra novamente no pequeno jardim. E fica admirando aquela grande pedra transparente.

Naori e Kyon se param atrás dela. Não iriam dizer nada. Saria devia estar decidindo o que fazer, e não queriam atrapalhar. Afinal, ela já havia passado por grandes problemas até então.

Saria se aproxima da pedra. A luz brilha mais forte que antes. Ela recua ao ver que a luz se tornou intensa, mas toma o passo a frente outra vez. Se aproximando mais, percebe que a pedra estava a chamando, misticamente.

Naori se abraça em Kyon, pois não sabia o que podia acontecer. O deixando vermelho.



– Saria tem certeza que... – Kyon a abraça de volta.

– Deixe que ela decida Naori.

– Ok.



Saria chega bem perto da pedra. Estava a alguns centímetros de tocá-la. Estava em guerra consigo mesma, pois ao mesmo tempo em que queria saber o que era aquilo, discordava de si mesma.


­


– Vá Saria!

– O que? – se vira e olha para Kyon e Naori. (ainda abraçados)

– Não dissemos nada Saria.



Ela se vira para a pedra novamente.



– Vá Saria!


Ela suspeitava dessa vozinha. Estendeu sua mão e tocou na pedra.

Seu brilho aumentava em uma velocidade constante. Aquela luz que reluzia, ficava verde.

Um clarão surge e faz com que todos caiam para trás.

Quando abrem os olhos e retomam de volta a visão, lá estava Saria. Em pé. A pedra havia sumido.



– Ah minha nossa! – exclama Naori.

– O que aconteceu... – Saria coça a cabeça e percebe que... – AH minha nossa! Eu estou com a roupa! O escudo? As botas também?! O gorro! Mas o que?!

– Eu acho que sei de quem são essas roupas – diz Naori.

– De quem?!

– Do herói do tempo!

– Tem certeza?!

– Sim! Na lenda diz, um garoto, cabelos loiros, olhos azuis, com a túnica e o gorro verde, estava destinado a salvar suas terras!

– Mas era um garoto...

– E agora é garota! – exclama Kyon.

– Exato! Passadas as tantas gerações, uma garota surgiu com o grandioso propósito do herói do tempo! E diz a lenda que a roupa é passada entre todos os heróis existentes nas eras. As deusas guardam essas roupas, como símbolo de honra e coragem. São perfeitas para você Saria – Naori sorri.



A tempestade só piora.

Como é impossível prosseguir agora, eles resolvem passar a noite no castelo.

Kyon se senta na poltrona menor e pega no sono. Naori tira o pó de uma cortina de pano velha, o cobre e o beija na bochecha.

Saria fica corada.



– Naori?

– Huh?

– Posso saber? – risos.

– O que? Eu só o cobri! Ah qual é? Ele é tão gentil sempre! Um beijo na bochecha nunca matou ninguém Saria – fica vermelha e corre para perto de Saria – Olha só – a beija na bochecha – Viu?

– Ah, sim. É a mesma coisa – risos provocadores de raiva.

– Ah, Saria, dá um tempo – risos – Bem, e você moça que gosta de me envergonhar! Vá descansar, hum?

– Certo – se atira no sofá – Quer deitar aqui também?

– Huh, sim. Estou indo.



Saria se deita no sofá, e logo em seguida Naori se deita em seu lado. Em poucos minutos já estavam dormindo.

Passada meia hora, Saria se levanta. Como se algo estivesse a perturbando. Vai até a janela. A tempestade estava cada vez mais forte.



– Puxa, será que essa tempestade não vai parar?

– Se você pedir – risos.

– Huh?! Quem disse isso?!

– Fui eu. Tonta – estava escorado na parede escura e surge.

– Ganondorf! – tapa a boca para não falar alto, poderia acordar os dois – O que está fazendo aqui seu demônio traiçoeiro?

– Ora, que educação. Vim te visitar bonitinha – risos.

– Cala essa boca.

– Huhum, está irritada porque roubei seu namorado é?

– Cala essa boca!

“risos” – Espero que tenha passado belos momentos com ele, pois jamais voltará a vê-lo.

– É o que “você” acha.

– O que?

– Ora? Não é você o sabichão? Tente adivinhar as coisas que penso!

– Ora sua – avança e a agarra pelo pescoço, prensando-a contra a parede – Se pensa que está ganhando, está muito enganada. Entenda bonitinha, Zukko se foi á muito tempo. Não há mais nada que possa fazer, a não ser desistir.

“se debate” – Então... Acha mesmo que... – ele a sufoca mais – Que vai conseguir sair dessa, ileso... Ganondorf?

– O que?

– Huh... Vai me dizer que... Não sabe?

“a sufoca ainda mais” – O que eu devo saber?! Huh?

– Huh!... Que Zukko é... O príncipe do destino...



Ganondorf levou um choque com aquilo. Ele larga Saria no chão e recua.

Saria retoma o ar e se levanta.



– Espero que saiba com quem está lidando Ganondorf. Pois a lenda não é mais a mesma, de como já foi uma vez.



Ele a olhava assustado.



– Saiba que Zukko ainda está vivo. Eu tenho absoluta certeza disso. Ele nunca poderia ser morto. Além do mais, você só está enganando a si mesmo.

– O QUE QUER DIZER?!

– Ora, você só acha que tem a Triforce do poder.

– COMO ASSIM EU ACHO?! EU A TENHO! SUA IMBECIL!

– Ah é?... Poxa você é muito burro. No momento em que você morre, a Triforce volta para seu lugar de descanso, esperando o próximo escolhido. O que você não entendeu ainda, é que, como você ressuscitou em Zukko, a Triforce do poder voltou para seu descendente.

– Isso eu sei sua idiota...

– Mas, o que você, idiota, não sabe, é que antes de ser possuído, Zukko já era a destinado a ser o príncipe do destino... Sacou agora?

– Mas o que está tentando...

– ESTOU DIZENDO QUE ZUKKO TEM A TRIFORCE DO PODER E DA SABEDORIA! SEU IDIOTA! ELE JAMAIS PODERÁ MORRER! ELE SÓ ESTÁ FRACO!... Huh espere até ele despertar novamente – sorri.



Em uma fumaça negra, ele desaparece.


Naori e Kyon, que haviam despertado com a briga, correm até Saria.



– Saria o que foi aquilo? – pergunta Kyon assustado.

– Alguém a quem preciso salvar.

– O que ele disse a você Saria? – pergunta Naori.

– Veio incomodar. Mas depois que essa roupa foi colocada, sinto que sei mais coisas que antes.

– Aquilo que você falou de Zukko possuir as duas triforces... Será possível?!

– Sim. Sinto que sim. Ele é mais poderoso que o próprio Ganondorf. Mas como está sendo controlado, não pode usar sua força. É por isso que preciso achar o mais rápido, essa espada!

– O que? Mas agora?! E a tempestade? – diz Kyon.

– Não sou de açúcar. Vou com ou sem tempestade – pega a mochila e sai.

– Saria espere!



Naori e Kyon pegam suas coisas e seguem Saria.

Ela andava com passos apressados. Era quase agoniante o ar envolta dela.

De acordo com o mapa, eles já estavam perto.

Mesmo sabendo o que teria que fazer contra Zukko, sem a espada, Saria era indefesa.

A chuva parecia que aumentava á medida que estavam perto da espada. Saria não estava dando a menor importância á chuva. Muito menos se ficaria doente. Sua única preocupação era salvar Zukko.

Depois de uma hora de caminhada ás pressas, eles chegam á um pequeno castelo. Estava em ruínas, mas havia um guarda no portão.

Saria se aproxima do portão quando é barrada pelo guarda, que mais parecia um monge bem velho.



– Não podes entrar criança.

– Eu preciso senhor.

– Como se chamas?

– Saria. Saria Hylia Hiroshi.

– Hylia? Hum, conheço a lenda dessa família. Bem antiga mesmo.

– Ótimo, mas eu preciso entrar, eu preciso da Espada Mestra.

– O que?! Como sabes sobre ela criança?

– Heh? Eu sou a escolhida para ser o herói do tempo. Sei de muitas coisas.

– Oh, puxa... Suas roupas são familiares.

– Vai me deixar entrar senhor?

– Bem, se és a escolhida, terá o tesouro da família real, e saberás a melodia que abre o portal do tempo, estou certo?

– O senhor se refere à ocarina do tempo?

– Sim! Tens esse incrível instrumento criança? – o velho estava corado.

“tira a ocarina do bolso” – Está aqui, mas e essa tal melodia que abre o portal do tempo?

– Não sabes?

– Bem, eu tenho várias melodias.

– Posso dar-lhe uma dica. Chama-se Canção do Tempo.



Saria vasculha suas melodias que estavam na caixinha dourada dentro de sua mochila. E encontra a partitura.

Naori segura a partitura e Saria toca a melodia. Um pequeno tremor surge e logo para.

O velho abre o portão.



– Siga-me, escolhida.



Eles o seguem até o centro do pequeno castelo. O tremor havia sido pela enorme pedra que bloqueava o caminho ter se movido. Era uma porta de pedra, que apenas o escolhido com a melodia do tempo, poderia abrir.

Ao longe podia se ver, aquele brilho azul e encantador.

Saria corre até o pedestal. Em volta havia várias janelas, refletindo o sol na belíssima espada.

Incrivelmente rápido, a tempestade havia passado. E o sol logo se pôs a brilhar. A espada a esperava. Saria estava nervosa. Seu coração estava palpitando. Sua cabeça embaralhada. Lembrou-se de quando era pequenina e brincava com espadas de madeira.

Ela se posiciona em frente á espada. E a segura. Ela olha para trás. Naori e Kyon estavam ali, torcendo por ela. Problema qualquer, que acontecesse, eles estariam ali. O velho sorria alegremente. Esperara a vida toda pela chegada do herói. Não podia conter suas lágrimas.



– Minha jovem, sabes que por ser pequena, terá de crescer ao liberar a espada?

– Sim. Sete anos não é?

– Bem, quantos anos tens?

– Treze.

– Bem, então crescerá apenas seis anos.

– Por quê?

– O herói tinha doze e necessitou crescer sete anos. Você tem treze, então um ano se subtrai.

– Entendo. Passará em segundos não é?

– Sim. Desejo-te sorte criança.

– Nós também Sary – disseram Naori e Kyon.

– Obrigada – sorri corada.



Ela segura a espada. Seu coração está a milhões.

O que vai acontecer? Vou crescer mesmo? Mais problemas vão surgir?

Saria respira fundo... Segura a espada com força... E a puxa.



***



Um clarão surge, várias cores a cercam. Não se enxerga muita coisa. Ela perde a respiração por três segundos, mas logo retorna a respirar.

O clarão some. Ela suspira.



– Saria!



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Notas finais do capítulo

Comentem ^^
Desculpem a demora.
PS NADA IMPORTANTE 6: Bem, A lenda continua está quase no fim. Ainda tem obstáculos a surgir, mas a missão é única: Salvar o pobre Zukko. Ainda falta mais capítulos, mas achei que deveria avisar :) Espero que acompanhem até o final,e muitíssimo obrigada. ^^



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