– E o que vai acontecer? E se acontecer isso que você disse? Como você vai esperar por mim sete anos?! Como ficará o mundo? Minha família?

– Só saberemos quando encontrarmos a espada.

“se atira na grama” – Gostaria que nada disso tivesse acontecido com nós... Tantas coisas ruins... Entende.

– Entendo. Mas reclamar não nos levará a nada. Sei que você não é de desistir Saria. É por isso que todos confiam em você. Todos sabem que você lutaria até o fim por aqueles a quem ama. É isso o que a faz tão especial - sorri.

Saria se levanta e admira Naori por alguns instantes. Com uma cara de quem acabou de ouvir tudo o que queria.

– Tudo bem Saria? Disse algo errado?

– Heh?! Não! Suas palavras foram as melhores que já ouvi. Me confortam sempre – sorri corada.

– Ah, que bom! – sorri alegremente.

“se deita novamente na grama” – Sabe o que eu não entendo?

– O que?

– Porque eu tenho que ir atrás do Zukko?

– Por que... Ele escolheu você.

– Huh?

***

Vale Gerudo

– Que droga. Fique quieto garoto! Cale essa boca!

– Jamais vou parar de lutar contra você Ganondorf! Nunca!

– Acha que pode fazer muita coisa dentro de uma cela em sua própria mente – risos.

– É claro que posso... Afinal, por estar aqui dentro, tenho muitas vantagens não é.

– O que quer dizer, imbecil?!

– Ora – risos – Sei seus pontos fracos, afinal, é minha mente que você está usando... Huhum.

– O que...

***

“Mente de Saria”

– Saria...

– Onde estou?

– Saria...

– Quem está aí? Porque está tão escuro?!

– Ora, ligue a luz – risos.

– Huh?

“luz acende”

– Ah! Quem é você?!

– Ora... Sou você – sorri.

– Que?! Como assim, você sou eu?

– Sua antepassada, lembra-se?

– Ah. Eu estou sonhando né?

– Claro. É a única maneira de me comunicar com você – sorri.

– Aconteceu algo?

– Bem, achei que seria importante avisá-la do que espera vocês no templo da espada.

– Já suspeitávamos.

– Exato. Bem, creio que o desafio que as aguarda, não será tão fácil assim.

– Nunca é.

– Não, você não está me entendendo... Não será uma luta, ou uma perseguição. Nada disso.

– O QUE SERÁ? EU VOU MORRER? AH MEU DEUS...

– Não Saria. Existem coisas mais difíceis que morrer. Enfrentar seus maiores medos, por exemplo.

– Naori me disse que talvez fique trancada por sete anos se eu liberar a espada!

– É isso que eu vim falar... Se você retirar a espada de seu pedestal de descanso, aí surge o desafio. Você terá que crescer. Então, automaticamente, todos ao seu redor, o mundo inteiro, crescerá também.

– Que? Como assim?

– Na hora em que você retirar a espada, sete anos se passarão em um feixe de luz. Como se nada tivesse mudado. Apenas, ficará mais velha, mas na mesma época, entende?

– Ah, então quer dizer que todos envelhecerão sete anos, mas a data continuará a mesma.

– Exato. A cada segundo ficamos mais velhos, mas ao liberar a espada, todos envelhecerão sete anos. Não é uma coisa tão ruim, mas...

– Mas?

– Certas pessoas que já se encontram muito velhas, irão falecer – olhar triste.

– Mas e quando eu terminar a luta com Zukko, se eu colocar a espada de volta, as pessoas voltarão a viver?

– Não sei responder...

– Ah não... E o que posso fazer então?

– Seguir seu caminho, não importando as consequências. Porque o mundo depende que você derrote Ganondorf.

– Apesar do mundo nem suspeitar do que estamos tratando aqui não é – sarcástica.

– Heróis passam por isso – sorri.

– Outra coisa eu gostaria de perguntar.

– Sim, diga.

– Bem, devo fazer Zukko beber a essência da espada né?

– Exato.

– COMO?! Ele não vai beber por conta própria!

– Bem, um truque que pode funcionar, é você lutar com várias técnicas, ir se esquivando também, desvie dos ataques dele... Aí, quando ele estiver distraído – se aproxima do ouvido de Saria e cochicha.

***

– O QUEEE?!

– AHH! Saria o que isso?! O que foi?! – Naori acorda apavorada.

– Não pode ser eu estou louca?!

– O que foi Saaaaaria?! – a sacode.

Saria a olha, com vergonha. Fica vermelha.

– N-Nada... Eu, só... Tive um pesadelo – risos.

– Poxa, o que fizeram com você? Te massacraram? – risos.

– Haha, muito engraçado. Que horas são?

– Huh – esfrega os olhos e olha para o celular – São nove e quinze.

– QUEEE?! DORMIMOS TANTO ASSIM?! PEGUE AS COISAS E VAMOS! – pega a mochila e sai correndo.

– Saria! Saria! Quer se acalmar?! Vem me ajudar! – suspira – Ah que garota.

Então, seguem seu caminho novamente. O tempo estava meio nublado, parecia que uma tormenta ia se aproximar, logo.

De acordo com o mapa, ainda falta muito para encontrar o tal templo da espada. Por mais que levasse só um dia, sem cavalo, são quase dois. Saria é meio lerda.

– Hey!

– O que foi? – pergunta Naori.

– Huh, nada não. Pensei alto – risos.

Estava tudo bem, apesar do templo nublado, não estava calor. O que era mais fácil para prosseguir mais rápido. Meia hora de caminhada, e Naori vê alguém de longe.

– Hey, olha! Acho que tem alguém lá! Mas... – aponta para frente.

–Vamos – diz Saria correndo na frente.

Correm até o local onde viram a tal pessoa. Era um garoto. Estava desmaiado.

Tinha cabelos ruivos e era bem bonito. Elas se param ao lado dele. E ele desperta.

– Huh?

– Garoto, você está bem? – pergunta Naori, que ficou de frente para ele.

Ele estava corado, e a fitava.

– Hey, você fala? Como se chama?

– Huh, me chamo Kyon – fica vermelho.

– Kyon, está perdido? – pergunta Saria.

– Na verdade, eu não estava, mas passei mal e acabei desmaiando em qualquer lugar. Agora acho que estou – riso envergonhado.

– Bem quer ajuda? – Naori sorri, o deixando mais vermelho ainda.

– Huh, se não for incomodo – esconde o rosto.

Naori e Saria o ajudam a se levantar.

– O que estava fazendo aqui em meio a esta floresta hein? – pergunta Saria – É perigoso vir sozinho.

– Bem, eu tinha que pegar algumas flores que minha mãe pediu. São para o nosso rancho.

– Sua família tem um rancho? – pergunta Naori.

– Ah! Sim. Chama-se Rancho Lon Lon – sorri corado.

– Espera... Você conhece a Malon? – pergunta Saria.

– Ah sim. É minha mãe.

– Você é filho da Malon! Que legal! Eu sou filha do Link! – sorri.

– Ah puxa! Então é você! Minha mãe diz que seu pai é um grande amigo, e ela é grande amiga da sua mãe, Zelda né – sorri.

– Sim! Acho que me lembro de você quando estávamos na quarta série, eu acho – risos.

– Ah sim! Você era a Sary a desenhista!

– Nossa você lembra disso! – risos.

– Então você conhece os pais da Saria, Kyon? – sorri.

– Ah, sim! Já ouvi tantas coisas a respeito. Eles são incríveis – riso envergonhado.

– Huh, vejo que você usa arco e flecha – diz Naori.

–Ah sim. É a única coisa que domino – risos.

– Ah! Então, você se incomodaria de nos ajudar? – pergunta Naori juntando as mãos.

“fica vermelho demais” – Ah, será um prazer!

“risadinha meiga” – Obrigada Kyon – Naori é gentil, só não havia se mostrado ainda (risos).

– Bem, em que devo ajudar?

– Bem, Saria te explica enquanto andamos – sorri.

Seguem o caminho, e Saria explica tudo á Kyon. Ele não ficou muito surpreso, pois em sua família existem muitas histórias antepassadas, e uma delas se relaciona a Ganondorf. No passado, ele havia roubado o Rancho Lon Lon, dos antepassados de Malon.

Kyon sente que tem algo a ver com o destino de Saria, e vai ajudar em qualquer coisa. Ele é muito bom com o arco, talvez na hora da batalha, ele possa ajudar Saria a distrair Zukko.

– Então teremos que envelhecer sete anos? – pergunta Kyon.

– É. Sei que será muito injusto, mas...

– Que isso Saria. É seu destino! Só você tem a força para vencer Ganondorf e salvar Zukko. E sei que ele está esperando por isso.

– Espero que quando chegar a hora, nenhum imprevisto aconteça. Afinal, sete anos se passarão em menos de dois segundos – Saria está muito nervosa.

– Não se preocupe Sary. Estaremos lá – Naori sorri.

Saria sorri, corada.

As horas estão passando depressa. Como se quisessem que Saria chegue logo até a espada. O que a deixa mais aflita sobre seu destino. E sobre seus sentimentos.

Tudo roda em sua cabeça. Está tudo tão confuso.

De repente o céu escurece. Uma grande nuvem negra se aproxima, e uma grande chuva os aguarda. Terão que encontrar abrigo rapidamente.

Apressam o passo, até que encontram o que parece ser um castelo em ruinas. Algumas partes ainda estão cobertas, e talvez aja um porão para se esconder.

Eles correm rapidamente para dentro, e encontram uma sala trancada. Saria pega sua espada e com um golpe quebra o cadeado enferrujado. Kyon chuta a porta e todos correm para dentro. Ela uma sala de estar. Muito velha e corroída. Mas servia perfeitamente como abrigo até a chuva passar.

Já está começando a chover, os trovões nunca estiveram tão intensos. O que dava mais medo. Naori e Kyon ascendem algumas velas e se sentam no velho sofá empoeirado.

Saria, que estava nervosa, resolve vasculhar a sala. Até que atrás de um enorme quadro ela vê uma luz. Ela levemente inclina o quadro e suspira assustada.

– Saria o que foi? O que encontrou? – perguntam Kyon e Naori.

– Vocês não vão acreditar.