– Esse é o hotel que você disse? – Sara disse entrando no quarto observando a luxúria do local.

– É esse sim. – Colocou as malas em um lugar perto da cama.

– Gil... É mais lindo do que você disse! – Foi até a varanda. – Venha aqui querido! Olhe só isso! – Grissom veio em sua direção, a abraçou por trás. – Tem a vista para a Torre Eiffel.

– Gostou?

– Ainda estou sem palavras. – Ele sorriu contente. Depois de um tempo em silêncio, Grissom se lembrou de algo.

– Tenho que te dar uma coisa. – Anunciou.

– O que? – Observando a beleza da Torre.

– Volto já. – Deixou-a admirando a beleza da paisagem enquanto pegava o que, meticulosamente, cuidou durante meses.

Ao sentir os passos dele voltando para seu encontro, Sara se virou lentamente, de braços cruzados, com um brilho nos olhos. Chegou até a admirar por alguns instantes o quanto ele fica lindo todo empacotado com roupas grandes por conta do frio.

Grissom chegou perto dela, sorrindo timidamente. E sua surpresa permanecia no bolso. Segurou nas mãos dela, e fixou seus olhares. Delicadamente, Grissom beijou uma das mãos dela, ainda por cima das luvas, depois do mesmo modo a outra. Os olhos de Sara já lacrimejavam. Pois já suspeitava do que iria acontecer.

Ajoelhou-se em seus pés. Não desviando os olhares em momento algum. Soltou a mão esquerda e segurou a mão direita. Com sua mão livre, Grissom pegou a caixinha de seu bolso da calça e a abriu com um único aperto. Havia um botão que abria facilmente. Os olhos de Sara brilharam e passaram a desviar os olhares entre ele e aquele lindo anel. Tinha uma pedra de diamante em cima. Era perfeito.

– Sara, quer se casar comigo? – Repetiu a promessa.

– Sim. Eu aceito.

Soltou sua mão por um instante para tirar a luva, e depositar o anel em seu dedo na mão esquerda. Ainda eram noivos. Após o ato, Grissom se levantou e sorriu ao olhá-la admirando a beleza do anel. Levantou seu rosto com um dedo no queixo e ela o olhou completamente linda. Sorrindo.

– É lindo, amor. Muito obrigada.

– Você é mais linda que ele. – Passou a mão no pescoço dela, encostando seus rostos. – Não precisa agradecer. Você merece.

Grissom a beijou. Sara não entendia como podia passar o tempo que fosse e não se cansava, em momento algum, de beijá-lo. Parecia que á cada beijo que dava, aumentava a vontade de querer mais. É isso que os drogados sentem quando tem um vício? Então, se for, Grissom seria seu vício e se recusaria entrar em uma reabilitação.

– Eu já disse o quanto amo seus beijos? – Seus olhos permaneciam fechados assim como os dele. Suas respirações coladas.

– Eu já disse o quanto eu preciso de você? – Se olharam por um tempo. Certos de que se amavam mais que tudo. Depois, Grissom voltou a beijá-la.

Seus corações batiam de forma descompassada demonstrando tamanha felicidade adquirida em dois dias. Ele havia chegado ontem e já tinha feito coisas surpreendentes fazendo-a se sentir a mulher mais feliz que pode existir.

– Quando nos casamos? – Sara o puxou para a varanda, fazendo-o abraçá-la por trás e novamente admirar a vista.

– Depois de amanhã. – Beijava-a nos ombros.

– Está com pressa? – Brincou.

– Sim. E se você desistir? – Ela se virou, ficando de frente pra ele.

– Não tenha medo, querido. Isso jamais irá acontecer. – Sorriu em resposta e ficaram se olhando, em silêncio. Sara acariciou a barba dele. – Você havia planejado isso há quando tempo?

– Há um mês. – Virou-se para a Torre Eiffel.

– Hum... Então está tudo preparado? Roupas? Cerimonial?

– Tudo.

– Quem diria... Gilbert Grissom se casando em Paris. E preparado tudo isso sem falar com a noiva. – Brincou. Estava feliz.

– Tenho total certeza que a noiva irá gostar. Porque fiz tudo, cada detalhe pensando nela. Ah! E o vestido... O vestido você vai escolher. No dia, uma especialista que contratei virá te pegar pela manhã e só nos veremos na hora do casamento.

– Sério? Que perfeito, meu amor! – Quase saltou.

– Tudo que eu faço, eu faço por você. – Deu-lhe um selinho.

– O casamento será somente para nós dois? Sem convidados?

– Sim. Como o pessoal iria vir de Las Vegas para Paris só para assistir o nosso casamento? Apesar de que a cerimônia não será muito grande. Porque sei que você não é muito religiosa. – Ela sorriu. – Te conheço Sara Sidle. Com a palma da minha mão!

– Srª Grissom brevemente. – Insinuou.

– Então Srª Grissom? O que iremos fazer hoje? – Anunciou muito divertido.

– Explorar! – Seu sorriso não negava. A felicidade estava estampada no seu rosto. Era como se tivesse escrito: “Eu vou casar”. Ela queria isso. Pela primeira vez conseguia admitir para si mesma que o que precisava era se casar. E se casar com ele.

– Certo. Vamos explorar a Cidade Luz.

.....

De mãos dadas, andando por uma praça de beleza nata, observando toda aquela neve no chão. As árvores tinham certa beleza quando junta com a neve. E Sara se deslumbrou com aquilo.

Embrulhados com casacos de pele e cachecóis, não se importavam com o frio e não paravam de namorar.

– Você me faz muito feliz.

– Gil... Já sabe da minha resposta! – Ela pulou nas costas dele, ficando em sua corcunda. – Você me faz muito feliz também, meu amor.

Agarrada em seu pescoço, e ele a segurando pelas pernas, ficaram assim por um bom tempo. Se curtindo.

Houve um momento em que Grissom saiu correndo com ela em seus braços. Caíram deitados sobre a neve e se esparramaram. Rolando abraçados e aos beijos pelo chão. Novamente aconteceu no dia seguinte. Um dia antes do casamento.

Nesse dia, almoçaram em um dos restaurantes mais famosos de Paris. O Alcazar. Grissom se mostrou esperto quando o assunto era comida francesa. Sara se impressionou. Ele sempre estava a impressionando.

O dia passou voando porque eles estavam curtindo muito. E nada passou despercebido. Eles, realmente, estavam tendo um de seus momentos mais inesquecíveis.

.....

Ás nove em ponto Sara e Grissom estavam de pé. Haviam marcado com a responsável pela roupa, maquiagem e penteados, ás dez. E a moça foi pontual. Era uma brasileira que trabalhava em Paris. Grissom contatou com ela pela internet.

– Stephanie Portman? – Grissom disse abrindo a porta de seu quarto. – É um prazer conhecê-la pessoalmente.

– O prazer é todo meu, Mr. Grissom. Onde está a noiva?

– Está ali. Entre.

Stephanie adentrou o lugar sendo recebida alegremente por Sara. Notou que eram de idades diferentes, ele parecia bem mais velho que ela. Mas isso não importava. Pois apesar de tudo ele era um maravilhoso homem.

– Então, Srª Grissom? Pronta?

– Sim. Claro. Mas e meu noivo? – Perguntou indo abraçá-lo.

– Meu parceiro e marido Nicholas Portman irá cuidar disso. – O rapaz entra na sala. – Será ele que providenciará seu smoking e todo seu traje Mr. Grissom. Não se preocupe, seu marido estará em boas mãos.

– Bom, então se for assim. Vamos? – Sara disse animada.

– Sim, vamos. – Respondeu com um singelo sorriso.

– Vamos agora também, Mr. Portman? – Grissom disse.

– Claro. Esperarei lá na fora. – Stephanie se dirigiu para fora junto com seu marido e esperaram os dois noivos ansiosos se despedirem.

– Você vai ficar bem?

– Sim, irei amor. Vai dar tudo certo. Quero estar bem linda pra você! – Abraçando-o apertado.

– Não precisa ficar. Você já é linda. – Beijaram-se. – Então, até a hora do casamento.

– Até meu bem. – Deram um selinho e Sara saiu correndo na frente. Hoje não nevava, o tempo estava propício para um casamento. Os céus pareciam estar a favor de toda essa cerimônia que seria simples, mas inesquecível.

.....

E é dada a hora.

Os sinos anunciavam que a noiva havia chegado. Não era uma igreja e sim uma capelinha muito pequena, mas muito aconchegante.

Grissom apertou suas mãos uma na outra e rangeu os dentes em estado de nervosismo. Para presenciar a cerimônia estava somente o casal Portman. Quer dizer, ainda somente o Mr. Portman, já que Stephanie viria com Sara.

A porta se abriu e a imagem mais linda da vida de Grissom apareceu diante de seus olhos. Ele os deixou lacrimejar.

Porque ali estava sua Sara de vestido branco e um buquê de rosas. Vindo em sua direção.